| Jaime Zuzarte Cortesão  (1884-1960) |
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REGISROS: 26teste1 *Segundo Jayme Cortesão, o continente americano já era conhecido 01/01/14482 *Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão 01/01/1519 2.1 A “Ilha Brasil” de Jaime Cortesão: ideias geográficas e expressão cartográfica de um conceito geopolítico. Francisco Roque de Oliveira Data: 25/02/2017 "A primeira bandeira no papel" traz logo em título a sugestão disso mesmo, sendo o mapa do Brasil inserto no designado Atlas Miller de Lopo Homem-Reinéis (1519) o principal objecto de análise:
""Lá está a grande protuberância oriental da América do Sul, firmemente traçada desde as duas largas aberturas do Amazonas (com o contorno da ilha de Marajó, quase inteiramente delineado) até ao vastíssimo rasgão do estuário do Prata, e parte da costa que se lhe segue ao sul. Ao alto da carta, numa larga cartela, uma legenda em latim ensina que “Esta é a carta da região do Grande Brasil”, situado ao ocidente das Antilhas de Castela, referindo-se a seguir aos habitantes, à fauna e à floresta da nova terra".
É o mapa que Cortesão identifica como aquele que representa "apenas uma primeira fase do mito da Ilha-Brasil", ainda que bastando a legenda que identifica o magni brasilis para termos já demarcada "a entidade geográfica natural e humana" que pretende inconfundível com o resto.
No artigo “A Ilha-Brasil dos vicentistas” – alusão ao momento, no século XVI, em que São Vicente polarizava a instalação da colónia portuguesa nas áreas meridionais do Brasil –, o leitor passará directamente das referências colhidas nos escritos de João Afonso “a uma Ilha Brasil” circum-navegável entre a foz do Amazonas e a boca do Prata para uma seleção de mapas que reproduzem a mesma ideia da ligação entre estes dois grandes rios sul-americanos articulada por um grande lago interior, cuja designação se modifica de mapa para mapa. 3 *Mapa 01/01/15604 Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui 15/05/1648 4.1 Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã Data: 18/01/1948 Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé. 5 *Mapa geral do Brasil, atribuído a Domingos Capacci 01/01/1730 5.1 “A Cartografia histórica: do século XVI ao XVIII”. Biblioteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional, consultado em Data: 06/02/2023 MAPA GERAL DO BRASIL
O mapa, com o título “[Mapa geral do Brasil]”, é atribuído a Domingos Capacci e foi feito por volta de 1730.
Ele descreve a Guiana Francesa, o litoral do Brasil e parte do Uruguai. O mapa mostra o rio Pisón, Cayena, Cabo de Orange, Cabo Norte, Pará, os rios Amazonas, Paranatiba, Paranaíba, Pará e o Tocantins, Maranhão, Canindé, os rios Parnaíba e das Pedras, a serra do Araripe, Ceará, o rio Jaguaribe, o Cabo de São Roque, Rio Grande, Paraíba, Pernambuco, o Cabo de Santo Agostinho, Alagoas, o rio São Francisco, o rio Vaza Barris, Sergipe, o rio Real, a Bahia de Todos os Santos, o rio das Contas, Ilhéus, Porto Seguro, Abrolhos, Porto de Tubarão, Espírito Santo, rio Paraíba, Cabo de São Tomé, Cabo Frio, Marica, Rio de Janeiro, Ilha Grande, a Ilha de São Sebastião, Santos, Cananéia, São Paulo, os rio Grande, Paranapanema, Pardo, Verde, das Mortes, das Velhas e o Paraopeba, Ouro Preto, Cataguases, a Ilha de Santa Catarina, a Lagoa dos Patos, o rio de São Pedro, Castilhos, Cabo de Santa Maria, Maldonado, Bacia do rio da Prata, Baixos dos Ingleses, Baía de Santana, rio Paraguai, Córdoba, o rio Negro, Santa Luzia, Sete Corações, rio da Prata, Assunção, o rio dos Pinhais, a cidade Real, Santo Inácio, São Tiago, a Vacaria, a Serra Pelada, o rio Itatim, o rio Motetey, Chiquitos, Santa Cruz e a Serra dos Seriguanos.
Além disso, mostra a “Divisão Mathematica verdadeira entre as Coroas de Portugal e Castella”, e algumas reduções jesuíticas.
No que tange à história do Brasil cabe ressaltar que a extensa rede hidrográfica brasileira foi importante para que os bandeirantes, a partir dos rios Tietê, Pinheiros, Cotia e Piracicaba alcançassem a bacia do Prata, o Parnaíba e o São Francisco. Cabe destacar que o transporte não era apenas fluvial, como também, aproveitavam as margens dos rios, as trilhas indígenas e os rastros deixados por animais.
De acordo com Jaime Cortesão, as cartas sertanistas e bandeirantes evidenciaram que ao lado da renovação científica da escola cartográfica portuguesa – motivada pela expansão territorial e a formação da nova economia mineira, a qual estava representada de início pelos dois padres matemáticos, Diogo Soares e Domingos Capacci – nasceu pelas mesmas razões no Brasil, e mais especificamente, em São Paulo, uma arte cartográfica nativa, em que “o quadro da cultura portuguesa remonta o primitivismo do aborígine, como uma força constante e essencial”.
No que tange às missões jesuíticas, podemos dizer que no início da colonização do Brasil, a tarefa de conversão dos gentios à fé católica colocava desafios inéditos para os religiosos. Ronaldo Vainfas esclareceu que desconhecendo as sociedades nativas os europeus tinham a impressão de que os índios viviam “sem Deus, sem lei, sem rei, sem pátria, sem república, sem razão”. O grande mérito dos jesuítas, segundo este historiador, consistiu na percepção da humanidade dos nativos da América. E através dos colégios jesuítas, incentivou-se o desenvolvimento de procedimentos capazes de atingir a sensibilidade dos nativos, aproximando-os da cultura cristã. Esta estratégia assentava-se em três convicções básicas: a de que os índios eram tão capazes dos sacramentos quanto os europeus; a de que os índios eram “livres por natureza”; e a de que tinham o caráter de um “papel branco”, em que poderia ser impressa a palavra de Deus. Com estas diretrizes, os jesuítas buscaram na catequese, ante de tudo, a mudança de alguns costumes ameríndios, incompatíveis com a fé católica, como a poligamia e a antropofagia, e para isso, fizeram largo uso da música, da dança, dos autos religiosos e das procissões. Ao contemporizar com alguns modos indígenas, esperando, como argumenta Serafim Leite, tornar mais factível a pregação do Evangelho, revelavam agudo senso prático e compreensão da distância que separava culturas tão diferentes.
Com o tempo, diante dos conflitos com os colonos, que viam nos indígenas uma força de trabalho pouco onerosa, e a partir do desenvolvimento de uma pedagogia, elaborada nos seus colégios, conceberam a idéia de agrupar grandes contingentes de nativos em aldeias relativamente isoladas dos núcleos urbanos, como meio de fazer avançar sua atividade apostólica. Impondo-lhes fainas agrícolas e artesanais contínuas, intercaladas com momentos de lazer e oração, os jesuítas levaram às últimas conseqüências seu projeto missionário, cuja tônica era mais civilizacional do que religiosa.
Vainfas salientou que a Coroa apoiou à organização desses aldeamentos, cuja expressão final foi o Regimento das Missões (1686), que somava à jurisdição espiritual o privilégio de administrá-los temporalmente. Essa política converteu-se, de um lado, em motivo de tensão permanente com os colonos, sempre ávidos de mão-de-obra indígena. De outro lado, ao fixar populações seminômades e alterar radicalmente seu modo de vida, os aldeamentos desarticulavam as culturas indígenas, o que foi objeto, posteriormente, de forte crítica historiográfica.
É importante salientar que antes mesmo da ocupação da América, o domínio legítimo das regiões descobertas ao rastro da expansão marítima de Portugal e Espanha tornou-se objeto de disputas envolvendo ambas as Coroas. Após a primeira viagem de Cristóvão Colombo, insatisfeitos com a arbitragem da Santa Sé por meio das bulas de 1493, os reis de Portugal e Espanha celebraram em 1494 o Tratado de Tordesilhas, realizado diretamente entre dois soberanos temporais, prescindiu da mediação do papa como representante de Deus na Terra. Ele partilhava as conquistas espanholas e lusas entre os dois hemisférios, a ocidente e a oriente, respectivamente, de um meridiano situado a 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde.
Entretanto, a sua aplicação foi minada desde o início pela imprecisão das medidas adotadas, pela ausência de indicação de qual das ilhas do mencionado arquipélago serviria de referência e pela magnitude dos obstáculos para delimitar, no terreno americano, o meridiano traçado nos mapas ainda precários da época. Na América, à sombra das cláusulas de Tordesilhas assistiu-se, nos cerca de dois séculos e meio seguintes, a um duplo movimento de expansão territorial, no qual sobressaíam, do lado luso-brasileiro, em virtude das condições geográficas e da União Ibérica (1580-1640), as bandeiras paulistas e amazônicas, responsáveis pela obtenção de novas fontes de riqueza e pelo desenho dos limites da Colônia.
Deve-se ressaltar que um dos embates entre as duas frentes de colonização surgiu na região platina, em lugares cuja localização já não guardava qualquer vínculo com os parâmetros fixados anteriormente. Assim, eles acabaram por dar origem em 1750, ao Tratado de Madri, que teve como negociadores Alexandre de Gusmão e José de Carajal y Lancaster. Através deste Tratado, Portugal adquiriu a posse legal do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e da Amazônia, regiões situadas a oeste da linha de Tordesilhas. Por outro lado, em troca da área dos Sete Povos das Missões, reconhecia a soberania espanhola sobre a Colônia de Sacramento, povoação fundada em 1680, na margem norte do estuário platino.
Esta região foi foco de conflitos político-militares, para os quais concorriam as ambições portuguesas de estender o território do Brasil até o mencionado rio e o papel daquela localidade como importante veículo de contrabando com a praça de Buenos Aires para a obtenção da peata andina, a Colônia do Sacramento seria ainda tomada e restituída várias vezes nos anos posteriores.
REFERÊNCIAS
CORTESÃO, Jaime. História do Brasil nos velhos mapas. Rio de Janeiro: Instituto Rio Branco, 1957. Tomo II.
História da expansão portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional : Casa da Moeda, 1993.
GÓES FILHO, S. S. Navegantes, bandeirantes, diplomatas: um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
LEITE, Serafim S. Breve história da Companhia de Jesus no Brasil, 1549-1760. Braga: Apostolado da Imprensa, 1993.
MONTEIRO, John M. Negros da terra. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
PINTO, Alfredo Moreira. Apontamentos para o Diccionario Geographico do Brazil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1899.
REIS, A. C. F. Os Tratados de limites. In: HOLANDA, S. B.(org.). HGCB. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989. v.I, p. 364-379.
VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. 6 *Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses, por Jaime Cortesão 01/01/1940 mancionado eM: Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia Data: 13/03/20237 *História da Companhia de Jesus, Tomo I, Livro III 01/01/19438 Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã 18/01/1948 mancionado eM: Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui Data: 15/05/16489 *A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão 01/01/1955 9.1 *“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística Data: 01/01/2005 Atento, pois, à importância da língua da terra, Martim Afonso de Souza,comandando a expedição de 1530, ordenada por um D. João III motivado pela cobiça de ouro e prata que se noticiava haver em abundância na bacia do Prata e pela preocupação do aumento da invasão da costa brasileira por flibusteiros franceses (CORTESÃO, 1955:77-87), fez-se equipar de dois excelentes línguas em sua missão também de caráter exploratório, de defesa e colonizador. Um deles era Enrique Montes, na condição de provedor da armada, “que habitara terras catarinenses durante doze anos” (CORTESÃO,1955:51, 95-6, 101 e 111); o outro era o piloto Pero Anes (CORTESÃO, 1955:111 e 114). Com sua equipe de homens, entre os quais se incluíam esses intérpretes (...) 10 *Pauliceae Lusitana Monumenta Historica 01/01/195611 *Pombal, os Jesuítas e o Brasil, 1961. Inácio José Veríssimo 01/01/196112 *“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 01/01/196913 *Nobiliarchia Paulistana Histórico e Genealógica, Tomo I, 1978 01/01/197814 *Cortesão, Jaime (1990). Os descobrimentos portugueses, Volume 3. [S.l.]: Imprensa Nacional-Casa da Moeda 01/01/1990 14.1 Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia Data: 13/03/2023 Duarte Peres - No entanto, Ruy Díaz de Guzmán, em La Argentina de 1612 afirma que o nome do bacharel teria sido Duarte Perez. Essa hipótese é corroborada pelo historiador português Jaime Cortesão, que afirma em seu livro Descobrimentos Portugueses que a personagem teria sido trazido em uma expedição não oficial de Bartolomeu Dias em 1499. Ernesto Young, no entanto, argumenta que esse seria outra pessoa devido a falta de evidências. 15 Bandeirantes tinham origem judaica - folha.uol.com.br 05/09/200416 *Novos elementos para a história de São Paulo Paulistas cristãos-novos contra os jesuítas - Anita Novinsky Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 01/01/200517 *“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística 01/01/2005 mancionado eM: *A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão Data: 01/01/195518 Mapa dito de Cantino 1502, Tratado de Tordesilhas 1494 e Verdadeiras Antilhas, afmata-tropicalia.blogspot.com 09/03/201019 *CARTOGRAFIA DAS RELAÇÕES - As condições da produção intelectual e os percursos da escrita histórica de Jaime Cortesão no Brasil (1940-1957) 01/01/201520 O sertão e a geografia. André Heráclio do Rêgo 27/01/201621 A “Ilha Brasil” de Jaime Cortesão: ideias geográficas e expressão cartográfica de um conceito geopolítico. Francisco Roque de Oliveira 25/02/2017 mancionado eM: *Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão Data: 01/01/151922 *O Bacharel de Cananéa, youtube.com/watch?v=P6mLSiDE8s8 01/01/202123 *O Descobrimento do Brasil e outros ensaios 01/01/202124 O Misterioso “Bacharel de... 29/07/202125 “A Cartografia histórica: do século XVI ao XVIII”. Biblioteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional, consultado em 06/02/2023 mancionado eM: *Mapa geral do Brasil, atribuído a Domingos Capacci Data: 01/01/173026 Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia 13/03/2023 mancionado eM: *Cortesão, Jaime (1990). Os descobrimentos portugueses, Volume 3. [S.l.]: Imprensa Nacional-Casa da Moeda Data: 01/01/1990 |
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