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Caminho do Mar
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.  1º de 442   
De Santa Catarina aos incas: 500 anos da saga de Peabiru
9 de abril de 2024, terça-feira. Atualizado em 09/04/2025 02:55:37
Relacionamentos
 Cidades (7): Corumbá/MS, Florianópolis/SC, Laguna/SC, Palhoça/SC, Ponta Grossa/PR, Potosí/BOL, São Vicente/SP
 Pessoas (3) Aleixo Garcia (f.1526), Juan Diaz de Solís, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
 Temas (16): Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cariós, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Incas, Léguas, Nheengatu, Ouro, Paiaguás, Prata, Rei Branco, Rio da Prata, Rio Itapocú

Registros mencionados (1)
1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]





.  2º de 442   
Distância entre Iporanga/SP e Iguape/SP
29 de março de 2024, sexta-feira. Atualizado em 21/03/2025 03:20:27
Relacionamentos
 Cidades (3): Iporanga/SP, Iguape/SP, Cajati/SP
 Temas (1): Estradas antigas






.  3º de 442   
Quinto do ouro, consulta em Wikipédia
27 de agosto de 2023, domingo. Atualizado em 13/07/2025 05:50:35
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Paraty/RJ, Potosí/BOL, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Vila Rica/MG
 Pessoas (6) Sebastião de Castro Caldas, Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel de Borba Gato (1649-1718)
 Temas (12): Caminho velho, Capitania de Santo Amaro, Casas de Fundição, Estradas antigas, Leis, decretos e emendas, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pela primeira vez, Prata, Rio das Velhas, Serra de Jaraguá, Tordesilhas


•  Quinto do ouro, consulta em Wikipédia
27 de agosto de 2023, domingo





.  8º de 442   
Circuito Quilombola
12 de novembro de 2021, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:34
Relacionamentos
 Cidades (4): Cananéia/SP, Jacupiranga/SP, Registro/SP, Curitiba/PR
 Pessoas (1) Pedro Cubas (1538-1628)
 Temas (6): Quilombos, Geografia e Mapas, Ouro, Escravizados, Estradas antigas, Caminho até Cananéa

Registro mencionado
1. Martim Afonso de Souza chega em Cananéia e encontra o Bacharel
1 de agosto de 1531
Registros mencionados (2)
01/08/1531 - Martim Afonso de Souza chega em Cananéia e encontra o Bacharel [6630]
2021 - Bandeirantes exterminam os índios caaguaras após uma impiedosa caçada para escraviza-los [6965]





.  10º de 442   
“Razias”, Celso E Junko Sato Prado
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:59:01
Relacionamentos
 Cidades (10): Avaré/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Londrina/PR, Ourinhos/SP, Peabiru/PR, Ponta Grossa/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (11) Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pero Lobo, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Sebastião Caboto (1476-1557), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (27): Abarê, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminho velho, Caminhos até Cuiabá, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Incas, Jesuítas, Léguas, Maria Leme da Silva, Nheengatu, Paranaitú, Peru, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Capitininga, Rio Guarei, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pardo, São Filipe, Serra de Ibotucatu, Vikings

Registros mencionados (6)
1. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
1 de junho de 1553

06.1.5. - Da Peabiru São Vicente - o trecho pelo Vale do Paranapenama

Da estrada, a partir de São Vicente, o governador geral Tomé de Souza proibiu-lhe trânsito, em 1º de junho de 1553, com justificativas ao rei português:

- "Achei que os de São Vicente se comunicavam muito com os castelhanos e tanto que na Alfândega rendeu este ano passado cem cruzados de direitos de coisas que os castelhanos trazem a vender. E por ser com esta gente que parece que por castelhanos não se pode V. A. desapegar deles em nenhuma parte, ordenei com grandes penas que este caminho se evitasse, até o fazer saber a V. A. e por nisso grandes guardas e foi a causa por onde julguei de fazer as povoações que tenho dito no campo de São Vicente de maneira que me parece o caminho estará vedado" (Apud: Donato, 1985: 30).
2. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
1600
3. Caminho
1608

Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.

Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:

"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.

Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
4. Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha
21 de julho de 1628

Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.

Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:

"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.
5. Antigo mapa, provavelmente do final do século XVIII, mostrando dados cartográficos entre os anos 1608/1791, nele notadas as fazendas jesuíticas em Guareí - São Miguel e Botucatu - Santo Inácio
1791

1. Na barra do Paranapanema no Paraná, a indicação que, dali até o Salto da Canoa – em atual Salto Grande, a demora era de 20 dias. Também a informação que era aquele o velho caminho para Minas do Cuiabá - Mato Grosso, mostradas nas anotações.

2. Um rio, tributário à margem direita do Paranapanema, tomado por referência para um caminho entre o Paranapanema e o Tietê; pela imprecisão do mapa, para alguns trata-se do Rio Cuiabá Paulista, para outros o Jaguaretê.

3. O Rio Capirindiba, antigo nome do Rio Pardo, desde sua foz do Paranapanema em rumo a Serra Botucatu, cuja região fartamente informada, citando as Fazendas São Miguel em Guareí e Santo Inácio em Botucatu, os currais – campos de criar gado, sendo as sedes já destruídas.

4. Apresenta as antigas reduções jesuíticas espanholas ao longo do Paranapanema no então Paraná espanhol.

5. Para Sorocaba traz a informação: “Esta Vila foi feita cidade por El Rei Felipe 3º, para dar-lhe o nome São Felipe, no tempo de Dom Francisco de Souza, Conde do Pardo, em 1611”.

6. Das cabeceiras do Paranapanema, aponta suas descobertas pelo bandeirante Salvador Jorge [Velho], que se sabe falecido em 1705.11.2. A Fazenda São Miguel em GuareíO entradismo exterminador de tribos indígenas no ano de 1706, chefiada por João Pereira de Souza, avançou pelos campos de Guareí e a região de Botucatu, praticamente dizimando os índios da região.

Sem a incômoda presença indígena, as terras de Guareí ao alto da Serra de Botucatu, tornaram-se propriedades de sesmeiros, em sua maioria da família e aparentados da família Campos Bicudo.Sem dúvidas era intenção de o governo ocupar terrenos e distribuir sesmarias àqueles dispostos explorar terras e levantar povoados, para melhor infraestrutura quanto ao processo de interiorização. Mas os sesmeiros, donos de outras lucrativas propriedades em lugares mais civilizados, raramente eram povoadores, antes dividam as posses distantes para repassá-las com bons lucros aos fazendeiros que faziam de pronto instalar os arranchados para algum futuro povoamento, entretanto apenas indivíduos se propunham aos enfrentamentos dos perigos do sertão, as famílias não vinham.

Nos idos de 1700 a Companhia Jesuítica no Brasil enfrentava dificuldades financeiras, a necessitar urgente fonte de rendas para sanar problemas do Colégio de São Paulo, principal centro formador jesuítico do Brasil e gerenciador de recursos para manutenção da Ordem.
6. “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida
1958

Do lado português tem-se o registro da viagem de Francisco de Chaves aos Andes, sob autorização do colonizador Martim Afonso de Souza. Chaves, genro de Cosme e igualmente degredado, partiu de São Vicente em 1º de setembro de 1631, com o capitão Pero Lobo, mais acerca de cem homens armados e um sem número de nativos escravizados, rumo aos Andes via Paranapanema, prometendo grande carregando de ouro e prata além de escravizados, mas quatro meses depois, na travessia do Rio Paraná, a expedição foi destroçada pelos nativos guaranis. (Borges Hermida, 1958). [Páginas 36 e 37]
Registros mencionados (14)
1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
1513 - galo [24720]
1549 - Falecimento [27030]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
30/03/1554 - Anchieta* [25645]
1600 - A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira [24164]
1608 - Caminho [26144]
10/11/1609 - Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [20086]
21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]
1791 - Antigo mapa, provavelmente do final do século XVIII, mostrando dados cartográficos entre os anos 1608/1791, nele notadas as fazendas jesuíticas em Guareí - São Miguel e Botucatu - Santo Inácio [24854]
1958 - “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida [27884]
1978 - O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla [24795]
1978 - “O Segredo dos Incas”. Valla [24567]





.  15º de 442   
Geoprocessamento aplicado a estudos do Caminho do Peabiru. Por Ana Paula Colavite e Mirian Vizintim Fernandes Barros
2009. Atualizado em 24/10/2025 02:17:31
Relacionamentos
 Cidades (9): São Vicente/SP, Teodoro Sampaio/SP, Florianópolis/SC, Iguape/SP, Botucatu/SP, Itapeva/SP, Paranaguá/PR, Villa Rica del Espiritu Santo/BRA, Peabiru/PR
 Pessoas (2) Ulrico Schmidl (1510-1579), João Ramalho (1486-1580)
 Temas (23): Geografia e Mapas, Rio Itapocú, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Rio Latipagiha, Abangobi, Biesaie, Kariesseba, Tupinambás, Caminhos a Iguape, Schebetueba, Caminho Sorocaba-Botucatu, Reino Villa, Tupiniquim, Rio Paranapanema, Rio Amambahy, Rio Uruguai, Habitantes, Descobrimento do Brazil, Missões/Reduções jesuíticas, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Cayacangas

Registros mencionados (1)
1631 - Muitas tribos fossem dizimadas [1152]





.  16º de 442   
A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
2009. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27
Relacionamentos
 Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf
 Temas (46): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra

Registros mencionados (2)
1. Fernão Cardim sobre o caminho
1585
2. Planta atribuída a Alexandre Massaii
1616

A mencionada planta atribuída a Massaii pelo Professor Nestor Goulart Reis Filho merece minuciosa análise e interpretação, por constituir, sem dúvida nenhuma, a mais remota representação iconográfica do primitivo assentamento paulistano (fig.22). Embora se trate de documento sumário e esquemático, com notações por vezes confusas e incorretas, temos de reconhecer que a interrelação de distâncias existente entre seus elementos constitutivos não foi estabelecida de modo completamente aleatório.

Há decerto erros bastante grosseiros de orientação o convento de São Bento, por exemplo, que até hoje se mantém no mesmo lugar, aparece no mapa situado a poucos passos adiante do colégio jesuítico, imediatamente à direita da Igreja da Misericórdia, edifício que, por sua vez, deveria ter sido locado mais a nordeste.

Assim, observamos que, depois de galgar a “serra de parana piacaba” [sic], e atingir talvez o ponto mais alto onde, ficamos sabendo, havia um pequeno cruzeiro, o caminho procedente do litoral atravessava sucessivamente três cursos d’água, o Rio Pequeno, ou “Garaiba ti miri” [sic, por Jeribatiba-mirim], o Grande, ou “Garaiba ti guoasu” [sic, por Jeribatiba-guaçu], e o “Rio Tamandoatibi” [sic], cujo nome é curiosamente traduzido no mapa (e provavelmente de maneira errônea) por “aguoa de rapoza”. Este último curso d’água aparece transposto duas vezes; a segunda ultrapassagem sendo feita por meio de uma ponte que só pode ser a da Tabatinguera. [Página 73]

À mão esquerda da encosta que conduzia a São Paulo de Piratininga, reparamos a seguir num cruzeiro, que, julgamos, devia ficar em frente do local onde fora erguida a forca em 1587 (ATAS, v.1, p.315), à direita do viandante que chegava à Piratininga, no alto do Outeiro da Tabatinguera, mais tarde conhecido como Morro do Saibro. O odiado instrumento de execução de pena capital, seguidas vezes derrubado pela população piratiningana, seria depois, como veremos, transferido para o futuro Largo da Liberdade.

Em seguida, identificamos uma série de distorções de orientação na reprodução do percurso que o Caminho do Mar fazia nas imediações da vila. Depois de subir a Ladeira da Tabatinguera, o recém-chegado deveria virar para o norte, no intuito de entrar na futura Rua do Carmo (essa mudança de orientação quase não é perceptível no mapa que estamos observando). Passaria então pelo convento dessa denominação, à margem direita da via, atingindo logo a seguir o Mosteiro da Companhia (simplesmente identificado em planta com o nome de Iesus).

No documento gráfico aqui analisado aparecem corretamente representados na parte traseira do mosteiro da Companhia os muros da cerca jesuítica que, sabemos, atingiam a margem esquerda do Tamanduateí. Em contrapartida, a matriz, naquela altura ainda não totalmente concluída, mostra-se erradamente posicionada, pois, deduz-se, sua posição original era muito próxima à da antiga Sé paulistana demolida em 1912. Nesse caso, a matriz deveria ter sido mantida a oeste, sim, porém em ponto abaixo do colégio de Jesus e não imediatamente à sua frente, à esquerda, como aparece no desenho. Um pouco acima da matriz, vemos a Igreja da Misericórdia, e, mais além, temos a ermida de Santo Antônio, sequência de construções que estaria correta se estivesse sido orientada para oeste e não para o norte, como se observa.

Na região correspondente ao atual bairro do Brás, estendiam-se os famosos campos piratininganos. Por eles se espalhavam várias “fazendas”, a respeito das quais o autor da planta faz a seguinte observação: “Serquas de taipa de Pilão e seo vallo asi tem todas ellas co suas arvores e vinhas dentro”, lembrando-nos o que relatou o Padre Fernão Cardim, em 1585, sobre a fartura dos pomares paulistanos, onde marmeleiros, figueiras, laranjeiras e muitas vinhas produziam abundantemente, fazendo o planalto piratiningano parecer “um verdadeiro Portugal” (apud PREZIA, p.311).

A crer no que a planta nos mostra, os muros protetores dessas quintas seriam desprovidos de entradas, sendo feito o acesso por meio de precárias escadas de mão, facilmente eu removíveis, solução engenhosa que procurava garantir a proteção contra os ataques dos indígenas provenientes de Mogi e do Vale do Paraíba, ainda frequentes nos últimos anos do século XVI. Neste caso, o documento talvez pretendesse retratar não propriamente a região leste imediatamente contígua à vila, como se vê, mas uma zona mais recuada, constituída talvez pelo Tatuapé e Piqueri.

Ainda na margem direita do Tamanduateí, observamos um intrigante grupo de caçadores de perdizes nativas (enapupês, Rhynchotus rufescens), aves características dos campos e cerrados, habitualmente caçadas com cães (tiro ao voo), e, um pouco acima, mais ou menos onde deveria iniciar a região do Guarepe, vemos bois vagueando livres pelo pasto, coisa que de fato ocorria nas campinas paulistanas, pois conforme o Padre Cardim estavam elas “cheias de vaccas”, às quais se juntava por vezes gado bravio, que deveria ser imediatamente retirado do local por ordem dos vereadores (ATAS, v.1, p.385) . [Páginas 74 e 75]

Do outro lado da vila, na parte do curso superior do Anhangabaú (Anhagavabahi), uma inscrição nos dá o significado em português do nome desse ribeiro, “aguoa do Rosto do diabo”, numa referência à crença nativa de ocorrerem nesse local aparições do espírito malfazejo Anhangá (PREZIA, p.82). E, em suas margens, na altura, mais ou menos, da atual intercessão das Avenidas Nove de Julho e 23 de Maio, descobrimos instalados dois moinhos d’água, um em cada margem, pertencentes a “Mel Joam” (Manuel João), destinados sem dúvida a moer trigo, produto agrícola muito abundante na São Paulo daquele tempo, segundo o depoimento do mesmo Padre Cardim.

Este detalhe configura-se da máxima importância, pois, é por meio dele que podemos datar com bastante precisão a planta ora sob análise. Em 2 de fevereiro de 1616, os vereadores atenderam a solicitação de um certo Manuel João (certamente o mesmo Manuel João Branco, rico morador de São Paulo que no final da vida decidiu ir a Portugal beijar a mão do Rei D. João IV e presenteá-lo com um pequeno cacho de bananas feito de ouro, a que se refere o historiador Pedro Taques de Almeida Pais Leme, 1714-1777, em sua Nobiliarquia Paulistana). O peticionário solicitava datas de terra para construir dois moinhos, numa paragem que hoje seria impossível de identificar se só pudéssemos contar com a transcrição confusa feita pelo escrivão da Câmara:

“queria fazer dous moinhos em hua agoa saindolhe do caboulo a outra parte fazer houtro da banda dalem de bartolameu glz as quais Agoas nacem na tera diguo tapera de Diogo glz lasso da banda dos pinheiros hu da banda dalem houtro da banda de bartalomeu glz e terras pera hu quintal” (ATAS, v.2, p.375-377).

Como a carta de data de terra concedida vem datada do dia 2 de fevereiro de 1616, deduzimos que a confecção do documento gráfico aqui analisado, registrando os moinhos já construídos, só pode ser posterior de vários meses a essa época. Se supusermos que esses engenhos demoraram cerca de um ano para ficar prontos, teremos de admitir que a planta em questão só poderia ter sido executada a partir de fins de 1616.

Como o Professor Nestor (p. 231) afirma que no ano seguinte Massaii já se encontrava de volta à Europa trabalhando em Portugal, mais precisamente no Algarve, somos induzido a concluir que a planta em exame tenha sido executada ou em fins de 1616 ou logo nos primeiros meses do ano seguinte, levando-se em consideração o largo tempo necessário para que o autor do mapa se trasladasse de navio a Portugal e voltasse a exercer suas atividades profissionais nesse país ainda em 1617.

Retomando a análise do registro iconográfico objeto de nossa atenção, reparamos ainda que, abaixo do largo da matriz, havia um curral. Este abrigo para gado, conjecturamos, deveria estar situado perto da saída para a Vila de Santos, à esquerda do observador que olha a Rua Tabatinguera a partir da várzea, talvez na região conhecida hoje como Baixada do Glicério. A localização de redis era então regulada pela Câmara. Deviam-se distanciar uns dos outros em 60 braças (132 m), segundo postura de 1580, e das demais construções da vila em 300 braças (660 m), de acordo com as posturas de 1583, diminuídas para 200 (440 m) pelas posturas de 1590 (ATAS, v.1, p. 163, 201 e 397). Decerto eram em cercados como esse que se abatiam e retalhavam para o consumo humano as reses criadas soltas nas capoeiras ou campos do Guarepe (ATAS, v.1, p.123).

Quando a caminho do litoral, para servir de aprovisionamento aos navios ancorados no porto ou para alimentar o povo estabelecido à beira-mar, o gado do Guarepe, por culpa dos “pastores”, tinha o mau costume de passar por dentro da vila murada, causando estragos nas construções de taipa e sérios aborrecimentos aos moradores piratininganos (ATAS, v.1, p.98-99 e 387).

Nem tudo, porém, parece verossimilhante no documento cartográfico que estamos apreciando. O autor deve ter-se deixado levar às vezes ou pela imaginação, ou pela desatenção, ou apenas pelo hábito.

Com relação aos caçadores de perdizes, por exemplo, surpreendidos em plena atividade venatória nos campos próximos do Tamanduateí, apresentavam-se muito bem trajados, com longos calções bufantes e chapéus de copa alta e abas estreitas, sobre montarias que se erguiam com garbo sobre as patas traseiras, como nos retratos da orgulhosa e rica nobreza espanhola. Esses caçadores tinham porte aristocrático, em grande contraste com a aparência modesta e descuidada dos quase semidespidos mamelucos paulistanos, enquanto seus cavalos trazem à mente os espécimes apreciados por Fernão Cardim, que os qualificou de ginetes dada a sua boa raça.

Quanto aos elegantes caçadores, seriam porventura membros remanescentes do distinto séquito do requintado e esbanjador D. Francisco de Sousa), sétimo Governador Geral do Brasil (1592-1602) e, depois, entre 1609 e 1611, nomeado Governador da Repartição do Sul do Estado do Brasil (resultante da reunião das capitanias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente) (R.G.,v.1, p.188-190).

Francisco de Sousa, por volta desses mesmos anos, fixara residência na Vila de São Paulo, à cata de notícias sobre minas de ouro e prata e outros metais existentes na região. A esse respeito, Frei Vicente do Salvador conta que os paulistanos muito se impressionaram com a luxuosa comitiva do fidalgo, pois antes da chegada de D. Francisco, só se vestiam com algodão tinto, não contando com peças de vestuário adequadas nem ao menos para se apresentarem em cerimônias de casamento. No que foi corroborado pelo jesuíta Fernão Cardim, que viu os piratininganos singelamente vestidos com roupas antiquadas e feitas de pano grosseiro:

Vestem-se de burel, e pellotes pardos e azues, de pertinas compridas como antigamente se vestiam. Vão aos domingos à igreja com roupões ou berneos de cacheira sem capa. (p. 173)

Depois da chegada do vaidoso governador tudo teria mudado na vila, segundo o historiador baiano:

Depois que chegou d. Francisco de Souza, e viram suas galas, e de seus criados e criadas houve logo tantas librés, tantos periquitos [altos topetes usados pelos homens da aristocracia de então] e mantos de soprilhos [tecido de seda muito leve e ralo, segundo Bluteau] que já parecia outra coisa. (apud TAUNAY, 1920, p. 163) (informações adicionadas entre colchetes pelo Autor)

Mais um pormenor nos intriga nessa planta. É a aparência da igreja da Companhia de Jesus, representada com seu flanco esquerdo à mostra. Segundo o desenho, a construção possuía nave única, capela-mor e, acima do telhado, assomava algo que parece ser uma alta parede terminada em empena, com duas sineiras (elemento arquitetônico conhecido em espanhol pelo nome de espadaña), em posição perpendicular à fachada principal e recuada em relação a ela, compondo uma tipologia arquitetônica pouco comum entre as igrejas jesuíticas portuguesas (veja-se, por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na freguesia de Quintela, Sernancelhe, erguida pelos jesuítas no século XVII em Portugal).

Além desse, há outro detalhe singular na representação do templo jesuítico: nele não se vê o alpendre que a igreja apresentava desde 1556, e que ainda era mencionado nas Atas paulistanas de 1624 (fig. 23). A alusão feita em documento camarário datado deste último ano pode, porém, ter sido o resultado de um equivoco cometido pelo escrivão da Câmara.

Na Ata do dia 22 de novembro de 1624 são citados os nomes de determinados personagens que deixavam o gado de sua propriedade sujar os adros da vila (da Matriz, do Carmo, da Misericórdia e do Colégio); dias depois, o escrivão transcreve novamente a acusação de que os mesmos personagens deixavam suas cabeças de gado sujar os alpendres dos citados templos (ATAS, v.3, p.144 e 147).

Na vereação do dia 13 de dezembro de 1631. Volta-se a falar na necessidade de se afastar o gado que danificava os adros da vila (ATAS, v.4 , p. 102). Não estaria o escrivão cometendo um lapso, usando uma palavra pela outra, já que a planta atribuída a Massaii, datada dos anos 1616/1617, não traz nenhuma igreja alpendrada dentro da vila paulistana – nem a Matriz, nem o Carmo, nem a Misericórdia, nem o Colégio?

Num aspecto, porém, temos plena certeza de que o desenhista se descuidou.

Foi quando assinalou bosques de pinheiros nativos ao nascente da povoação. Os exemplares representados têm a copa com a conformação cônica típica dos espécimes europeus e em nada sugerem as belas araucárias brasileiras, com sua característica silhueta em forma de taça de champanhe.
Registros mencionados (8)
1585 - Fernão Cardim sobre o caminho [23330]
13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]
10/02/1598 - Terras [794]
18/12/1598 - Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes [21490]
1616 - Planta atribuída a Alexandre Massaii [1011]
02/02/1616 - Escritura [1016]
13/03/1642 - Pedro Fernandes presta contas da curadoria. Declara entre outras contas, que Manoel João está de partida para Portugal, pelo que requeria precatório contra o dito, porque havia um depósito em juízo. Nesta causa, Manoel João Branco foi fiado por seu irmão Francisco João (em 1640). [21801]
01/01/1741 - Caminho [1664]





.  19º de 442   
Mapa adaptado por Reinhard Maack
2002. Atualizado em 24/10/2025 02:17:29
Relacionamentos
 Cidades (8): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) João Ramalho (1486-1580), Reinhard Maack, Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (9): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Reino Villa, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Paranapanema, Schebetueba






.  20º de 442   
O Povo Brasileiro. Autor: Darcy Ribeiro
2001. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Pessoas (1) Darcy Ribeiro (1922-1997)
 Temas (9): Geografia e Mapas, Deus, Pau-Brasil, Estradas antigas, Amazônia, Escravizados, Ilha Brasil, Descobrimento do Brazil, Curiosidades

Registros mencionados (2)
1000 - Cartas falam da Ilha Brasil [39]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]





.  22º de 442   
Jornal O Pioneiro
16 de Setembro de 1996, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Caxias do Sul/RS, Potosí/BOL, Santa Maria/RS, Sorocaba/SP
 Temas (15): Cavalos, Escravizados, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Mulas, Mulas, Música, Nheengatu, Ouro, Peru, Prata, Rio Paraná, Rio Uruguai, Sesmaria, Tropeiros

Registro mencionado
1. Ouro
1700
Registros mencionados (6)
1550 - Quando as minas de prata de Potosí (Peru) aumentaram a riqueza do tesouro espanhol, um tipo humano específico surgiu no Cone Sul [450]
1700 - Ouro [25937]
01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]
1750 - O gaúcho encontrado nos Campos de Cima da Serra é diferente, interpreta o pesquisador Mário Gardelin, ao analisar o período entre 1750 e 1950 [1685]
1785 - Criação de uma cavalaria [1804]
1850 - Os tropeiros começam a se fixar por mais tempo em cada estância [2016]





.  25º de 442   
Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa
14 de julho de 1989, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:23
Relacionamentos
 Cidades (9): Araquari/SC, Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Corupá/SC, Itajaí/SC, Jaraguá do Sul/SC, Niterói/RJ, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (20) Alfredo Romário Martins (25 anos), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Brás Cubas (1507-1592), Joan Blaeu (1596-1673), João Mendes de Almeida (1831-1898), João Sanches "Bisacinho", Johannes Janssonius (1588-1664), Luiz Martins, Manuel Aires de Casal (1754-1821), Pero Correia (f.1554), Plínio Marques da Silva Ayrosa (4 anos), Reinhard Maack, Robert Southey, Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Willem Jansz Blaeu (1571-1638)
 Temas (27): Arqueologia, Babitonga, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminhos até São Vicente, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cemitérios, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Geografia e Mapas, Ilha de Santa Catarina, Itacolomy, Nheengatu, Peru, Piqueri, Rio da Prata, Rio dos Dragos, Rio Itapocú, Rio Paraná, Rio Pirayh, Rio Tibagi, Santa Catarina, Serra do Mar

Registros mencionados (4)
1. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
29 de março de 1541
2. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
1 de junho de 1553

Mandou obstruir o caminho que da costa de Santa Catarina ia ter ao Rio da Prata (Assunção) e que era um dos ramos da linha tronco do Peabiru. Esse roteiro fechado inutilmente por Tomé de Souza é o da subia ao planalto a partir do Itapocu. Antigo caminho nativo. [Página 15]
3. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente
13 de junho de 1553
4. Partida da expedição de Bras Cubas
junho de 1560

Em seguida, arrola numerosas pessoas e expedições que se utilizaram do caminho do Peabiru, indo por ele em várias direções: Cabeza de Vaca e comitiva (1541); Joahnn Ferdinando, de Assunção para Santa Catarina (1549); os campanheiros de Hans Staden em toda para Assunção (1551); Ulrich Schmidel (em 1553) do Paraguai para São Vicente; o Pe. Leonardo Nunes; os irmãos Pedro Correia e João de Souza, Mártires pacificadores dos carijós; Juan de Salazar Espinosa, Cipirano de Góés e Ruy Diaz Melgarejo (1556) com algumas senhoras e soldados; Diogo Nunes viajando para Paraguai e Peru; Braz Cubas e Luiz Martins (1562).
Registros mencionados (13)
01/07/1500 - Carta de Américo Vespucci destinada a Lorenzo Medici* [228]
29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]
26/12/1552 - Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho [21277]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
13/06/1553 - Ulrico Schmidel chegou a São Vicente [22134]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
1561 - Mapa de Bartholomeu Velho [23031]
1630 - Mapa "Brasilia", de Christoph: AB Artischav Arciszewski [1146]
1635 - “Novus Brasiliae Typus”, Jodocus Hondius [24784]
1640 - Mapa “Americae nova Tabula”, de Willem & Jan Blaeu [29109]
1646 - Mapa "Acuratissima Brasilia Tabula" de Johannes Janssonius [1267]
1901 - “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) [21917]
1976 - Diccionario castellano-guaraní y guaraní-castellano, de Antonio Guasch [2866]





.  26º de 442   
Cadernos da divisão do arquivo histórico e pedagógico municipal Nº 2, 1988. Prof. Dr. Armando Sérgio da Silva, Secretário Municipal de Educação e Cultura de Mogi das Cruzes
1988. Atualizado em 23/10/2025 17:17:16
Relacionamentos
 Cidades (8): Jacareí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Mogi Mirim/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (12) Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Damião Simões, Dom Pedro I (1798-1834), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Cubas (n.1594), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), João Eannes, João Vieira, Luis de Góes, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Pero (Pedro) de Góes
 Temas (15): Boigy, Cachoeiras, Caminho do gado, Cruzes, Estrada Real, Goayaó, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Pouso Alto, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Jaguari, Sabaúma, Santa Ana das Cruzes de Mogi Mirim, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (14)
1560 - Nascimento de Martim Tenório [25841]
18/05/1566 - Leatherman: Os mistérios em torno do mendigo que intrigou os Estados Unidos. aventurasnahistoria.com.br [22871]
18/05/1566 - "(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)" [20826]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
17/05/1590 - “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão” [23235]
01/06/1590 - Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local* [19964]
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas [20496]
15/08/1601 - Em 15 de Agosto de 1601, assentou-se como confrade de Nossa Senhora do Carmo e tomou o batismo [23267]
16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares [20607]
01/09/1611 - Elevação do povoado a vila / mudança do Pelourinho / Aldeados poderiam administrar as minas [20107]
03/09/1611 - Ata da confirma a denominação "Santa Ana" [21061]
1640 - “Americae pars Meridionalis”, Johannes Janssonius, colaboração de Hendrik Hondius (1597-1651) [24761]
25/10/1665 - Foi feita a justificação judicial dos limites da Vila de Santa Anna com a Vila de São Paulo pela "yembiaçava" [21693]
20/01/2023 - História de Boituva, São Paulo – SP, suburbanodigital.blogspot.com [28167]





.  31º de 442   
“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP
 Pessoas (55) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Sousa (1584-1631), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Carlos V (1500-1558), Christovam Jacques (1480-1531), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pizarro González (1476-1541), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Jaime Zuzarte Cortesão (15 anos), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Sanches "Bisacinho", Juan Diaz de Solís, Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Nicolas del Techo (1611-1680), Nuno Manoel (1469-1531), Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Pero Domingues 2° (n.1578), Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (35): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis

Registros mencionados (9)
1. Diário de Pero Lopes
17 de agosto de 1531

Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98]
2. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
1 de setembro de 1531

Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55.

Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”.
3. Caminho
1552

Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”.
4. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
1 de janeiro de 1553

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
5. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente
13 de junho de 1553

Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.

Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico.
6. Partida da expedição de Bras Cubas
junho de 1560

Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45]

Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64]
7. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
13 de janeiro de 1606

E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência.Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru.

A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo.

Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores.

E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".

Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.].

Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95]
8. “Do lado espanhol”
1628
9. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
1636
Registros mencionados (65)
1436 - Mapa de Andrèa Bianco [28561]
1503 - Colombo [29274]
1507 - Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil [22698]
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]
1515 - Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” [23350]
1516 - São Thomé [22694]
22/02/1517 - Real Cédula de D. Joana [265]
01/07/1524 - Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V* [28848]
03/04/1526 - Partida [311]
01/12/1527 - Subiram o rio* [321]
01/12/1527 - Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes* [320]
1529 - A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro [22009]
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
1533 - Adorno assassina Henrique Montes [22649]
1538 - Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires [22707]
1538 - Documento [26455]
1538 - Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua [374]
1540 - Tupinambás [28562]
01/09/1542 - Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região* [22106]
1545 - Carta de mestre Pedro de Medina [419]
1545 - Descoberta das minas de Potosí [20131]
1548 - Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron [29273]
1549 - Entrada grande de Domingo Martinez de Irala [438]
09/10/1549 - Depoimento de Brás Arias, em Sevilha [443]
1550 - Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa” [19970]
1552 - Caminho [28849]
26/12/1552 - Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho [21277]
01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]
13/06/1553 - Ulrico Schmidel chegou a São Vicente [22134]
30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]
1554 - Documento [480]
21/04/1554 - Carta [484]
01/09/1554 - Documento* [26573]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
01/01/1574 - CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro [619]
1580 - Peru [26565]
03/11/1580 - O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente [26999]
1582 - Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho [689]
24/03/1582 - Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro [20442]
1584 - Discourse of Western Planting [707]
01/04/1591 - Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa [20517]
1596 - Expedição de Martim Correia de Sá [23868]
1599 - Richard Hakluyt [799]
1600 - Relato do padre Andrea Lopez [22702]
01/07/1601 - D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* [20561]
13/01/1606 - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza [25778]
09/03/1607 - Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais [23982]
19/02/1609 - Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611) [13088]
22/04/1609 - BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver] [26807]
15/06/1609 - D. Francisco chegou em São Paulo [27279]
01/01/1610 - D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo* [922]
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]
18/06/1612 - Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo [6350]
01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]
1628 - “Do lado espanhol” [27597]
1636 - Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” [20596]
1636 - Quevedo, escrito por volta de 1636 [1185]
08/08/1672 - Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias [20911]
1687 - Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) [29437]
1699 - Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo [22701]
1702 - Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno” [1543]
1727 - Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio [1617]
1791 - Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé [31547]
28/06/2013 - “Terra sem mal” [28164]





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Documnentos Interessantes
1956. Atualizado em 24/10/2025 03:34:10
Relacionamentos
 Cidades (8): Sorocaba/SP, São Paulo/SP, Jacareí/SP, Botucatu/SP, Santos/SP, Itu/SP, Apiaí/SP, Itapetininga/SP
 Pessoas (5) Antonio Francisco de Aguiar e Castro (1773-1818), Martim Lopes Lobo de Saldanha, Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Vicente da Costa Taques Góis e Aranha, Salvador de Oliveira Leme (1721-1802)
 Temas (8): Apoteroby (Pirajibú), Léguas, Pirajibú de baixo, Estradas antigas, Escravizados, Santa Ana, Caminho São Paulo-Santos, Dinheiro$

Registro mencionado
1. Carta Para Vicente da Costa Taques Góes Ar.a. Capitão Mor da Vila de Itú
4 de novembro de 1780
Registros mencionados (8)
28/04/1777 - Antonio Francisco de Aguiar é promovido a tenente coronel da cavalaria ligeira auxiliar [9364]
12/11/1777 - Na lista geral dos habitantes da Villa da Itapetininga aparece o Capitão-Mór Salvador de Oliveira Leme com 56 anos de idade [9694]
04/11/1780 - Carta Para Vicente da Costa Taques Góes Ar.a. Capitão Mor da Vila de Itú [1788]
15/11/1780 - Carta para a Câmara da Vila de Apiahy [1789]
01/02/1781 - Carta para Paulino Ayres de Aguirra Tenente Coronel da Cavalaria Ligeira Auxiliar - Em Sorocaba [1790]
22/02/1781 - Carta para Paulino Ayres de Aguirra Tenente Coronel da Cavalaria Ligeira Auxiliar - Em Sorocaba [1791]
20/06/1781 - Carta para Antonio Francisco de Aguiar Capitão de Infantaria Auxiliar da Vila de Sorocaba [1792]
02/07/1781 - Carta para Paulino Ayres de Aguirra Tenente Coronel da Cavalaria Ligeira Auxiliar - Em Sorocaba [1793]





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História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto.
1954. Atualizado em 24/10/2025 02:37:03
Relacionamentos
 Cidades (8): Curitiba/PR, Laguna/SC, Paranaguá/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (29) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Álvaro Luís do Valle, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), André Fernandes (1578-1641), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Cubas (1507-1592), Diogo de Alfaro (f.1639), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Francisco Dias Velho (f.1689), Hernando de Trejo y Carvajal (1520-1558), João da Rocha Pita, João Diaz Melgarejo, Jorge Soares de Macedo, Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Leonardo Nunes, Luis de Góes, Manuel Lobo Pereira (1635-1683), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Padre Francisco Fernandes de Oliveira (1600-1672), Paulo do Amaral, Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Simão Macetta (n.1582), Vasco da Mota
 Temas (17): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Boigy, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Enguaguassú, Gados, Jeribatiba (Santo Amaro), Piqueri, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Redução Santo Thomé, Rio Taquari, Tape, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (4)
1. Martim Afonso concede sesmarias
10 de outubro de 1532
2. Caminho
1552

Em substituição a Álvar Núnez Cabeza de Vaca, governador do Prata, que fora preso e deportado de Assunção, escolhe el-rei, em competição com outro candidato a esse cargo, a João de Sanábria, homem nobre e rico, que apresta logo uma expedição para se transportar à sua governança. Aparelhada já estava a frota que a devia transportar quando faleceu "o capitão João de Sanábria, que nesses preparativos empregara todos os bens que possuía.

Substituiu-o seu filho Diogo de Sanábria. Compunha-se a expedição de uma nau e duas caravelas, e nela vinham a viúva de João de Sanábria, D. Mencia Calderon e duas filhas, D. Maria e D. Mencia. Partiu a frota de Sanlúcar, no ano de 1552. Como cabo da gente dela regressava ao Paraguai o capitão João de Salazar de Espinosa, que fora deportado de Assunção e seguira para a Espanha na mesma caravela que conduzira o governador Cabeza de Vaca. Vinham, na mesma expedição, vários fidalgos e povoadores, entre os quais se destacavam Cristóvão de Saavedra, filho do correio-mor Hernando de Trejo e o capitão Becerra que trazia mulher e filhos, em nau de sua propriedade.

Depois de longa viagem, aportou a esquadra ao Brasil e na Laguna, à entrada da barra, perdeu-se o navio de Becerra com tudo quanto trazia, salvando-se unicamente a gente que pôde chegar à terra.

Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade.

Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai.

O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção.

Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, «pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a pouco», diz que «seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se despovoasse». Além disto, «estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. 2:: )

Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião 24 ) e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis* fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos.

Segundo refere Frei Gaspar da Madre de Deus residiu Luís de Góis alguns anos em São Vicente, dali saindo com sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, quando seu irmão, Pedro de Góis, os transportou para a capitania que ia fundar, no ano acima referido. Anteriormente Pedro de Góis doara-lhe o engenho da Madre de Deus, que ficava em terras fronteiras ao de Engagaçu. - )
3. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

Em 1554, quando da fundação de São Paulo pelos Padres, já se contavam quatro aldeias vicentinas: São Vicente, Santos, Santo André, Itanhaém. Com excepção de Piratininga e de Santo André, "todas estas três vilas são pobres, de poucos mantimentos e gado, porém abundantes em açúcar". Mas Piratininga «é terra de grandes campos, fertilíssima em muitos pastos e gados de bois, porcos, cavalos, etc. e abastece de muitos mantimentos»; "os nossos comem de ordinário vaca, que é tenra e sadia, ainda que não muito gorda" informa Anchieta.
4. Após cinco meses meses a expedição chegou a Assunção
outubro de 1555

Cinco meses levou a expedição para atingir Guairá, e daí Assunção, aonde, depois de penosos trabalhos, chegou em Outubro de 1555. 28 )

É nessa ocasião que os irmãos Góis introduzem no Paraguai o primeiro gado vacum que vai fundar a pecuária assuncenha e que procede do engenho de Madre de Deus, de que estavam encarregados. São as célebres «sete vacas de Gaete», de que Rui Diaz de Guzmán nos transmite a tradição. «Estes foram os primeiros que trouxeram vacas a esta província, fazendo-as caminhar muitas léguas por terra, e depois pelo rio em balsas; eram sete vacas e um touro a cargo de um fulano Gaete, que chegou com elas a Assunção com grande trabalho e dificuldade somente pelo interesse de uma vaca que se lhe indicou como salário, donde ficou naquela terra um provérbio que diz: «são mais caras do que as vacas de Gaete.» - >!l )

É interessante notar que só existe deste facto, que é transcendental para a história da pecuária no Rio da Prata, essa simples citação do autor da Argentina que a recebeu, naturalmente, por tradição oral. As cartas de João de Salazar, que descrevem a viagem e os acidentes dela; as dos Jesuítas, que a isto fazem referência, absolutamente não dizem uma palavra sobre o transporte desse gado que deveria constituir um acontecimento notável na época. A própria quantidade, «sete vacas e um touro», pelo seu simbolismo, incorpora-se à legenda das coisas miraculosas.
Registros mencionados (24)
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
25/09/1536 - Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” [12063]
24/04/1542 - Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura [25329]
01/04/1550 - Mencia Caldéron partiu* [453]
1551 - Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" [20731]
1552 - Caminho [28849]
1553 - Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítas [22494]
1553 - O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente [20669]
1553 - Fundó un pueblo que llamó de San Francisco [29275]
01/02/1553 - Chegada a São Vivente* [24866]
1554 - Quatro aldeias [25911]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
01/05/1555 - Fuga para o Paraguai* [22497]
01/10/1555 - Após cinco meses meses a expedição chegou a Assunção* [22498]
1567 - Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” [22289]
27/05/1576 - Determinação da Câmara [22492]
04/09/1627 - Documento [26394]
23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]
04/02/1638 - Declaração do P. Palermo, feita em 4 de Fevereiro de 1638. E ambos informam que andavam com os portugueses que atacaram as reduções [22963]
19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]
1652 - Falecimento de Antonio Pedroso de Barros (1610-1652) [27953]
22/12/1660 - Balthazar Fernandes faleceu após este dia (“História das Missões do Uruguai” de Aurélio Porto)* [20893]
21/10/1669 - Declaração de Ventura Diaz [22961]
01/01/1954 - Em carta de 4 de Janeiro de 1638, o P. Simão Maceta, que está em Corrientes, pede socorros ao governador de Buenos Aires [22960]





.  41º de 442   
Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia
outubro de 1952. Atualizado em 21/03/2025 03:23:54
Relacionamentos
 Cidades (11): Juquiá/SP, Registro/SP, São Paulo/SP, Cananéia/SP, Piedade/SP, Iguape/SP, Cubatão/SP, São Vicente/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, Itanhaém/SP
 Temas (9): Estrada de Ferro Sorocabana, Rio Juquiá, Caminhos até Piedade, Geografia e Mapas, Estrada da “Cabeça da Anta”, Estradas antigas, Léguas, Ferrovias, Rio da Ribeira, o Isubay





  


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