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José de Anchieta1534-1597
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1 de maio de 1551, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 01:12:53
José de Anchieta ingressa na Companhia de Jesus
•  Temas (2): Jesuítas, Marumiminis
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 04
Data: 1897
Créditos: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX



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1552
Atualizado em 30/10/2025 19:40:59
Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552
•  Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Afonso Sardinha, o Velho (21 anos), João III, "O Colonizador" (50 anos)
•  Temas (13): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Caminho do Peabiru, Engenho(s) de Ferro, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Guarapiranga, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Ouro, Pela primeira vez, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Metalurgia e siderurgia
Ciência Política
Data: 1940
Página 18
    7 fontes
  2 relacionadas

1°. “No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5
25 de janeiro de 1942, domingo
O acaso tem singularidades notáveis. A Biblioteca veio localizar-se no velho caminho de Pinheiros - onde, segundo alguns historiadores, se localizava o povoado de Piratininga -; no que conduzia às aldeias de Carapicuíba e Embú, e que levava ao Jaraguá, onde Braz Cubas, em 1562, descobriu o primeiro ouro do Brasil, e Afonso Sardinha, além do ouro e da prata, identificou também o ferro. Essa era a trilha de Itú e Sorocaba. Por ela se iniciou a conquista maravilhosa do Oeste. [Correio Paulistano/SP, 25.01.1942. Página 5]  ver mais

2°. “A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”
18 de fevereiro de 2012, sábado



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Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
3 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
Relacionamentos
 Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), João Pires, o gago (1500-1567), Mem de Sá (1500-1572)
 Temas (10): África, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Estradas antigas, Léguas, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão em Cubatão


•  Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia
3 de abril de 1555, domingo
"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me dise que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mal e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se nam podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

•  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1 de janeiro de 1607, segunda-feira
Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901)
1 de janeiro de 1902, quarta-feira
Esta última tinha-se mesmo tornado lendária na história paulista, tão grande fôra a sua influência na civilização dos povos de serra-acima. Como simples trilho ligando as campinas alta de Piratininga ás praias do mar, existiu de certo, desde época imemorial, este caminho praticado pelo gentio através dos alcantis dos montes de Paranapiacaba.

Alguns europeus, dos primeiros que se estabeleceram no paiz, teriam por ai penetrado em exploração ás regiões remotas que , segundo a tradição, eram fabulosamente ricas. João Ramalho, que se estabelecera na Borda do Campo, tel-a-ia percorrido e melhorado muitas vezes, garantindo o seu tráfico com a feitoria de Temiurú, junto do lugar onde depois se fundou São Vicente.

Os jesuítas, fundadores de São Paulo, modificaram-lhe o traçado, melhoraram-lhe o acesso dos montes em 1553, pelo que desde essa época, se ficou chamando o caminho do Padre José, em alusão a Anchieta, que, com os seus guayanàs e com auxílio de Affonso Sardinha, o construiu e melhorou.

A passagem dos rios e de brejos sem conta no alto dos campos, como a travessia dos montes alcantilados, úmidos e quase sempre desmoronadas pelas chuvas tempestuosas e frequentes, inçavam de perigos e dificuldades esse caminho, por isso mesmo objetivo, objetivo dos maiores cuidados da parte dos governadores. Mudava-se mais uma vez o traçado, desviando-o de Jeribatiba ou Santo Amaro, e conduzindo-o por Santo André, onde fora dantes.

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
Em 1553 rasgava-se nova estrada feitos pelos nativos sob a direção de José de Anchieta (1534-1597). Mandado preferir ao primeiro, por ordem de Mem de Sá, diz Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), teve por muito tempo o nome de "Caminho do Padre José".

•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.

•  *Revista Brasileira
1 de janeiro de 1976, quinta-feira
Conclusão lógica é que os primeiros negros de serra acima, que tomaram parte no bandeirismo, foram os de Afonso Sardinha. Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas. Desde o início da mineração do Jaraguá, levas de nativos e de negros africanos, que começaram a ser introduzidos na Capitania, eram conduzidos pelos seus donos ao sopé do morro, a fim de intensificarem esse trabalho, que prometia lucros fabulosos.

•  Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo

•  A estrada aberta por fundadores de SP para vencer paredão da Serra do Mar, por Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
27 de dezembro de 2024, sexta-feira
Registros mencionados (4)
201 - Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) [3]
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]
10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]
1657 - Em seu Sermão do Espírito Santo, o padre Antônio Vieira discorre sobre as razões do envio de São Tomé [1329]




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Partida de Duarte da Costa
8 de maio de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:26
Relacionamentos
 Cidades (1): Lisboa/POR
 Pessoas (2) Duarte da Costa (48 anos), Luís da Grã (n.1523)




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Manoel Nóbrega enviou amigos para erigir um Colégio em “São Paulo”
dezembro de 1553. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (36 anos), Domingos Luís Grou (53 anos)
 Temas (3): Caminho do Peabiru, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda




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Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo
1554. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Bartolomeu Carrasco (f.1571), Domingos Luís Grou (54 anos), Martim Soares Moreno, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (54 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (12): Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Engenho(s) de Ferro, Estradas antigas, Guerra de Iguape, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Prata, Rio Geribatiba, São Paulo de Piratininga





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Tibiriçá garantiu a segurança dos padres Manuel da Nóbrega e Anchieta quando voltaram à colina de Piratininga
24 de janeiro de 1554, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
Relacionamentos
 Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (23 anos), Manuel da Nóbrega (37 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (84 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (10): Beneditinos, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Colinas, Guaianase de Piratininga, Jesuítas, Mosteiro de São Bento SP, São Paulo de Piratininga, Ururay, Vila de Santo André da Borda




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Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
Relacionamentos
 Cidades (4): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) Caiubi, senhor de Geribatiba, Manuel da Nóbrega (37 anos), Padre Balthazar (18 anos), Pero Correia (f.1554), Piqueroby (1480-1552), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (84 anos), Manuel de Paiva (f.1584), João Ramalho (68 anos)
 Temas (24): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cavalos, Gentios, Habitantes, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Mulheres na história do Brasil, Peru, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estradas antigas, Serra do Mar, Tabatinguera, Vila de Santo André da Borda, Tamoios, Açúcar, Porcos, Gados




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Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha
março de 1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:05
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Santo Amaro/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (23 anos), Brás Cubas (47 anos), João de Azpilcueta Navarro, Tomé de Sousa (51 anos)
 Temas (8): Fazenda Ipanema, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Prata, Metalurgia e siderurgia, Estradas antigas, Caminho do Peabiru




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“mestiços da terra, para assim os amparar e ensinar, porque é a gente mais perdida desta terra, e alguns piores que os mesmos Índios”
julho de 1554. Atualizado em 25/10/2025 18:40:01
Relacionamentos
 Pessoas (1) Francisco de Saavedra (n.1555)
 Temas (1): Gentios




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Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554
dezembro de 1554. Atualizado em 06/10/2025 13:07:23
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Pero Correia (f.1554)
 Temas (2): Bilreiros de Cuaracyberá, Carijós/Guaranis

    2 fontes
  1 fonte relacionada

•  Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1 de janeiro de 1933, domingo
(75) Este trecho de Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554, e não a 8 de junho desse ano ou no mesmo dia de 1555. Aliás existe uma carta de Pero correa, que foi publicada com a data de 8 de junho de 1554 nos Diversi Avisi Particolari, p. 239-42, sendo aí vertida para o italiano, bem mais extensa que nas Cart. Av. De acordo com as informações de Anchieta, nesta e na carta anterior, bem como de Simão de Vasconcelos, os sucessos da expedição, que terminou com o martírio de Pero Correa e João de Sousa, podem ser assim resumidos: Manuel da Nóbrega, desejando iniciar a catequese dos ibirajáras ou bilreiros, estabelecer a paz entre os tupis e carijós e assegurar a livre passagem para o Rio da Prata de uns castelhanos que Leonardo Nunes anos antes encontrara no porto dos Patos e trouxera para São Vicente, encarregou dessa tríplice missão os irmãos Pero Correa, João de Sousa e Fabiano de Lucena. Partiram os três a 24 de agosto de 1554 para Cananéa, principal porto dos tupis. Aí doutrinaram os nativos e livraram da morte um castelhano e um nativo cristão. A 6 de outubro, Pero Correa e João de Sousa, deixando Fabiano de Lucena como enfermeiro do castelhano que se achava ferido, seguiram para a terra dos carijós. Estavam entre eles os nativos pregando o Evangelho e a paz quando, em novembro, apareceram dois intérpretes, um espanhol e outro português. Aquele já era conhecido dos jesuítas de São Vicente, por haver sido salvo, tempos atrás, por Manuel de Chaves, quando, com uma sua concubina carijós, estava cativo entre os tupis. Apesar de livrado de morte certa pelos jesuítas, o espanhol lhes tinha ódio pelo fato de o haverem separado da concubina, que se casou com outro em São Vicente. De maneira que começou logo a embaraçar a missão de Pero Correa e João de Sousa, incitando os carijós á guerra contra os tupis. No Natal, que parece ter sido a data marcada por Nóbrega para deixarem a terra dos carijós e procurarem a dos ibirajáras, Pero Correa e João de Sousa, acompanhados de dez ou doze principais até os limites da região que ocupavam com sua gente, se embrenharam pelo sertão. E aí morreram flechados por alguns carijós, que o ódio do intérprete castelhano instigara. [p. 84]




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Carta Trimestral, de Maio a Agosto de 1556, pelo Irmão Anchieta
agosto de 1556. Atualizado em 25/02/2025 04:43:13

•  Breves Notas às Cartas de José de Anchieta. Eduardo Tomasevicius Filho, Doutorando em Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
1 de janeiro de 2004, quinta-feira
Registros mencionados (1)
1953 - A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta, por Hélio Abranches Viotti [2615]




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Jerônimo Leitão doou aos jesuítas (provavelmente à Anchieta) uma fazenda em Barueri para ser erguido um novo aldeamento
1557. Atualizado em 25/02/2025 04:42:58
Relacionamentos
 Cidades (1): Barueri/SP
 Pessoas (1) Jerônimo Leitão
 Temas (1): Jesuítas




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Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres
8 de maio de 1558, quinta-feira. Atualizado em 02/09/2025 06:14:32
Relacionamentos
 Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (41 anos), Mem de Sá (58 anos)
 Temas (6): Cristãos, Carijós/Guaranis, Gentios, Ouro, Prata, Escravizados

    4 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1 de janeiro de 1956, domingo
Baía, 8 de maio de 1558 Destas cem léguas ao redor, senhoreia aquela cidade donde não há mais gente do que agora há esta cidade. E quando começaram a senhoreá-las foi con trinta ou quarenta homens somente. E não somente se contentam com terem esta senhoreada mas outros que estão antressachadas e fazem amigos uns com os outros e os que não guardam as pazes são castigados e fazem deles justiça os castelhanos como poucos dias há aconteceu que fizeram aos Índios de São Vicente que confinam com os Carijós por quebrantarem as pazes, que o Capitão do Paraguai havia feito uns com os outros, e outras muitas experiências que se tem tomado desta geração, que eu tenho ouvido e lido e alguma coisa visto. [Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres, 8 de maio de 1558. Páginas 550 e 551 do pdf]

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Substituir tais símbolos, recodificando psicolinguisticamente a mentalidade indígena, era tarefa das mais árduas. O ideal de transformar “selvagens em homens, e homens em cristãos, e os cristãos em perseverantes na fé” (BOXER, 1977:89) revelava-se, muitas vezes, um trabalho de Sísifo, como se vê das notas de desesperança que pervagam as cartas jesuíticas, especialmente de Nóbrega e Anchieta. Em missiva escrita já a 08 de maio de 1558, dez anos do início da obra missionária, o jesuíta português assim se lamenta (2000:290):

Depois que fui entendendo por experiência o pouco que se podia fazer nesta terra na conversão do gentio, por falta de não serem sujeitos, e pouca esperança de se a terra senhorear por ver os cristãos desta terra como sujeitos ao mais triste e vil gentio de todo o mundo, e ver a pouca ajuda e os muitos estorvos dos cristãos destas partes, cujo escândalo e 147 mau exemplo é bastante para não se converterem posto que fora o melhor gentio do mundo.

•  A contrapelo – escritos sobre a colonização - aterraeredonda.com.br
28 de agosto de 2025, quinta-feira




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A Fazenda Sant’Ana, em São José dos Campos-SP, foi descrita pela primeira vez
1560. Atualizado em 25/02/2025 04:41:15
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 Cidades (1): São José dos Campos/SP
 Temas (3): Fazendas, Santa Ana, Pela primeira vez




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“no Colégio [da Bahia] se lesse a arte composta por Anchieta”
1560. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (1): Salvador/BA
 Pessoas (1) Luís da Grã (n.1523)
 Temas (1): Colégios jesuítas




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Fundação de São Miguel Paulista/SP
1560. Atualizado em 24/10/2025 02:35:08
Relacionamentos
 Cidades (2): São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (1) Piqueroby (1480-1552)
 Temas (3): Vila de Santo André da Borda, São Miguel dos Ururay, Ururay


•  Conheça a História de São Miguel Paulista, consulta em nowpix.com.br (data da consulta)
7 de fevereiro de 2024, quarta-feira
Como surgiu São Miguel Paulista - A história de São Miguel Paulista tem suas raízes na extinção da Vila de Santo André da Borda do Campo, que obrigou seus moradores a se mudarem para a Vila de Piratininga. Alguns índios assustados escolheram se estabelecer na região leste, onde hoje é São Miguel Paulista.

Preocupado com a situação dos índios da região, o padre José de Anchieta visitou a área em 1560, com o objetivo de retomar a evangelização dos índios guaianases, liderados por Piquerobi, irmão de Tibiriçá. Foi formado um núcleo para a catequização e surgiu a Aldeia Ururaí. Cerca de vinte anos depois, em 1580, foi erguida uma capela provisória, que foi substituída em 1622 pela atual Capela de São Miguel Arcanjo, dando início ao povoamento da região.




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Santo Amaro
15 de janeiro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
Relacionamentos
 Cidades (4): Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Caiubi, senhor de Geribatiba, Suzana Dias (20 anos)
 Temas (4): Aldeias, Jeribatiba (Santo Amaro), Rio Pinheiros, Santo Mauro




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A expedição dirigida pelo governador Mem de Sá chega à baía do Rio de Janeiro, e na barra espera a reunião dos socorros de Santos e São Paulo
21 de fevereiro de 1560, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:47
Relacionamentos
 Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (43 anos), Mem de Sá (60 anos)




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A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
5 de abril de 1560, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
Relacionamentos
 Cidades (7): Cubatão/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (9) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (44 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Fernão d’Álvares (n.1500), João Ramalho (74 anos), Lopo Dias Machado (45 anos), Manuel da Nóbrega (43 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (90 anos), Mem de Sá (60 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (23): Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Confederação dos Tamoios, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Maria Leme da Silva, Porto das Almadias, Rio Cubatão em Cubatão, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Trilha dos Tupiniquins, Vila de Santo André da Borda

    25 Fontes
  13 fontes relacionadas

•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [p. 387]

•  Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo
1 de janeiro de 1888, domingo
De feito, logo depois de ter Martim Afonso de Sousa escolhido o local em que se devia fundar a povoação de São Vicente, a mais antiga d´esta parte da Terra de Santa Cruz, foi seu primeiro cuidado mandar abrir uma estrada que, começando no sítio onde posteriormente se levantou o forte da Estacada, quase defronte o rio de Santo Amaro, junto ao lugar que então servia de ancoradouro ás embarcações, seguia pela praia de Embaré, continuava pela de Itararé e ia finalizar em São Vicente. Tal foi o primeiro caminho que o homem civilizado abriu na província de São Paulo.

No ano de 1560, o governador geral Mem de Sá, visitando a capitania e indo a São Vicente e Paratininga, tomou a picada que, através da serra de Paranapiacaba, era a mais trilhada pelos nativos em seu trajeto para o litoral. Principiava o caminho na raiz da serra, no porto de Santa Cruz do rio Cubatão, denominado primitivamente porto das Armadias, e em terras de Ruy Pinto, e no lanço da serra que atravessava as ingremidades e alcantis de mui difícil acesso.

Compreendeu logo o governador que outro caminho convinha abrir, afim de facilitar a comunicação de beira mar para o interior. Neste intuito dispôs que se abrisse o novo caminho por melhores localidades, encarregando desta tarefa ao padre Anchieta, que de bom grado a desempenhou, aproveitando-se de um trilho feito também pelos nativos, e por ele conhecido, o qual veio a se chamar - caminho do padre José. [Página 265]

•  História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
112. Não satisfeitos o incansável Martim Afonso com ter explorado a costa, projetou conseguir alguma noção dos sertões deste continente, empresa não intentada pelos capitães seus antecessores, os quais se contentaram com explorar os mares, e ver as praias. Servindo-lhe de guia João Ramalho, embarcou-se em São Vicente, e foi passar o Caneú, aquela bahia de água salgada, em cuja passagem, tendo ela sido livre por mais de dois séculos aos moradores da Marinha, e Serra acima, que navegavam, e se comunicação pelo lagamar de Santos, e Portos, a que chamam Cubatões, a Junta da [Página 174]

113. Em um destes portos, chamados Cubatões, que ficava em terras pertencentes n´outro tempo aos Jesuítas do Colégio de Santos, e agora a Luiz Pereira Machado, foi desembarcar o primeiro Donatário, o qual deu o nome de Porto de Santa Cruz, trocado por este apelido o que antes tinha de Porto das Armadias, segundo declara o dito Martim Afonso na carta de Sesmaria por ele concedida a Ruy Pinto. Entrava-se para ele pelo esteiro chamado Piraiquê, o qual faz confluência com o Rio do Cubatão geral pouco acima da Ilha do Teixeira, assim denominada, por ter sido do Capitão-mór, e Provedor da Real Casa da Fundição, Gaspar Teixeira de Azevedo: hoje chamam-lhe Piassaquéra, nome composto do substantivo piassaba, que significa porto, e do adjetivo aquéra coisa velha, ou para melhor dizer, antiquada. Aqui deu princípio á sua viagem para o campo de Piratininga pelo caminho de que se servirão os portugueses até o ano de 1560, em que o Governador Geral do Estado Mem de Sá, vindo a esta Capitania, ordenou, que ninguém o frequentasse, por ser infestado de nativos nossos contrários, substituindo em seu lugar a estrada do Cubatão Geral, a que as Sesmarias antigas chamam Caminho de Padre José, por o ter aberto, ou concertado o Venerável Padre José de Anchieta. [Páginas 175 e 176]

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
Em 1560, relata o Padre Antonio Franco, na vida de Manuel da Nóbrega, mandou este celebre evangelizador abrir novo caminho de Piratininga para São Vicente através de áspera montanha porque no outro eram os transeuntes assaltados pelos Tamoyos "inimigos cruéis do nome Portugues".Por agencia de dois irmãos leigos "engenhosos, se abriu com grande trabalho este caminho, de que todos receberam grande segurança e proveito". [S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601, 1920. Afonso de E. Taunay, página 180]

•  O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949*
1 de agosto de 1949, segunda-feira
Achava- se instalada a fábrica à beira- rio; o combustível era facilmente transportado; a mina estava à porta e, os produtos acabados, descendo o Jeribatuba, encontravam logo o mercado de Santos, ou subindo pela estrada antiga melhorada, ao que se diz, por Anchieta, das vilas acima da Serra do Cubatão [O Observador: Econômico e Financeiro, 08. 1949. Página 59]

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos tamoios. Por essa forma, “para melhor serviço de Deus e de el-rei, nosso senhor”, que nesse tempo tudo decidia, concentrou o Governador Geral mais uma vez, os moradores do planalto em um ponto mais avançado no sertão, alargando a posse portuguesa. Documentos autênticos provam que não houve um pedido único nem uma só razão para a transferência de sede da vila.

Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2).

Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112).

É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar.

Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos.

Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores.

•  “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*
1 de outubro de 1971, sexta-feira
Teria sido também para mantê-lo (o Caminho do Peabiru), além da ameaça do tupiniquim que de amigo se tornara inimigo, que em 1560, abriu-se o áspero caminho do Cubatão, ligando São Paulo ao lagamar vicentino. É bem pode ter ocorrido que, para seguir à risca a ordenança, deixou-se parecer a fundação de Maniçoba (proximidade da atual cidade de Itu), o primeiro aldeamento no sul do Brasil). Houve longo silêncio sobre o Peabiru.

"Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema".

•  Breves Notas às Cartas de José de Anchieta. Eduardo Tomasevicius Filho, Doutorando em Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
1 de janeiro de 2004, quinta-feira
Em 1560, os jesuítas, temendo que a nova vila não prosperasse,pediram para que o Governo-Geral do Brasil extinguisse a Vila de Santo André. Cumpriu-se a ordem e em 1560 foi oficializada a vila de São Paulo de Piratininga, com a mudança do pelourinho de Santo André para São Paulo. Os índios e portugueses que viviam naquela região tiveram que se mudar para duas localidades,que receberam o nome de Nossa Senhora dos Pinheiros e São Miguel. (Madre de Deus, 1975, p. 125). No colégio de São Paulo, as atividades religiosas das mulheres eram as seguintes: "Seguimos a mesma ordem na doutrina dos índios: chamam-se todos os dias duas vezes à Igreja, a toque de campainha, ao qual açodem as mulheres ora uma ora outras, e não só aprendem as orações na própria língua,mas também ouvem práticas e são instruídas no conhecimento das coisas da fè" (Anchieta, 1556, p. 22).

(...) (Anchieta) ao relatar em 1560 que trabalhava continuamente para a conversão dos índios à fé católica e, por conseqüência, aos hábitos europeus de vida familiar: "Porque os adultos, aos quais o mau costume de seus pais quase se converteu em natureza, cerram os ouvidos para não ouvir a palavra de salvação e converter-se ao verdadeiro culto de Deus" (Anchieta, 1560, p. 57). De qualquer modo, é um exemplo interessante que Anchieta experimentou sobre os limites de eficácia do direito, e da inadequação da aplicação de determinadas regras a povos distintos dos quais elas foram criadas. [p. 8 do pdf]

•  “Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges
1 de janeiro de 2008, terça-feira
O acesso ao Planalto Paulista, a princípio, era feito por trilhas (caminhos) abertas pelos índios. O primeiro caminho ficou conhecido por Trilha dos Tupiniquins, justamente por ter sido aberto pelos índios. Esse caminho foi utilizado por Martim Afonso de Souza, em 1532, para chegar ao planalto. Posteriormente, ficou conhecido por Sendeiro do Ramalho uma vez que João Ramalho foi um dos primeiros homens brancos a subir a Serra por essa trilha. O traçado era correspondente ao da atual ferrovia São Paulo – Santos e desembocava em Piaçaguera, região da Cosipa.

Em 1560, esse caminho foi abandonado por ordem de Mem de Sá, governador geral, por causa dos frequentes ataques dos índios. A partir daí, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. O traçado desta trilha aproveitava o vale do rio perequê. Esse caminho foi feito por João Perez, “o Gago”, sujeito rico, que utilizou seus escravos indígenas como mão-de-obra em troca da impunidade pela morte de um escravo que havia assassinado.

Quanto à denominação popular Caminho do Padre José, mais tarde aplicada ao novo caminho do Cubatão, teria sido promovida pelos jesuítas. Há um relato do historiador Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) sobre este Caminho:

as arrebatadas fortificações em Santos defenderiam o caminho da serra, e que não defendessem, esse caminho se defenderia por si mesmo, porque embora fosse chamado o caminho do Padre José era um caminho do diabo, que se vencia trepando com as mãos e pés agarrados às raízes das árvores.

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindopela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação.

Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto.

A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná,provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente.

Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, aotentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas asreduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231.

Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema,encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, naregião central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack232.O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul,costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fezparte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, comosugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam serem linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação dogovernador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o[roteiro] de humcam.o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo deS. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foydos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto doParanapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o[rio] p.la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica àbeira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, nomédio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] edesde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema,ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suasvertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terraas vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul]234. [Páginas 60, 62 e 63]

•  Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo
30 de novembro de 2015, segunda-feira
Nascida como trilha em 1560, rota se tornou primeira estrada pavimentada da América LatinaFechada em 1985 para o tráfego de automóveis, a Estrada Velha de Santos, ou Caminho do Mar, faz parte da história de São Paulo. Muitos ainda se recordam do tempo em que aquela estrada de curvas acentuadas era o trajeto imperativo para quem se dirigia à Baixada Santista, antes da inauguração da Rodovia Anchieta em 1947.

É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País. As imagens do Acervo Estadão mostram um pouco dessa trajetória.

Os caminhos até o mar. A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.

•  Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia
1 de janeiro de 2019, terça-feira
Trilha dos Tupiniquins
Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 0,60m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Nenhum
Período: Até 1500
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo
Principal objetivo: Acesso ao litoral

Caminho do Padre José
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 1,00m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Muito baixo
Período: 1560-1770
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo indígena
Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios

Novo Caminho de Cubatão
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio das Pedras
Tipo: Picadão
Rampa Máxima: 20%
Largura média: 2,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes, arrimos e estivasGrau de interferência nas encostas: Médio
Período: 1770-1790
Principal meio de transporte: A pé e mula
Aportes tecnológicos: Experiência europeia. Mestres de obras portugueses
Principal objetivo: Abastecimento das expedições para o sertão

Calçada de Lorena
Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê
Tipo: Estrada calçada
Rampa Máxima: 20% - 25%
Largura média: 3,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimosGrau de interferência nas encostas: BaixoPeríodo: 1790-1841
Principal meio de transporte: Tropa de mulas
Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal
Principal objetivo: Escoamento do açucar [Página 39]

•  Religiosidade e geografia explicam nomes dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Por João Paulo Vicente, nationalgeographicbrasil.com
5 de novembro de 2020, quinta-feira
Sobre São Paulo não há controvérsia, assim como em Minas Gerais. No caso do primeiro, o estado foi batizado por conta do Colégio de São Paulo de Piratininga, fundado pelos jesuítas Manuel de Nóbrega e José de Anchieta em 1553. A colonização da região, no entanto, começou no litoral, em São Vicente.

O interessante é que o Colégio, e em seguida a Vila de São Paulo, criada em 1560, surgiram por uma diferença radical na maneira como os colonos em geral e os jesuítas encaravam os indígenas. Enquanto grande parte dos portugueses e europeus que não eram ligados à igreja católica não viam problemas em capturar e explorar os índios, os religiosos buscavam catequizá-los. Para fazer isso sem conflitos, subiram a Serra do Mar e se instalaram numa área mais protegida, onde hoje fica a capital do estado.

Minas Gerais, por sua vez, era uma área inexplorada do Espírito Santo e Rio de Janeiro durante o século 16 e grande parte do século 17. Conforme minas de ouro (e de outros minérios valiosos) foram descobertas na região, passou a ser motivo de disputa entre diversos grupos. Finalmente, em 1720 foi criada a capitania de Minas Gerais.




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Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte I
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 27/05/2025 21:04:33
Relacionamentos
 Cidades (4): Boiçucanga/SP, Timbó/SC, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Temas (5): Cães, gatos e inofensivos, Caminho do Peabiru, Galinhas e semelhantes, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, O Sol




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Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Temas (8): Apiassava das canoas, Boigy, Diamantes e esmeraldas, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Vutucavarú, Pela primeira vez




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Em 18 de agosto desse ano, a Fazenda Baruery foi doada por Jerônimo Leitão
18 de agosto de 1560, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:28:25
Relacionamentos
 Cidades (1): Barueri/SP
 Pessoas (2) Jerônimo Leitão, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589)


•  Milagre de Nossa Senhora da Escada nas origens de Barueri. Por Luis Dufaur, ipco.org.br
1 de setembro de 2017, sexta-feira
São José de Anchieta e a fundação de Barueri - O início do aldeamento de Barueri remonta ao ano de 1560. Em 18 de agosto desse ano, a Fazenda Baruery foi doada por Jerônimo Leitão. Acusado por proteger índios, o fazendeiro doou as terras aos jesuítas, entre eles São José de Anchieta SJ, o Apóstolo do Brasil. O santo jesuíta de posse de uma carta de sesmaria fundou, em 11 de novembro de 1560, o Aldeamento de Baruery, com índios Guaianazes (do litoral de São Vicente) e Guaicurús (do Planalto de Piratininga). Uma capela foi erguida onde existe o bairro da Aldeia de Barueri, e a primeira missa realizada por Anchieta data de 21 de novembro de 1560.




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