jesus
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Atualizado em 04/11/2025 18:24:28 Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar
• 1°. Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). 1905 Além disso, temos a evidência da inscrição Takht-i-Bahi, que é datada e que os melhores especialistas aceitam como estabelecendo que o Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar por volta de 20 d.C. e ainda reinava em 46. Novamente, há excelentes razões para acreditar que Misdai ou Mazdai podem muito bem ser uma transformação de um nome hindu feito em solo iraniano. Neste caso, provavelmente representará um certo Rei Vasudeva de Mathura, sucessor de Kanishka. Sem dúvida, pode-se argumentar que o romancista gnóstico que escreveu os "Acta Thomae" pode ter adotado alguns nomes históricos indianos para conferir verossimilhança à sua invenção, mas, como o Sr. Fleet argumenta em seu artigo severamente crítico, "os nomes apresentados aqui em conexão com São Tomás claramente não são os mesmos que viveram na história e tradição indianas" (Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). ver mais • 2°. Atos de Tomé 2021
Atualizado em 04/11/2025 18:24:29 Assassinato de São Tomé em Meliapor, Índia
• 1°. Verdade Católica - Facebook 27 de dezembro de 2023, sexta-feira Tomé: Era também chamado de Dídimo. Ele era conhecido por sua incredulidade diante da ressurreição de Jesus. Ele pregou na Síria, na Pártia e na Índia. Foi traspassado por uma lança por ordem do rei Misdeu, na Índia, por volta do ano 72 d.C. Seu túmulo está na Basílica de São Tomé, em Chennai, na Índia. ver mais • 2°. Descubra Descubra A VERDADE Como Viveram e Morreram os 12 DISCÍPULOS de JESUS | O Que a Bíblia não revelou? Canal Sabia na Bíblia? 22 de maio de 2025, sexta-feira
Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) 201. Atualizado em 24/10/2025 20:40:03 Relacionamentos • Pessoas (1) Gundafor • Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). 1 de janeiro de 1905, domingo • Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira • Consulta em Wikipedia: Atos de Tomé 12 de novembro de 2024, terça-feira
Início do Primeiro Concílio de Niceia 20 de maio de 325, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:03 Relacionamentos • Cidades (1): Roma/ITA • Pessoas (1) Constantino I (272-337) • Temas (4): Bíblia, Cristãos, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez • O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 1 de janeiro de 2020, quarta-feira
Possível abertura do Caminho do Peabiru 400. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 Relacionamentos • Temas (4): Caminho do Peabiru, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Incas • Caminho de Peabiru: a fascinante rota indígena que conecta o Atlântico ao Pacífico. Catherine Balston. BBC Travel 27 de junho de 2022, segunda-feira O Caminho de Peabiru era uma rota espiritual para o povo guarani em busca de um paraíso mitológico. E também se tornou o caminho em direção aos tesouros do continente quando chegaram os colonizadores europeus em busca de acessos ao interior da América do Sul. Mas a maior parte do caminho original desapareceu, consumido pela natureza ou transformado em rodovias ao longo dos séculos. Somente nos últimos anos, essa fascinante rota começou a revelar seus mistérios para o público, graças ao desenvolvimento de novos passeios turísticos. É fácil compreender por que essa trilha transcontinental cativa a imaginação das pessoas com tanta facilidade — uma fascinação que vem desde o primeiro europeu conhecido por caminhar por toda a sua extensão: o navegador português Aleixo Garcia. Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis. Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância. A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos. As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios. Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia. Algumas teorias afirmam que a trilha data de cerca de 400 ou 500 d.C., enquanto outras sugerem que ela remonta até 10 mil anos atrás, aos caçadores-coletores paleoindígenas. "O Caminho de Peabiru foi a estrada transcontinental mais importante da América pré-colombiana, que ligava os povos, os territórios e os oceanos", afirma a arqueóloga Cláudia Inês Parellada, que publicou diversos estudos sobre o assunto e coordena o Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense, em Curitiba, onde estão abrigados muitos dos achados das escavações arqueológicas da trilha. As teorias divergem não apenas sobre a época da sua criação, mas também o local exato por onde a rota passava. "Sempre teremos várias hipóteses", explica Parellada. "É difícil ter certeza sobre o caminho completo porque ele mudou ao longo do tempo." Mas o nome e a lenda, pelo menos, seguem vivos na cidade de Peabiru, construída na década de 1940, onde o governo local e grupos de voluntários criaram e demarcaram recentemente trilhas de caminhada inspiradas pelo Caminho de Peabiru. Elas são parte de um plano turístico ambicioso do Paraná lançado em 2022, de mapear um provável trecho do Caminho com até 1.550 quilômetros para ciclismo e caminhada, atravessando o Estado desde o litoral e passando por 86 municípios, até a fronteira com o Paraguai. Eu viajei até Peabiru para conhecer pelo menos um desses caminhos: uma trilha entre a floresta que inclui sete cachoeiras ao longo do curso de um dos rios da região. As margens do rio quase certamente fizeram parte do Caminho, segundo informou meu guia Arléto Rocha enquanto caminhávamos, passando sobre e abaixo de árvores caídas e depois com as águas frias do rio até os joelhos, tirando as frutas estragadas da sola das minhas botas. Não contente em ter molhado apenas as botas, Rocha mergulhou com roupas em uma das cachoeiras. Depois, ele indicou locais onde havia encontrado pontas de flechas, argamassa, gravações em pedras e outras joias arqueológicas na última década, que agora estão em exibição no recém-inaugurado Museu Municipal "Caminhos de Peabiru". A maior parte da caminhada na floresta, como o restante do caminho ao longo do Paraná, é simbólica — a melhor estimativa possível de onde poderá ter ficado a trilha original, apesar da certeza em alguns trechos, especialmente onde existem mapas históricos e sítios arqueológicos. Esta região do sul do Brasil é um local de escavações arqueológicas desde os anos 1970, em busca de restos do Caminho de Peabiru. Da mesma forma, ali também havia densa população indígena (estima-se um pico de cerca de 2 milhões de pessoas, principalmente guaranis, no século 16). Como muitos outros com quem falei, Rocha é fascinado pelo mistério da trilha e chegou a elaborar sua dissertação de mestrado sobre o assunto. Historiadores, astrônomos e arqueólogos também vêm se ocupando desse quebra-cabeça há décadas, reunindo mapas antigos, registros coloniais e histórias orais para tentar entender as origens e o propósito do caminho. O consenso é que o caminho principal da rede conectava o litoral leste e oeste da América do Sul. Dos seus pontos de partida no litoral brasileiro (onde hoje ficam os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina), as trilhas se reuniam no Paraná, prosseguindo através do território que hoje forma o Paraguai até a região de Potosí, na Bolívia, que era rica em prata. Ao chegar ao lago Titicaca (hoje, fronteira entre a Bolívia e o Peru), o caminho seguia até Cusco — a capital do império inca — e, de lá, descia até o litoral peruano e o norte do Chile. "Grosso modo, pode-se dizer que o roteiro comprido do Peabiru era aquele que acompanhava o movimento aparente do Sol, nascente-poente", segundo Bond, na série literária História do Caminho de Peabiru, publicada em 2021. Nessa série, a autora analisa diversas hipóteses plausíveis sobre as origens da trilha e conclui que a rede de caminhos provavelmente foi criada e usada por diversos grupos indígenas ao longo dos séculos, mas sua característica principal era o desejo de conectar o Atlântico ao Pacífico. "Ou seja, não importa quantos e quais povos construíram os trechos, pois o relevante seria que a estrada, num certo momento, passou a ser vista como um caminho homogêneo e específico, que representava na terra o andar do Sol no céu", segundo ela. Entre os povos a que Bond se refere, encontram-se os guaranis, uma das maiores populações nativas remanescentes na América do Sul. Eles vivem em parte do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. O Caminho de Peabiru é uma rota física e espiritual na cultura guarani, que leva a um paraíso mitológico chamado por eles de Yvy MarãEy, que fica além da água (o Oceano Atlântico), onde nasce o Sol. Esse paraíso ("a terra sem mal", em tradução livre) é mencionado na tradição oral dos guaranis, nos seus rituais, música, dança, simbologia e em nomes de lugares. As lendas guaranis chegam a dizer que a rede de caminhos é um reflexo da Via Láctea na Terra. Também se acredita que o nome da trilha venha da palavra guarani peabeyú, que significa "caminho de grama pisada", entre outras traduções. Mas, para os colonizadores europeus (como o navegador português Aleixo Garcia), o caminho espiritual dos guaranis para o paraíso tornou-se uma via rápida até as riquezas dos incas nas expedições pelo Novo Mundo, que acabaram por causar a morte em massa das populações indígenas da América do Sul pela guerra, pela fome e, principalmente, pelas doenças. As lendas sobre o Eldorado e a Serra da Prata trouxeram frotas de navios espanhóis e portugueses através do Atlântico e alguns grupos indígenas os ajudaram a penetrar no interior do continente, através do Caminho de Peabiru, segundo Parellada. "Conhecer as rotas e trilhas principais através das populações nativas tornou-se uma vantagem estratégica, que amplificou o saque, a destruição e a cobiça de novos territórios e riquezas minerais", explica ela. Ao longo dos séculos seguintes, sucessivas ondas de exploradores, catequizadores jesuítas, bandeirantes, comerciantes e colonizadores também fizeram uso do Caminho de Peabiru para ter acesso ao interior do continente — pavimentando, ampliando e, às vezes, alterando o curso do caminho. "Os primeiros registros escritos sobre a trilha datam dos séculos 16 e 17", segundo Parellada. "Eles incluem o relato de Ruy Díaz de Guzmán em 1612, sobre a morte de Garcia nas mãos do grupo étnico Payaguás durante seu retorno do Peru para o litoral [brasileiro]." Para continuar minha pesquisa sobre os vestígios da trilha, viajei para o litoral de Santa Catarina, até a Enseada do Brito, no município de Palhoça - uma baía tranquila onde os historiadores acreditam que Garcia teria morado e dali partido em sua missão até o império inca. Este é o ponto de partida de outra caminhada inspirada pelo Caminho de Peabiru — um trajeto de 25 quilômetros que passa por praias, dunas de areia no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e uma visita a duas aldeias guaranis. Durante o aquecimento para a caminhada, tento imaginar Garcia e seu grupo de náufragos barbudos, a milhares de quilômetros de casa, e suas novas acomodações com os guaranis depois de perderem seu navio. Como na caminhada anterior, a trilha é apenas uma estimativa do local onde poderá ter passado o Caminho de Peabiru. Ele foi definido com a pesquisa do empresário local Flávio Santos, que desenvolveu esse projeto de turismo depois de estudar a história da trilha e os sítios arqueológicos locais. Como muitos outros, ele vê o potencial de atrair turistas o ano inteiro, beneficiando a comunidade local, incluindo as aldeias guaranis próximas, se tudo for feito corretamente. "Temos esta trilha antiga, então, por que não conectar a história e os povos indígenas locais?"Ç, questiona Santos. "É importante que os moradores locais conheçam essa história e saibam como os povos indígenas viviam e como foram dizimados." Parellada concorda: "Um passeio pelo Caminho de Peabiru, aliado a atividades educativas, poderá ser uma ponte para a compreensão total do passado colonial da América do Sul, sua biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas".
• Consulta em Wikipedia: Atos de Tomé 12 de novembro de 2024, terça-feira
Havia indígenas transitando 400. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 Relacionamentos • Cidades (7): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Ibiúna/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Temas (41): Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Avenida Ipanema, Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Boulevard Braguinha, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Fundo, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Caputera, Carijós/Guaranis, Estrada da “Cabeça da Anta”, Estrada do Ipatinga, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Guaianase de Piratininga, Inhayba, Ipatinga, Itapeva (Serra de São Francisco), Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Papagaios (vutu), Praça Fernando Prestes, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Paranapanema, Rio Pinheiros, Rio Tibagi, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Trilha dos Tupiniquins, Vila Barcelona, Vila Santana / Além Linha, Villeta, “George Oetterer”, Vulcões, Vutucavarú ![]() • Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1 de janeiro de 1863, quinta-feira
• A Passagem de São Thomé pelo Brasil, por Eurico Branco Ribeiro 1 de março de 1936, domingo O assunto é deveras atraente, tão atraente que nos arrancou da absorção das lides profissionais para revivel-o através da recordação de um passado não muito distante, em que nos sobrava tempo para pacientes pesquisas nos domínios da história pátria. E por ser assunto atraente, repisando-o com o resultado de estudos que fizemos, esperamos que a seguir a palavra dos eruditos venha a lume debatendo-o como informações menos preciosas, com argumentação mais fundamentada, com conclusões mais seguras. Na certeza de que isso se dê, pedimos vênia para reproduzir aqui o que escrevemos em 1918 e em 1922 ao historiar a primeira fase do povoamento da região de Guarapuava, no Paraná, quando ali se instalaram as célebres Reduções Jesuíticas do Guairá. Antes de tudo não está fora de propósito referir que esta questão da visita de um apóstolo de Jesus ás terras que Colombo veio encontrar em 1492 foi estudada com muito carinho, em dias de 1902, pelo monsenhor dr. Camilo Passalacqua, que chegou á convicção da possibilidade de tal cometimento. Mas relatemos, sem mais delonga, o que se sabe a respeito de São Thomé em terras de Guarapuava. Logo depois de encetar as suas peregrinações através dos sertões de Guairá, os jesuítas ficaram surpresos com o que lhes contavam os nativos acerca de um personagem misterioso um "caraíba" de grande poder, que atravessara aquelas paragens em época remota e cujas façanhas eram transmitidas de pai a filho com religiosa emoção. A princípio os missionários deram ouvidos moucos ás palavras dos selvagens. Cedo, porém, desvaneceram-se-lhes as desconfianças: todas as tribos arguidas separadamente, narravam mais ou menos os mesmos fatos. E isso os levou a declarar oficialmente que São Thomé havia estado na margem esquerda do Paraná, entre o Paranapanema e o Iguassú. Viera do lado do Atlântico, atravessando o Tibagi no seu curso médio, galgando a serra da Apucarana, vadeando o Ivahy, enveredando para o Piquiry e dalí prosseguindo não se sabe como nem para onde. E o trajeto que fez ficou indelevelmente assinalado com uma estrada milagrosa de oito palmos de largura, construída pela simples passagem do apóstolo. Ao que parece essa estrada subsistiu por centenas de anos, pois encontramol-a delineada em mapas antigos, com a denominação de estrada de São Thomé, sendo por ela que se fazia no século XVI o percurso de São Vicente ao Paraguay. Washington Luis afirma que os nativos davam a essa estrada o nome de Peabiru ou Piabiin. Em sua passagem, o santo sempre esteve em contato com o íncola, pregando a moral, falando em Deus, fazendo profecias, praticando milagres e ensinando coisas úteis. Discorreu sobre o dilúvio, sobre a conveniência de cada nativo possuir uma só mulher, sobre a vinda de missionários brancos como ele, que deviam modificar seus costumes e guial-os á ilégivel do bem e da retidão corporal e espiritual. Anunciou a ereção de uma vila na foz do Pirapó. Deixou as impressões de seus pés em uma pedra no vale do Piriqui, no lugar donde dirigiu muitas prédicas. Ensinou o uso do fogo, das raízes alimentícias, do "caá" - a saborosa erva mate, cujo poder mortífero o santo exterminou, tostando-a ao fogo com suas sagradas mãos. Na margem esquerda do Ivahy, acima da foz do Corumbatahy, e onde os jesuítas levantaram em sua homenagem a Redução de São Thomé, o apóstolo realizou o enterramento de grande quantidade de selvagens, recebendo, por isso, aquele lugar a denominação de cemitério de "Pay Zumé". Nessas minúcias que ai ficam relatadas pode haver muita coisa de lendário, mas o fato principal o da visita de São Thomé, esse não oferece, hoje em dia, contestação que pese, em vista de provas irrefutáveis colhidas em toda a América. A título de documentação, vejamos o que dizia o missionário José Cataldino ao seu superior no Paraguay, padre Diogo de Torres: "...Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamavam pay Zumé, o não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade..." E passa a contar o que lhe relatavam os nativos anciãos e os caciques principais: São Thomé, "vindo das terras do lado do Brasil", chegara ás margens do rio Tibaxiva (Deve ser o Tibagy), onde eles e seus antepassados habitavam. Formavam então uma numerosíssima nação, pelo meio da qual passou pay Zumé em direção ao rio Ivai (2); sabiam ainda que deste rio o santo se dirigiu para o Piriqui. "Nas cabeceiras deste rio, continua o padre Cataldino, dizem os nativos, se acham as pisadas do santo impressas em uma pedra e o caminho pelo qual atravessou estes campos, está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos e asseguram que as Também um historiador paraguayo, tendo descrito a passagem de São Thomé por terras sul-americanas, referiu-se, sem garantir sua veracidade, á existência ilegível pedra "nas serras de Guairá", que conserva a impressão de dois pés, sendo considerada como o púlpito de onde pregou o grande santo. Agora raciocinemos um pouco. Seria a visita de São Thomé que abrandou o sentimento combativo do selvagem de Guairá? A resposta deve ser afirmativa; se não o for, por que ao contrário de quase todos os primeiros navegadores ilegível, Diogo Garcia e Sebastião Caboto foram tão bem recebidos pelos habitantes do médio Paraná?
• Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves 1 de janeiro de 2006, domingo
Maioria de seus restos mortais de São Thomé foi transladada para Edessa, na Mesopotâmia 1258. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 • Onde estão os túmulos dos 12 apóstolos? acidigital.com 26 de julho de 2019, sexta-feira
Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à Índia 8 de julho de 1497, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 Relacionamentos • Pessoas (2) Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (4): Caminho do Peabiru, Pela primeira vez, Descobrimento do Brazil, Índia ![]() • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira
• Verdade Católica - Facebook 27 de dezembro de 2023, quarta-feira
Vasco da Gama chega à Índia 17 de maio de 1498, terça-feira. Atualizado em 26/08/2025 05:17:45 Relacionamentos • Pessoas (2) Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (2): Epidemias e pandemias, Japão/Japoneses
Atualizado em 07/11/2025 04:28:09 O “Descobrimento” do Brasil ![]() Data: 2018 Créditos: Reprodução / Facebook 01/01/2018
• 1°. História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1977 É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos (página 23) nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias. ver mais • 2°. Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar 1997 (...) Há vários autores que dizem terem sido os selvagens brasileiros apenas de dois grupos; o Tupi e o Guarani. As diversas tribos (Tupinambás, Tupiniquins, Tamoios, Tapuias, Carijós e Aimorés) não constituíam propriamente nações independentes e, sim, grupos que se separavam e ganhavam dos outros nativos como que apelidos, devido a práticas que adotavam ou características que adquiriam. Seria, num exemplo grosseiro, como que um grupo de paulistanos que fosse morar em determinado lugar e passassem só a se alimentar de frutas e passasse a ser conhecido como "os fruteiros" ou "os frutistas". Assim, seriam uma só grande nação Tupi e, bem ao sul nos territórios hoje ocupados pelo Rio Grande do Sul e Paraguai, os Guaranis, esses com influências de nações do oeste (talvez mochicas ou outros). [Páginas 9 e 10] Em um ponto de seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões". [Página 14] De posse de todos esses dados e afirmativas, somos levados a crer o seguinte: Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia e, após a luta contra os Tupinambás, ali se fixaram. Muitos eram aliados dos portugueses nas lutas contra os carijós e Tupinambás. Outras tinham sido reduzidos à condição de escravos. Mas, às vezes, revoltavam-se contra os portugueses. Azevedo Marques é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi). [Página 15] ver mais • 3°. O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 2020 Com a chegada lusa ao Brasil, a narrativa em torno de Tomé torna-se mais interessante na medida em que também aí se começa a ventilar a possibilidade de sua passagem por terras brasileiras.Relatos de viajantes dando conta de pegadas no interior do continente e da presença de um deus entre os índios chamado de Sumé começam a circular e a dar contorno a um mito globalista acerca da figura de São Tomé. Tomando a narrativa como verdadeira para justificar a presença colonizadora, chegava-se à perspectiva de que todos os povos entre a Índia e a América pudessem ter tido um contato com a Boa Nova por intermédio de São Tomé. 5 5 - Tal perspectiva possui continuidade com a literatura produzida já no século XX por missionários cristãos, não necessariamente provenientes da Igreja Católica, como o canadense Don Richardson, que publicou nos anos 1980 O fator Melquisedeque, também justificando a missionação e a presença do Deus cristão em todas as culturas do mundo. Sobre Tomé, Richardson (2008, p. 228) escreve: “Tomé, diz a tradição, permitiu que a última linha da Grande Comissão o levasse à ‘Índia’. Naqueles dias, a palavra ‘Índia’ significava tudo o que estava a leste da Síria; porém a evidência indica que Tomé pode ter alcançado até a região de Madras, que fica na extremidade sul da Índia propriamente dita. Várias igrejas muito antigas nessa região se dão o nome de Mar Toma. O nome Toma talvez seja derivado de Tomé”. ver mais
• 1°. Por que os alienígenas provavelmente existem — mas não vão nos visitar tão cedo - g1.globo.com [1] Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás, 01/05/1500 [2] Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral, 09/07/1501 [3] Carta do Piloto Anônimo, 27/07/1501 [4] Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico, narrando-lhe as viagens portuguezas á India desde 1500 até 1505, reimpressa sobre o prototypo romano de 1505*, 01/10/1505 [5] Mapa de Piri Reis, almirante, geógrafo e cartógrafo otomano em Constantinopla, 01/01/1513 [6] João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 01/01/1886 [7] “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre, 01/01/1933 [8] "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú), 01/01/1934 [9] Historia Secreta do Brasil, 01/01/1939 [10] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981), 21/12/1964 [11] História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert, 01/01/1977 [12] José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*, 01/11/1977 [13] “História Da Civilização Brasileira”. Sob a direção de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), 01/01/1978 [14] Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar, 01/01/1997 [15] Wanderson Esquerdo Bernardo, arqueólogo sorocabano, 01/01/1998 [16] O Povo Brasileiro. Autor: Darcy Ribeiro, 01/01/2001 [17] Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*, 01/11/2003 [18] Algumas curiosidades sobre a História do Brasil - https://otrecocerto.com, 09/10/2013 [19] “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador, 01/01/2014 [20] A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante, 31/10/2016 [21] “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba, 15/11/2018 [22] Gaspar da Gama: um judeu no descobrimento de Brasil - Eduardo Bueno, 18/12/2019 [23] O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente, 01/01/2020 [24] Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti, 01/05/2020 [25] Melhora Brasil - Imagem da Bandeira do Brasil nas ruínas de Cartago?, 19/10/2020 [26] “Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda, 10/11/2022 [27] Leopoldina - Imperatriz do Brasil, 01/01/2023 [28] Descobrimento do Brasil. Juliana Bezerra, Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha, consultado em todamateria.com.br, 04/04/2023 [29] SANTOS E ÍCONES CATÓLICOS: História de Nossa Senhora da Esperança, consultado em cruzterrasanta.com.br, 04/04/2023 [30] “Como surgiu mito de que o Brasil foi descoberto sem querer”. Edison Veiga Role, De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil, 21/04/2023 [31] A CURIOSA HISTÓRIA DOS DEGREDADOS DE PORTUGAL TRAZIDOS PARA O BRASIL, Fernando Coutinho em Grupo "História do Brasil", 06/05/2023 [32] Dúvida - Tinha incas no Brasil? Se não, por quê não quiseram dominar os povos luso-brasileiros? brasilescola.uol.com.br, 07/06/2023 [33] Pontos Históricos de Porto Seguro e do Descobrimento do Brasil [E as Contradições quanto ao descobrimento]. Joaquim Augusto (Portal Viajar), 15/06/2023 [34] Tupinambás, Pensar a História, 15/06/2023 [35] Raríssimo manto tupinambá que está na Dinamarca será devolvido ao Brasil; peça vai ficar no Museu Nacional. Por Isabel Seta, g1, 28/06/2023 [36] Capitania de Porto Seguro, consulta em Wikipédia, 02/02/2024 [37] Como um vulcão (inativo) pode mudar a história do Brasil. Por Pedro Spadoni, em olhardigital.com.br , 22/04/2024 [38] Composição étnica do Brasil. Consulta em Wikipedia, 05/08/2024 [39] Por que os alienígenas provavelmente existem — mas não vão nos visitar tão cedo - g1.globo.com, 25/08/2025 [40] Liste os 10 eventos mais importantes na história do Brasil, 26/08/2025 [41] Consulta em?, 28/10/2025
Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabral 23 de abril de 1500, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 Relacionamentos • Cidades (2): Itamaraju/BA, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Garcia de Lemos, Gaspar da Gama, (1444-1510), Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520) • Temas (1): Judaísmo • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira
São Tomé e o Caminho do Peabiru 1501. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 Relacionamentos • Cidades (1): São Vicente/SP • Temas (4): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Deus, Estradas antigas ![]() • Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1 de janeiro de 1863, quinta-feira A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar. Faltam monumentos antigos que testificam a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões. Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano, traram difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer. Eis o que em 1613 o padre José Cataldino escrevia a este respeito ao provincial padre Diogo de Torres: "Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos." [Páginas 269 e 270 do pdf]
• “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* 1 de outubro de 1971, sexta-feira Isto, em toda a costa dos descobrimentos portugueses. Em São Vicente, a exceção. Vestida de mistério, galgando a serra do mar, oferecia-se ao europeu estrada definida, antiga, visivelmente transitada. Oito palmos de largura, mergulhando nas distâncias interiores. Os que naqueles primeiros dias de Brasil viram o trecho de serra acima, reconhecendo que pouco perdia para as vias de Portugal, quiseram saber: “Que é isto? Quem realizou este trabalho?” “Peabiru!”, respondeu o nativo.
Relatos da presença de São Tomé 1502. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 Relacionamentos • Cidades (2): Capão Bonito/SP, Iguape/SP • Temas (4): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Léguas • São Tomé esteve aqui - revista.istoe.com.br 9 de agosto de 2006, quarta-feira O Brasil já tem a sua versão do célebre Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Um novo roteiro de peregrinação, envolto por lendas religiosas, une-se à oferta de aventuras em meio às trilhas na Mata Atlântica, entre pastagens, plantações, bosques e a nascente do rio Paranapanema. São 200 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, que liga Capão Bonito a Iguape, no litoral. O percurso, batizado de Caminho de São Tomé, foi inaugurado por uma comitiva de 30 pessoas. É feito, na média, em cinco dias. Há uma lenda recorrente de que São Tomé, o apóstolo que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo – vem daí o bordão “ver para crer” – teria andado pela região para catequizar os índios e se tornado um dos primeiros “homens brancos” a chegar nas Américas. Em vez de participar de missões na Europa e no Oriente, ele teria optado por desbravar novos mundos. A presença de São Tomé na região vem de relatos escritos por jesuítas portugueses que chegaram entre 1502 e 1506. Os religiosos encontraram os índios guaranis com idéias monoteístas e noções de catolicismo. Os ensinamentos eram atribuídos pelos guaranis a um tal de Pai Sumé, descrito por eles como um homem alto de barbas brancas e roupas de linho e cinto de couro. Seria, segundo jesuítas, o apóstolo Tomé. Outros atrativos do caminho dizem mais sobre a história do Brasil. O roteiro passa pela Serra da Macaca, no Vale do Ribeira, onde durante a ditadura o revolucionário Capitão Lamarca escapou de um cerco de milhares de militares. Abriga também cavernas que serviram de esconderijos para combatentes paulistas na revolução de 32. Segundo o secretário de Turismo de Capão Bonito, Gilson Kurtz, a idéia é utilizar a trilha para incrementar o turismo na região, que não foi incentivado, em parte, pela idéia de preservar a Mata Atlântica. Para se tornar um peregrino oficial, basta comprar um passaporte no Museu de Arte Sacra de Capão Bonito. Custa R$ 5. Como as pousadas da região são baratas, não se gasta mais do que R$ 100 com hospedagem e alimentação em todo o trajeto. Quem tiver mais pressa, pode ir de jipe ou a cavalo. O resto é reunir fôlego. E andar com fé.
Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil 1507. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Temas (6): Caminho do Peabiru, Estreito de Magalhães, Geografia e Mapas, Pela primeira vez, Santa Ana, Trópico de Capricórnio ![]() • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã. Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas. Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
Der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt 1508. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 Relacionamentos • Temas (1): Caminho do Peabiru • “O Índio Etiguara” e o “Caminho de São Tomé”? Jornal O Apóstolo 1 de setembro de 1946, domingo
A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel 12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:27 Relacionamentos • Cidades (1): Malaca/MAL • Pessoas (2) Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Nuno Manoel (1469-1531) • Temas (9): Caminho do Peabiru, Cruzes, Estreito de Magalhães, Graus, Ilha da Madeira, Ilha de Santa Catarina, Pela primeira vez, Rio da Prata, Sabarabuçu ![]() • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta: “Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.” A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5. Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença.
• A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1 de janeiro de 1996, segunda-feira
• São Tomé, o Apóstolo que tocou as chagas – 03 de Julho. templariodemaria.com 3 de julho de 2023, segunda-feira
Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” 1515. Atualizado em 24/10/2025 20:40:06 Relacionamentos • Pessoas (1) Nuno Manoel (1469-1531) • Temas (7): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, El Dorado, Ouro, Prata, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio ![]() • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136] À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava? Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173] Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse. Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade. Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91]
• “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* 1 de outubro de 1971, sexta-feira
São Thomé 1516. Atualizado em 24/10/2025 20:40:06 Relacionamentos • Pessoas (1) Nuno Manoel (1469-1531) • Temas (1): Caminho do Peabiru ![]() • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136]
Atualizado em 07/11/2025 04:28:09 Esiguara
• 1°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas 1 de maio de 1538, domingo "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´. ver mais • 2°. O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 2020
• 1°. Apóstolo Thomé
Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires 1538. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 Relacionamentos • Cidades (1): Buenos Aires/ARG • Pessoas (3) Alonso Vellido, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Bernardo de Armenta • Temas (4): Caminho do Peabiru, Franciscanos, Gentios, Rio da Prata • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé. Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica. Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 . No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado? O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153]
• A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1 de janeiro de 1996, segunda-feira
Atualizado em 07/11/2025 04:28:16 Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas ![]() Data: 2024 21/04/2024
• 1°. Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1863 O rio Paraná-pané, cujo nome significa é estéril de peixe, se bem que possante em águas não produz criatura vivente, até que misturando suas águas com as do Pirapó com elas se enriquece de peixes. Nasce este rio, nas remotas campinas de Caayù sobre as eminentes cordilheiras do Brasil, povoadas antes de inumeráveis nativos, mas hoje desertas pelas caçadas dos portugueses. Elevadas e frondosas árvores que parecem querer subir ás nuvens coroam seus vales. Neles encontram plantas aromáticas, madeiras incorruptíveis, cedros, louros, paus amarelos, pau-brasil, e outras mui olorosas e medicinais com varas virtudes, de agradável diversidade e de vivas e variadas cores. Povoaram suas vistosas margens vinte e cinco grandes povoações que bebiam de suas águas; mas existiam muitas outras famílias em crescidíssmo número que viviam sem governo e sem domicilio fixo. Estes nativos plantavam, deitando fogo no terreno e faziam duas colheitas uma no outono, e outra na primavera, porém eram mui preguiçosas para o trabalho, e portanto apesar da fertilidade do solo como pouco trabalhavam, pouco colhiam e continuavam sempre miseráveis. Só sacudiam sua preguiça em ocasiões de guerra que tinham a miúdo com os Tupys do Brasil. Uns e outros comiam seus prisioneiros em festins. Estes nativos tinham notícia bem que confusa do que há um Deus criador do universo, que todo o gênero humano teve princípio em Adão e Eva; que tudo pereceu pelo dilúvio, salvando-se Noé e sua família na arca. Diziam que Pay Zumé (Apóstolo São Thomé) tinha ensinado esta doutrina a seus maiores; porém nenhum culto tributavam a Deus, nem a outra criatura qualquer. A poligamia simultânea, não é unicamente neles um distintivo de autoridade porque se julgavam mais poderosos, segundo o maior número de concubinas que tinham: mas nesse uso encontravam utilidade, não só para satisfazer seus desejos lascivos, senão também para terem mais copiosa provisão de bebidas que as mulheres preparavam com milho, frutas silvestres e com mel que se encontra copiosamente nos matos, e quanto maior era o número de suas mulheres, maior era quantidade de licores com que saciavam sua paixão desenfreada a embriaguez. [Páginas 252 e 253 do pdf] A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidas. Faltam monumentos antigos que testifiquem a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões. Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano, trataram difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer. ver mais • 2°. “O Índio Etiguara” e o “Caminho de São Tomé”? Jornal O Apóstolo 1 de setembro de 1946, domingo • 3°. A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1996 Em princípios de 1538, após infrutíferas tentativas de entrar no Rio da Prata, a nau Marañona foi arrastada pela tempestade e se refugiou no porto de São Francisco. Desembarcando com seus companheiros, Frei Bernardo de Armenta não perdeu tempo e iniciou o trabalho de Evangelização. Foi auxiliado por três espanhóis da expedição de Caboto que tinham ficado na terra catarinense e que conheciam a língua nativa. A 1° de maio de 1538 Frei Bernardo escreveu a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas: "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´. Estas palavras deixaram os nativos muito impressionados. Esiguara desempenhara o papel de precursor. Em São Francisco, os frades encontraram este campo favorável devido a ele. Esiguara foi um tipo de pregador ambulante servindo-se de linguagem apocalíptica, que tão fundo calava na receptiva alma carijó. O campo estava fertilizado pela sua palavra. Também lhes ensinara entoar hinos e cânticos, através dos quais aprenderam a guardar os mandamentos e a ter uma só mulher de remota consanguinidade. Quando chegaram os espanhóis, náufragos da expedição de Alonso Cabera, os Carijós julgaram que fossem os irmãos dos discípulos de São Tomé. Receberam-nos com muito amor, levando-os para as suas aldeias, dando-lhes comida e bebida e varrendo os caminhos por onde andavam. Alguns discípulos de Esiguara receberam os frases com incrível alegria e chegavam a ser chatos, no dizer do Frei Bernardo, com tantos agrados que faziam. Continua o frade: "Tão grande é o número de batizados quase nada podemos fazer afora deste ministério. Nem para dormir ou comer há quase tempo. De boa vontade casam com uma só mulher e os que estavam acostumados a ter mais de uma, separam-se das outras. Os velhos, dos quais alguns tem mais de 100 anos, recebem com mais fervor a fé, e o que de nós aprendem, comunicam-no publicamente aos outros". Frei Bernardo de Armenta viu que sozinho não daria conta do ministério. Entusiasmado, pediu que fossem enviados pelo menos 12 confrades de vida apostólica das Províncias de Andaluzia e dos Anjos, conforme escreveu ao Dr. Juan de Bernal Diaz de Luco:"São tão grandes as maravilhas que Nosso Senhor realiza entre eles que não saberia contar, nem haveria papel suficiente para descrevê-las. Portanto, em nome daquele amor que Jesus Cristo teve pelo gênero humano em querer-nos redimir na preciosa árvore da Cruz, pois toda a sua obra foi para salvar e redimir almas, e aqui temos tão grande tesouro delas, peço que V. Mercê assuma esta empresa como sua e fale a S. Majestade e a esses senhores do Conselho, para que favoreçam tão santa obra, e o favor será que nos enviem 12 frades de nossa Ordem de São Francisco, que sejam acolhidos, e que S. M. os peça na Província de Andaluzia e na dos Anjos. E encarregue S. M. aos provinciais destas Províncias que enviem frades como Apóstolos. E, além disso, que S. M. envie um feitor seu que traga trabalhadores que não tenham ofício de conquistadores." Este último pedido é indicativo do projeto evangelizados de Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón: pedem lavradores que não sejam conquistadores, e missionários que não acompanhem a Conquista. Conforme anotaremos depois, os dois frades tinham muito claro que o anúncio do Evangelho não podia se resumir a um apêndice da obra conquistadora, incapaz de se livrar da violência e da morte. Estavam convencidos, igualmente, de que o trabalho apostólico ultrapassava a fronteira nitidamente religiosa e se deveria fazer muito para a promoção do nativo: "Venham também muitos camponeses com perito chefe agricultor, que mais proveitosos são do que os soldados, porque estes nativos devem ser convencidos pelo amor, não pelo ferro". Dá importância às ferramentas, às espécimes de gado, ovelhas, sementes de cana-de-açúcar, algodão, trigo, cevada e todas as qualidades de frutas, sem esquecer de contratar também mestres de açúcar, para montar engenhos. Inclui também artistas. Os lavradores que chegassem a São Francisco ou à Ilha de Santa Catarina deveriam estabelecer estreita colaboração com os nativos, que poderiam ajudá-los a plantar canaviais e lavrar as roças. A este projeto missionário deu o nome de "Província de Jesus". Podemos afirmar que, de um lado, Frei Bernardo de Armenta possuía entusiástico espírito apostólico e se achegou ao nativo sem preconceito, alimentado pelo amor e não pelo interesse; por outro lado, não escapou do projeto colonizador, ao pedir que chegasse agricultores andalusos para trabalhar as terras, das quais fatalmente os carijós passariam a ser servos, deixando de ser donos. Tal entusiamo fez com que o chefe da expedição temesse perder os frases. Por isso, proibiu-os de saírem da embarcação, o que não amedrontou a Armenta e Lebrón, que ameaçaram Cabrera de excomunhão por violar a liberdade eclesiástica, o Direito Canônico e os privilégios franciscanos, pois não tinha autoridade sobre eles, que não foram enviados pelo Rei e nem socorridos pela sua Fazenda. Quanto a eles, permaneceram no território catarinense, enquanto seus companheiros foram para o Rio da Prata. Então desceram ao sul, fundando uma missão entre os nativos carijós na região chamada Mbiaça (Laguna). Percorreram o litoral catarinense num raio de 80 léguas. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf] 4.2 - O Mito do Pai Sumé Em sua carta a Juan Bernal Diaz de Luco, a 1° de maio de 1538, Bernardo de Armenta fala que Esiguara anunciava a seu povo que após ele "viriam os verdadeiros discípulos de São Tomé"." Isto que dizer que já estava vivo no meio carijó o mito Apóstolo Tomé que teria estado na América e anunciado a Evangelização posterior. Estamos diante de um mito cujo desenvolvimento supõe o encontro de três tradições: a dos primeiros cristãos americanos, a dos primeiros frades e a dos jesuítas. Os primeiros cristãos que chegaram à América devem ter utilizado o mito para convencer os nativos a aceitarem o Evangelho. No Paraguai, Perú, Bolívia já se tinha implantado o mito. Com a chegada de Frei Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón, os nativos devem ter fundido neles a imagem mítica de São Tomé nas Américas. Os frades entendiam sua missão não como um trabalho estável, mas como preparação para a chegada de outros evangelizados, o que de fato ocorreu em 1539, com a chegada de seis franciscanos ao Rio da Prata. Isto confirmou as palavras que se colocavam na boca de São Tomé: "Chegaram outros sacerdotes em suas terras, e que alguns virão apenas rapidamente, pera logo retornar, mas que os outros sacerdotes, que chegarão com cruzes nas mãos, esses serão seus verdadeiros padres, e ficarão sempre com eles, os farão descer até o rio Paranapané, aonde farão duas grandes reduções, uma na boca do Pirapó e outra no Itamaracá". São exatamente os dos locais onde, naquele tempo, os jesuítas organizaram as reduções de Loreto e Santo Inácio. Neste momento já estamos diante da terceira tradição: a dos Jesuítas, que identificaram o mito do Pai Sumé (São Tomé) com os frades, com ele buscando legitimidade histórica e religiosa para seu trabalho. Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. [Página 64, 6 do pdf] ver mais
• 1°. Esiguara "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.
Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546 20 de janeiro de 1546, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 Relacionamentos • Cidades (1): Madrid/ESP • Pessoas (2) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Bernardo de Armenta • Temas (1): Franciscanos • A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1 de janeiro de 1996, segunda-feira
Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 Relacionamentos • Cidades (1): Coimbra/POR • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (3): Caminho do Peabiru, Escolas, Jesuítas ![]() • A Religião dos Tupinambás 1 de janeiro de 1950, domingo
• “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* 1 de outubro de 1971, sexta-feira "Dizem eles que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus antepassados, e que suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com meus próprios olhos quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais cobre o rio quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali fôra para a Índia." [p. 6]
• História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado "O irmão Vicente Rijo ensina a doutrina aos meninos cada dia, e também tem escola de ler e escrever... Desta forma ir-lhes-ei ensinando as orações e doutrinando-os na fé até serem hábeis para o batismo."
• A Legenda de São Tomé no Brasil e nas Américas. Carlos Sodré Lanna, catolicismo.com.br* 1 de fevereiro de 1993, segunda-feira
• Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre em História - UFSC 1 de janeiro de 2001, segunda-feira Parece claro que muitas menções à presença de São Tomé na América se devem, sobretudo, à colaboração dos missionários católicos, onde incrustaram-se tradições cristãs em crenças originárias dos índios. Parece claro também que a presença das pegadas de São Tomé na América foi associada à passagem de algum herói [Páginas 9 e 10 do pdf]
• Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira "Eles dizem que São Tomé, a quem chamam de Zamé, passou por aqui. E isto ficou dito pelos seus antepassados. E que suas pegadas estão marcadas, próximas de um rio, das quais eu mesmo fui ver, para maior certeza da verdade e vi, com meus próprios olhos quatro pegadas, bem marcadas com seus dedos."
• Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org 8 de maio de 2019, quarta-feira Muito estimado pela sua atuação evangelizadora nas redes sociais, o padre brasileiro Gabriel Vila Verde postou a respeito em seu Facebook: Estava lendo uma carta do Padre Manoel da Nóbrega, onde ele narra os primeiros contatos com os índios aqui na Bahia, em 1549. Segundo ele, os índios relataram sobre um tal “Zomé”, misterioso personagem que andou por aqui. Vamos ao trecho: “Dizem eles que São Tomé, a quem chamam de Zomé, passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia…” Fica então a interrogação! Como os índios poderiam criar uma história dessa? Teria mesmo o Apóstolo Tomé andado por terras brasileiras? Impossível não é, porque o Apóstolo Felipe era levado pelo Espírito de uma cidade à outra na velocidade do vento (Atos 8, 39). Pelo sim, pelo não, fica o registro do padre Nóbrega.
• Vikings no Brasil: MITO OU REALIDADE? ihggcampinas.org 16 de novembro de 2020, segunda-feira
• São Tomé Apóstolo, Mártir Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira 1 de janeiro de 2021, sexta-feira “Dizem eles [os índios] que São Tomé, a quem chamam de Zomé [ou Sumé], passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia” – (cfr Aleteia em português).
• Consulta em tonocosmos.com.br 7 de julho de 2022, quinta-feira “Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”. E, em data posterior, acrescenta: “Dizem os índios que São Tomé passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas sinaladas com seus dedos. Dizem que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali se abrira o rio e passara por meio dele a outra parte sem se molhar. Contam que, quando queriam o flechar os índios, as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho para onde passasse”. Constata-se nesse relato do padre Manoel da Nóbrega a intenção missionária de São Tomé, espalhando por estas plagas brasílicas a palavra de Deus, e deixando visíveis as marcas de sua passagem em vários lugares conhecidos.
“Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” 15 de abril de 1549, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão Rodrigues • Temas (3): Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Jesuítas • O Apóstolo S. Tomé, o Império português e o lugar do Brasil Maria Lêda Oliveira Universidade do Algarve 1 de janeiro de 2005, sábado
• Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar 1 de janeiro de 2015, quinta-feira
• O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 1 de janeiro de 2020, quarta-feira tambem me contou pessoa fidedigna que as raizes que cá se faz o pão, que S. Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis. Estão d’aqui perto umas pisadas figuradas em uma rocha, que todos dizem serem suas. [p. 129]
“Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ” agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (1): Bíblia ![]() • História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira
“Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” 10 de agosto de 1549, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (3) Fernão Cardim (1540-1625), João de Azpilcueta Navarro, Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (11): Biscainhos, Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Curiosidades, Jesuítas, Caminho do Paraguay, Vale do Anhangabaú, Bíblia, Inferno, Nheengatu, Algodão ![]() • Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira “Têm notícia igualmente de S. Thomé e de um companheiro e mostram certos vestígios em uma rocha,que dizem ser deles, e outros sinais em S. Vicente [...] Dele contam que lhes dera os alimentos que ainda hoje usam, que são raízes e ervas e comisso vivem bem; não obstante dizem mal de seu companheiro, e não sei porque, senão que, como soube, as flechas que contra ele atiravam voltavam sobre si e os matavam.” (Carta IV In: Moreau, 2003, p.267 [grifo nosso]).
• Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar 1 de janeiro de 2015, quinta-feira "Dizem eles que S. Thomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados, e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que, quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se lhe abrira o rio, e passara por meio dele sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam flechar os índios, as flechas se tornavam para eles, e os matos lhes faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escárnio. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los." Pelas cartas de Nóbrega, seriam quatro pegadas sobre uma rocha em um rio, "perto" do atual Centro Histórico de Salvador. Seriam provavelmente as pegadas em São Tomé de Paripe, cuja Igreja fica próxima tanto da Baía de Aratu, quanto da Bahia de Todos os Santos. Relatos posteriores indicam que as águas cobriam tanto as pegadas de S. Tomé de Paripe, quanto à de Itapuã, conforme a maré.
Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente 1 de novembro de 1549, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (5): Cananéia/SP, Salvador/BA, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Paranaguá/PR • Pessoas (5) Ambrogio Campanaro Adorno (1500-1565), Diogo Jácome, Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (5): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Jesuítas ![]() • JESUITAS EN LAS AMÉRICAS. Presencia en el tiempo. Jorge Cristian, Troisi Melean e Marcia Amantino (compiladores) 1 de janeiro de 2019, terça-feira
“Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” 13 de Setembro de 1551, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (5): Cristãos, África, Escravizados, Gentios, Jesuítas
Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi 1552. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Domingo Martinez de Irala (1506-1556) • Temas (6): Abayandava, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guayrá, Rio Anhemby / Tietê • “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay 1 de janeiro de 1938, sábado • A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1 de janeiro de 1996, segunda-feira Apenas três citações: 1) Pedro Durantes: "Depois, nesta casa e nas outras que encontrei pelo caminho em seis jornadas que andei pelo Campo, me receberam bem pelo que lhes dava, e porque os nativos que andavam comigo diziam que eu era filho do Comissário a quem eles chamavam de Pai Sumé".
Cacique Martinho 1574. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (2) Bernardo de Armenta, Leonardo Nunes • Temas (2): Caciques, Carijós/Guaranis
Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...” 1584. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (23): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cariós, Cavalos, Estradas antigas, Gados, Gentios, Jesuítas, Léguas, Peru, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Tupis, Escravizados, Nheengatu, Rio dos patos / Terras dos patos, Sertão dos Patos, Porto dos Patos, Canibalismo, Algodão, Graus, Tupi-Guarani ![]() • História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado • VI Congresso Nacional de Educação - ENTRE O FALAR E O ESCREVER: A MEMÓRIA AMERÍNDIA NA AMÉRICA PORTUGUESA (SÉCULO XVI) 24 de outubro de 2019, quinta-feira
Atualizado em 07/11/2025 04:28:17 A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga” ![]() Data: 1954 Créditos: Ernani Silva Bruno Página 39
• 1°. Apóstolo Thomé
Expedições 1592. Atualizado em 24/10/2025 04:14:37 Relacionamentos • Cidades (2): São Sebastião/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Anthony Knivet (1560-1649), Francisco de Sousa (1540-1611) • Temas (4): Caminho do Peabiru, Curiosidades, Tamoios, Tupinambás ![]() • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena. Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil. Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra. Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência. Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.
Chegada junho de 1610. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Cacique Tayaobá (1546-1629) • Temas (13): Atibajiba, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guayrá, Jesuítas, Missões/Reduções jesuíticas, Rio Latipagiha, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Ybitiruzú ou Ybiangui ![]() • “O Índio Etiguara” e o “Caminho de São Tomé”? Jornal O Apóstolo 1 de setembro de 1946, domingo "Após a entrada dos jesuítas no território dos Guaíra (1610), o caminho de Peabirú foi dado como sendo o trilho percorrido pelo Apóstolo São Tomé. A vinda deste ao Novo Mundo era corrente entre os nativos da região do Peabirú e mesmo em sertões ainda não visitados pelos missionários. Não só no Brasil e no Paraguai, mas em toda a América do Sul era voz corrente entre os nativos que ´um homem extraordinário´por aí andara pregando o Evangelho; que fora ele quem ensinara a utilizar a mandioca; e a herva-mate; que predissera o fastígio e a destruição do Guaíra, que anunciara a vinda dos missionários que haviam de pregar as mesmas verdades como ele. Numa rocha á margem do Piquirí diziam haver as pegadas de SUMÉ ou ZUMÉ ou TOMÉ" etc. Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508, muito antes de chegarem os jesuítas ao Brasil e contudo já se refere a mesma tradição (de São Tomé) na costa do Brasil.
Carta do padre José Cataldino ao provincial padre Diogo de Torres 1613. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) José Cataldino (1571-1653) • Temas (3): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Rio Latipagiha ![]() • Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1 de janeiro de 1863, quinta-feira "Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos."
António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família 1619. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Salvador/BA • Pessoas (1) Antônio Vieira (1608-1697) • Encontro de mundos: o imaginário colonial brasileiro refletido nos sermões do padre Antônio Vieira 1 de janeiro de 2006, domingo Vieira diz: "Mas Tomé, que teve a maior culpa (de incredulidade), vá pregar aos gentios do Brasil, e pague a dureza de sua incredulidade com ensinar a gente mais bárbara e mais dura."Porque esta é a diferença que há de umas nações a outras. Nas da Índia muitas são capazes de conservarem a fé sem assistência dos pregadores; mas nas do Brasil nenhuma há que tenha esta capacidade. Esta é uma das maiores dificuldades que tem aqui na conversão. Há de se estar sempre ensinando o que já está aprendido, e há de se estar sempre plantando o que já está nascido, sob pena de se perder o trabalho e mais o fruto.Apesar de defender a liberdade dos nativos, Vieira reconhece que, sem o seu trabalho escravo ou servil, não haveria possibilidade de funcionamento da estrutura sócio-econômica montada pela metrópole na colônia. Esta posição é verificável no "Sermão da Primeira Dominga da Quaresma", pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de 1653: "Este povo, esta república, este Estado, não se pode sustentar sem nativos." [p. 88]
“História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639) 1627. Atualizado em 24/10/2025 04:15:34 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Antonio Dias Adorno (1535-1583), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Marcos de Azevedo • Temas (9): Banana, Buraco de Prata, Caminho do Peabiru, Cananéas, Farinha e mandioca, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Peru, Prata ![]()
“História do Brasil”, Livro I em que se trata do descobrimento do Brasil, costumes dos naturais, aves, peixes, animais e do mesmo Brasil. Frei Vicente do Salvador (1564-1639) 20 de dezembro de 1627, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:34 Relacionamentos • Cidades (3): Jaguaripe/BA, Salvador/BA, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591) • Temas (8): Descobrimento do Brazil, Fortes/Fortalezas, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu
“Do lado espanhol” 1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10 Relacionamentos • Cidades (3): Londrina/PR, Sorocaba/SP, Assunção/PAR • Pessoas (4) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Francisco Diaz Tanho (n.1593), Nicolas del Techo (1611-1680) • Temas (24): Aldeia de Tabaobi, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Cemitérios, Engenho(s) de Ferro, Estradas antigas, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Peru, Piqueri, S Miguel do Ybituruna, São Miguel das Missões, Taiati (São Francisco Xavier), Ybitirembá, Ybitiruzú ou Ybiangui, Redução Santo Thomé, Rio Corumbataí, Rio Latipagiha ![]() • “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay 1 de janeiro de 1938, sábado
• “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
O Frei Antonio de la Calancha (1584-1654) publica, em Barcelona (Espanha), a "Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho no Peru" 1631. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10 Relacionamentos • Pessoas (1) Antonio de la Calancha (1584-1654) • Temas (2): Peru, Caminho do Peabiru
Atualizado em 07/11/2025 04:28:15 “Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652)
• 1°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay • 2°. Envio de Diogo Leite
Em seu Sermão do Espírito Santo, o padre Antônio Vieira discorre sobre as razões do envio de São Tomé 1657. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Pessoas (1) Antônio Vieira (1608-1697) • Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira
Atualizado em 07/11/2025 04:28:15 Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. Simão de Vasconcelos (1597-1671) ![]() Data: 1865 Página 51 do pdf
• 1°. Colombo • 2°. Cacique* Não se acovardava com tudo o pequeno rebanho dos vivos, á vista de tantos, e tais mortos. Tinham fé viva que iam estes fundar na outra vida novos colégios, e nova republica na cidade de Deus, cujo costume é substituir iguais, ou mais avantajados aos que leva em empresas semelhantes. Lidava neste tempo o espírito de Nóbrega incansável na conversão dos nativos em São Vicente, e experimentava neles vários efeitos á medida da variedade de sua natureza inconstante; especialmente sobre o vício de matar e comer em terreiro aos inimigos. É notável nesta matéria o caso seguinte. Corria o princípio de Janeiro dol presente ano, e foram-se ás escondidas dos padres quantidade de nativos das aldeias de Pirátininga a um lugar por nome Jaraibatígba, aonde tinham preparado grandes vinhos para brindarem sobre as carnes de um Tapuya, que haviam de matar, e comer em terreiro. Obraram seu intento, livremente, porque ficavam muito distantes dos padres: porém voltando não se acharam tão folgados; porque o padre Nóbrega revestido da ira do zelo de São Paulo, depois de repreender gravemente o atrevimento em homens já cristãos, os mais deles, lhes deu penitencias mui graves; e entre elas, que não entrassem na igreja até não irem todos disciplinados de mãe comum (como o foram em suas festas abomináveis) pedindo perdão ao Senhor, que tinham ofendido. Quem vira o arrependimento destes nativos, e a facilidade com que aceitaram as penitencias, diria que não havia gente mais apta para o reino de Deus. Foram todos, sem repugnância alguma, disciplinando-se: iam diante deles seus filhos cantando-lhes as ladainhas, e psalmo Miserere: e depois de feita a penitencia, e reconciliados á antiga graça dos padres, voltaram logo ao vômito. [Página 102, 250 do pdf] Não tinha passado muitos dias, quando indo estes mesmos á guerra, tomaram nela um Goayaná contrário; e voltando com ele para a aldeia, convidados parece de suas boas carnes, determinaram fazer o mesmo que tinham feito em Jaraibatigba: e o que é mais que para prova, que era a causa pública o próprio Principal já cristão por nome Martim Affonso de Mello, mandou alimpar o terreiro defronte das casas dos padres, com tal resolução, festa, e alarido, como se em seu sertão estiveram (que parece não ficam em si nestes casos, ou arrebatados do ódio do inimigo, ou do amor da carne humana, ou do apetite da honra, que cuidam ganham em semelhante ato). Já chegava a ser preso em cordas o pobre Goayaná, já corriam os brindes, já se aprestavam as velhas, repartidoras que haviam de ser das carnes do tries padecente: preveniam fogo, lenha, panelas: em que cozel-as: já finalmente se enfeitava aquele valente triunfador, que havia de ser obrador de tão ilustre feito. Quando neste comenos sentiu o descomedido e arrogante Principal a força do espírito de Nóbrega: o qual, depois de tentados os meios de brandura sem efeito, mandou religiosos resolutos, que quebraram as cordas, largaram o preso, afugentaram as velhas, desfizeram o fogo, quebraram as panelas, e talhas de vinho; e o que mais espanta, senhorearam-se da própria maça, ou espada, com que costumam esgrimir, ferir, e matar nesta ocasiões; e é entre eles o maior agravo. Aqui se deu por afrontado o bom Principal Martim Affonso: gritou, assobiou, bateu o arco, e o pé, apelidou os seus, e ameaçou que lançaria de suas terras gente que não deixava desafrontar-se um Principal de seus inimigos. Pretendeu tornar ao intento; e em lugar da maça, ou espada, houve uma foice as mãos, e quis obrar com ela a morte, que com a espada não podia: porém foi-lhe tirada com tal industria, que ficou frustrado seu intento, e o Goayaná livre. E o fim mais espantoso foi, que quando se podia esperar de um Principal agravado, e vassalos tão inconstantes, um grande desatino; posto diante de todos eles Nóbrega, lhes estranhou com tal resolução, e espírito e fealdade do delito que cometiam homens já da Igreja Deus, que voltando todos as costas se foram como envergonhados meter em suas casas; e passado o furor, e repreendido também o Principal de sua sogra, e mulher; nativas cristãs, e de bom respeito, tornou em si ele, e os demais caíram no mal que fizeram, e foram lançar-se aos pés dos padres a pedir-lhes perdão de sua ignorância. [Página 102, 251 do pdf] • 3°. “Theatrum orbis terrarum. Antuerpiae: apud Christophorum Plantinum”, de Abraham Ortelius (1527-1598) • 4°. O Frei Antonio de la Calancha (1584-1654) publica, em Barcelona (Espanha), a "Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho no Peru" Finalmente, prova-se o assunto que pretendo, de que andou por estas partes o Santo Apóstolo Thomé, por testemunhos infinitos, de todos os Reinos da América, e de todas as gentes, e nações naturais do Brasil, do Paraguay, do Perú, especialmente de Cuxco, Quito, e México; como largamente trata e confirma o Padre Mestre Antonio de la Calancha (1584-1654) no liv. II de sua História Peruana, cap. 2. O que tudo suposto: quem haverá que negue ainda hoje haver-se de ter por certa, tradição tão constante por tantas vias, por tantos Reinos, por tantas nações, e casos tão extraordinários? D´outra maneira negar-se-ha a fé comum da tradição humana em todas as mais coisas, tanto contra o estilo do mundo, e o intento da sagrada Escritura, que diz, Exod. 32. "Interroga patrem tuam, e annuntiabit tibi: maiores tuos, et dicent tibi." Se não pergunto eu: assim como no papel as letras, porque não imprimiram também nas memórias, as espécies das coisas memoráveis? Neguemos logo as façanhas dos Cesares, dos Pompeos, dos nossos Viriatos, Sertorios, e outras historias semelhantes. • 5°. Marsílio Ficino traduziu Platão • 6°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) 1687. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) • Temas (5): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Curiosidades, Jesuítas, Nheengatu • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo 1699. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Pessoas (2) Nicolas del Techo (1611-1680), Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (1): Guayrá • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira “igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”. Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo.
Atualizado em 07/11/2025 04:28:08 Historia da America Portugueza de Sebastião da Rocha Pita (Pitta) ![]() Data: 1925 Página 4
• 1°. Os portugueses só desembarcaram nas terras tupiniquins (tribo de índios que habitavam essa região) em 24 de abril de 1500, e ponto de desembarque não é preciso e tão pouco debatido por historiadores Sobre o Descobrimento do Brasil em 1500, Rocha Pita vem reforçar a corrente que defendia o descobrimento não intencional. Nas suas palavras, uma tempestade terá desviado a frota, “[...] perdidos os rumos da navegação, e conduzidos da altíssima Providencia, mais que dos porfiados ventos, na altura do Polo Antartico, dezaseis grãos, e meyo da parte do Sul, aos vinte e quatro de Abril, avistou ignorada terra, e já mais surcada costa”. Para o reconhecimento do espaço como no aumento da própria fé cristã, Rocha Pita indica-nos que D. João III “[...] empenhou o seu Católico zelo na empreza, assim das terras, como das almas do Brasil” • 2°. Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro • 3°. Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias
Atualizado em 07/11/2025 04:28:11 “História da Companhia de Jesus da província do Paraguai”, Pedro Lozano (1697-1752)
• 1°. O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente • 2°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi Peabirú - De "pe", estrada e "abirú", de abi, "cabelo". "Por esta província de Tayaobi corre o caminho dourado, pelos Guaranis Peabirú e pelos Espanhóis de Santo Tomé; tem oito palmos de largura, em cujo espaço cresce apenas um capim muito pequeno, que pela fertilidade chega a meio metro e embora seco a palha, os campos queimados, nunca a grama do referido caminho sobe mais alto.
por um jesuíta do Paraguai 1 de janeiro de 1747, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (8): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itararé/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Botucatu/SP, Paranaguá/PR • Pessoas (2) Simão Bueno da Silva, Cacique Tayaobá (1546-1629) • Temas (21): Aldeia de Tabaobi, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Maria Leme da Silva, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itararé, Rio Paranapanema, Gualachos/Guañanas, Abayandava, Rio Capitininga, Caminho do Peabiru, Serra de Ibotucatu, Caminho Sorocaba-Botucatu, Ouro, Aldeia de Tabaobi, Cemitérios, Rio Pardo, Rio Capitininga, Peabiru: Iguape ![]()
Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé 1791. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16 15 de março de 1856, sábado. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Itapema/SC, Niterói/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) • Temas (10): Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Lagoa Dourada, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Música, O Sol, Ouro, Ribeirão das Furnas, Vulcões ![]() • Varnhagen: O Homem e a Obra; Revista "América Brasileiro", diretor: Elysio de Carvalho* 1 de março de 1923, quinta-feira Sobre o Brasilbook.com.br |