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Manuel da Nóbrega
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  Manuel da Nóbrega
  1º de 183
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Nascimento do Padre Manuel da Nóbrega
18 de outubro de 1517, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Temas (1): Jesuítas






  Manuel da Nóbrega
  2º de 183
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Manoel da Nóbrega bacharelou-se em direito canônico e filosofia
1541. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Temas (1): Jesuítas





  Manuel da Nóbrega
  3º de 183
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Aos 27 anos, foi ordenado pela Companhia de Jesus em 1544, fazendo-se pregador.
1544. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Temas (1): Jesuítas







  Manuel da Nóbrega
  5º de 183
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Os irmãos Diogo Jácome e Vicente (primeiro bispo) Rodrigues partiram de Portugal rumo ao Brasil
1 de fevereiro de 1549, terça-feira. Atualizado em 25/05/2025 05:56:17
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 Pessoas (5) Ambrogio Campanaro Adorno (49 anos), Antônio Cardozo de Barros (f.1556), Diogo Jácome, João III, "O Colonizador" (47 anos), Tomé de Sousa (46 anos)
 Temas (1): Jesuítas





  Manuel da Nóbrega
  6º de 183
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Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil
29 de março de 1549, terça-feira. Atualizado em 14/07/2025 23:09:10
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 Cidades (4): Cananéia/SP, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) Bernardo Ribeiro (n.1561), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (74 anos), Diogo Jácome, Felippe Guilhem (n.1487), Gabriel Soares de Sousa (9 anos), Leonardo Nunes, Rodrigo de Argollo (42 anos), Tomé de Sousa (46 anos)
 Temas (9): Carijós/Guaranis, Cavalos, Colégios jesuítas, Gados, Habitantes, Jesuítas, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora das Graças





  Manuel da Nóbrega
  7º de 183
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“Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”
abril de 1549. Atualizado em 26/08/2025 06:10:17
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 Pessoas (2) João de Azpilcueta Navarro, Simão Rodrigues
 Temas (1): Jesuítas

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincial Simão Rodrigues, em abril de 1549: “Espero de as tirar [‘orações e algumas práticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem que nesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhe manda e não está aqui”.

Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, ele se reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares. Anchieta, em Informação dos primeiros aldeamentos da Bahia, também relata: Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa.

O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: em carta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento de Navarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua, embora a referência de Navarro pregando “à gente da terra”, esclarece Serafim Leite em nota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos.





  Manuel da Nóbrega
  8º de 183
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Carta de Manoel da Nóbrega
10 de abril de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07
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 Cidades (1): Coimbra/POR
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (3): Caminho do Peabiru, Escolas, Jesuítas

    11 Fontes
  11 fontes relacionadas

•  A Religião dos Tupinambás
1 de janeiro de 1950, domingo
Os indios (escreve o padre Nobréga) dizem "que S. Tomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio; as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi, com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche; dizem também que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos indios, que o queriam frechar, e chegando ali se lhe abrira o rio e passara por meio dele · a outra parte sem se molhar, e dali foi para a India. Assim mesmo contam que, quando o queriam frecharos índios, as frechas se tornavam para eles, e os .matos lhe faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escarneo. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los".

•  “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*
1 de outubro de 1971, sexta-feira
Manoel da Nóbrega, contra quem não cabe o rótulo de fantasioso, noticiou em carta de 1549:

"Dizem eles que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus antepassados, e que suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com meus próprios olhos quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais cobre o rio quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali fôra para a Índia." [p. 6]

•  História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
1 de janeiro de 1977, sábado
Persuadir de que? Sem duvida da necessidade de salvação pela audição do evangelho: a soteriologia da salvação universal ligada a audição física e auricular de vocábulos evangélicos parece estar subjacente a todo 0 imenso esforço de doutrinação dos nativos e africanos no Brasil. A palavra pronunciada e importante, a vocábulo, a ensino, a doutrina transmitida maquinalmente. Apenas quinze dias apos sua chegada ao Brasil, no dia 10 de abril de 1549, Nóbrega já escreve:

"O irmão Vicente Rijo ensina a doutrina aos meninos cada dia, e também tem escola de ler e escrever... Desta forma ir-lhes-ei ensinando as orações e doutrinando-os na fé até serem hábeis para o batismo."

•  A Legenda de São Tomé no Brasil e nas Américas. Carlos Sodré Lanna, catolicismo.com.br*
1 de fevereiro de 1993, segunda-feira
Poucos dias após sua chegada aqui, em março de 1549, escrevia: “Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”.

•  Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre em História - UFSC
1 de janeiro de 2001, segunda-feira
A uma das pegadas mostradas na Bahia, de que dá conta Vasconcellos, referiu-se provavelmente o Padre Manoel da Nóbrega, onde escreveu, em carta de 1549, que "[...] sus pisadas están sendadas cabo a un rio, los quales yo fuy a ver por más certeza dela verdad, y vi con los proprios ojos quatro pisadas muy sefialadas con sus dedos [...]". Segundo os índios, quando o santo deixou aquelas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e lá chegando, abriu-se o rio à sua passagem, e ele caminhou por seu leito a pé enxuto, até chegar à outra margem, onde foi à Índian.

Parece claro que muitas menções à presença de São Tomé na América se devem, sobretudo, à colaboração dos missionários católicos, onde incrustaram-se tradições cristãs em crenças originárias dos índios. Parece claro também que a presença das pegadas de São Tomé na América foi associada à passagem de algum herói [Páginas 9 e 10 do pdf]

•  Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck
1 de janeiro de 2010, sexta-feira

•  Expedição Peabiru - Pay Zumé
17 de julho de 2018, terça-feira
Os nativos acolheram bem os europeus, Nóbrega fica surpreso. Mais ainda quando percebe que esses mesmos nativos procuravam a casa de culto e de catequese como se aquilo fosse um hábito antigo. Os nativos levam Nóbrega até um local sagrado. Alí haviam marcas de pegadas nas pedras, as quais apontavam os nativos e diziam "Zumé", Pay Zumé. O padre logo escreve uma carta ao seu superior em Coimbra informando a grande notícia: São Tomé esteve no Brasil!

"Eles dizem que São Tomé, a quem chamam de Zamé, passou por aqui. E isto ficou dito pelos seus antepassados. E que suas pegadas estão marcadas, próximas de um rio, das quais eu mesmo fui ver, para maior certeza da verdade e vi, com meus próprios olhos quatro pegadas, bem marcadas com seus dedos."

•  Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org
8 de maio de 2019, quarta-feira
Comentário do Pe. Gabriel Vila Verde

Muito estimado pela sua atuação evangelizadora nas redes sociais, o padre brasileiro Gabriel Vila Verde postou a respeito em seu Facebook:

Estava lendo uma carta do Padre Manoel da Nóbrega, onde ele narra os primeiros contatos com os índios aqui na Bahia, em 1549. Segundo ele, os índios relataram sobre um tal “Zomé”, misterioso personagem que andou por aqui. Vamos ao trecho:

“Dizem eles que São Tomé, a quem chamam de Zomé, passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia…”

Fica então a interrogação! Como os índios poderiam criar uma história dessa? Teria mesmo o Apóstolo Tomé andado por terras brasileiras? Impossível não é, porque o Apóstolo Felipe era levado pelo Espírito de uma cidade à outra na velocidade do vento (Atos 8, 39). Pelo sim, pelo não, fica o registro do padre Nóbrega.

•  Vikings no Brasil: MITO OU REALIDADE? ihggcampinas.org
16 de novembro de 2020, segunda-feira
Relatos de pegadas de um santo homem impressas na rocha existem em várias partes do nosso território, sendo do padre Manoel da Nóbrega a afirmativa na sua Carta das Terras do Brasil relativa a 1549, que os índios diziam que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados, e que suas pegadas estão sinaladas junto de um rio: as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com meus próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos… (DONATO, p. 33).

•  São Tomé Apóstolo, Mártir Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
1 de janeiro de 2021, sexta-feira
Teria esse apóstolo estado no Brasil, como consta de antiga tradição entre nossos índios, e que é citada em carta de 1549 pelo Pe. Manoel da Nóbrega? Com efeito, diz esse piedoso jesuíta:

Dizem eles [os índios] que São Tomé, a quem chamam de Zomé [ou Sumé], passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia” – (cfr Aleteia em português).

•  Consulta em tonocosmos.com.br
7 de julho de 2022, quinta-feira
Poucos dias após sua chegada aqui, em março de 1549, escrevia:

“Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”.

E, em data posterior, acrescenta:

“Dizem os índios que São Tomé passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas sinaladas com seus dedos. Dizem que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali se abrira o rio e passara por meio dele a outra parte sem se molhar. Contam que, quando queriam o flechar os índios, as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho para onde passasse”.

Constata-se nesse relato do padre Manoel da Nóbrega a intenção missionária de São Tomé, espalhando por estas plagas brasílicas a palavra de Deus, e deixando visíveis as marcas de sua passagem em vários lugares conhecidos.





  Manuel da Nóbrega
  9º de 183
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“Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”
15 de abril de 1549, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08
Relacionamentos
 Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Simão Rodrigues
 Temas (3): Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Jesuítas

    4 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.

Um outro trecho epistolar de Nóbrega confirma essa sua convicção de mais rápida aprendizagem da língua tupi pelos falantes do idioma basco. Em carta escrita da Bahia a 15 de abril de 1549 ele sugere a vinda de “mestre João” ou Mosen (ou Misser) Juan de Aragão, como explica Serafim Leite em nota de rodapé:

Também me parece que mestre João aproveitaria cá muito, porque a sua língua é semelhante a esta”. Por ser aragonês, presumese que esse jesuíta falasse o idioma basco, já que o dialeto aragonês era falado no antigo reino de Aragón e Navarra, como explica Tagliavini (1993:583):

otro dialecto importante es el aragonés, que en parte se funda historicamente en el antiguo reino de Aragón y Navarra, pero que recibió gran influencia del castellano”.

•  Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar
1 de janeiro de 2015, quinta-feira
Em 15 de abril de 1549, Nóbrega escreveu, da Bahia, ao Padre Simão Rodrigues, o Superior Provincial da Companhia de Jesus, em Portugal. Nóbrega relatou que já existiam clérigos na Bahia e que as raízes (provavelmente mandioca), com as quais se faziam pães, foram trazidas por São Tomé, conforme a tradição local. Nóbrega ainda escreveu: "Estão daqui perto humas pisadas figuradas em huma rocha, que todos dizem serem suas. Como tevermos mais vagar, avemo-las de ir ver".

•  O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente
1 de janeiro de 2020, quarta-feira
Nóbrega demonstra certa obsessão com o tópico de São Tomé, ao chegar à Bahia, em 1549. Das cinco cartas escritas em seu primeiro ano em terras brasileiras, três mencionam São Tomé. Na primeira delas, endereçada a Simão Rodrigues, escreve:

tambem me contou pessoa fidedigna que as raizes que cá se faz o pão, que S. Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis. Estão d’aqui perto umas pisadas figuradas em uma rocha, que todos dizem serem suas. [p. 129]





  Manuel da Nóbrega
  10º de 183
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Manoel da Nóbrega escreveu uma carta ao rei de Portugal pedindo que o reino enviasse para o Brasil órfãs, ou mesmo mulheres “que fossem erradas”. Pois “todas achariam maridos, por ser a terra larga e grossa”
1 de maio de 1549, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21
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 Pessoas (1) João III, "O Colonizador" (47 anos)
 Temas (1): Mulheres na história do Brasil





  Manuel da Nóbrega
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Tomé de Sousa envia à São Vicente o Ouvidor Geral Pedro Borges e o Provedor-Mor Antônio Cardoso
29 de maio de 1549, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (3): Salvador/BA, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Pero (Pedro) de Góes, Tomé de Sousa (46 anos)
 Temas (1): Ouro





  Manuel da Nóbrega
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“Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”
agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:50:49
Relacionamentos
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (1): Bíblia

    2 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
1 de janeiro de 1977, sábado
Nos vocábulos usados pelos indígenas descobriu-se o nome de Tomé, ou sua corruptela. Nas crenças Indígenas detectou-se algum vestigia da pregação apostólica, evidentemente deteriorada pelo. "falsa" tradição dos principais. Poucos meses depois de sua chegada ao Brasil, em agosto de 1549, escreve Nóbrega em sua Informação das Terras do Brasil:

Eles [os indígenas] tem memória do dilúvio ... e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui...

•  Expedição Peabiru - Pay Zumé
17 de julho de 2018, terça-feira





  Manuel da Nóbrega
  13º de 183
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“procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
9 de agosto de 1549, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:54
Relacionamentos
 Pessoas (1) João de Azpilcueta Navarro
 Temas (3): Carijós/Guaranis, Guaranis, Música





  Manuel da Nóbrega
  14º de 183
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“Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
10 de agosto de 1549, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Fernão Cardim (9 anos), João de Azpilcueta Navarro
 Temas (11): Biscainhos, Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Curiosidades, Jesuítas, Caminho do Paraguay, Vale do Anhangabaú, Bíblia, Inferno, Nheengatu, Algodão

    3 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado

•  Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck
1 de janeiro de 2010, sexta-feira
Ao Pe. Navarro, ele daria mais detalhes:

Têm notícia igualmente de S. Thomé e de um companheiro e mostram certos vestígios em uma rocha,que dizem ser deles, e outros sinais em S. Vicente [...] Dele contam que lhes dera os alimentos que ainda hoje usam, que são raízes e ervas e comisso vivem bem; não obstante dizem mal de seu companheiro, e não sei porque, senão que, como soube, as flechas que contra ele atiravam voltavam sobre si e os matavam.” (Carta IV In: Moreau, 2003, p.267 [grifo nosso]).
teste

•  Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar
1 de janeiro de 2015, quinta-feira
Ainda em agosto de 1549, Nóbrega escreveu aos padres de Portugal, relatando a lenda de Zomé (ou Somé, ou Sumé. Não se sabe como Nóbrega escreveu, pois essa carta original, em português, foi perdida, restando uma tradução em espanhol com a grafia Zomé):

"Dizem eles que S. Thomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados, e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que, quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se lhe abrira o rio, e passara por meio dele sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam flechar os índios, as flechas se tornavam para eles, e os matos lhes faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escárnio. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los."

Pelas cartas de Nóbrega, seriam quatro pegadas sobre uma rocha em um rio, "perto" do atual Centro Histórico de Salvador. Seriam provavelmente as pegadas em São Tomé de Paripe, cuja Igreja fica próxima tanto da Baía de Aratu, quanto da Bahia de Todos os Santos. Relatos posteriores indicam que as águas cobriam tanto as pegadas de S. Tomé de Paripe, quanto à de Itapuã, conforme a maré.
teste





  Manuel da Nóbrega
  15º de 183
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Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente
1 de novembro de 1549, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08
Relacionamentos
 Cidades (5): Cananéia/SP, Salvador/BA, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Paranaguá/PR
 Pessoas (5) Ambrogio Campanaro Adorno (49 anos), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Diogo Jácome, Leonardo Nunes, Tomé de Sousa (46 anos)
 Temas (5): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Jesuítas


•  Cartas Avulsas: 1550-1568
1 de janeiro de 1931, quinta-feira

•  JESUITAS EN LAS AMÉRICAS. Presencia en el tiempo. Jorge Cristian, Troisi Melean e Marcia Amantino (compiladores)
1 de janeiro de 2019, terça-feira





  Manuel da Nóbrega
  16º de 183
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João Ramalho funda Santo André da Borda do Campo de Piratininga, por sugestão do Padre Leonardo Nunes, a primeira povoação européia na América Portuguesa a se distanciar do litoral
1550. Atualizado em 23/10/2025 15:32:25
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Domingos Luís Grou (50 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), João Ramalho (64 anos), Leonardo Nunes, Lopo Dias Machado (35 anos), Salvador Pires
 Temas (8): Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Gados, Itapeva (Serra de São Francisco), Jesuítas, Pela primeira vez, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda







  Manuel da Nóbrega
  18º de 183
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“certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”
6 de janeiro de 1550, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 00:22:52
Relacionamentos
 Cidades (1): Rosana/SP
 Pessoas (1) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (34 anos)
 Temas (3): Gentios, Música, Tamoios

    2 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Descobrimento e Devassamento
1 de janeiro de 1902, quarta-feira

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
A 6 de janeiro de 1550, escrevendo de Porto Seguro, relata essa a intimidade de Navarro no ensinar aos meninos cantar “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”. Ele também dá a conhecer uma outra habilidade dos meninos órfãos vindos de Lisboa, que, “com seus cantares atraem os filhos dos Gentios e edificam muito os Cristãos”. Antônio Rodrigues, que também era língua, “era grande cantor e músico, e com o conhecimento directo da língua popular, possuía inigualável prestígio com os índios, «um grande obreiro inter

“certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, ...
1550, sexta-feira (Há 475 anos)

, prestígio que ele acrescentava com a sua experiência e ousadia
”, escreve Serafim Leite (1953:247), que acrescenta: “Mas escreve António de Matos que o P. António Rodrigues (a esta data já era Padre: ordenara-se em 1562) fora à empresa do Rio de Janeiro para com a sua arte de cantor e de músico, atrair, converter e captar os últimos Tamoios para a religião”.

por Nóbrega, era a falta de volume lexical; o segundo, a objetividade e imediação da línguanativa, o que se extrai da seguinte passagem de Anchieta (1988:115): “Os Brasis nãocostumam usar de rodeio algum de palavras para explicar as coisas”. Também Azpilcueta Navarro, outro atilado conhecedor da língua tupi, deixa assinalado: “nem me parece têm certos vocábulos que servem em geral”, transcreve Maria Carlota Rosa.

Nóbrega, em carta escrita de Porto Seguro a 6 de janeiro de 1550, revela: “Damos-lha [a fé ensinada aos índios] a entender o melhor que podemos e algumas coisas lhes declaramos por rodeios”. Daí a pertinência da observação feita por Edith Pimentel Pinto(1993:522) respeito dos textos tupi produzidos por José de Anchieta:À integração de palavras indígenas nos textos em português oucastelhano, Anchieta preferiu o próprio uso da língua tupi, no qual, emcontrapartida, introduziu lusismos, condicionados pela insuficiênciadaquela língua para a expressão de abstrações, compatíveis com aveiculação dos conceitos cristãos e valores morais que pregava.O também jesuíta Vincencio Mamiani (1942), defrontado com idêntico problemana língua Kiriri foi explícito em admitir a inoculação de empréstimos da língua portuguesa:Advirto, por último, que por faltar nesta língua vocábulos que expliquemcom propriedade o significado de algumas palavras que se usam nasOrações, Mistérios da Fé e outras matérias pertencentes a ela, usamos dasmesmas vozes Portuguesas, ou Latinas, como se introduziu nas outraslínguas de Europa; pois da Hebréia e Gregra passaram aos Latinos, dosLatinos passaram às outras Nações de Europa como são Ave, Salve,Sacramentos, Trindade, sc. Em outras palavras, com os Sacramentos emparticular, as virtudes e vícios, sc, e semelhantes, quando não há nestalíngua vocábulo próprio, usamos pelo ordinário da definição, ouperífrase, para os Índios entenderem o significado delas, que é o intentoque se pretende para uma suficiente instrução desses novos Cristãos. ["A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos" 2005]





  Manuel da Nóbrega
  19º de 183
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Carta do Pe. Navarro
28 de março de 1550, terça-feira. Atualizado em 27/08/2025 00:33:15
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (3) Diogo Jácome, João de Azpilcueta Navarro, Leonardo Nunes
 Temas (1): Carijós/Guaranis

    1 Fontes
   fontes relacionadas





  Manuel da Nóbrega
  20º de 183
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“E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”
1551. Atualizado em 27/08/2025 02:24:56
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 Temas (1): Jesuítas

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  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Dois anos depois, como relata em carta de 1551, ainda se servia de intérprete para suas prédicas, embora assinalasse algum progresso no aprendizado do idioma brasílico: “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”. Mais tarde, no que ficou conhecido como Armistício de Iperoig, serviu-se de Anchieta como intérprete.





  Manuel da Nóbrega
  21º de 183
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Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado"
1551. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
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 Cidades (3): Santo André/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (51 anos), João Ramalho (65 anos), Pero Correia (f.1554), Leonardo Nunes
 Temas (9): Rio Anhemby / Tietê, Léguas, Bilreiros de Cuaracyberá, Cayacangas, Pela primeira vez, Jesuítas, Cariós, Carijós/Guaranis, Cristãos





  Manuel da Nóbrega
  22º de 183
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“Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”
13 de Setembro de 1551, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08
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 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (5): Cristãos, África, Escravizados, Gentios, Jesuítas

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•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Na fase do missionamento volante e dos aldeamentos jesuíticos, ela talvez funcione com menos intranqüilidade teórica, já que para eles se deslocavam índios vindo delonge, muitos dos quais não falavam a língua geral, mas a ela tiveram que alçar-se, como se verá adiante. Em carta escrita de Pernambuco a 13 de setembro de 1551, Nóbrega informa:

Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”.

Em outra de Olinda, escrita um dia depois, ele volta a afirmar: “Das pregações e doutrina que lhes fazem corre a fama a todo o gentio da terra e muitos nos vem ver e ouvir o que de Cristo lhe dizemos”.

Anchieta, em carta de Piratininga, escrita em 1555, também relata caso semelhante: “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”.
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  Manuel da Nóbrega
  23º de 183
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Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
14 de Setembro de 1551, sexta-feira. Atualizado em 27/08/2025 02:07:58
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 Cidades (1): Olinda/PE
 Pessoas (4) Duarte Coelho (66 anos), Guiné/AFR, João III, "O Colonizador" (49 anos), Tomé de Sousa (48 anos)
 Temas (3): Escravizados, Gentios, Ouro

    4 Fontes
  4 fontes relacionadas

•  História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
1 de janeiro de 1977, sábado
Ora, nao existia fazenda sem escravos. Com a maior naturalidade Nobrega escrevia ao rei Dam Joao III no dia 14 de setembro de 1551: E mande dar alguns escravos de Guine 11 casa para fazerem mantimentos, porque a terra e tao fértil que facilmente se manterao e vestir ao muitos meninos, se tiverem alguns escravos que rocam rocas de mantimentos e algodoais. [p. 40]

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória quede lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.

É esse domínio da língua geral que permitirá aos jesuítas uma reputação sobranceira perante os índios, em algumas situações de forma absolutamente invulgar, como no caso do Padre Manuel de Chaves, cuja facilidade com a língua, certamente aliada ao carisma pessoal, fazia-o ser tido à conta de acabar com estado de guerra entre índios e brancos. Serafim Leite (2004-I:104), tratando do levante dos Tupinaquim em 1590, ressalta sua figura, que faleceu a 18 de janeiro daquele ano. Conclui desta última data que o ataque deve ter sido posterior a essa data, porque, segundo Anchieta, enquanto morou em S. Paulo o P.Chaves, só uma vez, houve guerra entre os Índios e os Portugueses; nunca jamais, enquanto esteve em Piratininga, se abriu guerra entre uns e outros. Uma só vez se ausentou e foi o mesmo que rompesse a guerra, que com sua presença depois parou, durando a paz toda a sua vida, e acabando-se com a sua morte.

•  A COMPANHIA DE JESUS E A FORMAÇÃO DA CULTURA SEXUAL BRASILEIRA: UM ESTUDO HISTÓRICO E DOCUMENTAL A PARTIR DOS ESCRITOS DO PADRE MANUEL DA NÓBREGA
1 de janeiro de 2009, quinta-feira

•  O sertão primordial e o grande confronto. Por Gustavo Maia Gomes, economista, em inteligencia.insightnet.com.br (data da consulta)
17 de maio de 2024, sexta-feira
Em 1551, Manoel da Nóbrega escreveu de Olinda a D. João III: “O governador Tomé de Souza me pediu um padre para ir com certa gente que Vossa Alteza manda a descobrir ouro: eu lhe o prometi, porque também nos releva descobri-lo para o tesouro de Jesus Cristo Nosso Senhor”. A entrada, contudo, somente se iniciou em 1553, quando Duarte da Costa (? -1560) já havia sucedido Tomé de Souza. Seu chefe seria Francisco Bruza Espinosa, um sertanista espanhol sobre quem não parece existir quase nenhuma outra informação.





  Manuel da Nóbrega
  24º de 183
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Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues
1552. Atualizado em 23/10/2025 04:58:23
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 Cidades (1): Timbó/SC
 Pessoas (3) Catarina Paraguassú, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (77 anos), Simão Rodrigues
 Temas (1): Nheengatu

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
A primeira delas é extraída de carta escrita por Nóbrega, da Bahia em 1552, e dirigida ao Provincial Simão Rodrigues (2000:130). Nela, ele aponta para o fato de que “a mulher e a filha de Diogo Alvarez Charamelu [leia-se Caramuru] (...) não sabem nossa fala”. Significa isso dizer que a indianização do português lançado ao novo mundo não implicava nenhum sentimento patriótico de preservação de suas instituições sociais, de que sobressai a língua. Situação similar deparou Antônio Rodrigues, que viria a ser um dos três bons línguas referidos por Nóbrega e Anchieta, quando ainda era um explorador em busca de riquezas pela região do Rio da Prata. Chegando, com seus companheiros, a uma aldeia de índios Timbó, ele encontrou “alli un spañol que avia mucho tiempo que alli estava,de maneira que ya no sabia hablar español y sabia bien la lengua dellos”, relata Serafim Leite (1935). [p. 109, 110]
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  Manuel da Nóbrega
  25º de 183
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“Contrariou-nos isto muito o Bispo, dizendo que era coisa nova e que na Igreja de Deus se não costuma. (...)”
1552. Atualizado em 25/10/2025 18:40:01
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Francisco de Saavedra (n.1555), Pedro Fernandes Sardinha (56 anos)
 Temas (1): Jesuítas





  Manuel da Nóbrega
  26º de 183
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29 de junho de 1552, domingo
Atualizado em 31/10/2025 18:37:59
Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega
•  Cidades (2): Assunção/PAR, São Vicente/SP
•  Pessoas (1): Leonardo Nunes
•  Temas (8): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades, Estradas antigas, Habitantes, Léguas, Nheengatu, Peru
    3 fontes
  2 relacionadas

1°. Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira)
1940

2°. De Cunhã a Mameluca. A mulher tupinambá e o nascimento do Brasil
2016
Em 1552, o jesuíta Leonardo Nunes criticava asperamente os sacerdotes de Assunção, bem como dava conta da profunda interação entre nativos e adventícios:

“(...) Porque me dizem que ali há dez sacerdotes, e destes só dois ou três não têm sete, oito filhos, como os outros; e estes ainda têm cinco ou seis índias dentro de sua casa, que os atendem, dando muita suspeita de uma vida ruim; e alguns ai de quem não comemora dez anos, e outros 3 ou 4, e seria melhor que outros não comemorassem. Lá, segundo dizem, há setecentos ou oitocentos homens e todos divididos em cinco lados opostos, e cada um tem pelo menos dez índias e algumas até sessenta e setenta.

Oh, quem tem mãe e uma filha, e ambos os filhos; e outros que têm duas irmãs e tias e sobrinhas, e da mesma forma que têm filhos de uma e de outra; e muitos ou quase todos têm muitos parentes, como primos de primeiro grau, e em outros graus de afinidade. E é dito que todos estes, incluindo filhos e filhas, são quatro mil, e todos têm entre quatorze e quinze anos de idade ou menos. Todos estes, segundo os seus pecados, parecem não ter senão o nome de cristãos: e se eu contasse a Vossa Majestade os grandes excessos que cometem nos seus vícios, isso nunca teria fim.
” [Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega, Baía (S. Vicente, 29/06/1552), in Leite, 1954 (I): 337-8]. [Páginas 268 e 269]  ver mais




  Manuel da Nóbrega
  27º de 183
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Plano de envio de meninos da terra à Metrópole
10 de julho de 1552, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
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 Cidades (1): Salvador/BA
 Temas (2): Curiosidades, Jesuítas





  Manuel da Nóbrega
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“se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”
agosto de 1552. Atualizado em 27/08/2025 02:30:32
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Pero Correia (f.1554)
 Temas (3): Curiosidades, Jesuítas, Nheengatu

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  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Em nova carta endereçada ao mesmo Provincial, escrita de Salvador em fins de agosto de 1552, Nóbrega reitera a importância da questão, consultando o que fazer, ou seja, “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua”.

Decidiu-se ele, então, a ir para a Capitania de S. Vicente, de onde os padres irradiavam “línguas pelos campos, aldeias a engenhos dos arredores”, aonde chegou em 1553, tendo sido precedido, por cerca de três anos, pelo padre Leonardo Nunes, o Apóstolo de Piratininga, que, fazendo-se acompanhar do Irmão Pero Correa, como língua, “o único que até então pregava na língua dos índios”, esteve no Campo de Piratininga.
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  Manuel da Nóbrega
  29º de 183
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“Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”
agosto de 1552. Atualizado em 27/08/2025 02:33:06
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Temas (2): Gentios, Música

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
canto e permissão de uso de instrumentos musicais indígenas nos atos litúrgicos: Nóbrega, em carta de “fins de agosto” de 1552, escreve: “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”. Tinhorão, na obra “Música popular de índios, negros e mestiços”, apud Thales de Azevedo (1959:44), analisa:a tarefa de atrair os índios com a música foi facilitada aos missionários porque do ponto de vista musical havia uma certa coincidência entre o espírito da catequese, o sentido coletivo da música indígena –caracterizado quase sempre pelo ritual mágico de suas relações com os fenômenos naturais – e o caráter igualmente “redutor” da moradia do canto gregoriano ou cantochão.
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  Manuel da Nóbrega
  30º de 183
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“ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553”
1553. Atualizado em 25/02/2025 04:38:53
Relacionamentos
 Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos), Domingo Martinez de Irala (47 anos)
 Temas (2): Caminho do Mar, Jesuítas





  Manuel da Nóbrega
  31º de 183
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“E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios”
1553. Atualizado em 25/10/2025 18:40:01
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (1) Francisco de Saavedra (n.1555)
 Temas (4): Jesuítas, Caminho do Mar, Serra do Mar, Estradas antigas





  Manuel da Nóbrega
  32º de 183
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Publicado, em Coimbra, De Gestis Mendi de Saa, poema épico de autoria de José de Anchieta, escrito sob a inspiração ou determinação de Nóbrega
1553. Atualizado em 02/09/2025 06:19:21
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 Cidades (1): Coimbra/POR
 Pessoas (1) José de Anchieta (19 anos)

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  A contrapelo – escritos sobre a colonização - aterraeredonda.com.br
28 de agosto de 2025, quinta-feira





  Manuel da Nóbrega
  33º de 183
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Chegada a São Vivente
fevereiro de 1553. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
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 Cidades (2): Santos/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (2) Pero (Pedro) de Góes, Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (1): Carijós/Guaranis





  Manuel da Nóbrega
  34º de 183
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“O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil”
12 de fevereiro de 1553, quinta-feira. Atualizado em 03/09/2025 00:17:45
Relacionamentos
 Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Leonardo Nunes, Luis de Góes, Pero Correia (f.1554), São Benedito (29 anos)
 Temas (4): Biesaie, Carijós/Guaranis, Escravizados, Jesuítas

    2 fontes
  1 fonte relacionada

•  Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira





  Manuel da Nóbrega
  35º de 183
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Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
10 de março de 1553, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Leonardo Nunes, Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (3): Biesaie, Carijós/Guaranis, Rio dos patos / Terras dos patos





  Manuel da Nóbrega
  36º de 183
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Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira
8 de abril de 1553, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
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 Cidades (8): Assunção/PAR, Cananéia/SP, Santo André/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Ana Pimentel Henriques Maldonado (53 anos), Antônio de Oliveira (43 anos), Brás Cubas (46 anos), Caethana/Catharina Ramalho, Gonçalo Camacho (28 anos), Jerônima Dias, João Pires, o gago (53 anos), João Ramalho (67 anos), Manuel de Paiva (f.1584), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Martim Afonso de Sousa (53 anos), Salvador Pires, Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (11): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guaianás, Itapeva (Serra de São Francisco), Pelourinhos, Reino Villa, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda

    2 fontes
  1 fonte relacionada

•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
O primeiro occupante branco do interior vicentino,tambem não quiz demorar sob a jurisdicção dos néo-povoadores. Foi elle João Ramalho e parece ter sidoum naufrago das primeiras armadas, já tendo merecido.numerosas e eruditas monographias. Pedro Taques, quesobre elle escreveu as maiores contradicções da sua “No-biliarchia”, assegura que Martim Affonso de Sousa lheconcedêra uma sesmaria na ilha de Guaibe. Em 1580,o capitão-mór Jeronymo Leitão fazia referencias ás ter-ras doadas a João Ramalho e seus filhos, que limitavamcom as dos indios da aldeia de Ururay, ao longo do rio:desse nome e que iam até onde então se denominavaJaguaporébaba.Nesses limites, na borda do campo, que era o limiardos sertões ainda desconhecidos, havia João Ramalhose estabelecido, erguendo uma ermida sob a invocaçãode Santo André, que em 1553 o governador-geral Thoméde Sousa elevou á cathegoria de villa.Ahi viveu maritalmente com uma filha do caciqueTibyriçá, da aldeia de Piratininga, por uns chamada Iza-bel e por outros Bartira e della teve numerósa prole ma-meluca. Foi homem muito venerado entre o gentio esuas filhas casaram-se com principaes da capitania.Os jesuitas não apreciavam a João Ramalho. Tho-mé de Sousa o conheceu pessoalmente e em carta a El-Rei, mencionou que era natural do termo de Coimbra.O padre Manuel da Nobrega, tambem em carta datada.de 1553, dirigida á Luiz Gonçalves Camara, referiu queJoão Ramalho sahira do reino havia uns quarenta annos, [p. 19]
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  Manuel da Nóbrega
  37º de 183
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Ao lado de Manuel da Nóbrega, foi até São Vicente, passando por Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Angra dos Reis
junho de 1553. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Pessoas (1) Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (1): Açúcar





  Manuel da Nóbrega
  38º de 183
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Carta do Padre Manoel da Nóbrega ao Padre Luís Gonzaga da Câmara
10 de junho de 1553, quarta-feira. Atualizado em 28/10/2025 04:26:05
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (5): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Gentios, Jesuítas, Ouro





  Manuel da Nóbrega
  39º de 183
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Carta de Manoel da Nóbrega
12 de junho de 1553, sexta-feira. Atualizado em 05/10/2025 20:50:32
    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Voltemos, porém, á "peregrinação" de Manuel da Nóbrega. Ela se enquadra totalmente no seu projeto de missão entre os Carijós do Paraguai. Sobre o início da catequese entre os Tupis do Campo, eis o que pensava ainda a 12 de junho de 1553:"com eles gastaremos o tempo até vir o Irmão Correia da Bahia (para onde pretendia enviá-lo...), para entrar pela terra dentro".

Registrando no ano seguinte carta de Nóbrega, assevera Luis da Grã, ainda na Bahia: "Sua determinação... era ter esta casa, por ser cabeça, e a de São Vicente, por ser a entrada para um gentio, em que se espera mais fruto que neste". [p. 393]

A circunstância de que a residência ali fundada tivesse durado alguns anos, como quer Vasconcelos, já não é exata. Principiada em meados de setembro de 1553, encerrou-se pelos fins de agosto do ano seguinte. Sobreviveu "quase um ano inteiro" - assevera Anchieta. Em Maniçoba deve ter permanecido Nóbrega dois ou três meses, pois em dezembro, à chegada do reforço vindo da Bahia, já se encontrava em São Vicente, onde os recebeu. [p. 395]





  Manuel da Nóbrega
  40º de 183
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“O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (4) Brás Cubas (46 anos), Jácome Lopes, João Ramalho (67 anos), Paulo Dias Adorno
 Temas (9): Assassinatos, Bois e Vacas, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Léguas, Música, Ouro, Rio dos patos / Terras dos patos, Vila de Santo André da Borda





  Manuel da Nóbrega
  41º de 183
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Peabiru
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 15/06/2025 02:03:51
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 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Leonardo Nunes, Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (4): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Maniçoba





  Manuel da Nóbrega
  42º de 183
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Tomé de Souza proibiu o tráfego nas rotas que ligavam Cananéia e São Vicente ao interior paraguaio, tentando transformar a vila de Santo André da Borda do Campo em posto avançado e fronteiriço do avanço português
30 de junho de 1553, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:39
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 Cidades (4): Assunção/PAR, Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Domingo Martinez de Irala (47 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (9): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Missões/Reduções jesuíticas, Peabiru: Iguape , Rio Itapocú, Santa Catarina, Vila de Santo André da Borda, Caminhos/Estradas até Ibiúna





  Manuel da Nóbrega
  43º de 183
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Pero Correia faz contato com Maniçoba
julho de 1553. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Pero Correia (f.1554)
 Temas (6): Biesaie, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Carijós/Guaranis, Guaranis, Maniçoba





  Manuel da Nóbrega
  44º de 183
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Chega à Bahia o segundo governador-geral do Brasil
13 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 26/08/2025 03:43:55
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 Cidades (1): Salvador/BA
 Pessoas (5) Duarte da Costa (48 anos), José de Anchieta (19 anos), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Simão Rodrigues
 Temas (2): Jesuítas, Tuberculose

    2 Fontes
   fontes relacionadas





  Manuel da Nóbrega
  45º de 183
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Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 25/10/2025 01:54:02
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 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (53 anos), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (15 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (37): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    9 Fontes
  8 fontes relacionadas

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."

Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.

Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.

Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.

Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.

Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]

•  “São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
24 de janeiro de 1943, domingo
Mas o padre Serafim Leite, da Companhia de Jesus, historiador concensioso, a quem se deve a divulgação de notáveis documentos portugueses sobre a História de S.Paulo, divulga, na sua maravilhosa "História da Companhia de Jesús no Brasil", (tomo I, Livro III, cap. VI, 1º) uma carta de Manuel da Nóbrega, datada de 30 de agosto de 1553:

"Ontem, que foi dia da Degolação de S. João Batista, vindo a uma Aldeia onde se ajuntam novamente e apartam os que convertem e onde pus dois Irmãos para os doutrinar, fiz solenemente uns 50 catecúmenos, dos quais tenho boa esperança de que serão bons cristãos e merecerão o batismo e será mostrada por obras a fé que recebem agora. Eu vou adiante buscar alguns escolhidos, que Nosso Senhor terá entre este gentio; lá andarei até ter novas da Baía, dos Padres que creio serão vindos. Pero Correia foi adiante a denunciar penitência em remissão dos seus pecados".

E Serafim Leite acrescenta: "Esta carta de Nóbrega é a certidão de idade de São Paulo".

•  Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1 de janeiro de 1956, domingo
A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós".

Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. [p. 437, 438 e 439 do pdf]

•  “A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp
1 de janeiro de 2004, quinta-feira
Por conta dessa difícil relação com os colonos brancos, e por dificuldades com a catequese dos índios na Bahia, os inacianos decidem embrenhar-se nos matos de São Vicente, mesmo contrariando as determinações da Coroa de não se devassar o sertão deixando as costas desprotegidas. Determinações, aliás, que tinham a função muito mais de disciplinar esse devassamento do que necessariamente proibi-lo.

Manuel da Nóbrega escreve ao rei D. João III, em outubro de 1553, relatando ao monarca que a maioria dos padres e irmãos da Companhia residia já na capitania de São Vicente “por ser ella terra mais aparelhada pera a conversão do gentio que nenhuma das outras, porque nunca tiveram guerra com os christãos, e hé por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro pera entrar nas gerações do sertão, de que temos boas informações”.

•  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
1 de janeiro de 2006, domingo
Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).

Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).

Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.

•  Europaische Hoschschulschreiften, Fernando Amado Aymore
1 de janeiro de 2007, segunda-feira
...há muitas gerações que não comem carne humana. As mulheres andam cobertas. Não são cruéis em suas guerras como estes das costa, porque somente se defendem; algumas tem um soo Principal, e outras coisas mui amigas da lei natural. Pela qual razão nos obriga Nosso Senhor a mais presto lhes socorrermos, maiormente que nesta Capitania nos proveo de instrumentos para isso, que são alguns Irmãos línguas, e por estas razões nesta Capitania nos ocupamos mais que nas outras.

•  Na Trilha Piabiyu Da Mineração Ao Ato Civilizatório Têxtil
1 de janeiro de 2011, sábado

•  Revista JCorpus*
1 de setembro de 2025, segunda-feira





  Manuel da Nóbrega
  46º de 183
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Carta de Manoel da Nóbrega
30 de agosto de 1553, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:45:48
Relacionamentos
 Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Serafim Soares Leite (1890-1969)





  Manuel da Nóbrega
  47º de 183
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Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
Relacionamentos
 Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Domingos Luís Grou (53 anos), João Ramalho (67 anos), Manuel de Paiva (f.1584)
 Temas (7): Araritaguaba, Farinha e mandioca, Gentios, Jesuítas, Maniçoba, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    4 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
O rio terá sido, no entender de pesquisadores, a justificativa para a fundação do colégio jesuíta embrião da cidade anchietana. Ou seja, o começo do desbravamento. Está lá, na carta dirigida por Nóbrega ao Provincial da Ordem, o conselho para que insista junto a Martim Afonso quanto a transferência dos colonos deperecendo na Borda do Campo "aonde não havia peixe nem farinha" para que "se achegassem ao rio, (onde) teriam tudo a sossegariam".

Julgam alguns que tal rio fosse o Anhangabaú mas como pensar que um riacho na verdade fornecesse alimento para toda a população a ser transferida e mais a já existente? Antes de existir a vila paulistana, o Tietê levava e trazia os devassadores do sertão. É de 1551 a carta do irmão Pero Correia, descrevendo a viagem rio abaixo, com outros cinco irmãos a procura de um cristão asselvajado, indianizado.

E é de 31 de agosto de 1553 a carta de Nóbrega salientando a descida até Maniçoba, comboiado por um filho de João Ramalho. Abalou-se até para além de Araritaguaba.

Depois dessas, sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo. Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava. Mas, viagem mesmo, fazendo do leito do rio uma estrada, a primeira parece ser. [Página 29]

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):

Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.

Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:

“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523).

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Teria sido Nóbrega o primeiro jesuíta a chegar a Maniçoba? Em sua famosa carta de 31 de agosto de 1553, escrita em Piratininga, ele mesmo nos aponta como batedor nessa sua jornada ao Irmão Pero Correia... Podemos, entretanto, arriscar nova pergunta: seria essa a a primeira vez que Pero Correia perlustraria esses caminhos? Em duas cartas suas do mês de jungo de 1551, nos descreve ele rápidos traços uma excursão apostólica, na qual, com outros cinco irmãos, acompanhou ao Padre Leonardo, em busca de certo cristão, que havia oito ou nove anos se desgarrara no meio dos selvagens.

"No caminho pusemos alguns quinze dias, a maior parte deles por um rio abaixo, que vai por entre mui grandes montanhas e despovoadas, onde nos faltou mantimento. A descida pelo rio gastou oito a nove dias. Serafim Leite aponta com razão o Tietê como sendo esse rio. No trajeto, rio abaixo, faltando lugar na canoa, teve Leonardo Nunes que descer a nada uma légua... Se comparamos com a excursão de Anchieta no ano de 158, que levou oito dias de Piratininga até Araraitaguaba, chegamos à conclusão de que o Abarèbebê e, com ele, Pero Correia já haviam estado em Maniçoba.





  Manuel da Nóbrega
  48º de 183
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“Na Bahia não se entende agora com o gentio por falta de línguas que não temos”
Setembro de 1553. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (1): São Vicente/SP





  Manuel da Nóbrega
  49º de 183
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Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III
1 de outubro de 1553, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:58
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) João III, "O Colonizador" (51 anos), Martim Afonso de Sousa (53 anos)
 Temas (8): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Gentios, São Paulo de Piratininga, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Cristãos, Léguas





  Manuel da Nóbrega
  50º de 183
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Carta de Luis da Grã
27 de outubro de 1553, terça-feira. Atualizado em 02/09/2025 07:40:48
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 Pessoas (1) Luís da Grã (n.1523)
 Temas (2): Léguas, Ouro

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira


  


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