3670O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com
Este é o mais antigo mapa da baia de Paranaguá. Foi executado em abril de 1653 por Pedro de Souza Pereira, a mando do governador geral Salvador Correia de Sá & Benevides. Mais detalhes sobre este mapa podem ser obtidos aqui.
Na metade do século XVII foram intensas as buscas de minas de ouro nos “sertões do Pernagoa”, que nada mais era que o vale dos rios Cubatão (hoje Nhundiaquara), Cachoeira e Faisqueira, compreendendo os atuais municípios de Antonina e Morretes.
Este é um dos mais antigos mapas de recursos minerais do Brasil, uma vez que ali estão demarcadas as “minas” ou lavras de ouro da época. Desde 1995 estou estudando sobre a mineração de ouro no Brasil do século XVII. Estou neste momento preparando uma monografia sobre este tema.
O que se pode apreender é que as minas de Pernagoa (leia-se Antonina & Morretes) foram importantes não pela quantidade de ouro gerada (menos de uma tonelada métrica em cem anos), mas pelo acúmulo de conhecimento e preparaçào do que hoje se conhece como "recursos humanos".
Consta que foi um escravo (provavelmente índio) que trabalhou em Paranaguá o primeiro descobridor do ouro de Minas Gerais, conforme o relato do Padre Antonil. Muitos dos mineradores da região de Paranaguá se mudaram para as novas Minas Gerais, e lá fizeram suas vidas.
O mapa é um típico mapa do século XVII, e procura mostrar a região em três dimensões, mostrando a vista da baía de Paranaguá para quem entra em sua barra. As proporções não são lá muito exatas, mas algumas feições geográficas estão bem representadas.
Algumas denominações célebres, como Ilha do Mel e Ilha das Peças já existiam nessa época, como se pode ver na legenda. Ali consta, pela primeira vez, a expressão “ilha de guarapirocaba”, e não baia de guarapirocaba, conforme registra a nossa tradição, que vem de Ermelino de Leão.
"A Ilha de Guarapirocaba" nada mais é que a atual ilha da Ponta Grossa, se não estou enganado. Outra feição bem característica é a menção ao caminho de queritiba, ou curitiba-iva, então o principal acesso para o Planalto.
Vê-se que Curitiba, então um mero garimpo de serra-acima, ainda não tinha uma grafia consagrada. Outra coisa interessante é a atual ilha das rosas, denominada “Ilha dos guarás ou aves vermelhas”. O Nhundiaquara, o maior rio, é representado com uma canoa rasgando seu estuário e as denominações de minas em toda sua extensão.
Outra coisa interessante sobre este mapa é que uma cópia dele foi capturada por piratas holandeses, alarmando os portugueses sobre um possível ataque as minas de Paranaguá, facilmente acessíveis por mar. Lembre-se que nesta época Holanda ainda dominava Pernambuco. 3553*Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725)
Em 1653 chegou a Paranaguá e tratou de mapear a região elaborando o primeiro mapa de sua baía datado daquele mesmo ano. Nele indicava detalhadamente a posição das minas conhecidas e que estavam sendo exploradas sem controle régio. Junto desse mapa enviou também suas primeiras impressões a rei d. João IV.
Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
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27924A pesquisa mineral no século xvii: o mapa da baia de Paranaguá, de Pedro de Souza Pereira (1653) Jefferson de Lima Picanço
Em 1653 chegou a Paranaguá e tratou de mapear a região elaborando o primeiro mapa de sua baía datado daquele mesmo ano. Nele indicava detalhadamente a posição das minas conhecidas e que estavam sendo exploradas sem controle régio. Junto desse mapa enviou também suas primeiras impressões a rei d. João IV. 26043*“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”. 3553*Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725)
Sua ausência no Rio de Janeiro não implicou logo na perda do controle da Provedoria de Fazenda por parte da facção que pertencia. Pedro de Sousa partiu do Rio de Janeiro passando por Santos, São Vicente até chegar em São Paulo. Lá levantou suspeitas da pequena quantidade dos rendimentos régios depositados na Casa dos Quintos. Receoso da reação dos paulistas com sua presença e mais interessado em alcançar novos descobrimentos e incentivar os moradores da vila para novas descobertas,decidiu não tirar devassa sobre o caso. Mas alertou ao rei dos paulistas “quererem recusar ou aceitar a autoridade dos ministros que lá vão”, justificando sua cautela com assunto porque “com muito menos costuma amotinar-se e desobedecer como a experiência de tantos sucessos tem mostrado”. [ABNRJ, vol. 39, pp. 202-205, 20 de maio de 1653, citação às pp. 202-203.]
O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
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Fontes (14)
Diário de Sorocaba
30469História da Câmara de Sorocaba
Sua ausência no Rio de Janeiro não implicou logo na perda do controle da Provedoria de Fazenda por parte da facção que pertencia. Pedro de Sousa partiu do Rio de Janeiro passando por Santos, São Vicente até chegar em São Paulo. Lá levantou suspeitas da pequena quantidade dos rendimentos régios depositados na Casa dos Quintos. Receoso da reação dos paulistas com sua presença e mais interessado em alcançar novos descobrimentos e incentivar os moradores da vila para novas descobertas,decidiu não tirar devassa sobre o caso. Mas alertou ao rei dos paulistas “quererem recusar ou aceitar a autoridade dos ministros que lá vão”, justificando sua cautela com assunto porque “com muito menos costuma amotinar-se e desobedecer como a experiência de tantos sucessos tem mostrado”. [ABNRJ, vol. 39, pp. 202-205, 20 de maio de 1653, citação às pp. 202-203.] 21228*“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661:
"Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661". 28388Biografia de Salvador Correia de Sá e Benevides, consultada em Wikipedia
Salvador retrucou de Santos, expedindo um bando que suspendia do exercício dos cargos o Ouvidor Antônio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza. Só em 3 de março de 1661 os paulistas irão convidá-lo a voltar. Houve bando de Salvador, de Santos, em 1º de janeiro de 1661, perdoando aos que se tinham comprometido nas hostilidades contra ele cometidas). 19871“15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba
Porém, certamente um detalhe intrigava a todos: para um Povoado ser elevado à condição de Vila, certamente já existia anteriormente. Assim, Sorocaba naquele ano já existia e sua fundação datava, pelo menos, de alguns anos antes. Aliás, o próprio documento entregue ao governador Salvador Corrêa por Baltazar Fernandes no dia anterior e a lei por ele firmada a 3 de março reconhecia isto ao destacar: “Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador da nova Povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoado, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho...”. “O Ouvidor desta Capitania faça averiguação do conteúdo na petição e da quantidade dos moradores casados que há nesta Povoação e de tudo me informe, para poder deferir o foral”... 9049“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]
A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.
No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]
Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]
"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. 1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. 2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. 3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada. 4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. 5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654. 6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.
Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."[Página 353] 3554*Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]
A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.
No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]
Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]
"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. 1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. 2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. 3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada. 4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. 5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654. 6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.
Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."[Página 353] 24848“Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]
A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.
No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]
Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]
"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. 1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. 2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. 3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada. 4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. 5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654. 6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.
Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."[Página 353]
O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com
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21228*“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]
A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.
No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]
Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]
"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. 1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. 2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. 3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada. 4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. 5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654. 6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.
Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."[Página 353]
1938 Atualizado em 07/11/2025 10:36:26 “Historia Monetária do Brasil Colonial”, Severino Sombra
• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (3): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
• Temas (2): Casas de Fundição, Ouro
Historia Monetaria do Brasil Colonial Data: 1938 Créditos: Severino Sombra 01/01/1938
Registros relacionados
1586. Atualizado em 30/10/2025 08:44:48 • 1°. Mineiros, fundidores, ferreiros e outros oficiais trazidos às capitanias de baixo, que assim se chamavam então a de São Vicente e as outras existentes do Espírito Santo para o sul
"Lembranças dos oficiais Mineiros fundidores, ferreiros e serralheiros que levaram os Governadores abaixo nomeados para as Conquistas deste Reino desde o ano de 1586 ao de 1604." [Página 319]
15 de agosto de 1603, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:02 • 2°. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais”
11 de novembro de 1613, segunda-feira. Atualizado em 04/11/2025 21:20:04 • 3°. Minas
Salvador Correia de Sá e Benevides 1594-1688 24/10/2025 03:32:06º de (254)
5 de fevereiro de 1661, sábado Atualizado em 31/10/2025 17:34:18 Registro da provisão que o general Salvador Corrêa de Sá passou ao capitão Antonio Lopes de Medeiros de capitão da aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Goarulhos
• Cidades (2): Guarulhos/SP, São Paulo/SP
• Pessoas (1): Antonio Lopes de Medeiros
• Temas (2): Aldeia Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos, Aldeias
Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo, 1583-1636 Data: 1917 Página 18
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• 1°. Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo, 1583-1636 1917
Registro da provisão que o general Salvador Corrêa de Sá passou ao capitão Antonio Lopes de Medeiros de capitão da aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Goarulhos
Salvador Corrêa de Sá e Benevides comendador das comendas; de São Salvador; da Lagoa; e São Julião de Cassia dos conselhos de guerra e ultramar; alcaide mór da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro; governador geral da repartição do sul; por sua majestade etc. faço saber aos que esta minha provisão virem que porquanto convém; ao serviço de sua majestade e conversão; dos nativos naturais da aldeia de Nossa Senhora da Conceição; dos Goarulhos; desta vila; terem quem os olhe administre governe; e que tenha as partes suficiência e qualidade; que manda o dito senhor; em sua lei; tendo eu consideração; que estas e outras muitas; concorrem na pessoa de Antonio Lopes de Medeiros; ouvidor desta capitania; e pela confiança; que faço de seu procedimento; hei por bem e por serviço de sua majestade de o eleger; e nomear; como pela presente nomeio e elejo e nomeio; por capitão; e administrador; e procurador dos nativos da dita aldeia que servirá enquanto o dito senhor; assim o houver por bem; e eu não ordenar o contrário; o gozará de todas as honras e privilégios; liberdades; isenções; de que gozaram seus antecessores; e concede o dito senhor; em suas leis; mando a todos os nativos; da dita aldeia; o tenham conheçam; respeitem e estimem obedeçam; e guardem suas ordens inteiramente; como de seu capitão; ordeno aos oficiais da Câmara desta vila lhe dêm ajuda e favor; todas as vezes que lhe pedir para conservar; os ditos nativos; não consentindo; que se ausentem da dita aldeia; nem estejam espalhados; por casa dos brancos; para que assim possam servir a república pelas vias costumadas; e lhe dêm posse e juramento do dito cargo; na forma costumada; de que se fará assento nas costas; desta; e se registrará nos livros da dita Câmara; em firmeza do que lhe mandei passar a presente; sob meu sinal e selo; de minhas armas; que se cumprirá tão pontual; e inteiramente; como nela é conteúdo nesta dita vila. São Paulo; aos 2 de fevereiro de 1661. Athanasio da Motta o fiz escrever / Salvador Corrêa de Sá e Benevides / provisão por onde vossa senhoria ha por bem de nomear; a Antonio Lopes de Medeiros; por capitão procurador; e administrador; dos nativos da aldeia de Nossa Senhora da Conceição; dos Goarulhos; pelos respeito acima declarados; para vossa senhoria ver; cumpra-se / fica registrada no livro desta secretária a folhas 32 / Viegas / cumpra-se como nela se contém; e se registre no livro dos registros desta Câmara de São Paulo; em Câmara hoje 5 de fevereiro de 1661 / Estevão Ribeiro Baião Parente [Páginas 18, 19 e 20] ver mais
Salvador Correia de Sá e Benevides 66 anos 29/10/2025 02:50:17º de (254)
31 de dezembro de 1660, sexta-feira Atualizado em 01/11/2025 07:11:04 Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, dirigida ao Rei, em que relatam minuciosamente o levantamento armado do povo daquela cidade e os fatos que o provocaram
• Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): João IV, o Restaurador (1604-1656)
• Temas (1): Beneditinos
Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXXIX Data: 1917 01/01/1917
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• 1°. Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXXIX 1917
"A multiplicação de queixas, a quem sempre a tirania impediu a chegada aos reais pés de V.M., os repeditos clamores deste Povo a quem a violência não permitiu que fossem punidos, a apertada urgência das opressões que padecia, a quem o poder tirou a liberdade sua notícia, e finalmente a impossibilidade dos meios ordinários, e recurdo comum dos Povos a seu Rei e senhor natural, já per cartas, já per procuradores com que o desta Cidade recorreu os anos passados a V.M., a quem damnozas intiligencias nessa Corte negarão o acenso, e nesta terra a insolência tirou a vida, derão ocasião um movimento popular, e alteração universão com que vendo-se atalhado nos meios do remédio, se valeu das da desesperação; sacudindo o pesado julgo do governo (ou para melhor dizer da servidão) em que o tinha o de ministros tão ligados no sangue como parecidos na tirania, tão chegados no parentesco como unidos na violência com que governavam Salvador Correa de Sá, seu primo Thomé Correa d´Alvarenga, e seu cunhado o provedor da fazenda Pedro de Sousa Pereira.Vendo-se assim o dito Povo sem governador nem cabeça, tratou de eleger governador, como com efeito aclamaram por seu governador o capitão Agostinho Barbalho de Bezerra por nele concorrer na qualidade de fidalgo da Casa real e comendador da Comenda de São Pedro, fins da Ordem de Cristo, filho alfim de Luiz Barbalho Bezerra, um dos 3 governadores que teve a cabeça deste estado, Governador que foi também desta praça, e juntamente prudência, limpeza e inteireza com que lhe digno de outros maiores cargos, e logo foi o dito Povo em busca do dito Agostinho Barbalho Bezerra a sua casa para o trazerem a este Senado da Câmara, e por não o acharem nela e terem notícia que estava no convento de São Francisco desta cidade o foi la buscar, e por mais escuzas que deu, incovenientes que representou, violência e forçosamente o trouxerão em sua companhia ao Senado da Câmara onde lhe prupzerão e eleição que este Povo havia feito de sua pessoa para governar até Vossa Magestade mandar o contrário, e, excuzando-se outra vez o dito Agostinho Barbalho uma e muitas vezes representou o dito Povo os inconvenientes que havia para aceitar o dito cargo, em embargo do que o dito Povo o obrihou com ameaçar de perder a vida se não o aceitasse, obrigado do que e debaixo dos protestos que fez aceitou o governo e a homenagem da mão do dito Povo em nome de Vossa Magestade de que tudo por extenso enviamos a Vossa Magestade os autos públicos que se obrarão.Presos os sobreditos se tornou a alterar o dito Povo em 8 se presente mes de dezembro com muito maior concurso de gente, e armas requerendo neste Senado que fossem embarcados e remetidos a Vossa Magestade os ditos presos com suas culpas para que Vossa Magestade neles fizesse justiça, e que não se haviam de aquietar, nem sossegar sem verem os ditos foram desta cidade porquanto tinham por notícia procuraram por seus amigos e parentes furgiram das prisões, e levantaram-se contra o governo forjando-se a dita Conjuração no Convento do Patriaca de São Bento desta cidade onde o dito provedor tem um filho religioso, a qual foi descoberta por ajuízos e cartas que de noite se lançaram ás portas dos procuradores do Povo, e com efeito lhe foram achadas armas que entregaram como outros consta do autor que da dita conjuração se fez e remetemos a Vossa Magestade e finalmente que não convinha que nehum da dita geraçãol ficasse nesta terra, porque com eles nunca haveria segurança na paz que tanto desejavam, e sem admitir o dito Povo rezam alguma resolução a embarcar aos ditos presos, como já com efeito embarcou o Provedor Pedro de Sousa Pereira, com toda a sua família no pataxo Nossa Senhora do Pópulo, mestre Manuel Gonçalvez Ferreira, que deste porto partiu em 18 do mês passado de dezembro com carta em um prego para Vossa Magestade, que era a primeira via, e nesta charrua São José, mestre Manuel Pires Rollão que vai para a Ilha da Madeira embarcou no mesmo Povo a Thomé Correa d´Alvarenga, com a segunda via..." ver mais
Salvador Correia de Sá e Benevides 67 anos 24/10/2025 04:07:41º de (254)
1 de janeiro de 1661, sábado Atualizado em 01/11/2025 07:11:04 De Santos, Salvador concede "perdão" aos que cometeram as hostilidades ao seu governo
• Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho) (52 anos)
• Temas (3): Beneditinos, Habitantes, Mosteiro de São Bento SP
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Data: 1901 Página 21
3 fontes 3 relacionadas
• 1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 1839
• 2°. Revista trimestral do Insituto Histórico e Geografico 1901
O Governador e Administrador Geral Salvador Correira de Sá e Benevides mandou publicar a som de caixas no dia 1 de janeiro de 1661 o bando do teor seguinte: Salvador Correa de Sá e Benevides, &. Porquanto sou informado, que nos primeiros dias do mes de dezembro próximo passado, os moradores de São Gonçalo no Rio de Janeiro excedendo os limites da desobediência azidos de mão armada; obrigando com alvoroço aos Ministros Superiores a recolherem-se ao Mosteiro de São Bento, e continuando o seu alvoroto, baterem as portas e obrigar a todo o genero de pessoas seguissem sua voz tocando o sino da Camara, e nomeado nela por Capitão-Mór a Agostinho Barbalho Bezerra, negando a obediencia a Thome Correa de Alvarenga, que conforme a ordenação tinha deixado naquella praça, prendendo-o, e ao Provedor da Fazenda, e descompondo ao Ouvidor Geral, e chegando apertar-lhe as mãos, obrigando-o afazer papeis emais deligencias, que intentarao; elegendo oito moradores, quatro da nobreza, Jeronimo Barbalho, Jorge Ferreira Bulhão, Pedro Pinheiro, e Matheos Pacheco, e outros quatro officiaes, Mathias Gonçalves, Manoel Borges, Ambrosio Dias, e Antonio Fernandes Valongo, em modo de Parlamento ; fazendo assento de novas Leys e Governo; elegendo Ministros Reaes, e fazendo outros excessos contra a jurisdiçad Real: E porque sou informado, que se occazionou esta acção por alguâs [p. 21] ver mais
• 3°. Biografia de Salvador Correia de Sá e Benevides, consultada em Wikipedia 3 de março de 2023, sexta-feira
Houve bando de Salvador, de Santos, em 1º de janeiro de 1661, perdoando aos que se tinham comprometido nas hostilidades contra ele cometidas)Assim, em 1º de janeiro de 1661, Salvador assumiu o governo das Capitanias do Sul, calculando em 3,5 mil almas a população branca de São Paulo. Prova que o Brasil quinhentista e seiscentista foram Bahia e Pernambuco, zonas ricas, açucareiras, assaltadas por flibusteiros; na era setecentista entretanto entrará em cena Minas Gerais, cuja importância se refletiria no Rio de Janeiro. ver mais
Salvador Correia de Sá e Benevides 65 anos 24/10/2025 21:21:47º de (254)
Governador-geral, Francisco da Costa Barreto, escreveu ao ouvidor da Repartição Sul 9 de abril de 1659, quarta-feira. Atualizado em 11/10/2025 00:14:06 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA • Pessoas (3) Francisco da Costa Barros, Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Thomé Correa de Alvarenga (f.1675) •Temas (1): Assassinatos
• Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725) 1 de janeiro de 2017, domingo
Quando a notícia do assassinato chegou em Salvador, o governador-geral, Francisco da Costa Barreto, escreveu ao ouvidor da Repartição Sul preocupado com as aquietações que rodavam a capitania do Rio de Janeiro. Em especial a necessidade de devassa contra os culpados e “se possa proceder contra eles” a justiça régia.
22 de fevereiro de 1618, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 01:50:44 Martim Correia de Sá, por alvará régio desta data, é nomeado capitão e lugar-tenente da capitania de São Vicente, com a cláusula de que havia de servir por três anos, se tanto durasse o litígio entre os donatários
• Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, São Vicente/SP
• Pessoas (2): Martim Correia de Sá (43 anos), Pedro Cubas (80 anos)
• Temas (1): Capitania de São Vicente
1 fonte 1 relacionada
• 1°. Salvador Correia de Sá e a luta pelo Brasil e Angola (1602-1686) 1952
Se o jovem Salvador acompanhou o pai, ou se ele voltou para lá mais tarde, na companhia do avô, é do que não se tem certeza. Tudo que se sabe é que os três se achavam em Lisboa quando Martim de Sá foi nomeado comandante da guarnição do Rio de Janeiro e adjacente distrito costeiro, cabendo-lhe ainda a supervisão dos aldeamentos indígenas dos arredores. ver mais
Salvador Correia de Sá e Benevides 19 anos 24/10/2025 04:15:33º de (254)
4 de novembro de 1613, segunda-feira Atualizado em 07/11/2025 01:49:48 Salvador Correia de Sá, O Velho, designado diretamente pelo monarca de "Governador das Minas do Sul"
• Cidades (2): Ivaiporã/PR, Paranaguá/PR
• Pessoas (3): Salvador Correia de Sá, O Velho (75 anos), Filipe III, o Piedoso (35 anos), Francisco de Sousa (1540-1611)
• Temas (2): Ouro, Fazendas
Memórias Históricas do Rio de Janeiro Data: 1822 Página 265
3 fontes 0 relacionadas
Salvador Correia de Sá e Benevides -37 anos 04/11/2025 21:19:39º de (254)
19 de junho de 2022, domingo Atualizado em 07/11/2025 00:18:57 Mariana de Sousa Guerra, Condessa de Vimieiro. Consultado em Wikipédia
• Cidades (8): Lisboa/POR, Paranaguá/PR, Paraty/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Rio de Janeiro/RJ
• Pessoas (5): Condessa de Vimieiro (1570-1646), Luís de Castro, 5º Conde de Monsanto (1560-1612), Martim Correia de Sá (1575-1632), Inês Pimentel, 6.º Conde de Monsanto (1590-1674)
• Temas (8): Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Léguas, Leis, decretos e emendas, Portos, Tordesilhas
Registros relacionados
15 de outubro de 1610, sexta-feira. Atualizado em 04/11/2025 00:45:37 • 1°. Como Lopo Lopes de Souza faleceu em 1610, sem deixar descendência, a sua herança passou à irmã, D. Mariana [Pero] de Souza Guerra - "Condessa de Vimieiro" (1611 à 1623), cujo esposo era D. Francisco Faro
Em 1610, faleceu seu irmão Lopo de Sousa, 3º donatário da Capitania de São Vicente. Teoricamente o território sob sua jurisdição podia ir da região de Paraty, até Paranaguá, na Capitania de Santana, mas estava interpolado por dez léguas de costa pertencentes à Capitania de Santo Amaro, a qual não tinha sido povoada pelo capitão-donatário original: seu tio-avô Pero Lopes de Sousa.
Para o interior, seu território estendia-se até ao meridiano do Tratado de Tordesilhas, embora, durante a União Ibérica, ninguém pensasse em demarcar essa linha no terreno, pelo que era frequentemente violada pelos paulistas.
Segundo o testamento do seu avô, Martim Afonso de Sousa, na ausência de filhos varões do primogênito, Pero Lopes de Sousa, Senhor de Alcoentre e Tagarro, segundo donatário da Capitania de São Vicente, todos os bens vinculados seriam herdados por um filho varão de sua filha D. Inês Pimentel, sendo que o único sobrevivente em 1610 era D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (1560 - 1612), o qual naturalmente reivindicou os bens vinculados por seu avô Martim Afonso de Sousa, suscitando a contra-reivindicação de Mariana de Sousa Guerra.
No entanto, as doações da Coroa, por virtude da Lei Mental, promulgada por El- Rei D. Duarte de Portugal, precisavam da dispensa e confirmação de El-Rei sempre que saíam da linha direta masculina.
A mãe de D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto, D. Inês Pimentel, já obtivera dispensa da Lei Mental à data do testamento do pai, provavelmente por ocasião do seu casamento com D. António de Castro, 4.º Conde de Monsanto. Já Mariana de Sousa Guerra, se quizesse herdar as donatarias de seu falecido irmão, teria de obter uma dispensa especial, o que era processo longo e complicado a impetrar junto da corte espanhola. Entretanto, era El-Rei D. Filipe II de Portugal (III de Espanha) quem nomeava os capitães-mores que governavam a capitania.
Além disso, D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (1560 - 1612) também herdou a Capitania de Santo Amaro por testamento de D. Jerônima de Albuquerque e Sousa, última descendente (após a morte dos irmãos) do 1º donatário da Capitania de Santo Amaro Pero Lopes de Sousa, (irmão caçula de Martim Afonso de Sousa), a qual incluía, não só a quase desabitada Ilha de Santo Amaro, mas também a então florescente vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, a qual havia sido povoada a partir de São Vicente.
Na realidade, a Ilha de Santo Amaro não tinha atividade económica, mas apenas fortalezas essenciais à defesa do porto de Santos, sito na vizinha Ilha de São Vicente. Pelo contrário, São Paulo era uma vila próspera, mas só era acessível através do porto de Santos.
Por isso mesmo, D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (ca. 1560 - 1612) reivindicou a Capitania de São Vicente, a qual foi contra-reivindicada por D. Mariana de Sousa Guerra.
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