Para se responsabilizar pelo projeto e construção do Grande Hotel, foi escolhido um engenheiro de nacionalidade alemã chamado Hermann von Puttkammer (1842-1917). Conforme as informações de familiares obtidas no já recuado ano de 1993, Puttkammer fora um estudante de escola militar, tendo vindo para o Brasil fugido de seu país por razões mal esclarecidas. Consta que Puttkammer apresentava marcas pelo corpo, motivadas talvez “por algum castigo recebido por ter tomado parte num levante de estudantes”. Pelo que afirma Sérgio Coelho num artigo escrito para O Estado de São Paulo, conservado no arquivo do Instituto Martius-Staden, Puttkammer chegou aqui em 1865 acompanhando um amigo seu, Luís Mateus Maylasky (1838-1906), depois Visconde de Sapucaí (título nobiliárquico concedido por monarca português). Húngaro de origem judaica, Maylasky, por sua vez, imigrou quase banido “após bater-se em duelo fatal”, o que nos faz supor que ambos tenham deixado a Europa por uma razão comum.
Por terem sido recomendados ao superior da Ordem de São Bento, dirigiram-se à Sorocaba, cidade onde esse monge residia. Originário de uma antiga família aristocrática pomerana, detentora de título de barão, Puttkammer era primo por afinidade do Príncipe de Bismarck (uma prima sua, Johanna, irmã do homem de estado Robert von Puttkammer, era esposa do chanceler alemão). De acordo com sua neta, D. Helena Xavier, falava sete línguas, entre elas russo, inglês e francês. Trouxe com ele para o Brasil quatro filhos do seu primeiro casamento, de três dos quais conhecemos o nome: Carlos, Luís e Jorge. Aqui casou-se novamente com Agnes, de Berlim, que lhe deu mais dois filhos, um dos quais, Wolfgang, pai de D. Helena. Na verdade, os filhos do primeiro casamento não se davam com os meios-irmãos, pois “tinham o nariz empinado”, contou-nos D. Helena.
O húngaro Luiz Matheus Maylasky emigrou para São Paulo em 1865 com a roupa do corpo. Do Mosteiro de São Bento, seu primeiro abrigo, seguiu para Sorocaba, onde se dedicou ao comércio de algodão. Lá, fundou e dirigiu por dez anos a Estrada de Ferro Sorocabana.Durante o encilhamento, já no Rio de Janeiro, Maylasky especializou-se no lançamento de ações de ferrovias. Foi fundador da Estrada de Ferro Montes Claros; incorporador da Ferrovia da Vitória; diretor da Estrada de Ferro Sul Paulista; e gestor da Viação Férrea Sapucahy, que pretendia ligar o bairro bairro de Botafogo a Angra dos Reis pela costa. [p. 33]
8.2) – Luiz (1873): em Piracicaba, Livro de Batismos de março de 1872 a set de 1874, imagem 49, em 1-2-1873, batizado de Luiz, de 1 mês e meio de vida, filho do Dr. Hermann Putthamer/ Puttkamer e Isabel Diehl, sendo padrinhos Luiz Matheus Maylasky e sua mulher Dona Ana Theodora de Andrade Maylasky, de Sorocaba, por procuração apresentada por Bento Barreto do Amaral Gurgel e Christina B. do Amaral. Maylasky é figura importante da história de São Paulo no séc XIX, pioneiro da cultura algodoeira e das ferrovias paulistas.
VISCONDE DE SAPUCAÍ - Luiz Matheus Maylasky - Prato RASO EM porcelana, aba delimitada por filete dourado e friso EM LAUREL; no centro da caldeira inicial S sobre duplo S invertido, pertencente a Luiz Mateus Maylasky; no reverso marca Charles Pillivuyt; 21,5 cm de diâmetro. Reproduzido à página 72 do livro Louça Histórica do Museu de Arte da Bahia. França, séc. XIX. 23 CM DE DIAMETRONOTA: Luiz Matheus Maylasky, visconde de Sapucaí (Koice,21 de agostode1838 Nice,15 de novembrode 1906), foi um militar austro-húngaro.
Nasceu no atual território da Eslováquia. Ainda na metade do sec. XIX, chegou a Sorocaba, São Paulo. Foi acolhido pelos padres do mosteiro, logo estes, reconheceram que tratava-se de alguém de raros conhecimentos, pois falava diversos idiomas e, com especialidade o latim. Conseguiu desde logo, grangear simpatias entre o povo da cidade. Uma vez assim relacionado pelo seu modo culto, tornou-se em pouco tempo o homem, que mais tarde, devia prestar relevante serviços ao povo paulista. Em Sorocaba, na rua da quitanda, hoje rua Maylasky, esquina da rua da Penha, existia num prédio antiquíssimo, um velho descaroçador de algodão movido à vapor ao qual muito tempo não funcionava, devido à sérios desarranjos na máquina.
O húngaro Luiz Matheus Maylasky emigrou para São Paulo em 1865 com a roupa do corpo. Do Mosteiro de São Bento, seu primeiro abrigo, seguiu para Sorocaba, onde se dedicou ao comércio de algodão. Lá, fundou e dirigiu por dez anos a Estrada de Ferro Sorocabana.Durante o encilhamento, já no Rio de Janeiro, Maylasky especializou-se no lançamento de ações de ferrovias. Foi fundador da Estrada de Ferro Montes Claros; incorporador da Ferrovia da Vitória; diretor da Estrada de Ferro Sul Paulista; e gestor da Viação Férrea Sapucahy, que pretendia ligar o bairro bairro de Botafogo a Angra dos Reis pela costa. [p. 33]
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