Somente básico Selecionar ano
A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 5 de abril de 1560, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 Relacionamentos • Cidades (7): Cubatão/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (9) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (44 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Fernão d’Álvares (n.1500), João Ramalho (74 anos), Lopo Dias Machado (45 anos), Manuel da Nóbrega (43 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (90 anos), Mem de Sá (60 anos), Piqueroby (1480-1552) • Temas (23): Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Confederação dos Tamoios, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Maria Leme da Silva, Porto das Almadias, Rio Cubatão em Cubatão, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Trilha dos Tupiniquins, Vila de Santo André da Borda
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
• Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo 1 de janeiro de 1888, domingo No ano de 1560, o governador geral Mem de Sá, visitando a capitania e indo a São Vicente e Paratininga, tomou a picada que, através da serra de Paranapiacaba, era a mais trilhada pelos nativos em seu trajeto para o litoral. Principiava o caminho na raiz da serra, no porto de Santa Cruz do rio Cubatão, denominado primitivamente porto das Armadias, e em terras de Ruy Pinto, e no lanço da serra que atravessava as ingremidades e alcantis de mui difícil acesso. Compreendeu logo o governador que outro caminho convinha abrir, afim de facilitar a comunicação de beira mar para o interior. Neste intuito dispôs que se abrisse o novo caminho por melhores localidades, encarregando desta tarefa ao padre Anchieta, que de bom grado a desempenhou, aproveitando-se de um trilho feito também pelos nativos, e por ele conhecido, o qual veio a se chamar - caminho do padre José. [Página 265]
• História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) 1 de janeiro de 1920, quinta-feira 113. Em um destes portos, chamados Cubatões, que ficava em terras pertencentes n´outro tempo aos Jesuítas do Colégio de Santos, e agora a Luiz Pereira Machado, foi desembarcar o primeiro Donatário, o qual deu o nome de Porto de Santa Cruz, trocado por este apelido o que antes tinha de Porto das Armadias, segundo declara o dito Martim Afonso na carta de Sesmaria por ele concedida a Ruy Pinto. Entrava-se para ele pelo esteiro chamado Piraiquê, o qual faz confluência com o Rio do Cubatão geral pouco acima da Ilha do Teixeira, assim denominada, por ter sido do Capitão-mór, e Provedor da Real Casa da Fundição, Gaspar Teixeira de Azevedo: hoje chamam-lhe Piassaquéra, nome composto do substantivo piassaba, que significa porto, e do adjetivo aquéra coisa velha, ou para melhor dizer, antiquada. Aqui deu princípio á sua viagem para o campo de Piratininga pelo caminho de que se servirão os portugueses até o ano de 1560, em que o Governador Geral do Estado Mem de Sá, vindo a esta Capitania, ordenou, que ninguém o frequentasse, por ser infestado de nativos nossos contrários, substituindo em seu lugar a estrada do Cubatão Geral, a que as Sesmarias antigas chamam Caminho de Padre José, por o ter aberto, ou concertado o Venerável Padre José de Anchieta. [Páginas 175 e 176]
• S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay 1 de janeiro de 1920, quinta-feira
• O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949* 1 de agosto de 1949, segunda-feira
• “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2). Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112). É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar. Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos. Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores.
• “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* 1 de outubro de 1971, sexta-feira "Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema".
• Breves Notas às Cartas de José de Anchieta. Eduardo Tomasevicius Filho, Doutorando em Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo 1 de janeiro de 2004, quinta-feira (...) (Anchieta) ao relatar em 1560 que trabalhava continuamente para a conversão dos índios à fé católica e, por conseqüência, aos hábitos europeus de vida familiar: "Porque os adultos, aos quais o mau costume de seus pais quase se converteu em natureza, cerram os ouvidos para não ouvir a palavra de salvação e converter-se ao verdadeiro culto de Deus" (Anchieta, 1560, p. 57). De qualquer modo, é um exemplo interessante que Anchieta experimentou sobre os limites de eficácia do direito, e da inadequação da aplicação de determinadas regras a povos distintos dos quais elas foram criadas. [p. 8 do pdf]
• “Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges 1 de janeiro de 2008, terça-feira Em 1560, esse caminho foi abandonado por ordem de Mem de Sá, governador geral, por causa dos frequentes ataques dos índios. A partir daí, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. O traçado desta trilha aproveitava o vale do rio perequê. Esse caminho foi feito por João Perez, “o Gago”, sujeito rico, que utilizou seus escravos indígenas como mão-de-obra em troca da impunidade pela morte de um escravo que havia assassinado. Quanto à denominação popular Caminho do Padre José, mais tarde aplicada ao novo caminho do Cubatão, teria sido promovida pelos jesuítas. Há um relato do historiador Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) sobre este Caminho: as arrebatadas fortificações em Santos defenderiam o caminho da serra, e que não defendessem, esse caminho se defenderia por si mesmo, porque embora fosse chamado o caminho do Padre José era um caminho do diabo, que se vencia trepando com as mãos e pés agarrados às raízes das árvores.
• “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 1 de janeiro de 2008, terça-feira Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto. A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná,provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente. Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, aotentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas asreduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231. Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema,encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, naregião central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack232.O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul,costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fezparte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, comosugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam serem linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação dogovernador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o[roteiro] de humcam.o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo deS. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foydos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto doParanapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o[rio] p.la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica àbeira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, nomédio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] edesde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema,ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suasvertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terraas vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul]234. [Páginas 60, 62 e 63]
• Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo 30 de novembro de 2015, segunda-feira É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País. As imagens do Acervo Estadão mostram um pouco dessa trajetória. Os caminhos até o mar. A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.
• Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia 1 de janeiro de 2019, terça-feira Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi Tipo: Picada Rampa Máxima: Muito variável Largura média: 0,60m Conceito tecnológico básico: Chão batido Grau de interferência nas encostas: Nenhum Período: Até 1500 Principal meio de transporte: A pé Aportes tecnológicos: Empirismo Principal objetivo: Acesso ao litoral Caminho do Padre José Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê Tipo: Picada Rampa Máxima: Muito variável Largura média: 1,00m Conceito tecnológico básico: Chão batido Grau de interferência nas encostas: Muito baixo Período: 1560-1770 Principal meio de transporte: A pé Aportes tecnológicos: Empirismo indígena Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios Novo Caminho de Cubatão Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio das Pedras Tipo: Picadão Rampa Máxima: 20% Largura média: 2,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes, arrimos e estivasGrau de interferência nas encostas: Médio Período: 1770-1790 Principal meio de transporte: A pé e mula Aportes tecnológicos: Experiência europeia. Mestres de obras portugueses Principal objetivo: Abastecimento das expedições para o sertão Calçada de Lorena Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê Tipo: Estrada calçada Rampa Máxima: 20% - 25% Largura média: 3,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimosGrau de interferência nas encostas: BaixoPeríodo: 1790-1841 Principal meio de transporte: Tropa de mulas Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal Principal objetivo: Escoamento do açucar [Página 39]
• Religiosidade e geografia explicam nomes dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Por João Paulo Vicente, nationalgeographicbrasil.com 5 de novembro de 2020, quinta-feira O interessante é que o Colégio, e em seguida a Vila de São Paulo, criada em 1560, surgiram por uma diferença radical na maneira como os colonos em geral e os jesuítas encaravam os indígenas. Enquanto grande parte dos portugueses e europeus que não eram ligados à igreja católica não viam problemas em capturar e explorar os índios, os religiosos buscavam catequizá-los. Para fazer isso sem conflitos, subiram a Serra do Mar e se instalaram numa área mais protegida, onde hoje fica a capital do estado. Minas Gerais, por sua vez, era uma área inexplorada do Espírito Santo e Rio de Janeiro durante o século 16 e grande parte do século 17. Conforme minas de ouro (e de outros minérios valiosos) foram descobertas na região, passou a ser motivo de disputa entre diversos grupos. Finalmente, em 1720 foi criada a capitania de Minas Gerais.
Anchieta dezembro de 1568. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41 Relacionamentos • Cidades (5): Itu/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), Jorge Ferreira (1493-1591), Manuel Veloso, Rio de Una da Conceição • Temas (5): Abayandava, Gentios, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Rio Sorocaba • “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599) 1 de janeiro de 1575, quarta-feira
• Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1 de janeiro de 1607, segunda-feira Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu. Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo. Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu: não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo. Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu. Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor; porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam: Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.
• Processos Anchietanos: Depoimento de Belchior, Revista da ASBRAP nº 3, páginas 40 e 41 8 de maio de 1627, sábado Andando dois homens portugueses, por nome Francisco Corrêa e Domingos Luís na vila de São Vicente, levantados com o gentio do sertão, o Capitão Jorge Ferreira (genro de João Ramalho) fizera muito por o haver, mas sem efeito. E oferecendo-se o Padre Anchieta a os ir buscar, fora e os trouxera. Em o caminho, indo por um rio se virara a canoa, ficando o Padre no fundo, por um pedaço de tempo, sem se afogar. E entrando depois os índios na água a o buscar, o acharam embaixo dela em oração, o que todos então tiveram por milagre. Mas que ele testemunha o não viu, só ouviu publicamente.Mas que vira, estando ele testemunha com o dito padre na Casa de São Vicente, ele lhe dera um escrito para o dito Capitão Jorge Ferreira, em que lhe dizia que o dito Francisco Corrêa lhe queria pedir licença para tornar ao sertão, e que convinha ao serviço de Deus não lhe dar. E encarregara a ele testemunha fosse muito depressa, antes que o dito Francisco Corrêa se partisse, porque se estava embarcando. E que, chegado ele testemunha e dando o dito escrito ao dito Capitão, ele dissera que não daria a tal licença. E neste momento chegou o dito Francisco Corrêa e lha pedira. E por lha negar, se soltara em palavras, de que sentido um filho do dito capitão, o repreendeu, de que o dito Francisco Corrêa se agravou e lhe atirou uma flechada, em retorno da qual o dito filho do dito capitão, por nome Gregório Ferreira lhe atirou outra, com que o matou logo. E tornando-se ele testemunha para onde o dito padre estava, que era daí distância de quatro léguas, sem haver pessoa outra que pudesse dar notícia do sucedido, o dito padre, em lhe chegando, lhe dissera: “basta, que matou vosso tio a Francisco Corrêa”. E dizendo ele testemunha que sim, tornava o dito padre a dizer: “não o matou ele, senão mataram-no seus pecados!” O que mais se confirmou, quando se soube depois que o dito Francisco Corrêa e seu companheiro Domingos Luís, estavam consertados a levarem suas mulheres e filhas para o sertão e as entregarem aos índios, em troco de suas mancebas que no sertão tinham.
• Vida do Venerável Padre José de Anchieta, 1672. Simão de Vasconcelos (1597-1671) 1 de janeiro de 1672, sexta-feira Notório foi o caso de Francisco Correa, era este companheiro de Domingos Luis Grou, os quais com mulheres e famílias trouxera do sertão José de Anchieta com perdão de seus crimes. Estava o dito Francisco Correa para partir do porto de Santos em um navio, pediu licença a Jorge Ferreira, que então era Capitão da terra, e sobre lhe negar tiveram palavras pesadas, das quais resultou que um filho do Capitão, Gregório Ferreira o matou as frechadas: Foi caso fortuito, e incontinente um sobrinho do matador se acolheu com toda a pressa para dai a quatro léguas, onde então estava José, o qual em o vendo, e sem que tivesse outra notícia, disse, basta que é morto Francisco Correa? Respondeu que sim; tornou José, não o matou a ele vosso tio mataram-no seus pecados. Duas coisas se tiveram aqui por profecias, uma foi da notícia da morte, porque constou, que ninguém viera diante ao sobrinho ao matador: Segunda, a notícia do pecado do morto, porque contou, que em o navio em que estava para partir, e sobre que fora a contenda, tinha metido mulher e filhos, e determinava também a mulher e filhos do amigo Domingos Luis Grou, e ir-se segunda vez ao sertão a entrega-las aos nativos, a troco de mancebas que por la deixara.
• Rio Sorocaba 7 de agosto de 1754, quarta-feira
• Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação 1 de janeiro de 1769, domingo • “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania. Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila. Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas. O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo.
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII 1 de janeiro de 1992, quarta-feira Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava.
• Indígenas do planalto paulista, 2000. Benedito A. Prezia 1 de janeiro de 2000, sábado E foram estes que reclamaram dos portugueses, pois “se escandalizaram e começarão a falar mal contra os christãos que de tão longe os faziam vir”, enquanto que os cristãos de perto, isto é, os portugueses do litoral, se mostravam “fracos e medrosos”. Foi nestas aldeias do médio Tietê, talvez no rio Sorocaba, que Domingos Luís Grou foi se refugiar, depois de cometer um homicídio.
• Jesuítas e a escultura de Anchieta em Salto 13 de março de 2009, sexta-feira • Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior 1 de janeiro de 2011, sábado Interessava a São Paulo a capacidade de mobilização de seus rebentos mamelucos, aqueles “valentíssimos homens, grandíssimos línguas” a que se referiu Quirício Caxa ao relatar a ida de Anchieta ao sertão de Anhembi para resgatar Grou da indianização. Com essa prole, e unidos a ramalhenses, Domingo Luís encabeçava ações que exemplificavam o suporte econômico da Vila: o apresamento de índios. Essa habilidade não passava despercebida da Companhia de Jesus, que recebeu ex-traficante de escravos índios, como Pero Correia, e um ex-soldado como Antônio Rodrigues.
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI 8 de agosto de 2022, segunda-feira
• Terra das Monções, consultado em portofeliz.sp.gov.br/historia 23 de maio de 2023, terça-feira
Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei 3 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06 Relacionamentos • Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (22 anos), João Pires, o gago (53 anos), Mem de Sá (53 anos) • Temas (10): África, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Estradas antigas, Léguas, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão em Cubatão ![]()
• Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia 3 de abril de 1555, domingo
• Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1 de janeiro de 1607, segunda-feira
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901) 1 de janeiro de 1902, quarta-feira Alguns europeus, dos primeiros que se estabeleceram no paiz, teriam por ai penetrado em exploração ás regiões remotas que , segundo a tradição, eram fabulosamente ricas. João Ramalho, que se estabelecera na Borda do Campo, tel-a-ia percorrido e melhorado muitas vezes, garantindo o seu tráfico com a feitoria de Temiurú, junto do lugar onde depois se fundou São Vicente. Os jesuítas, fundadores de São Paulo, modificaram-lhe o traçado, melhoraram-lhe o acesso dos montes em 1553, pelo que desde essa época, se ficou chamando o caminho do Padre José, em alusão a Anchieta, que, com os seus guayanàs e com auxílio de Affonso Sardinha, o construiu e melhorou. A passagem dos rios e de brejos sem conta no alto dos campos, como a travessia dos montes alcantilados, úmidos e quase sempre desmoronadas pelas chuvas tempestuosas e frequentes, inçavam de perigos e dificuldades esse caminho, por isso mesmo objetivo, objetivo dos maiores cuidados da parte dos governadores. Mudava-se mais uma vez o traçado, desviando-o de Jeribatiba ou Santo Amaro, e conduzindo-o por Santo André, onde fora dantes.
• S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay 1 de janeiro de 1920, quinta-feira
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira "Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..." Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta. Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses. O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas. Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.
• *Revista Brasileira 1 de janeiro de 1976, quinta-feira
• Piqueriby, consultado em geni.com 27 de fevereiro de 2022, domingo • A estrada aberta por fundadores de SP para vencer paredão da Serra do Mar, por Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil 27 de dezembro de 2024, sexta-feira
“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” 1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22 Relacionamentos • Cidades (7): Carapicuiba/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tietê/SP • Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (39 anos), Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (70 anos), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), João Gomes Sardinha, João Ramalho (84 anos), Jorge Ferreira (77 anos), José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), Padre Balthazar (34 anos), Raul (fictício), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (13): Abarê, Abayandava, Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Guaré ou Cruz das Almas, Jesuítas, Léguas, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Santa Cruz de Itaparica, Cristãos, Rio Sorocaba ![]()
• “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4 15 de agosto de 1942, sábado Ficassem as coisas nesses termos, teríamos talvez, como resultado dessa expedição, com antecipação de mais de um século, o surto de um povoado no sertão, a dezenas de léguas de São Paulo. Refúgio de criminosos a princípio, esse povoado poderia ir a ter grandiosos destinos. Mas Anchieta previu do fato perigosíssimas consequências para os cristãos de Piratininga, e pôs-se imediatamente em ação. Intercedeu pelos fugitivos perantes os poderes do município, obteve para eles do juiz ordinário e dos vereadores carta de perdão e salvo-condulto, e, afim de recolher ao aprisco as ovelhas tresmalhadas, empreendeu a mesma jornada, embarcando para o sertão em companhia de outro padre, o secular Manuel Veloso e de alguns nativos cristãos. No fim da viagem, nas proximidades do lugar em que estavam os seus nativos e mamelucos os dois fugitivos, numa cachoeira do Anhembi rodou a canoa, que ficou em pedaços, e por milagre não pereceram os missionários. De acordo com a tradição, Machado de Oliveira pôde identificar a cachoeira em que ocorreu o naufrágio. É na terceira que se encontra abaixo de Porto Feliz, pouco acima do ribeirão dos Moinhos, e ainda conserva o nome que relembra o episódio "Avaremanduava", a cachoeira do padre.
• Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4 22 de agosto de 1942, sábado
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953 1 de janeiro de 1953, quinta-feira
• “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira
• Hernani Donato 1 de janeiro de 1993, sexta-feira
• “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 1 de janeiro de 2008, terça-feira Ao praticar o crime, fugiu com sua família para junto de uma comunidade indígena do médio Tietê, na região do rio Sorocaba. Como estes indígenas estavam em conflito com os moradores de Piratininga, Anchieta decidiu buscá-lo, aproveitando para tentar fazer as pazes com este povo. A viagem foi acidentada, tendo o barco virado numa cachoeira, quando afundou parte a carga, juntamente com o missionário. Não sabendo nadar, Anchieta foi socorrido pelo jovem Tupi Araguaçu. Por este motivo, o salto passou a ser chamado Abaremanduaba, isto é, “local que recorda o padre”. Chegando à aldeia, conseguiu a paz e o retorno de Grou e sua família. Voltaram para São Paulo, tendo obtido perdão do Conselho.
• História de Carapicuíba. João Barcellos 25 de março de 2013, segunda-feira Os rios que abriram as portas à colonização e ao bandeirismo, nos séculos XVI e XVII, são os mesmos rios que no século XXI continuam a dar vida à malha social e econômica da grande São Paulo dos Campos de Piratininga, na sua malha metropolitana e estadual. Apesar dos desvios de curso, principalmente no Butantã/Ybitátá, pontes e mais pontes, obras para navegação comercial, poluição industrial e doméstica sem controle, etc., os dois rios continuam a deixar-nos sonhar com a aventura de ir sempre além. [1] Carapocuyba - aldeia de goyanazes ou de guaranis?... Tudo indica que a primitiva Aldeia Carapocuyba é de origem guarani, até pela proximidade com a Aldeia Koty, pois, segundo documentos antigos (títulos de terras e testamentos) que falam dos "goayanazes aldeados no sítio do Capão, por Fernão Dias Paes, o velho, e que Afonso Sardinha, o Velho, tem aldeado outros da mesma tribo em Carapicuíba". Ou seja, há uma miscigenação nativa forçada pela preação que logo vai acabar com os guaranis tanto na Koty como na Carapocuyba. [p. 7 e 8 do pdf] Em 1570 tem um engenho de cana d´açúcar em Santos e monta o primeiro trapiche (depósito) de açúcar e pinga da Vila piratininga. Paralelamente ao comércio de açúcar, monta engenho para processar marmelos e torna-se um dos mais ricos comerciantes de São Paulo. Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda. Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista. Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [p. 15 e 16]
• Surpresas que a genealogia nos revela. Por Paulo Fernando Zaganin. Em xn--yep-dma.com.br 8 de setembro de 2019, domingo • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 15 de março de 2022, terça-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:09 Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta ![]() Data: 1942 Página 4
• 1°. Depoimento de Clemente Alvares 5 de abril de 1622, sexta-feira Clemente Álvares (ouvido a 5 de abril de 1622), natural de São Paulo, com cerca de 53 anos de idade, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves. Relatou que o Padre Anchieta profetizou que sua casa se queimaria em seis meses. Possuiu de relíquia um retalho de pano, que foi consumido pelos doentes a quem emprestou e que recuperaram a saúde. Eram seus sogros Baltazar Gonçalves e Maria Álvares. ver mais • 2°. Mateus Luís Grou filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña 11 de outubro de 1627, segunda-feira Mateus Luís Grou (ouvido a 11 de outubro de 1627), natural de São Paulo, com cerca de 50 anos de idade, filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña. Sendo rapaz, foi seu discípulo na escola e o acompanhou muitas vezes. Vindo Anchieta por visitador, fora visitar no Ibirapuera a casa de Clemente Álvares, que recebeu em sua casa e sítio o dito padre. Com sua chegada as flores de hortelã floresceram, não tendo flor nenhuma. ver mais • 3°. “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4 15 de agosto de 1942, sábado • 4°. No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII, 12.2020. José Carlos Vilardaga, Universidade Federal de São Paulo 2020 Clemente Alvares, cujo nome fora escolhido pelo próprio Anchieta... ver mais • 5°. Revista da ASBRAP nº 8 - Povoadores de São Paulo - Domingos Luis Grou 30 de abril de 2022, sábado Pelos anos de 1569 ou 1570, em conseqüência de certas dissensões, fatos mal esclarecidos em S. Vicente e S. Paulo, retirou-se dessa vila com seus administrados e acompanhantes e se estabeleceu numa região do rio Anhembi dominada por índios contrários. Como hábil capitão do gentio, devia ter um relacionamento pacífico com esses índios, os quais já manifestavam amizade pelo Padre José de Anchieta (Processo Remissorial de 1627-1628, depoimento de Ascenso Ribeiro e outras pessoas). Muito se empenhou o Cap. Mor Jorge Ferreira em traze-lo de volta para S. Paulo, sem obter êxito. Foi bem sucedido nessa diligência o Beato Padre José de Anchieta que, no ano seguinte, conseguiu sua reconciliação. Não obstante a maledicência de algumas pessoas (com omissão da defesa do acusado) nada se provou de matéria grave que resultasse em processo contra o sertanista, em sua prisão ou degredo. ver mais
Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado novembro de 1566. Atualizado em 31/10/2025 15:25:19 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA • Pessoas (6) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (50 anos), Inácio de Azevedo, Luís da Grã (n.1523), Mem de Sá (66 anos), Padre Balthazar (30 anos), Pedro Leitão • Temas (1): Tamoios
• Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1 de janeiro de 1607, segunda-feira Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]
• Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira* 1 de dezembro de 1896, terça-feira
• DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA? 1 de janeiro de 2003, quarta-feira É justamente a brasilidade incutida pelos livros escolares que Antônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal. Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineada com contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta, à semelhança do que fez Pinheiro Chagas", como figura ambígua: "jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra", "estranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (os índios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na sua missão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seus superiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a vara de ferro" (TORRES, 2000. p. 23 e 24). A hipótese de que tenha lutado juntamente com Mem de Sá contra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese: "Quem convenceu Mem de Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi o jesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização e pacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou o rosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas" (TORRES, 2000, p. 58). O episódio de João de Bolés, que aparece na Vida composta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo do apostolado de Anchieta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, uma vez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato de ter o padre assumido o lugar do carrasco. Se a propalada castidade é mantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Gestis ganham foros de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e o padre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um plano de ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado em confissão por Tibiriçá" (TORRES, 2000, p. 66). Enquanto foi refém, sua facilidade de comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aos índios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhes sangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles e de eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambebe, "branquelo, corcunda, feio feito a peste", revela-se, como o índio previra, "um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88). De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf]
Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres 8 de maio de 1558, quinta-feira. Atualizado em 02/09/2025 06:14:32 Relacionamentos • Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (41 anos), Mem de Sá (58 anos) • Temas (6): Cristãos, Carijós/Guaranis, Gentios, Ouro, Prata, Escravizados
• Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969) 1 de janeiro de 1956, domingo
• “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística 1 de janeiro de 2005, sábado Depois que fui entendendo por experiência o pouco que se podia fazer nesta terra na conversão do gentio, por falta de não serem sujeitos, e pouca esperança de se a terra senhorear por ver os cristãos desta terra como sujeitos ao mais triste e vil gentio de todo o mundo, e ver a pouca ajuda e os muitos estorvos dos cristãos destas partes, cujo escândalo e 147 mau exemplo é bastante para não se converterem posto que fora o melhor gentio do mundo.
• A contrapelo – escritos sobre a colonização - aterraeredonda.com.br 28 de agosto de 2025, quinta-feira
Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou 15 de novembro de 1579, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:05 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Antônio de Macedo (ou Saavedra) (48 anos), Domingos Luis Carvoeiro (39 anos), Domingos Luís Grou (79 anos), Jerônimo Leitão, João Fernandes de Saavedra, João Fernandes Saavedra (f.1667), Salvador Correia de Sá, O Velho (41 anos) • Temas (7): Aldeia de Pinheiros, Ermidas, capelas e igrejas, Guaré ou Cruz das Almas, Nossa Senhora da Luz, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, São Paulo de Piratininga ![]()
• Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) 1 de janeiro de 1933, domingo Domingos Luiz estava acabando a igreja. Já lhe dissemos missa nela com muita festa. Logo se parte para o Caraguaba; não achei de sua banda gente que tirar, porque não vão desapercebidos e contudo daqui e dali me parece que se ajuntaram alguns quinze ou dezesseis entre os quais irá Cairobaca, porque o achei meio amotinado contra Domingos Luiz, e trabalhei polo levar para lá por que não se vá pelo caminho de seu irmão. Faço conta de partir terça-feira com eles por água. Ele se ofereceu para a viagem liberalmente. E até sexta ou sábado ser no Cubatão com ajuda de Nosso Senhor. [p. 268]
• Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4 22 de agosto de 1942, sábado
• Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior 1 de janeiro de 2011, sábado
O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha 18 de janeiro de 1567, quarta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP • Pessoas (3) Cristóvão de Barros, Mem de Sá (67 anos), Pedro Leitão ![]()
• Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira* 1 de dezembro de 1896, terça-feira
• DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA? 1 de janeiro de 2003, quarta-feira
Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...” 1584. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (23): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cariós, Cavalos, Estradas antigas, Gados, Gentios, Jesuítas, Léguas, Peru, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Tupis, Escravizados, Nheengatu, Rio dos patos / Terras dos patos, Sertão dos Patos, Porto dos Patos, Canibalismo, Algodão, Graus, Tupi-Guarani ![]() • História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado • VI Congresso Nacional de Educação - ENTRE O FALAR E O ESCREVER: A MEMÓRIA AMERÍNDIA NA AMÉRICA PORTUGUESA (SÉCULO XVI) 24 de outubro de 2019, quinta-feira
Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554 dezembro de 1554. Atualizado em 06/10/2025 13:07:23 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Pero Correia (f.1554) • Temas (2): Bilreiros de Cuaracyberá, Carijós/Guaranis
• Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) 1 de janeiro de 1933, domingo
Chega à Bahia o segundo governador-geral do Brasil 13 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 26/08/2025 03:43:55 Relacionamentos • Cidades (1): Salvador/BA • Pessoas (5) Duarte da Costa (48 anos), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (36 anos), Simão Rodrigues • Temas (2): Jesuítas, Tuberculose
• Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Caderno nº 7, série “Documentos Históricos: Carta de São Vicente, 1560” 1 de janeiro de 1997, quarta-feira • José de Anchieta - Consulta em Wikipedia 26 de agosto de 2025, terça-feira
Atualizado em 02/11/2025 02:07:55 “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
• 1°. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) 1933 De São Vicente, a 15 de março de 1555 Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor. Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam. No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado. Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas. Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor. Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã. Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81] ver mais
• 1°. CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.
Morre Heliodorus Eobanus Hessus (o primeiro) 13 de junho de 1587, sábado. Atualizado em 29/10/2025 22:26:52 Relacionamentos • Pessoas (3) Bartholomeu Fernandes, Heliodoros Eobanos Hessus (58 anos), Salvador Correia de Sá, O Velho (49 anos) • Temas (1): Léguas
• Depoimento de Bartholomeu Fernandes 17 de junho de 1627, quinta-feira Este fato foi dito por Anchieta, no mesmo dia, pregando a 23 léguas de distância! Tal era a fama de Anchieta, que tomavam suas palavras por oráculo, como se depreende do caso que segue: Por alguns moradores terem ido, sem retornarem havia 7 anos, tendo-os por mortos, as mulheres dos sobreditos tornaram a se casar. De uma delas era primo Manoel Álvares Chaves, já defunto, que por este motivo era obrigação sua arranjar novo casamento, ainda mais porque ela andava mal encaminhada com certo homem, e aos que o importunavam lhes respondia: “como quereis que eu a case, se o Padre José Anchieta me diz que ainda era vivo seu marido e tal não faça”. Assim era, que daí a poucos dias chegou o marido dela. E outros que acharam as mulheres já casadas...”
“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1957. Atualizado em 10/10/2025 19:28:31 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (69) 2º conde do Prado (1577-1643), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antônio de Alcântara Machado (1901-1953), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Antônio de Sousa (1584-1631), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartolomeu de Torales, Belchior da Costa (1567-1625), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique de Carapicuíba, Cacique de Ybyrpuêra, Catarina de Áustria (1507-1578), Clemente Álvares (1569-1641), Cristóvão de Moura e Távora (1538-1613), Diogo "Arias" de Aguirre (1575-1639), Diogo de Quadros, Diogo Dias (f.1597), Diogo Garcia de Moguér, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), Francisco da Gama (1570-1612), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Ramalho Tamarutaca (1569-1618), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Frutuoso da Costa, Gabriel da Peña (f.1590), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Dias (1569-1590), George Marcgrave (1610-1644), Gonçalo Camacho (1525-1600), Gregório Ramalho, Guiraberá, Hernando de Trejo y Carvajal (1520-1558), Hilaria Luis Grou, Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Prado, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Nunes Bicudo, João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pereira de Souza (f.1605), João Ramalho (1486-1580), João Soares, José Cataldino (1571-1653), José Pompeu de Almeida, Lourenço Gomes Ruxaque, Manuel de Paiva (f.1584), Manuel Veloso, Maria da Peña (1540-1615), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541), Maria Gonçalves (1570-1599), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolas del Techo (1611-1680), Nicolau Barreto, Pedro Leitão, Pero Correia (f.1554), Pero Lobo, Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Sebastião de Freitas (1565-1644), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Taubici, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Washington Luís Pereira de Sousa (30 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (38): Açúcar, Aldeia de Tabaobi, Ambuaçava, Bilreiros de Cuaracyberá, Butantã, Calçada de Lorena, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Colinas, Estevão Ribeiro "o Velho", Estradas antigas, Guanga, Guerra de Extermínio, Ibirapariyara (Jesus Maria de Ibiticaraíba), Jaguaporecuba, Jeribatiba (Santo Amaro), Lagoa Dourada, Léguas, Maria Leme da Silva, Metalurgia e siderurgia, Montanhas, Nossa Senhora de Montserrate, Paranambaré, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, S Miguel do Ybituruna, São Paulo de Piratininga, Serra de Jaraguá, Taiati (São Francisco Xavier), Tordesilhas, Ururay ![]() • 1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi 25 de janeiro de 1554 João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois. O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).
• 2. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 5 de abril de 1560 Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos tamoios. Por essa forma, “para melhor serviço de Deus e de el-rei, nosso senhor”, que nesse tempo tudo decidia, concentrou o Governador Geral mais uma vez, os moradores do planalto em um ponto mais avançado no sertão, alargando a posse portuguesa. Documentos autênticos provam que não houve um pedido único nem uma só razão para a transferência de sede da vila. Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2). Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112). É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar. Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos. Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores.
• 3. Anchieta dezembro de 1568 Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer cachoeira do Padre. É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania. Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila. Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas. O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo.
• 4. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” 1570 Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vida do Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado (1901-1953) narra que no ano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes”
• 5. A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada 17 de março de 1590 Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses. A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou. Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia". “Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade. Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão. Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras. Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”. O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...
Depoimento de Bartholomeu Fernandes 17 de junho de 1627, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:36 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Francisca de Barros, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Heliodoros Eobanos Hessus (1529-1587), João Pires, o gago (1500-1567), Jorge Fernandes, Manoel Álvares Chaves, Salvador Correia de Sá, O Velho (89 anos) • Temas (2): Jesuítas, Léguas
• Qualificação e depoimentos das testemunhas nos processos Anchietanos mais antigos. Página 23. Revista da ASBRAP nº 3. Hélio Abranches Viotti, S.J. 1 de janeiro de 1996, segunda-feira Este fato foi dito por Anchieta, no mesmo dia, pregando a 23 léguas de distância! Tal era a fama de Anchieta, que tomavam suas palavras por oráculo, como se depreende do caso que segue: Por alguns moradores terem ido, sem retornarem havia 7 anos, tendo-os por mortos, as mulheres dos sobreditos tornaram a se casar. De uma delas era primo Manoel Álvares Chaves, já defunto, que por este motivo era obrigação sua arranjar novo casamento, ainda mais porque ela andava mal encaminhada com certo homem, e aos que o importunavam lhes respondia: “como quereis que eu a case, se o Padre José Anchieta me diz que ainda era vivo seu marido e tal não faça”. Assim era, que daí a poucos dias chegou o marido dela. E outros que acharam as mulheres já casadas...”
Depoimento de Margarida da costa, filha de Baltazar Fernandes? 1 de junho de 1627, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:29:42 Relacionamentos • Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Balthazar Fernandes (50 anos), Padre Balthazar (1536-1620)
• Qualificação e depoimentos das testemunhas nos processos Anchietanos mais antigos. Página 23. Revista da ASBRAP nº 3. Hélio Abranches Viotti, S.J. 1 de janeiro de 1996, segunda-feira
Atualizado em 02/11/2025 02:07:52 Publicado, em Coimbra, De Gestis Mendi de Saa, poema épico de autoria de José de Anchieta, escrito sob a inspiração ou determinação de Nóbrega
• 1°. A contrapelo – escritos sobre a colonização - aterraeredonda.com.br 28 de agosto de 2025, sexta-feira
Segundo Azevedo Marques, Heliodoro Euban foi morto neste dia, em 1569, combatendo contra os franceses em Cabo Frio 8 de junho de 1567, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:40:14 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589), Francisco de Saavedra (n.1555), Giuseppe Campanaro Adorno (63 anos), Hans Staden (42 anos), Heliodoros Eobanos Hessus (38 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (4): Alemães, Caminho do Peabiru, Franceses no Brasil, Ordem de Cristo ![]()
A cidade de São Sebastião é fundada por, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá 1 de março de 1565, segunda-feira. Atualizado em 13/10/2025 20:42:24 Relacionamentos • Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ • Pessoas (2) Estácio de Sá (45 anos), Mem de Sá (65 anos) • Temas (1): Jesuítas
ANDREA! Sobre o Brasilbook.com.br |