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|  | Jesuítas 451º de 550 | | | 31 de março de 2000, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 08:09:26Os brutos que conquistaram o Brasil, super.abril.com.br • Cidades (6): Cotia/Vargem Grande/SP, Ilha do Bananal/TO, Olinda/PE, Ouro Preto/MG, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP • Pessoas (5): Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), João Ramalho (1486-1580), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (15): Escravizados, Guaranis, Guayrá, Habitantes, Curiosidades, Léguas, Nheengatu, Peru, Pólvora, Prisões e presídios, Rio Uruguai, Tordesilhas, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú, Estradas antigas | Registros relacionados | 25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e CaiubiDe costas para o mar, de olho no sertão
De todos os núcleos de colonização portuguesa no Brasil do século XVI, São Paulo era o único que não ficava no litoral e não dependia do comércio com a Europa. A sobrevivência da vila, nos seus primórdios, era garantida pela esperta política de alianças do cacique tupiniquim Tibiriçá, que havia casado sua filha com o português João Ramalho. Seus guerreiros conseguiam cativos de outras tribos para as lavouras dos primeiros colonos.
Ao perceber que não conseguiria chegar pelo sul do Brasil às cobiçadas minas de ouro e prata do Peru, a Coroa portuguesa abandonou os paulistas à própria sorte. Aos bandeirantes restou a exploração do ouro vermelho, os índios. Assim começou o “negócio do sertão”, como era chamado o ofício da caça de gente, base da economia paulista até o século XVIII.
A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.
“Até há pouco pensava-se que os bandeirantes capturavam índios para exportar para as plantações de cana no litoral”, disse à SUPER o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Mas hoje sabemos que a maioria dos cativos ia para as lavouras dos próprios bandeirantes”, ressalta. Enquanto houve índios, o interior de São Paulo foi o celeiro do Brasil colonial. 1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27 • 2°. CotiaA mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia. 1600. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21 • 3°. Guaíra tinha importância estratégica. Chamava-se Ciudad Real del Guayra e era capital da província de Guayrá, subordinada a Assunção, capital do Vice-Reinado do Prata espanhol. O Guayrá abrangia 80% do atual território paranaensePor cima do Tratado de Tordesilhas
A cidade de Guaíra é hoje um discreto centro produtor de soja com 30.000 habitantes, 680 quilômetros a oeste de Curitiba, no Paraná. Em 1600, no entanto, tinha importância estratégica. Chamava-se Ciudad Real del Guayra e era capital da província de Guayrá, subordinada a Assunção, capital do Vice-Reinado do Prata espanhol. O Guayrá abrangia 80% do atual território paranaense.
Localizada dentro das terras atribuídas à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas – que em 1492 dividira os territórios espanhóis e portugueses na América – a província abrigava vilas espanholas e doze missões jesuíticas, que congregavam grande parte dos índios guaranis da região. Era uma verdadeira mina de escravos para os paulistas, já que os guaranis eram um povo agrícola que falava um idioma semelhante à lingua geral de São Paulo. Só que os padres e fazendeiros espanhóis impediam o acesso dos índios aos colonos portugueses. Por isso, os moradores de São Paulo defendiam abertamente uma invasão militar da região. Mas Portugal insistia em manter uma política de boa vizinhança com os espanhóis e respeitar a fronteira. 1601. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 4°. A precária vila de São Paulo tinha apenas 1500 habitantesA aldeia urbana - Conheça São Paulo em 1601
Um arraial entre rios
Um dos limites urbanos era o Córrego Anhangabaú, hoje centro da cidade. Um muro de taipa 1 protegia a cidade de ataques de tribos inimigas. Do outro lado do rio era tudo mata.
A riqueza estava no campo. Perto da vila estendiam-se fazendas de trigo 2, que era exportado para o litoral, e plantações de marmelo. O doce, muitas vezes vendido com o peso adulterado, deu origem ao termo “marmelada”.
As ruas não tinham placas. Os endereços eram indicados com referências do tipo “ao lado da cadeia” 3 ou “vizinho ao padre”. Havia cerca de 150 casas. As ruas eram desertas 4. A população passava a maior parte do tempo em fazendas ou no sertão, atrás de índios. Fundado em 1554 pelos jesuítas, o Colégio de São Paulo foi o primeiro edifício da cidade.
Galpão, doce galpão
A grossura das paredes de taipa 1 dava às casas o aspecto de fortaleza. Por dentro, eram galpões com depósito, oficina e cozinha. Não havia banheiro. As necessidades eram feitas no quintal. A mobília se resumia a tamboretes e baús 2.
Não existiam quartos nem camas, mas havia redes 3 em todos os cantos da casa. Como nas aldeias indígenas, cada morador tinha uma fogueira 4 ao lado da sua rede. São Paulo tinha muita floresta em volta e o clima era mais frio.
Armas 5 havia em abundância: escopetas, espingardas, bacamartes, arcos, flechas, espadas e alfanjes. E correntes para amarrar escravos.
Gente estranha
As mulheres paulistas 1 eram conhecidas como “tapadas”, por andarem sempre cobertas por panos escuros, da cabeça aos pés. A maioria falava mal o português. Escravas índias 2, a maior parte guaranis, auxiliavam nas tarefas domésticas e na roça. Era perigoso uma mulher andar sozinha. Bandos de índios armados, a mando de famílias rivais, atracavam-se em pleno centro da vila. Os poucos brancos 3 tinham aspecto ameaçador. Andavam armados de punhais e arco e flecha. 1619. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 5°. ExpediçãoForam os próprios castelhanos que cutucaram a onça primeiro e vieram apresar índios perto de São Paulo. Era a desculpa que os bandeirantes esperavam. Em 1619, um exército de 2000 índios e 900 mestiços invadiu aldeias e missões no Guairá, capturando guaranis. Hordas foram enviadas acorrentadas para São Paulo. Era o começo do fim do Tratado de Tordesilhas.
Nos anos seguintes o território das missões sofreu na mão dos bandeirantes. Logo as expedições militares que partiam de São Paulo passaram a atacar também as missões de Tape, conquistando a maior parte das terras que séculos depois formaria o atual Estado do Rio Grande do Sul, além das missões do Itatim, hoje no sul do Mato Grosso do Sul. 1620. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21 • 6°. Um representante do rei de Portugal em visita à São Paulo simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo PiresEm São Paulo, rico era quem tinha talheres – só dez famílias possuíam – e camas. Isso mesmo: camas. Em 1620, um representante do rei de Portugal em visita à cidade simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo Pires. 1630. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37 • 7°. Muitos pensam São Paulo foi fundada por causa do Rio Tietê, mas de fato este rio só entra na história de São Paulo entre 1630 e 1650. Os rios principais eram o Anhangabaú e o TamanduateíAo perceber que não conseguiria chegar pelo sul do Brasil às cobiçadas minas de ouro e prata do Peru, a Coroa portuguesa abandonou os paulistas à própria sorte. Aos bandeirantes restou a exploração do ouro vermelho, os índios. Assim começou o “negócio do sertão”, como era chamado o ofício da caça de gente, base da economia paulista até o século XVIII.
A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.
“Até há pouco pensava-se que os bandeirantes capturavam índios para exportar para as plantações de cana no litoral”, disse à SUPER o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Mas hoje sabemos que a maioria dos cativos ia para as lavouras dos próprios bandeirantes”, ressalta. Enquanto houve índios, o interior de São Paulo foi o celeiro do Brasil colonial. 11 de março de 1641, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 8°. Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São PauloA Batalha de M’bororé - Derrota freou expansão escravagista.
A maior derrota bandeirante aconteceu em 1641 no Rio M’bororé, afluente do Rio Uruguai. Um batalhão de guaranis e guaranis-itatim da Missão de São Francisco Xavier, hoje na província de Misiones, Argentina, enfrentou e venceu uma frota de 130 canoas, com 350 bandeirantes e 1200 índios. Os paulistas foram surpreendidos por 70 canoas armadas com arcabuzes e arcos. A luta durou seis dias. Foi o fim das expedições paulistas às missões espanholas.
Um barco com a imagem de S. Francisco Xavier e um canhão vinham à frente das canoas. Os guaranis das missões usavam armas de fogo. Nesta batalha, contaram com 57 arcabuzes. Um padre comandava o ataque. Os paulistas que escaparam da morte no rio foram massacrados pelos guaranis-itatim na margem. 15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 08:53:10 • 9°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitinguicorrida em busca de ouro
Sem os escravos guaranis, as plantações de São Paulo entraram em declínio. Os recursos passaram a ser canalizados para a busca de ouro e pedras preciosas, como esmeraldas, mais ao norte. As bandeiras se esticaram. Em 1648, Antonio Raposo Tavares (1598-1659) viajou 10000 quilômetros a pé e de canoa, de São Paulo ao Paraguai, e de lá até Mato Grosso, Amazonas e Pará. Andou quatro anos.
Ao mesmo tempo, as expedições de apresamento de índios tornaram-se menores, multiplicando-se as armações, as entradas familiares que reuniam uns vinte homens. Eram modestas, mas eficientes. 1692. Atualizado em 25/02/2025 04:40:18 • 10°. A persistência expansionista foi recompensada com a descoberta de jazidas em Ouro Preto1750. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 11°. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitir que acampem na vizinhançaIlha do Bananal, atual Estado de Tocantins, ano de 1750. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitir que acampem na vizinhança. Aos poucos, ganham a amizade dos anfitriões. Um belo dia, entretanto, mostram a que vieram. De surpresa, durante a madrugada, invadem a aldeia. Os índios são acordados pelo barulho de tiros de mosquetão e correntes arrastando. Muitos tombam antes de perceber a traição. Mulheres e crianças gritam e são silenciadas a golpes de machete. Os sobreviventes do massacre, feridos e acorrentados, iniciam, sob chicote, uma marcha de 1 500 quilômetros até a vila de São Paulo – como escravos. 21 de julho de 1759, sábado. Atualizado em 29/10/2025 02:51:00 • 12°. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do BrasilSegundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, 83% da população paulista no século XVII era indígena. O bilingüismo só acabaria de vez em 1759, quanto a língua geral foi proibida pelas autoridades portuguesas, por decreto. 16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37 • 13°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
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Sorocaba, o Tempo e o Espaço. Séculos XVIII-XX. Por Lucinda Ferreira Prestesoutubro de 2001. Atualizado em 30/10/2025 05:34:42 Relacionamentos • Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Colônia do Sacramento/URU, Curitiba/PR, Itu/SP, Paranaguá/PR, Pindamonhangaba/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (15) André Fernandes (1578-1641), Anna Fausta Maria de Jesus de Aguiar (1795-1852), Ascenso Ribeiro, Balthazar Fernandes (1577-1670), Condessa de Vimieiro (1570-1646), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes de Oliveira (1803-1857), Isabel de Proença Varella II (1588-1655), Jean de Laet (1571-1649), Luiz Matheus Maylasky (1838-1906), Manoel Lopes de Oliveira (1818-1867), Pedro de Godói da Silva, Pedro de Miranda, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (24): Algodão, Apoteroby (Pirajibú), Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Cavalos, Córrego Supiriri, Dinheiro$, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Estrada de Ferro Sorocabana, Guayrá, Habitantes, Léguas, Mulas, Pelourinhos, Peru, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Paraná, São Filipe, Tordesilhas, TropeirosRegistros mencionados (2) • 1. Reduções no Tibagi 1610 • 2. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai 1637 Registros mencionados (15)1610 - Reduções no Tibagi [25034]1622 - A Coroa Espanhola suspende o comércio entre o Brasil e a Região do Prata, ameaçando estabelecer uma rota terrestre continental com o Vice-Reinado do Peru, delimitando um caminho por Guairá, Paraná e Paraguai [1072]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]1640 - Histoire du Nueve Monde, de Jean de Laet [1222]1646 - Já haviam moradores em Sorocaba [19863]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]25/01/1680 - Manuel Lobo funda a Colônia de Sacramento [23053]1693 - Inventário do Padre Pedro de Godoi da Silva [1497]1776 - No Peru em 1776 eram utilizadas 500 mil mulas no tráficodos Andes, nas costas ou em Lima, importadas dos Pampas Argentinos [1777]1834 - Importante documento encontrado pelo historiador Manoel Joaquim d´Oliveira, nos livros encontrados no arquivo da Câmara Municipal e do Mosteiro de São Bento, de Sorocaba [26722]07/01/1841 - O comando da Companhia de Cavalaria da Guarda Nacional em Sorocaba passou a ser exercido pelo Capitão Francisco Lopes de Oliveira, irmão do nosso Coronel Manuel Lopes de Oliveira [1984]1876 - Dos bairros operários, o mais antigo é o de São Felipe, na baixada do Supiriri, que surge com a instalação das oficinas da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1876, junto aos trilhos [2123]15/08/1998 - Jornal Cruzeiro do Sul [3216]
|  | Jesuítas 454º de 550 | | | 2003Atualizado em 30/10/2025 00:16:52DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA? • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (5): José de Anchieta (1534-1597), Konyan-bébe, Mem de Sá (1500-1572), Joanes de Bolés (f.1567), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (2): Canibalismo, Tamoios | Registros relacionados | 2 de julho de 1562, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11 • 1°. Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataqueNovembro de 1566. Atualizado em 13/10/2025 20:36:38 • 2°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado*Porem. mais que ludo isso, a figura de Anchieta representa. comoas de Iracema, Vítor Meireles, Gonçalves Dias cte., que aparecem emA Majulade do Xingu c noutras obras do escritor, lima marca de brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, o jesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.
É justamente a brasilidade incutida pelos livros escolares que Antônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal. Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineada com contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta, à semelhança do que fez Pinheiro Chagas", como figura ambígua:
"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra", "estranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (os índios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na sua missão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seus superiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a vara de ferro" (TORRES, 2000. p. 23 e 24).
A hipótese de que tenha lutado juntamente com Mem de Sá contra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese:
"Quem convenceu Mem de Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi o jesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização e pacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou o rosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas" (TORRES, 2000, p. 58).
O episódio de João de Bolés, que aparece na Vida composta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo do apostolado de Anchieta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, uma vez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato de ter o padre assumido o lugar do carrasco.
Se a propalada castidade é mantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Gestis ganham foros de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e o padre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um plano de ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado em confissão por Tibiriçá" (TORRES, 2000, p. 66).
Enquanto foi refém, sua facilidade de comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aos índios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhes sangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles e de eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambebe, "branquelo, corcunda, feio feito a peste", revela-se, como o índio previra, "um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).
De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf] 18 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52 • 3°. O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilhaAbril de 1567. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54 • 4°. Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*
|  | Jesuítas 455º de 550 | | | 2004Atualizado em 30/10/2025 00:16:54Dos Campos de Piratininga ao Morro da Saudade: a presença indígena na história de São Paulo, 2004. John Monteiro • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Temas (5): Vila de Santo André da Borda, Aldeia de Pinheiros, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Estradas antigas, Caminho do Peabiru | Registros relacionados | 12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 1°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)Por mais que houvesse enorme resistência por parte dos povos indígenas, as aldeias tomavam cada vez mais um caráter de assentamentos coloniais. Assim, ficava explícita adiferença entre os sujeitos do “sertão” e aqueles sob domínio religioso, iniciados na doutrina cristã. Todas as aldeias eram amparadas com terras, e antes de reconhecer algum direito aos indígenas, a doação significava uma relação de sujeição. De todo modo, o estabelecimento das primeiras aldeias não foi instantâneo. Ele foi marcado por um período de intenso conflito. Por exemplo, as aldeias de Pinheiros e de São Miguel, apesar de terem sido fundadas junto com a Vila de São Paulo, só se configuraram territorialmente cerca de 20 anos depois, em 1580. É explícito que a “porta do sertão” não foi imediatamente descortinada pelos colonizadores.
|  | Jesuítas 456º de 550 | | |
INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS2005. Atualizado em 24/10/2025 04:16:04 Relacionamentos • Cidades (7): Valladolid/ESP, Buenos Aires/ARG, Lagoa dos Patos/RS, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (17) 2º conde do Prado (1577-1643), Alonso García Ramón (1552-1610), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Diego de Torres, Diego Marin Negron, Diogo Flores Valdez (1530-1595), Duarte da Costa (1505-1560), Francisco Crespo, Francisco de Alfaro, Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Luis Sarmiento de Mendoça, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pablo Pastells, Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (7): Estradas antigas, Guayrá, Nheengatu, Ouro, Peru, Prata, Rio da PrataRegistro mencionado • 1. Consulta do Conselho das Índias. Ornamentos e estipêndio que podem ser dados aos jesuítas dedicados à conversão dos índios do Guaíra, Paraná e de outros pontos da margem norte do Rio da Prata 29 de outubro de 1611 Registros mencionados (20)08/11/1553 - Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa [26563]02/02/1582 - Carta de Pedro Sarmiento á S. M. dandole cuenta de su derrota y viage desde que salio de la isla de Cabo Verde [694]24/03/1582 - Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro [20442]30/12/1582 - Pedro Sarmiento [698]26/10/1592 - Carta a Pedro Sarmiento de Gamboa al rey en que pide al rey [767]21/07/1598 - Memorial apresentado ao Conselho das Índias por D. Antônio Garcia Caro, Procurador de Buenos Aires [30664]13/03/1599 - Auto do processo contra o Capitão de S. Vicente, do Brasil. Levante dos índios da Lagoa dos Patos [810]17/01/1600 - Do governador do Rio da Prata à Audiência de Charcas. Entre outros vários assuntos, trata da chegada do Governador do Brasil, Francisco de Souza [825]01/03/1605 - Alonso García de Ramón se torna-se, pela 2° vez, governador do Reino do Chile* [868]04/05/1607 - Carta do Governador do Rio da Prata, Hernandarias de Saavedra [888]14/06/1608 - Real Cédula a Alonso García Ramón, gobernador y capitán general de las provincias de Chile Archivo General de Indias [27285]01/08/1610 - Alonso García de Ramón deixa o cargo de governador do Reino do Chile* [934]23/09/1611 - Petição do Padre Diego de Tôrres, S. J., ao Governador do Rio da Prata, Diego Marin Negron. Roga que entregue aos dois padres o necessário para que possam evangelizar a região do Guaíra [952]20/10/1611 - Decreto de D. Francisco de Alfaro, Visitador das províncias do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán. Proíbe que se façam “encomiendas” com os índios do Paraná, Tibagiba e Guaíra, que os Jesuítas estão convertendo [954]29/10/1611 - Consulta do Conselho das Índias. Ornamentos e estipêndio que podem ser dados aos jesuítas dedicados à conversão dos índios do Guaíra, Paraná e de outros pontos da margem norte do Rio da Prata [28189]14/11/1611 - Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires [20734]12/11/1612 - Traslado do Testimonio y trasunto de la comision que D. Luis de Souza, Gobernador de San Pablo, dio a los caciques de las aldeas de dicha villa para que fuesen a costa del mismo gobernador, con los indios sujeitos a dichos caciques, a buscar a los parientes que tengan en el Certón del Guayra; para que ayuden a labrar en las minas que tienen los portugueses de dicha villa [28172]09/10/1753 - Tradução de um livro escrito em guarani que se encontrou entre os despojos dos índios de Yapeyu. Contém notícia dos acontecimentos ocorridos durante a revolta dos índios contra a entrega das missões aos portugueses [19972]09/08/2024 - Diego Florez Valdez [696]09/11/2024 - Carta de Pedro Sarmiento [700]
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“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística2005. Atualizado em 24/10/2025 02:17:29 Relacionamentos • Cidades (7): Buenos Aires/ARG, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC • Pessoas (21) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agustín de Zárate, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Fernão Cardim (1540-1625), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Jaime Zuzarte Cortesão (15 anos), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João de Azpilcueta Navarro, João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro de Mendoza, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Serafim Soares Leite (9 anos) • Temas (22): Algodão, Bíblia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cristãos, Curiosidades, Estradas antigas, Gentios, Inferno, Leis, decretos e emendas, Música, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Rei Branco, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Serra do Mar, Tabatinguera, Tamoios, Tupis, Vila de Santo André da BordaRegistros mencionados (23) • 1. “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” 1549 Outro trabalho volumoso sobre a Historia da Companhia de Jesus no Brasil, de Serafim Leite à página 322, onde além de fazer referência ao Lozano, redigiu importante dado:
Ficando em São Vicente, Leonardo Nunes desceu daí a algum tempo umas trinta léguas pela costa, mas por terra, com grandes trabalhos e fome.
Pelo interior sulcou também vários caminhos: e entre eles, pelo menos parcialmente, o chamado Piabiru, que ia até o Paraguai, ramificando-se para o sul até o Iguaçú, em cujas margens moravam os ibirajaras…Por este mesmo caminho iam os irmãos Pero Correia e João de Souza, quando os mataram os Carijós".
Manuel de Chaves era dos Padres que ingressaram na Companhia já de posse do domínio da língua geral. Sobre ele e Pedro Correa assim se refere Anchieta em Informação do Brasil... (1988:323): “Aqui se receberam logo à Companhia o irmão Pedro Correa e o irmão Manuel de Chaves, homens antigos na terra e línguas, e com ajuda deles se começou a ensinar a doutrina na língua do Brasil aos Mamalucos e Mamalucas, filhos dos Portugueses e aos escravos da terra”. Antônio Alcântara Machado em notas às Cartas... de Anchieta, anota (1988:69): “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa”. | |  |
• 2. “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” 1549 • 3. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil 29 de março de 1549 • 4. “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa” abril de 1549 Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincial Simão Rodrigues, em abril de 1549: “Espero de as tirar [‘orações e algumas práticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem que nesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhe manda e não está aqui”.
Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, ele se reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares. Anchieta, em Informação dos primeiros aldeamentos da Bahia, também relata: Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa.
O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: em carta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento de Navarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua, embora a referência de Navarro pregando “à gente da terra”, esclarece Serafim Leite em nota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos. | |  |
• 5. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” 15 de abril de 1549 O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.
Um outro trecho epistolar de Nóbrega confirma essa sua convicção de mais rápida aprendizagem da língua tupi pelos falantes do idioma basco. Em carta escrita da Bahia a 15 de abril de 1549 ele sugere a vinda de “mestre João” ou Mosen (ou Misser) Juan de Aragão, como explica Serafim Leite em nota de rodapé:
“Também me parece que mestre João aproveitaria cá muito, porque a sua língua é semelhante a esta”. Por ser aragonês, presumese que esse jesuíta falasse o idioma basco, já que o dialeto aragonês era falado no antigo reino de Aragón e Navarra, como explica Tagliavini (1993:583):
“otro dialecto importante es el aragonés, que en parte se funda historicamente en el antiguo reino de Aragón y Navarra, pero que recibió gran influencia del castellano”. | |  |
• 6. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” 10 de agosto de 1549 • 7. “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” 1551 Dois anos depois, como relata em carta de 1551, ainda se servia de intérprete para suas prédicas, embora assinalasse algum progresso no aprendizado do idioma brasílico: “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”. Mais tarde, no que ficou conhecido como Armistício de Iperoig, serviu-se de Anchieta como intérprete. • 8. “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” 13 de setembro de 1551 Na fase do missionamento volante e dos aldeamentos jesuíticos, ela talvez funcione com menos intranqüilidade teórica, já que para eles se deslocavam índios vindo delonge, muitos dos quais não falavam a língua geral, mas a ela tiveram que alçar-se, como se verá adiante. Em carta escrita de Pernambuco a 13 de setembro de 1551, Nóbrega informa:
“Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”.
Em outra de Olinda, escrita um dia depois, ele volta a afirmar: “Das pregações e doutrina que lhes fazem corre a fama a todo o gentio da terra e muitos nos vem ver e ouvir o que de Cristo lhe dizemos”.
Anchieta, em carta de Piratininga, escrita em 1555, também relata caso semelhante: “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”. • 9. Plano de envio de meninos da terra à Metrópole 10 de julho de 1552 Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124) • 10. “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?” agosto de 1552 Em nova carta endereçada ao mesmo Provincial, escrita de Salvador em fins de agosto de 1552, Nóbrega reitera a importância da questão, consultando o que fazer, ou seja, “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua”.
Decidiu-se ele, então, a ir para a Capitania de S. Vicente, de onde os padres irradiavam “línguas pelos campos, aldeias a engenhos dos arredores”, aonde chegou em 1553, tendo sido precedido, por cerca de três anos, pelo padre Leonardo Nunes, o Apóstolo de Piratininga, que, fazendo-se acompanhar do Irmão Pero Correa, como língua, “o único que até então pregava na língua dos índios”, esteve no Campo de Piratininga. • 11. “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” 1553 Ao isolamento e guarnecimento pela muralha da Serra do Mar se somava ainda o distanciamento do contato com portugueses, já que Nóbrega via nisso uma forma de otimização do plano catequético, como deixa claro em carta escrita de São Vicente, em 1553, ao provincial Simão Rodrigues (2000:154): “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios”. Teodoro Sampaio (1978b:158 e 1978e:236) empresta apoio a esse planejamento ao afirmar que “assim era preciso, para que sementeira do Evangelho se não perdesse com o degradante proceder e triste exemplo dos maus cristãos”.
Esse isolamento foi instado, portanto, pela impressão desfavorável que a princípio lhe cunhou João Ramalho, de Santo André da Borda do Campo, embora, posteriormente, segundo o mesmo Serafim Leite (2004-I: 100-1), “tudo se desanuviou”. Deve-se isso ao gênio de Nóbrega sempre pensando mais alto em favor dos objetivos missionários. Sua capacidade de dialogar, transigir e até mesmo recuar na hora certa, para avançar no tempo adequado, permitia que problemas aparentemente insolúveis fossem equacionados. Sérgio Buarque de Holanda (1978:96) penetra no móvel dessa atitude de Nóbrega: “Quando concilia os padres com João Ramalho, pecador e excomungado, não é por simples condescendência de momento, não é por um fácil oportunismo, mas porque vê em tal recurso o meio decisivo de converter o gentio, uma das finalidades precípuas de sua Ordem”. Pesaram, ainda, na decisão do maioral dos jesuítas no Brasil, as turbulências da proximidade do colono português e seus descendentes mamelucos na Vila de São Vicente.
Capistrano (1963:73) sintetiza tudo isso: "Levaram-nos a este passo a maior abundância de alimentos no planalto, a presença de tribos próprias à conversão por sua índole mansa, e, além do afastamento dos portugueses, certas idéias vagas de penetração entre os índios do Paraná e Paraguai. O nome de São Paulo, agora ouvido pela primeira vez, devia ecoar poderosamente no futuro." [Páginas 80 e 81] | |  |
• 12. “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” 1553 Importante notar que alguns dos melhores línguas jesuítas já o eram antes de ingressarem na Companhia. Assim, Antônio Rodrigues, que não se confunde com o companheiro homônimo de João Ramalho, também referido como língua por Anchieta (1988:48), “embarcou em Sevilha, na armada de D. Pedro de Mendoza, tomou parte na primeira fundação de Buenos Aires (1536), na de Assunção (1537), acompanhou Irala através do Chaco, foi com Ribeira ao centro do Mato Grosso”, segundo dados biográficos contidos em Serafim Leite (1953:246), que acrescenta que “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553”. Seus escritos revelam certa erudição, como o demonstra, em outra obra, Serafim Leite (1953b:206). Foi o primeiro mestre-escola de São Paulo, tendo estado sob sua direção “a escola de meninos, de ler, escrever e cantar” (p.38), o que já havia sido antecipado por Teodoro Sampaio (1978e:236). • 13. Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” 31 de agosto de 1553 Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):
Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.
Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:
“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523). | |  |
• 14. “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” 24 de dezembro de 1553 As razões topográficas que ensejaram a primeira fundação de São Paulo por Martim Afonso de Sousa, ao dar execução ao plano geopolítico de D. João III, eram as mesmas agora que guiavam os passos de Nóbrega, “com a única diferença de que, no primeiro caso, se tratava de uma expansão territorial e econômica e, no segundo, duma expansão religiosa”, adverte Cortesão (1955:201). É o próprio Nóbrega (2000:190) quem afirma: “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”, ou, nas palavras de Anchieta, em carta escrita de Piratininga em 1554 (1988:48), “entrada a inúmeras nações, sujeitas ao jugo da razão”. Foi “uma intuição verdadeiramente profética”, como bem diz Sérgio Buarque de Holanda (1978:96), não se podendo deixar de admitir que não lhe tenha escapado “a alta significação histórica de um esforço expansionista que outros iriam retomar para dano da Companhia”. [80 e 81]
A chegada de Anchieta a Piratininga, que ocorre em 24 de dezembro de 1553, dará novo impulso ao projeto lingüístico de aprendizado da língua geral, muito embora Nóbrega, quatro anos antes, mostrasse algum desânimo com esse plano em razão do reduzido volume lexical que avaliou ter a língua indígena. São dele as seguintes palavras: “Tem mui poucos vocábulos para lhes poder bem declarar a nossa fé”, diz em carta escrita da Bahia em 1549 (2000:66), repetindo o que já dissera noutra meses antes no mesmo ano: “São eles tão brutos que nem vocábulos têm” (2000:21). Mas será ele próprio quem comandará “um exército de intérpretes”, que dava larga dianteira à Capitania de São Vicente, explicável, segundo Cortesão (1955:206), pela existência do Campo, povoado desde 1532. Além disso, o aprendizado da língua nativa era um dos direcionamentos da Companhia de Jesus para os seus missionários pelo mundo, uma espécie de prius lógico do plano catequético. Como lembra Serafim Leite (2004-I: 29): “os que fossem destinados aos mouros ou turcos deveriam aprender a língua arábica ou caldaica; os que fossem para a Índia, a índica, e assim para as outras”. [p. 119] | |  |
• 15. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi 25 de janeiro de 1554 De igual forma procedeu Caiubi, senhor de Geribatiba. Também foi batizado pelos jesuítas, tendo ganhado o nome de “João”. “Auxiliou-os na fundação de São Paulo: Os jesuítas convidaram Caiubi a estabelecer-se nas imediações do sítio escolhido”, diz Serafim Leite (2004-I: 93), no que é consonante com Frei Gaspar da Madre de Deus (1975:123-4). Segundo Antônio Alcântara Machado, em nota a Cartas... de Anchieta (1988:185), Caiubi assentou-se com sua gente "no extremo sul, próximo do sítio que depois se chamou Tabatagoera (hoje Tabatinguera)", onde tinha "sob sua guarda o caminho que do alto do espigão descia para a várzea e tomara para São Vicente por Santo André". Nóbrega, no Diálogo sobre a Conversão do Gentio (2000:246), considera Caiubi um exemplo de fé cristã: “Que direi da fé do grão velho Caiubi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós, cuja vida e costumes e obediência amostra bem a fé do coração”. • 16. “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” 25 de março de 1555 Nóbrega, um doutor do direito canônico, “um bom jurista”, nas palavras de Serafim Leite (1993:18), também chega a escrever de São Vicente a 25 de março de 1555(2000:199) rogando pelas “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”.
Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124), chegando mesmo a fazê-lo como ele informa em carta escrita de São Vicente, a 25 de março de 1555(2000:198): “De alguns mestiços da terra, que nesta Capitania de São Vicente se receberam, escolhi um ou dois este ano e mando-os ao Colégio de Coimbra, dos quais tenho esperança que serão de Nosso Senhor e que serão proveitosos para a nossa Companhia”. | |  |
• 17. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig 6 de maio de 1563 Esse interesse pode parecer não surpreendente porque o pragmatismo da orientação religiosa oferece exemplos muito próximos a esse ou até mais exagerados. Mas, certamente, não era o que Anchieta e os jesuítas ensinavam então. De outra passagem se extrai a confirmação disso: tendo fugido um prisioneiro dos Tamoio, Pindobuçu, “mui angustiado”, foi a Anchieta dizendo: “Venho-te a dizer que fales a Deus que faça ir aquele contrário desencaminhado, para que possamos tomar”. Mas, Anchieta ressalva:
“Eu ouvi a sua petição, antes roguei a Deus que o livrasse”. Esse tipo de “proteção” entendida pelos índios não seduzia a todos, especialmente aqueles ciosos de suas virtudes guerreiras. Ao tentar converter um prisioneiro dos Tamoio, em vias de perder a vida num ritual, Anchieta (1988:233) se surpreendeu com sua reação: “dizendo-me que os que nós outros batizávamos não morriam como valentes, e ele queria morrer morte formosa e mostrar sua valentia”.
Logo em seguida começou a insultar seus apresadores: “Matai-me, que bem tendesde que vos vingar em mim, que eu comi a fulano vosso pai, a tal vosso irmão, e a tal vosso filho”. Ato contínuo seus inimigos saltaram sobre ele com “estocadas,cutiladas e pedradas” e o mataram, “e estimou ele mais esta valentia que a salvação de sua alma”.
Teodoro Sampaio (1978e:238) compreendeu bem isso quando escreveu que “o prisioneiro só se tinha por assaz honrado se morria no terreiro, no meio da maior solenidade, para pasto dos seus mais rancorosos inimigos”.
Métraux (1979:47-8) traz um exemplo, reproduzido do relato de experiência pessoal vivida por Jean Léry, ainda mais concludente do imediatismo pragmático das crenças indígenas, que foi inteiramente por eles transportado para a nova religiosidade que se lhes ensinava:
Vi-os muitas vezes tomados de infernal furor, pois, quando se recordam dosmales passados, batem com as mãos nas coxas e suam de angústia,queixando-se, a mim e a outro companheiro, e assim dizendo: - Mair Atouassap, acequeley Aygnan Atoupané (isto é: francês, meu amigo e bom aliado, tenho medo do diabo mais do que de qualquer outra coisa).[1] | |  |
• 18. “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” 30 de novembro de 1681 Na Amazônia, o projeto catequético era visto inicialmente com bons olhos pela Coroa, porque atendia aos propósitos desta de prospecção territorial e de aculturação do elemento nativo, tanto que o Alvará Régio, de 30 de novembro de 1681, “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho”, relata Lessa (2005). "Mais tarde, a Carta Régia de 30 de novembro de 1689, determinou que os missionários deviam ensiná-lo [o Nheengatu] não apenas aos índios, mas também aos próprios filhos dos portugueses”, escreve José Bessa Freire (1983). • 19. “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” 1752 Referindo-se à Companhia de Jesus, Furtado, irmão de Pombal, registra: “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente”.
Uma das numerosas cartas encontradas em Mendonça (1963), endereçadas ao seu irmão, o Marquês de Pombal, entre 1751 e 1759, o Governador e Capitão-General do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, dá idéia do cabo-de-guerra em que se haviam transformado as relações de poder entre os jesuítas e a Coroa. Dela se extrai (p.467), quanto ao Norte da Colônia, que, apesar do esforço oficial inclusive para implantação de escolas, a língua portuguesa continuou a ser secundarizada, deixando ver, por outro lado, o uso da língua geral como instrumento de poder que dela tinham feito os inacianos: Já o informei de que eu dei a todas as Religiões a ordem de S. Maj. para que introduzissem nas aldeias a língua portuguesa, sendo mais próprio para conseguir este fim o estabelecimento das escolas; todas me responderam que logo obedeceriam; poucas foram as que o fizeram; rara é a que hoje conserva alguma aparência deste estabelecimento. Porque 90 todas imitam a Companhia, que absolutamente desobedece e se obstinou contra estes utilíssimos estabelecimentos, e aqui nunca o quis executar sem mais razão que a de não obedecer, como é seu antigo costume, e de compreenderem que poderiam com ele, para o futuro, perder parte dos seus interesses. | |  |
• 20. Tentativa de assassinato do Rei Dom José 3 de setembro de 1758 Noite de 3 de setembro de 1758. Uma carruagem percorria uma rua secundária de capital do Império Português. Nela, sem escoltas, estava o rei, D. José I.
Reunindo várias finalidades de ordem econômica, que se punham entravadas pela resistência dos jesuítas e outros opositores em Portugal, especialmente nobres e comerciantes que não foram bafejados pela nova orientação mercantilista, Pombal encontrou sua mais forte raison d´État em 1758, com a tentativa de assassinato do Rei Dom José. Além dos nobres envolvidos, o então Conde Oeiras fez alcançar alguns jesuítas por cumplicidade, entre os quais Malagrida, numa perseguição que arrastou outras nações européias, como França e Espanha, que também expulsaram os jesuítas. (O que culminou na extinção da Companhia de Jesus em 21 de Julho de 1773, por breve do papa Clemente XIV.) O poderoso Ministro de D. José I aproveitou-se desses episódios e de dissidências internas na própria Igreja, para dar o seu “coup de grâce” nos jesuítas, adotando medidas ainda mais severas, com bem descreve Maxwell (1997:91): | |  |
• 21. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 Um alvará real, em 3 de setembro de 1759, declarou que os jesuítas estavam em rebelião contra a coroa, reforçando o decreto real de 21 de julho do mesmo ano, que ordenava a prisão e a expulsão dos jesuítas do Brasil. • 22. Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas 21 de julho de 1773 Reunindo várias finalidades de ordem econômica, que se punham entravadas pela resistência dos jesuítas e outros opositores em Portugal, especialmente nobres e comerciantes que não foram bafejados pela nova orientação mercantilista, Pombalencontrou sua mais forte raison d´État em 1758, com a tentativa de assassinato do Rei Dom José. Além dos nobres envolvidos, o então Conde Oeiras fez alcançar alguns jesuítas por cumplicidade, entre os quais Malagrida, numa perseguição que arrastou outras nações européias, como França e Espanha, que também expulsaram os jesuítas. (O que culminou na extinção da Companhia de Jesus em 21 de Julho de 1773, por breve do papa Clemente XIV.) O poderoso Ministro de D. José I aproveitou-se desses episódios e de dissidências internas na própria Igreja, para dar o seu “coup de grâce” nos jesuítas, adotando medidas ainda mais severas, com bem descreve Maxwell (1997:91). • 23. História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br 24 de janeiro de 2021 Mas a inconciliabilidade entre ambos os lados jamais será equacionável sem a submissão de um ao outro, que viam os gentios sob angulações absolutamente excludentes entre si. Dois diferentes universos culturais que, de comum, tinham apenas a importânciada língua da terra.
O resultado disso, segundo alguns historiadores, foi a conveniência governamental – induzida por Nóbrega, que sentia despovoar-se seu arraial catequético pela inconstância ambulatória dos índios catequizandos – da absorção político-edilícia de Santo André por São Paulo, levada a cabo por ocasião da visita de Mem de Sá a São Vicente em março de 1560, unificando em uma única municipalidade a simbiose – ou mesmo um helotismo de São Paulo para com Santo André – que existia entre ambos, a ponto de Cortesão (1955:195) afirmar que a povoação de Piratininga não resistiria sem a proximidade da vila ramalhense, no que é concorde com Serafim Leite (1953b:88):
“Apesar das perturbações dos mamalucos, contadas por Anchieta, sempre os portugueses de S. André sustentaram os jesuítas de Piratininga e tinham particular afecto ao Padre Manuel da Nóbrega. Sem esse apoio, São Paulo não teria ido avante”. | |  |
Registros mencionados (50)1219 - São Francisco teria encontrado o sultão egípcio Melek AlKamel [22767]30/04/1528 - D. Rodrigo de Acuña, em carta dirigida a D. João III, computava em mais de 300 cristãos, e filhos de cristãos, os que se encontravam derramados em terras do Brasil [21811]01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]15/06/1536 - Batalha entre espanholes e os indios Querandíes [21888]29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]1549 - “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” [21825]29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]01/04/1549 - “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”* [21894]15/04/1549 - “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” [21884]09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]06/01/1550 - “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” [21902]1551 - “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” [21826]13/09/1551 - “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” [21814]14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]1552 - Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues [21874]10/07/1552 - Plano de envio de meninos da terra à Metrópole [21904]01/08/1552 - “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”* [21829]30/08/1552 - “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”* [21899]1553 - “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” [21831]1553 - “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” [21890]10/03/1553 - Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério” [21912]01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]24/12/1553 - “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” [21830]25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]25/03/1555 - “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” [21856]16/06/1556 - Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés [11130]08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]06/05/1563 - Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig [8853]15/02/1564 - João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal [8750]12/05/1564 - Representação a Estácio de Sá (Atas da Câmara de São Paulo (1914-I: 42) [20712]18/01/1590 - Levante dos Tupinaquim [21886]1657 - “desinfestar aquela região das populações indígenas revoltadas” [21881]30/11/1681 - “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” [21836]13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]1752 - “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” [21835]03/09/1758 - Tentativa de assassinato do Rei Dom José [21852]21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]21/07/1773 - Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas [21853]1955 - A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão [20457]01/01/2005 - Extendido a todo o Brasil as leis de 1755 sobre da liberdade dos índios [10810]24/01/2021 - História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br [21877]
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Encontro de mundos: o imaginário colonial brasileiro refletido nos sermões do padre Antônio Vieira2006. Atualizado em 24/10/2025 20:40:25 Relacionamentos • Cidades (3): Jerusalém/MUN, São Luís/MA, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Antônio Vieira (1608-1697), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Francisco de Saavedra (n.1555), Tomás de Aquino (1225-1274) • Temas (1): EscravizadosRegistros mencionados (1)1619 - António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família [26672]
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“São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente2006. Atualizado em 23/10/2025 17:17:19 Relacionamentos • Cidades (10): Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Laguna/SC, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (17) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), André Gonçalves, Bacharel de Cananéa, Christovam Jacques (1480-1531), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Gomes Albernás, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Gonçalo da Costa, Gonçalo Monteiro, Henrique Montes, Jerônimo Rodrigues (f.1631), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Pedro Annes, Pedro de Mendoza, Pero Capico • Temas (11): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Capitania de Itamaracá, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Guaianás, Guerra de Iguape, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio da Prata, Rio Paraguay, TordesilhasRegistros mencionados (22)01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]1503 - Bacharel [28475]1510 - Fundação do primeiro povoado de São Vicente [22639]01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]1520 - Caminho do Peabiru [22398]1527 - Pero Capico deixa o Brasil [22648]01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]1530 - Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér [22399]01/08/1530 - Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* [22400]16/11/1530 - Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada [22405]01/06/1531 - Primeira expedição* [27838]01/07/1531 - Mestre retira-se para Iguape* [22646]12/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra pafra buscar o Bacharel de Cananéia [6634]17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]1534 - A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, [22406]01/09/1534 - Armada parte para fundar Buenos Aires [22401]17/09/1537 - “Gonçalo Monteiro, capitão, com poder de reger e governar esta Capitania de São Vicente, terra do Brasil pelo mui Ilmo.sr. Martim Afonso de Sousa, governador da dita Capitania... [22411]1540 - “En la isla de Cananea en la tierra firme della ay pobló el Bachiller dexó muchas naranjeras y limones y zidras y otros muchas arboles y hizo muchas casas [21462]1605 - “Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do Rio Grande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baías freqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procura do índio Tubarão, péssimo sujeito” [22412]24/08/1605 - No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder." [27145]1647 - Caminho do Padre Albernaz [26802]1886 - “Cronografia Histórica” Mello Moraes [2174]
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Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 20072007. Atualizado em 30/08/2025 23:38:02 Relacionamentos • Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Diamantina/MG, Ouro Preto/MG, Pilar do Sul/SP, Salto de Pirapora/SP, Santo Amaro/SP, São João del-Rei/MG, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (12) 1° marquês de Pombal (1699-1782), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Domingos Jorge Velho (1611-1670), Francisco de Sousa (1540-1611), João Antunes Maciel (n.1674), José Luiz Antunes Vieira (1778-1851), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martinho Dias Baptista Pires, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566) • Temas (19): Beneditinos, Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estrada Geral, Estrada Sorocaba-Tatuí, Estradas antigas, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, O Sol, Rio Pinheiros, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Rodovia Raposo Tavares, Tropeiros, TupiniquimRegistro mencionado • 1. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 CAPELA DE SANTA CRUZ
A atual capela está situada na Chácara Santa Cruz, de propriedade da Ordem das Irmãs Beneditinas, em Araçoiaba da Serra. Nesta capela, em uma parede lateral, encontra-se a centenária e histórica Cruz Missionária, toda restaurada e colocada em lugar de honra.
Esta foi a quinta capela a abrigar tão preciosa relíquia, inaugurada em 19 de outubro de 1945, ano da demolição da antiga capela da família Vieira, antigos e influentes moradores de Campo Largo.
A respeito desta grande Cruz, preciosa relíquia histórica, diz a tradição, que os jesuítas da Companhia de Jesus, antes da perseguição cruel e injusta que lhes moveu o marquês de Pombal, erigiram uma singela capela, no antigo bairro denominado Sítio da Chinha, à beira da estrada de Tatuí, próximo às margens do Rio Sarapuí.
Os jesuítas foram expulsos e exilados do Brasil e a capela ficou ruindo ao abandono. Alguns alemães piedosos, moradores em Campo Largo, levantaram uma nova capela num lugar denominado Anhangüera, para as bandas do Rio Verde, não longe do sítio de Bento Alves de Oliveira.
A capela foi executada em taipa de mão, tendo esteios de madeira de lei, lavrados a machado, barrotes e ripas preenchidos com barro, batidos à mão. A capela foi ampliada e reedificada com tijolos pelo sr. Manoel Vieira Rodrigues, cidadão de dotes e benemérito para as obras cristãs em Campo Largo.
Foi benzida no dia 20 de dezembro de 1924, pelo reverendo padre Aníbal de Mello, reitor do Seminário Diocesano de Taubaté, com a autorização do vigário da paróquia da Vila de Nossa Senhora das Dores de Campo Largo, padre Carlos Regattieri, e no dia 21 de dezembro foi celebrada uma Santa Missa inaugural da mencionada capela, em louvor e honra a Santa Cruz, símbolo do Cristianismo e dos martírios de Jesus Cristo para a redenção da humanidade. Passado um tempo,daí foi trazida para uma terceira capela, na entrada da Vila de Campo Largo, demolida em 1945. As atuais proprietárias do velho solar da família Vieira, as irmãs Beneditinas, demoliram-na. Em seu lugar construíram uma capela semipública, pontificantemente benzida e inaugurada pelo bispo diocesano de Sorocaba, em 19 de outubro de 1945, na festa litúrgica de São Pedro de Alcântara, celestial patrono do Brasil.
Assim, essa Cruz histórica, não mais continuará sua odisséia de peregrinação, encontrando um posto definitivo de honra, onde recebe, diariamente, carinhoso culto de quantos freqüentarem a inexcedível Opus Dei, das Filhas de São Bento. O bispo diocesano dá e concede cem dias de indulgências a todos os fiéis, que, ajoelhadosdiante dessa Cruz, rezam um Padre Nosso e uma Ave-Maria pelo triunfo da Fé. Reverendo Carlos Regattieri – pároco de Campo Largo. | |  |
Registros mencionados (6)03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]1591 - Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar [6575]1690 - João Antunes Maciel ganha concessão ao longo do Rio Sarapui [6454]29/03/1693 - Fundação oficial de Curitiba [21710]21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]11/11/1891 - Sessão realizada na Câmara Municipal de Sarapuí [31618]
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O primeiro japonês brasileiro. super.abril.com.br31 de outubro de 2007, quarta-feira. Atualizado em 28/10/2025 11:28:59 Relacionamentos • Cidades (3): Florianópolis/SC, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP • Temas (4): Japão/Japoneses, Marinha, Pela primeira vez, Primeira e Segunda Guerra MundialRegistro mencionado • 1. Tradução do japonês para o português havia sido escrita por padres jesuítas por volta de 1600 1600 Registros mencionados (5)1600 - Tradução do japonês para o português havia sido escrita por padres jesuítas por volta de 1600 [29090]20/12/1803 - 105 anos antes do Kasaru Maru: A saga de 10 anos dos primeiros japoneses no Brasil [18100]1889 - Dom Augusto foi recebido pelo imperador Mutsuhito [29092]18/06/1908 - Após 52 dias no mar, desembarca em Santos o Kasato Maru c/ imigrantes japoneses [6112]1918 - Primeiros dicionários português-japonês e japonês-português [29093]
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A transformação da cultura de base açoriana catarinense através do desenvolvimento da pesca e do turismo – UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO. Universidade de Salamanca. Instituto de Estudos de Iberoamérica y Portugal. Programa de Doctorado Interuniversitário, Antropologia de Iberiamérica2008. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Laguna/SC, Araquari/SC • Pessoas (6) Hans Staden (1525-1576), Juan Diaz de Solís, Leonardo Nunes, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Sebastião Caboto (1476-1557), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (4): Bugres, Carijós/Guaranis, Guaianás, TordesilhasRegistro mencionado • 1. “O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil” 12 de fevereiro de 1553 Como verdadeiros aventureiros, homens como Hans Staden ou Ulrich Schmidel, percorreram o mundo com o objetivo de conhecer novas terras e novas gentes, ou mesmo aqueles que procuravam, em nome da sua fé, conquistar novos adeptos como os missionários espanhóis Bernardo de Armenta e Afonso Lebron, com sua idealização da “Província de Jesus” ou, ainda, aqueles seguidores de Inácio de Loyola, os primeiros jesuítas, que vêm ao Brasil Meridional, a partir de 1553, dando seguimento aos trabalhos apostólicos de Leonardo Nunes, reafirmando a organização da “Missão aos Carijós” ou “dos Patos”, cujos trabalhos são descritos nas “Cartas Ãnuas”. Por outro lado a primeira organização político-administrativa aconteceu com as “Capitanias Hereditárias”, cabendo o extremo meridional a Pedro Lopes de Souza, com a Capitania de Santo Amaro e Terras de Santana, que aprofunda as tensões luso-castelhanas a partir do Tratado de Tordesilhas e a sua inconclusa demarcação. [Página 53] Registros mencionados (2)04/01/1504 - Navegador francês Binot Paulmier de Gonneville, sofreu avarias na viagem, ficando a deriva e, por fim, acabou aportando em nossas terras [20548]12/02/1553 - “O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil” [21892]
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A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres2008. Atualizado em 23/10/2025 17:29:24 Relacionamentos • Cidades (5): Araçariguama/SP, Cubatão/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP • Pessoas (14) Álvaro Luís do Valle, Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Francisco Cubas (n.1594), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), João Ramalho (1486-1580), Luis de Góes, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Simão Borges Cerqueira (1554-1632) • Temas (12): Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Pela primeira vez, Piaçaguera, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Mogy, Trilha dos TupiniquinsRegistros mencionados (3) • 1. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 5 de abril de 1560 O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio.
Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias. Leiamos o que a historiadora Inez Garbuio Peralta16 cita sobre esse porto:
Esse novo pôrto era o chamado pôrto das Almadias ou Armadias mencionado por Martim Afonso de Sousa, situado na foz do Rio Perequê, a um quilômetro de sua confluência com o Rio Cubatão. Os indígenas já o conheciam e o denominavam Peaçaba, contudo, o mesmo recebeu de Martim Afonso o nome de Santa Cruz, em 1533.
A maior utilização desse porto está ligada a uma ordem expedida por Mem de Sá, em 1560, para que se abandonasse o caminho de Piaçaguera. Passou-se, então, a se utilizar o caminho do Padre José, o qual desembocava no porto das Almadias. Dessa forma, podemos perceber que a integração existente entre porto e caminho era nítida.
Tanto que, ao se obstar um caminho, o porto, inexoravelmente, também caía em desuso. O porto representava o elo entre percursos. O caminho estático ligado ao caminho semovente. O porto das Almadias foi utilizado por cerca de 100 anos.
A partir da segunda metade do século XVII foi utilizado outro caminho na serrado Mar, aproveitando a margem do rio das Pedras. O novo caminho indicava um novoporto. O terceiro porto, conhecido como Geral localizava-se no rio Cubatão. O porto Geral foi o que teve uma vida funcional mais duradoura e o que consolidou o surgimento da povoação de Cubatão. | |  |
• 2. Bens vão a leilão 1620 • 3. Confisco 1766 Registros mencionados (10)01/10/1532 - Martim Afonso preside a primeira eleição popular no planalto de Piratininga e instala a primeira Câmara de Vereadores na Borda do Campo* [27414]01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]18/06/1612 - Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo [6350]24/09/1615 - Documento [28104]1618 - Cornélio de Arzão foi excomungado, encarcerado e seus bens sequestrados [25289]26/08/1619 - Nas pousadas de Cornélio de Arzão, o juiz Antonio Telles foi saber de Suzana Rodrigues e Clemente Álvares porque sumiram com o testamento do defunto por tantos anos [23269]1620 - Bens vão a leilão [28103]20/12/1627 - Em 1627, solicitou terras de sesmaria ao Capitão-mor Álvaro Luiz do Valle, que lhe concedeu uma légua em quadra no caminho da Piaçagüera, atento à pobreza em que então se achava [26143]1766 - Confisco [28101]
|  | Jesuítas 465º de 550 | | | 2008Atualizado em 30/10/2025 00:16:56“Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges • Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (10): Bernardo José de Lorena (1756-1818), Dom Pedro II (1825-1891), Fernão Cardim (1540-1625), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Ruy Pinto (f.1549), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) • Temas (5): Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Tropeiros | Registros relacionados | 1532. Atualizado em 28/10/2025 11:35:36 • 1°. Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 2°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisãoO acesso ao Planalto Paulista, a princípio, era feito por trilhas (caminhos) abertas pelos índios. O primeiro caminho ficou conhecido por Trilha dos Tupiniquins, justamente por ter sido aberto pelos índios. Esse caminho foi utilizado por Martim Afonso de Souza, em 1532, para chegar ao planalto. Posteriormente, ficou conhecido por Sendeiro do Ramalho uma vez que João Ramalho foi um dos primeiros homens brancos a subir a Serra por essa trilha. O traçado era correspondente ao da atual ferrovia São Paulo – Santos e desembocava em Piaçaguera, região da Cosipa.
Em 1560, esse caminho foi abandonado por ordem de Mem de Sá, governador geral, por causa dos frequentes ataques dos índios. A partir daí, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. O traçado desta trilha aproveitava o vale do rio perequê. Esse caminho foi feito por João Perez, “o Gago”, sujeito rico, que utilizou seus escravos indígenas como mão-de-obra em troca da impunidade pela morte de um escravo que havia assassinado.
Quanto à denominação popular Caminho do Padre José, mais tarde aplicada ao novo caminho do Cubatão, teria sido promovida pelos jesuítas. Há um relato do historiador Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) sobre este Caminho:
as arrebatadas fortificações em Santos defenderiam o caminho da serra, e que não defendessem, esse caminho se defenderia por si mesmo, porque embora fosse chamado o caminho do Padre José era um caminho do diabo, que se vencia trepando com as mãos e pés agarrados às raízes das árvores. 1585. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13 • 3°. Fernão Cardim sobre o caminho1643. Atualizado em 25/02/2025 04:45:12 • 4°. Sesmaria foi adquirida em 1643 pelos padres da Companhia de Jesus, sendo o embrião da Fazenda Geral dos Jesuítas, também chamada de Fazenda Geral do Cubatão6 de novembro de 1825, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34 • 5°. Georg Heinrich von Langsdorff está em Jundiaí1841. Atualizado em 24/10/2025 03:33:59 • 6°. Calçada de Lorena1846. Atualizado em 24/10/2025 03:34:04 • 7°. Conclusão da Estrada da Maioridade1864. Atualizado em 25/02/2025 04:47:06 • 8°. Estrada da Maioridade passou a ser denominada Estrada do VergueiroEm 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e, em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar.
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A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista2009. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf • Temas (46): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra Registro mencionado • 1. Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” 13 de novembro de 1592 Registros mencionados (8)1585 - Fernão Cardim sobre o caminho [23330]13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]10/02/1598 - Terras [794]18/12/1598 - Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes [21490]1616 - Planta atribuída a Alexandre Massaii [1011]02/02/1616 - Escritura [1016]13/03/1642 - Pedro Fernandes presta contas da curadoria. Declara entre outras contas, que Manoel João está de partida para Portugal, pelo que requeria precatório contra o dito, porque havia um depósito em juízo. Nesta causa, Manoel João Branco foi fiado por seu irmão Francisco João (em 1640). [21801]01/01/1741 - Caminho [1664]
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vapordecachoeira.blogspot.com15 de outubro de 2009, quinta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:54:26 Relacionamentos • Pessoas (1) 1° marquês de Pombal (1699-1782)Registro mencionado • 1. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil. A lei de 3 de setembro do mesmo ano aboliu em Portugal e seus domínios a Companhia de Jesus.
Em 21 de julho de 1759 o Marques de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) poderoso Secretário de Estado (cargo equivalente hoje ao de um primeiro-ministro) do Rei de Portugal, D. José I, expulsou de Portugal e de suas colônias os integrantes da Companhia de Jesus.
No Brasil, todos os padres jesuítas foram presos e embarcados para Lisboa. E todos os bens móveis e imóveis da Companhia de Jesus (igrejas, seminários, imagens, jóias, paramentos, engenhos, escravos, casas e livros) foram confiscados.
Na Bahia, entre os estabelecimentos fechados estavam o Colégio dos Jesuítas, na cidade de Salvador, e o Seminário de Belém, na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira.
As instruções foram definidas diretamente do Reino e emitidas para o governo da Província. Nessa época Salvador era a capital do Brasil Colônia (seis anos mais tarde, em 1763 , Pombal a transfere para o Rio de Janeiro). Eis dois trechos, retirados do volume XXXI dos Anais da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro):
Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colônia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias.
Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. Essa foi uma das medidas mais radicais tomadas pelo Marquês de Pombal, uma figura controvertida e fascinante da História. Conhecido como déspota esclarecido, o Marquês tinha poderes absolutos outorgados pelo Rei, desde que dirigiu pessoalmente a reconstrução de Lisboa, destruída por um terremoto e seguidos incêndios, em novembro de 1755.
Executou em seguida um vasto e profundo sistema de reformas estruturais que modificaram a economia, a política, a administração, o ensino e a religião no país, fortalecendo os poderes reais mais que quaisquer outros.
Embora tenha sido um produto do Iluminismo, quando aproximou Portugal das nações mais fortes e modernas da Europa ao promover arrojadas reformas, ao mesmo tempo Pombal conservou aspectos do absolutismo e do mercantilismo, agindo com com intensa repressão, e profunda impiedade para com os adversários e inimigos, para impor as suas decisões.
Um pouco do Marquês de Pombal
1699
» 13 de maio: Nascimento de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, em Lisboa, freguesia das Mercês. Filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de mulher, D. Teresa Luísa de Mendonça e Melo. Sendo batizado a 6 de Junho do dito ano na Capela da mesma invocação, sita na Rua Formosa, que pertencia à sua família, tendo como padrinho, Sebastião José de Carvalho e Melo, seu avô paterno. | |  |
Registros mencionados (1)21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]
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RAZIA - celsoprado-razias.blogspot.com20 de dezembro de 2009, domingo. Atualizado em 29/10/2025 20:38:56 Relacionamentos • Cidades (7): Alambari/SP, Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (6) Antônio Pires de Campos, Estanislau de Campos (1645-1735), Francisco de Sousa (1540-1611), José de Campos Bicudo (1657-1731), Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Salvador Jorge Velho (1643-1705) • Temas (11): Apiassava das canoas, Caminho do Peabiru, Cemitérios, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Paranaitú, Rio do Peixe, Rio Paranapanema, São Filipe, Tordesilhas, Caminho Sorocaba-BotucatuRegistros mencionados (2) • 1. Guareí 1713 Em 1713 o célebre bandeirante e rico sesmeiro, Antonio Pires dos Campos concedeu uma de suas sesmaria, em Guareí, à Ordem dos Jesuítas no Brasil, cujo Reitor era o seu parente, Padre Tenente Estanislau de Campos. Não há documentos conhecidos que possam atestar o repasse dessa sesmaria aos padres inacianos.
Mais comumente aceito, e aí se inicia a história, no mesmo ano de 1713, quando o "Padre Estanislau convenceu seu irmão José de Campos [Bicudo], morador na Vila de Nossa Senhora da Candelária de Itu a doar uns terrenos situados junto ao Rio Guayary (Guarehy), nas terras do município que hoje tem o mesmo nome.", também sem documentações conhecidas, mas a propriedade, efetivamente jesuítica, situava-se entre as margens direitas do Guareí e do Paranapanema até o Morro do Ubatuabaré (Avaré), de onde para o norte às encostas do Morro do Hybyticatú.
—A origem e significado de Guayary, de cujo aportuguesamento fonêmico a corruptela Guarey, atual Guareí, parece incerta:
-O guareiense entende Guareí oriundo do tupi "Guara-y", ou seja, "Rio do Guará" (lobo brasileiro). Certa ou errada, é a versão oficial em Guareí;-Theodoro Sampaio aponta o original, também tupi, "Guari-y", como o "Rio dos Macacos" (Prefeitura Municipal de Guarey, http://www.guarei.sp.gov.br).—
—O autores SatoPrado entendem "Guayr"y", do tupi, com fonema Guajará-y, onde "Guajara = homens pintados e Y = rio", "assim, rio dos homens pintados – ou que se pintam".—Se nenhum documento primário de concessão de sesmaria a José de Campos Bicudo em Guareí, anterior a 1713, dez anos depois o mesmo José de Campos Bicudo obteve outras duas sesmarias na região do Guareí:
—1º) "José e Campos Bicudo, Villa de Itú. Tres léguas de terra de comprido e uma de largo nos campos que se acham juntos a um rio chamado Guajaré ... (L. 1 fls 32-v)"; 2º) "José de Campos Bicudo, morador em Itú. Tres leguas de terra de comprido e uma de largo começando a sua demarcação algumas braças abaixo da passagem do rio Guajary ... (Repertório das Sesmarias, L. 16 fls. 18)".—
Os padres em Guareí construíram um casarão para o abrigo dos padres e os cuidados administrativos, um templo religioso, cemitério e casas para os seus empregados e agregados, além das instalações para escravos e indígenas, como características de bairro rural que ali se desenvolveria, nas proximidades do rio ou ribeirão Guareí. À fazenda deu-se o nome de São Miguel, cuja sede de igual nome, posteriormente conhecida por Capela Velha.
(...) A despeito da proibição, os jesuítas estiveram às margens do Rio Tietê, com pelo menos um arranchamento de mineradores, entre os anos de 1713 a 1719, quando cessada a exploração, então deficitária, coincidindo com os repasses de novas sesmarias à Ordem dos Inacianos, na região de Botucatu. | |  |
• 2. Primeira assinalação jesuítica na região Botucatu/Guareí 1719 Registros mencionados (3)1706 - O entradismo exterminador de tribos indígenas no ano de 1706, chefiada por João Pereira de Souza, avançou pelos campos de Guareí e a região de Botucatu, praticamente dizimando os índios da região [28728]1713 - Guareí [27803]1719 - Primeira assinalação jesuítica na região Botucatu/Guareí [24855]
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O DOMINIUM SOBRE OS INDÍGENAS E AFRICANOS E A ESPECIFICIDADE DA SOBERANIA RÉGIA NO ATLÂNTICO Da colonização das ilhas à política ultramarina de Felipe III (1493-1615)2010. Atualizado em 24/10/2025 04:16:13 Relacionamentos • Cidades (2): Madrid/ESP, Olinda/PE • Pessoas (9) Belchior do Amaral, Cristóvão de Moura e Távora (1538-1613), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Giraldes, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Gentios, Leis, decretos e emendas, Pelourinhos, Rio São FranciscoRegistro mencionado • 1. Os padres tiveram o “conhecimento dos Capítulos difamatórios de Gabriel Soares” 1592 Registros mencionados (14)31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]01/01/1582 - Carta ânua da província do Brasil dirigida a Cláudio Acquaviva [692]25/05/1582 - Juramento solene de Felipe II no Brasil se fez e na Baía de Todos os Santos [20433]13/01/1585 - Representação de Luís da Fonseca a El-Rei [723]27/02/1587 - Carta de dada de terras de sesmaria [24395]1592 - Os padres tiveram o “conhecimento dos Capítulos difamatórios de Gabriel Soares” [764]26/07/1604 - Devassas que Belchior de Amaral tirou dos governadores-gerais do Brasil D. Diogo Botelho e D. Francisco de Sousa [861]21/07/1605 - Cartas de El-Rei ao Conselho da Índia, sobre a ordem de se tomar Residência a D. Francisco de Sousa, no Estado do Brasil [871]16/08/1605 - Devassas que Belchior de Amaral tirou dos governadores-gerais do Brasil D. Diogo Botelho e D. Francisco de Sousa [873]1606 - D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III [20514]24/04/1606 - Carta de Sua Majestade ao Conselho da Índia sobre Dom Francisco de Sousa [882]17/08/1607 - Sobre o pedido de Domingos de Araújo e Melchior Dias [891]19/02/1608 - Sobre o dinheiro que no Brasil tomou dom Francisco de Sousa dos defuntos dos ausentes [896]08/06/1612 - Carta do Bispo D. Pedro de Castilho ao Conde de Sabugal [972]
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Fronteiras do sertão baiano: 1640-1750, 2010. Márcio Roberto Alves dos Santos2010. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (4) Belchior Dias Moréia (1540-1619), Brás Cubas (1507-1592), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Pedro Barbosa Leal • Temas (7): Fortes/Fortalezas, Jacotinga, Léguas, Rio das Contas, Rio São Francisco, Tapuias, TupinaésRegistros mencionados (3)01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]11/02/1577 - Concedidas a Antonio Vaz 400 braças ao longo da Bahia (Baía?) e 1000 para dentro do sertão em Sarapohy que foram a Bras Cubas no Porto que foi de Jacotinga [21176]22/11/1725 - Sobre os marcos [22545]
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Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches2011. Atualizado em 24/10/2025 02:40:29 Relacionamentos • Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Batatais/SP, Botucatu/SP, Capela do Alto/SP, Guarapuava/PR, Itu/SP, Ponta Grossa/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Francisco Gaspar (1891-1972), Carl Gustav Hedberg (1774-1827), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gilson Sanches (n.1962), José Bento Renato Monteiro Lobato (1882-1948), José de Anchieta (1534-1597), Pero Cieza de Leon (1520-1554), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (19): Boigy, Caminho do Peabiru, Cavalos, Cemitérios, El Dorado, Extraterrestre e sobrenatural, Incas, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Nheengatu, Ouro, Papagaios (vutu), Pela primeira vez, Peru, Pirâmides, Protestantes, Tupiniquim, VutucavarúRegistro mencionado • 1. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) 1854 Registros mencionados (28)1500 - Lagoa Dourada [24459]1548 - Relato do soldado Pedro Ciesa de Leon [25798]27/05/1560 - Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III [23348]01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]1594 - Os “Afonso Sardinha” e João do Prado alcançaram as margens do Rio Jeticaí, hoje Rio Grande. Nessa marcha, provavelmente atravessaram a “Paragem dos Batatais”, então habitada pelos índios caiapós [8718]1627 - Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle [20633]21/01/1782 - João Baptista Victoriano escreveu uma Representação ao Governador Martim Lopes Lobo de Saldanha reclamando de um alferes que lhe estorvava a empresa do novo descoberto do Morro Ivutucavarú, na capitania de São Paulo [25415]24/04/1811 - Falecimento do carpinteiro sueco Jonas Bergman em 24 de Abril de 1811 [1875]28/08/1811 - A construção do cemitério para suecos, ingleses e “não católicos” foi autorizada por Carta Régia de D. João VI, em atendimento a um pedido do então diretor da fábrica, Carl Gustav Hedberg, que juntamente com outros suecas, eram luteranos, e portanto considerados "pecadores" pelos católicos [24085]1812 - Falecimento na Fazenda Ipanema [1879]01/11/1818 - O sargento-mor (depois coronel) Frederico Luís Guilherme de Varnhagen inaugura neste dia os trabalhos da fábrica fundindo três cruzes monumentais, que foram plantadas nas vizinhanças da fábrica. A maior dessas cruzes foi assentada no alto do morro do Araçoiaba [12374]1833 - “Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) [27639]1854 - “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) [22355]1855 - “Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior paulista, que seria um dos pontos do roteiro do Peabiru, no morro de Araçoiaba, haveria uma verdadeira pirâmide de origem incaica, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, seria um sinal de orientação do Peabiru” [25385]1876 - Diccionario Gallego. Autor: Juan Cuveiro Piñol [2119]16/09/1881 - Sepultura de Sardinha [22994]1895 - Fábrica de Ferro de Ipanema passa a ser de responsabilidade do Ministério da Guerra, que transformou a propriedade em quartel e depósito [6076]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]15/08/1930 - Nascimento de Ruphina de Oliveira Leite [2418]04/01/1931 - Nascimento de Moacyr Flores [2422]1934 - Fábulas. Autor: Monteiro Lobato [2436]12/10/1936 - Nascimento de Catarina Maria de Jesus Sanches [2451]1946 - Folklore dos Bandeirantes. De Joaquim Ribeiro [2549]1952 - Livro Cruzes e capelinhas de Antônio Francisco Gaspar [2606]1963 - Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro, São Paulo [2751]1967 - Minhas Memórias. Autor: Antônio Francisco Gaspar [2780]1994 - Estórias Populares de São Paulo (Piracicaba - Sorocaba - Botucatu). Autor: Waldemar Iglêsias Fernandes [3142]2000 - Um Estudo Sociolinguístico das Comunidades Negras do Cafundó, antigo Caxambu e seus Arredores. Autor Silvio Vieira de Andrade Filho [3234]
|  | Jesuítas 472º de 550 | | | 2011Atualizado em 30/10/2025 00:16:58HISTORIOGRAFIA ALEMÃ SOBRE A COMPANHIA DE JESUS. PESQUISAS RECENTES SOBRE OS JESUÍTAS E A SUA ATUAÇÃO NAS AMÉRICAS PORTUGUESA E ESPANHOLA. Peter Johann Mainka • Cidades (1): Sorocaba/SP | Registros relacionados | 1766. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03 • 1°. Confisco
|  | Jesuítas 473º de 550 | | |
Poder local entre ora et labora: a casa beneditina nas tramas do Rio de Janeiro seiscentista12 de Setembro de 2011, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Assunção/PAR • Pessoas (9) Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Vitória Corrêa de Sá (f.1667), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Miguel Ayres Maldonado (1569-1650), Thomé de Almeida Oliveira, João de Sant’Ana de Sousa (n.1644), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Duarte Correia Vasqueanes • Temas (2): Assassinatos, BeneditinosRegistros mencionados (4)08/04/1644 - Nascimento de João de Sant’Ana de Sousa [1258]09/03/1648 - Documento [1287]03/06/1659 - Frei João para o mosteiro do Rio de Janeiro [1348]22/05/1688 - Carta do ouvidor-geral do Rio de Janeiro, Thomé de Almeida e Oliveira, em que participa o assassinato de Pedro de Sousa Pereira e as diligências que empregara para prender os criminosos [1480]
|  | Jesuítas 474º de 550 | | |
Paisagens reveladas: o Jaó caboclo, quilombola, brasileiro. Sílvia Corrêa Marques2012. Atualizado em 27/10/2025 03:26:15 Relacionamentos • Cidades (5): Apiaí/SP, Curitiba/PR, Itapeva/SP, Itararé/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Cláudio de Madureira Calheiros (f.1797), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792) • Temas (6): Rio Paranapitanga, Caminho de Curitiba, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Quilombos, Colinas
|  | Jesuítas 475º de 550 | | |
História de Carapicuíba. João Barcellos25 de março de 2013, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23 Relacionamentos • Cidades (17): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Catalunha/ESP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (24) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Braz Gonçalves, velho "Sardinha" (1535-1620), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Antônio Feijó (1783-1843), Domingos Luís Grou (1500-1590), Gregório Francisco, Jerônimo Leitão, João Barcellos, João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Margarida Fernandes (n.1505), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (40): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Bituruna, vuturuna, Butantã, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guaranis, Guerra de Extermínio, Inquisição, Judaísmo, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Ypané, Rio Ypanema, São Miguel dos Ururay, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, UrurayRegistro mencionado • 1. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” 1570 Falar dos rios Anhamby/Tietê e Jeribatiba/Pinheiros é falar de Affonso Sardinha, o Velho, e de como, entre 1570 e 1605, ele os liga numa malha social, econômica e militar, para dar segurança aos percursos que, mais tarde, serão os percursos das bandeiras que demandarão o ouro e as esmeraldas em outros rincões do Brasil.
Os rios que abriram as portas à colonização e ao bandeirismo, nos séculos XVI e XVII, são os mesmos rios que no século XXI continuam a dar vida à malha social e econômica da grande São Paulo dos Campos de Piratininga, na sua malha metropolitana e estadual.
Apesar dos desvios de curso, principalmente no Butantã/Ybitátá, pontes e mais pontes, obras para navegação comercial, poluição industrial e doméstica sem controle, etc., os dois rios continuam a deixar-nos sonhar com a aventura de ir sempre além.
[1] Carapocuyba - aldeia de goyanazes ou de guaranis?... Tudo indica que a primitiva Aldeia Carapocuyba é de origem guarani, até pela proximidade com a Aldeia Koty, pois, segundo documentos antigos (títulos de terras e testamentos) que falam dos "goayanazes aldeados no sítio do Capão, por Fernão Dias Paes, o velho, e que Afonso Sardinha, o Velho, tem aldeado outros da mesma tribo em Carapicuíba". Ou seja, há uma miscigenação nativa forçada pela preação que logo vai acabar com os guaranis tanto na Koty como na Carapocuyba. [p. 7 e 8 do pdf]
Em 1570 tem um engenho de cana d´açúcar em Santos e monta o primeiro trapiche (depósito) de açúcar e pinga da Vila piratininga. Paralelamente ao comércio de açúcar, monta engenho para processar marmelos e torna-se um dos mais ricos comerciantes de São Paulo.
Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda.
Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista.
Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [p. 15 e 16] | |  |
Registros mencionados (16)1535 - Nasceu ou fugiu da Inquisição? [7929]13/07/1552 - Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba [25945]30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [20150]09/07/1555 - Sardinha casou-se em Santos com Maria Gonçalves, filha de Domingos Gonçalves [20499]1569 - Sardinha ao chegar a São Paulo, em data anterior a 1570, montou depósitos de açúcar e adquiriu casas que alugava aos vigários [7932]1570 - “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” [20338]1575 - Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo [8212]1578 - Brás Gonçalves, português, casou-se com a filha do cacique de Ibirapuera (Santo Amaro) [20273]01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]1591 - Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar [6575]02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]1605 - Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha [21571]1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
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Relatório da Ouvidoria Geral da Prefeitura Municipal de São Paulojulho de 2013. Atualizado em 24/10/2025 02:17:32 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)Registros mencionados (2)09/07/1562 - Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta [23023]10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
|  | Jesuítas 477º de 550 | | |
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedojulho de 2013. Atualizado em 30/10/2025 09:47:31 Relacionamentos • Cidades (2): Natal/RN, Salvador/BA • Pessoas (19) Anna de Argollo (1532-1615), Antonio Ribeiro, Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Bernardo Ribeiro (n.1561), Fernão Cabral Taíde, Fernão Cardim (1540-1625), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Helena de Argollo (n.1560), Manuel de Sá Souto Maior (n.1545), Maria de Argollo, Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Quirino Caxa (1538-1599), Rodrigo de Argollo (1507-1553), Serafim Soares Leite (1890-1969), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (1): InquisiçãoRegistros mencionados (5) • 1. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil 29 de março de 1549 Ao ser chamado em 11 de novembro de 1592 à Mesa de Consciência e inquirido como era de praxe sobre a sua genealogia, Ribeiro informou não ter conhecido os avós paternos. Os maternos eram Rodrigo de Argolo, nobre castelhano que chegara à Bahia em 1549 com o primeiro governador geral, Tomé de Sousa, e Joana Barbosa. Possuía tios por parte do pai moradores de Viseu que não sabia os nomes, um irmão estudante em Coimbra e duas irmãs moradoras de Jaguaribe. Joana de Argolo, viúva de Diogo Correa de Sande, senhor de um engenho vizinho ao de Gabriel Soares e de Fernão Cabral de Ataíde, famoso pela Santidade e Helena de Argolo, casada então com Manuel de Sá Souto Maior. Na mesma localidade moravam seus tios maternos, Paulo de Argolo e Ana, “mulher que fora de Gabriel Soares”. Ribeiro recebeu uma sentença leve; penitências espirituais e o pagamento das custas do processo. • 2. Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa 28 de julho de 1591 Em algum momento entre o seu retorno e fim da sua expedição, o que temia veio a acontecer: o texto que oferecera na corte chegou ao conhecimento dos padres jesuítas. Contudo não chegou a sofrer qualquer consequência direta ou indiretamente, estava certamente muito bem amparado por concessões régias além de envolvido em seu empreendimento tão custoso do qual não retornaria. Não podemos deixar de considerar o fato do primeiro visitador do Santo Ofício em terras brasileiras mancomunar-se com os “homens bons” do lugar, como observou Ronaldo Vainfas (1997:8). As suas acusações não chegam a corresponder à lista dos delitos expostos no Edito de fé e Monitório publicados em Salvador em 28 de julho de 1591, concedendo o período da graça por trinta dias aos seus moradores e arredores. No entanto, como notou Vainfas, a chegada da Primeira visitação do Santo Ofício provocou uma onda de medo, destruiu famílias e amizades. Coincidentemente, o sobrinho indireto de Gabriel Soares foi um dos primeiros delatados. [Página 7] | |  |
• 3. Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse 18 de abril de 1592 Mas é o próprio Serafim Leite quem contradiz a informação de que os jesuítas só teriam conhecido os Capítulos por via de “um parente” de Soares ao mencionar uma carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse.
Por diversos motivos. Por sua expedição ser um pretexto para “tomar e saltear índios”, devido aos práticos informarem sobre a inexistência de minas, pelo perigo dos religiosos nunca mais retornarem e especialmente por “querer mal aos Nossos, manifestamente, como mostram os Capítulos e falsos testemunhos que neste reino deixou”.
Acrescenta ainda, de acordo com Leite, que “nenhum Superior de outras Ordens quis dar Padres para ir com Gabriel Soares” (LEITE, 1938:179). A missiva é intrigante. Confirma a mercê de “Capitão” recebida por Soares, todavia é incompatível cronologicamente com outros dados. O aventureiro já embarcara de volta ao Brasil na data da carta e com quatro religiosos, nenhum deles jesuíta. Rebelo, procurador do Brasil em Lisboa, ratifica saber dos Capítulos antes da sua chegada às mãos dos padres no Brasil reconhecendo inclusive o título com o qual o texto seria posteriormente arquivado. E, por fim, revela que o próprio Gabriel Soares divulgava suas queixas, deixando rastros de suas críticas. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Páginas 8 e 9] | |  |
• 4. 4° Congregação provincial 25 de maio de 1592 Importantes quadros da Companhia de Jesus reunidos em Salvador em 1592 foram unanimes em negar todas as acusações contra eles encaminhadas a Felipe II pelo colonizador português Gabriel Soares de Sousa. Pronunciaram-se escandalizados de “tão baixas palavras, e torpes juízos”, identificando o “quão azedo” se encontrava “o peito” donde saíam (SOUSA, 1942:372).
A expressão “peito azedo” que pode ser traduzida como “coração amargurado”, manifesta um dos lados da sua defesa, a bem dizer, o âmbito pessoal e íntimo com o qual pretenderam minimizar as denúncias do explorador quinhentista. Séculos mais tarde, Antônio Serafim Leite classificou os mesmos Capítulos escritos pelo senhor de engenhos contra os inacianos que atuavam na América portuguesa como “mexericos de soalheiro” (SOUSA, 1942:344).
De fato tanto as acusações quanto as réplicas tratam muitas vezes de pormenores como a quantidade de porcos, vacas, galinhas, currais e lançam mão de queixas, desavenças e injúrias tão próprias ao cotidiano que parecem de menor valor. Este diz que me disse, cheio de picuinhas é, no entanto, extremamente comum neste tipo de escrita assim como sua desqualificação historiográfica.
Como destacou num artigo recente a historiadora Mary Del Priore (2013:22), mexericar era uma forma de distração tão corriqueira que chegou a obter um item específico no Livro V das Ordenações Filipinas do século XVII:
Por se evitarem os inconvenientes que dos mexericos nascem, mandamos que se alguma pessoa disser à outra que outrem disse mal dele, haja a mesma pena, assim cível como crime que mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquelas palavras que diz que o outro terceiro dele disse, posto que queira provar que o outro o disse (Lara,1999:267).
Os Capítulos que Gabriel Soares de Sousa deu em Madrid ao SR.D. Cristóvam de Moura contra os padres da Companhia de Jesus que residem no Brasil com umas breves respostas destes mesmos padres que deles foram avisados por um seu parente a quem os ele mostrou retratam estes fuxicos de uma vivência próxima e tensa entre os moradores do primeiro século do Brasil colonial. Aproxima-se de uma subliteratura, pelo seu gênero indefinido, seu teor panfletário, polemico e conjuntural.
Por outro lado, testemunha uma história não tão interessante do ponto de vista de um retrato apologético e edificante seja da Igreja, seja da colonização brasileira, ou de ambas simultaneamente. Esta crônica quase jornalística envolvendo os conflitos entre aqueles que a princípio estariam do mesmo lado no processo colonizador, colonos portugueses e jesuítas, é por si só interessante, mas permite principalmente uma investigação que se abre como um leque para temáticas referenciais tanto da história colonial e da historiografia brasileira quanto da renovada história da Igreja e das religiosidades. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 1]
Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano.
As Respostas apresentam o mesmo tom exaltado das Informações. Denunciam os maus tratos recebidos pelo gentio da parte dos colonos, os interesses particulares de Gabriel Soares no apresamento dos indígenas, suas atividades de venda de índios e a segurança que tinha em denunciar sem averiguar suas informações de que os apontamentos dados em Madri seriam “impossíveis virem ao Brasil” (1942:360). Apesar de todo esmero em responder minunciosamente cada artigo, as Respostas não tinham como destino qualquer exposição pública. A assinatura de padres do gabarito de Marçal Beliarte, Ignácio Tholosa, Rodrigo de Freitas, Luís da Fonseca, Quiricio Caxa, Fernão Cardim, Luis da Grã e José de Anchieta confirmam a importância das acusações, porém sua finalidade se encontrava em rebater imediatamente e se antecipar à chegada das críticas ao superior em Roma. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 10] | |  |
• 5. Assinatura final do documento 13 de setembro de 1592 Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano. Registros mencionados (12)29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]1561 - Nascimento de Bernardo Ribeiro [27081]10/08/1584 - Testamento [20381]01/09/1584 - Gabriel Soares ao porto de Pernambuco* [714]01/03/1587 - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil [15938]28/07/1591 - Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa [23675]29/07/1591 - No primeiro dia da graça, 29 de julho de 1591, compareceu à Mesa do Santo Ofício, sem ser chamado, o padre Frutuoso Álvares (65 anos), vigário da igreja de Nossa Senhora da Piedade de Matoim [23676]18/04/1592 - Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse [27057]25/05/1592 - 4° Congregação provincial [26316]13/09/1592 - Assinatura final do documento [27065]11/11/1592 - Depoimento de Bernardo Ribeiro [27058]18/12/1592 - Conclusão do Processo [768]
|  | Jesuítas 478º de 550 | | |
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador2014. Atualizado em 25/10/2025 10:10:03 Relacionamentos • Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (44) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937), Paulo de Proença e Abreu, Paulo do Amaral, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (55): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, VinhoRegistros mencionados (5) • 1. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai 1637 • 2. Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios março de 1638 • 3. Jesuítas são expulsos de São Paulo 13 de julho de 1640 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão. • 4. Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios 3 de junho de 1652 Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos. • 5. Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” 1950 O notável escritor paulista, Paulo Setúbal, aqui da vizinha cidade de Tatuí, dedicou, no livro "Ensaios Históricos", páginas bastante interessantes sobre a relação bandeirantes-índios-jesuítas e que passamos a reproduzir.
Para se compreender claro o psique daqueles velhos paulistas semibárbaros, é preciso penetrar bem no espírito da época. Um fato, um só, pincela coloridamente aqueles torvos tempos. É o caso dos índios. Para os sertanistas, para esses tipos hirsutos, almas encoscoradas e selvagens, os bugres não eram gente. Jamais! Os bugres eram, simplesmente, bichos do mato.
Bichos perigosos, muito maus, que se preava como quem prea caça. Não houve, no tempo, ideia mais enraizada. Ninguém podia crer que aqueles brasís de batoque no beiço, comedores de gente, ouriçados de usanças sanguinárias, pudessem ter, como os outros homens, uma alma racionalmente e espiritual. Não era possível! Aqueles tapuias eram bichos. Mais nada... Tão estranhado andou este pensar nos homens do tempo, que foi necessário uma bula do papa, elucidando de vez a questão. É a famosa bula de Paulo III, promulgada em 9 de junho de 1536, reconhecendo "OS AMERICANOS COMO HOMENS VERDADEIROS".
Mas, tudo isso, essa bula e discussões provam alto que, por esses tempos, a ideia dominante, a ideia tida como certa, foi a de que os índios não tinham alma. Não passavam eles de bichos, só bichos. Daí, de tais idéias, nasceu a famosa desavença entre jesuítas e paulistas.
Entre jesuítas e paulistas, nos fins do século XVI (1500-1599), desencadeara o ódio mais aceso de que há memória na história do Brasil. A luta nascera em torno do ponto eterno, do ponto único, os índios. É que os de São Paulo, gente fagueira, metiam-se rijos e desassombrados pelos matos. Sofriam tudo!
Canseiras? Nunca existiu para aqueles homens. Fome? Era coisa de somenos. Feras, febres? Riam-se delas. E tudo isso, para quê? Para caçar bugres.
São Paulo enchia-se de selvagens. Era a feira nacional do comércio vermelho. Os engenhos do Norte entupiam-se de índios de Piratininga. Do Rio, cada estação, chegavam bandos de mercadores tapuias. Uma febre! Ora, exatamente contra isso que se encapelaram os jesuítas. Esses religiosos aqui desembarcavam cheios de entusiasmo. Traziam no peito, muito cândida, uma fervente chama evangelizadora. Ferretoava-os essa límpida ambição de semear na alma bronzeada dos botocudos a palavra mística de Jesus. E enfiavam-se, duramente, pelos sertões. Aprendiam a língua dos brasís. Aladeavam-nos. Cristianizavam-nos. Mas, um dia, depois de suada evangelização, lá vinham os paulistas - zás - atiravam-se como brutos sobre os aldeamentos, incendiavam, arcabuzavam, preavam as peças, arrastavam-nas algemadas para São Vicente.
Nessa faina, nesse período de caça, ajudados pelo seu gênio aventureiro, desbravador, foi que os bandeirantes conquistaram o sul inteiro do Brasil. Foi graças ao atrevimento e à dureza desses homens ásperos, homens do seu tempo, que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pertencem ao território nacional. Foram eles, os intrépidos caçadores de bugres, que recuaram para muito longe o clássico meridiano de Tordesilhas. Foram eles, só pela audácia, os conquistadores da terra...
Os jesuítas, então poderosíssimos, moveram céus e terra para meter um paradeiro da caça aos índios. Mandavam emissários aos ministros. Mandavam ao rei. Chegaram a mandá-los ao próprio papa. O provincial de São Paulo escrevia, com lágrimas, ao superior de Madri:
- Meu padre! Tenha dó de nós... Vá falar a sua Majestade, vá falar ao senhor Conde de Olivares, vá falar aos senhores do Conselho de Portugal.
E, no final desse patético apelo, um grito feroz:
"Arrasar São Paulo. Destruir a cidade herética. Delenda, São Paulo!". [Páginas 57 e 58] | |  |
Registros mencionados (76)1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]22/01/1531 - Bertioga [26243]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]15/01/1560 - Santo Amaro [27129]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1594 - O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) [27349]23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]1600 - Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega [19870]1603 - Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos [19867]1608 - Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa [20083]07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1629 - Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta [9367]06/03/1629 - Benta [27365]1632 - Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar [19873]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis [9828]17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo [8374]23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus [28347]01/11/1639 - Retorno* [28346]24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira [19853]24/06/1640 - Reunião [28349]13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo [8372]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1646 - Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha [21721]07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas [19887]1648 - Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba [9369]03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]1655 - Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba [19183]21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba [19869]12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença [19868]22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava [27946]21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby [6050]28/02/1661 - Tayaobi [26416]28/02/1661 - Partida [1359]02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila [8664]06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel [21230]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” [19859]01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba [26709]1670 - Segunda fundação de Sorocaba [20862]01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto [27935]01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba [5199]1927 - “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal [26792]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]01/11/1949 - Revista Investigações* [2568]1950 - Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” [2572]1954 - O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo [8690]1969 - História de Sorocaba [28282]1971 - História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo [24503]1986 - Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo [28343]01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução [5235]2017 - Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 [19872]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]2023 - Avenida Itavuvu [28565]17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com [3670]08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com [4168]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP [4700]
|  | Jesuítas 479º de 550 | | |
Os Avá Guarani no este do Paraná. (Re)Existência em Tekoha Guasu Guavira. Coordenação científica: Carlos Frederico Marés de Souza Filho. Organização: Danielle de Ouro Mamed, Manuel Munhoz Caleiro e Raul Cezar Bergold2014. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Curitiba/PR, Guarapuava/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) António José da Franca e Horta (1753-1823), Carlos V (1500-1558), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560) • Temas (13): Botocudos, Carijós/Guaranis, Gentios, Tupiniquim, Caminho do Peabiru, Pela primeira vez, Papas e o Vaticano, Farinha e mandioca, Papagaios (vutu), Nheengatu, Guaranis, Apereatuba, Leis, decretos e emendasRegistro mencionado • 1. Lei de Filipe (1578-1621) declara todos os “gentios” do Brasil livres 30 de julho de 1609 Das Cartas Régias portuguesas de 1609 até a Constituição Federal do Brasil de 1988, os direitos indígenas sobre a posse dos territórios que ocupam vinham sendo garantidos pelo reconhecimento de serem eles os povos originários, primários e naturais ocupantes do território.
[...] Assim, as Cartas Régias de 30 de julho de 1609 e a de 10 de setembro de 1611, promulgadas por Felipe III, afirmam o pleno domínio dos índios sobre seus territórios e sobre as terras que lhe são alocadas nos aldeamentos: [...] os gentios são senhores de suas fazendas nas povoações, como o são na Serra, sem lhes poderem ser tomadas, nem sobre ellas se lhes fazer moléstia ou injustiça alguma; nem poderão ser mudados contra suas vontades das capitanias e lugares que lhes forem ordenados, salvo quando elles livremente o quizerem fazer [...]. (Carta Régia, 10.09.1611 apud CUNHA, 1987, 58). (grifo do autor) Registros mencionados (7)08/10/1541 - Partiu para Buenos Aires [10456]17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]1555 - Publicado em Valladolid os "comentários de Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca" [22128]30/07/1609 - Lei de Filipe (1578-1621) declara todos os “gentios” do Brasil livres [11493]10/09/1611 - Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos [11902]01/04/1680 - Carta de lei do príncipe regente, depois rei dom Pedro II, abolindo a escravidão dos índios [10484]05/11/1808 - Carta-régia funda Guarapuava [9085]
|  | Jesuítas 480º de 550 | | | Fevereiro de 2014Atualizado em 28/10/2025 06:44:16Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP Pessoas (23): 1º visconde de Barbacena, Afonso Sardinha, o Velho, Anthony Knivet, Antônio Raposo Tavares, Balthazar Fernandes, Belchior Dias Carneiro, Clemente Álvares, Cosme da Silva, Domingos Luís Grou, Fernão Dias Paes Leme, Fernão Paes de Barros, Francisco de Assis Carvalho Franco, Francisco de Sousa, Gregória da Silva, Hans Staden, João Moreira, José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato, Orville Derby, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”), Roque Soares de Medela, Suzana Dias Temas (20): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim Mapa Data: 1923Créditos: Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina. Página 40 | Registros relacionados | 25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e CaiubiOs aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios.
“A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)”
Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania.
“O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”.
O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto. Junho de 1560. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 2°. Partida da expedição de Bras Cubas*"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.
Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46] 25 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11 • 3°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos”Durante sua vida, o governador D. Francisco de Souza visitou S. Paulo. Sobre isto comenta o Dr. Francisco de Assis Carvalho Franco:
"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construcçao alli de dois fornos catalães para o seu preparo." 12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 4°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44] 1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27 • 5°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das FurnasQuando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 7 de dezembro de 1589, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23 • 6°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]12 de dezembro de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03 • 7°. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de VuturunaSuzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50] Novembro de 1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:55 • 8°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto. 1605. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33 • 9°. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso SardinhaUm dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44] 2 de janeiro de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:15 • 10°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas3 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49 • 11°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do BrasilBarueri: Mas um dado para incrementar a tese do desenvolvimento articulado foi a criação do aldeamento de Barueri (Marueri), fundado pelo próprio Francisco de Souza e que seria de nativos aldeados sob controle direto do governador, em nome da Coroa, para servir nas minas.
Foi com este intuito que D. Francisco de Souza patrocina o aldeamento de Barueri, relativamente próximo das recém-descobertas minas de Jaraguá e Vuturuna. Quando D. Francisco morre em 1611 as bases da economia agrária eram bem presentes, e a presença deste aldeamento estimulou a produção e ocupação de novas terras além do rio Tietê e a oeste da Vila de São Paulo. [Página 47] 1632. Atualizado em 25/02/2025 04:38:57 • 12°. Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitioDezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51 • 13°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 16 de agosto de 1657, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:39:07 • 14°. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios.
Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61] 27 de julho de 1671, segunda-feira. Atualizado em 10/10/2025 17:16:36 • 15°. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de BarbacenaEm 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. 21 de julho de 1674, sábado. Atualizado em 25/10/2025 15:40:39 • 16°. Partida de Fernão DiasEm 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. 1700. Atualizado em 25/02/2025 04:38:56 • 17°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentosA história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos. Provavelmente esses tropeiros vinham pelo antigo caminho de Itu, um dos principais caminhos de penetração para o interior nos tempos coloniais (SILVA e ACHEL, 2010).
O local onde se insere a cidade de Cotia hoje apresentava uma rede de caminhos exploratórios constituídos no pretérito período colonial, perpassando a fase inicial de assentamento por indígenas, de agricultura rudimentar (roçado), expansão com a descoberta do ouro, fornecimento de insumos a capital e, por fim, urbanização/industrialização.
Nessa época a região era repleta de caminhos e trilhas utilizadas pelos índios e posteriormente pelos tropeiros que por ali passavam e permaneciam o tempo necessário para descansar, reabastecer ou trocar mercadorias, seguindo viagem para outras paragens do território paulista ou até mesmo para outras províncias como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos seremsinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia.
Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelosprimeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Página 30]
Nesta dinâmica, a casa como observa Antônio Candido na sua obra Parceiros doRio Bonito, não passa de um abrigo provisório de pau a pique coberto de palha, e as divisões de trabalho agrícola ficavam exclusivamente no interior da família, os homens faziam o trabalho mais pesado de derrubada da mata e queimada, deixando para as mulheres e crianças o serviço de semeadura e colheita.
“O trabalho era descontínuo e ocupava o trabalhador poucos meses durante oano todo, e poucas horas durante o dia. Os meses de derrubada eram os de junho e julho e os poucos meses dedicados à queima dos troncos derrubados e secos – agosto e setembro” (MARCÍLIO, 1974, p. 259).
Podemos imaginar que a ajuda mútua entre os “vizinhos” devia se concentrar naépoca do trabalho mais pesado, o da derrubada da mata, que coincidentemente marcou a época de festejos religiosos da sociedade até 1700. A agricultura do pousio florestal necessitava de contínuas terras para o cultivo de parcelas mínimas, com longos descansos das terras já cultivadas para a reposição da fertilidade do solo. Este sistema produtivo encontrou problemas com o aumento da população, dificuldades que foram estimuladas com as primeiras descobertas das primeiras minas no território paulista.[Página 45] 3 de outubro de 1774, segunda-feira. Atualizado em 21/04/2025 17:50:01 • 18°. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte PinheirosPor fim, se o viajante estivesse na Estrada do Pau Furado2 (figura 7), vindo da região da Represa da Graça no Morro Grande, onde se localiza o sítio do Padre Inácio e desejasse ir ao Sítio de Fernão Paes de Barros ou para as minas de ouro em Araçariguama, só precisaria seguir em frente.
As Quatro Encruzilhadas é mais que um lugar de assombração, é o último vestígio do que eram os bairros rurais da época da colônia no entorno de São Paulo. A denominação aparece oficialmente pela primeira vez no mapa da Comissão Geográfica e Cartográfica de 1914, antes desta data a região aparecia como São João no mapa de Oliver Derby (figura 8).
A procura de respostas do topônimo curioso pode ser penetrada por mapas de José Custódio de Sá e Faria de 1774, que corresponde ao traçado da Antiga Estrada de Itu. Outras fontes cartográficas revelam que a região das Quatro Encruzilhadas fica entre dois caminhos importantes de penetração da época colonial: o antigo Caminho de Itu e a antiga Estrada de Cotia.
Sendo que o antigo caminho de Itu se constitui num dos principais e mais persistentes caminhos de penetração para o oeste em toda cartografia colonial (Marília, 2007; Calangos da Mata, 2007); (SILVA e ACHEL, 2010); (SILVA, 2013).O Sítio Santo Antônio em São Roque - Fernão Paes de Barros – (figura 9),Caminho por onde passaram índios, homens brancos, escravos da terra, escravos negros elibertos é o Caminho que conta a história dos bandeirantes antes das descobertas do ouro naúltima década do século XVII, nos sertões dos Cataguases.É certo que os bandeirantes nas suas andanças pelo interior do continente embandeiras de apresamento de índios na direção oeste puderam contar com a criação do sistemade aldeamento que oferecia uma reserva de trabalhadores, disponíveis para a economiacolonial.2. Lembrando que a Rodovia Raposo Tavares foi construída na década de 60 no século XX.3. Sítio Santo Antônio – patrimônio tombado pelo IPHAN. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 39]
É neste período que o Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria faz seulevantamento da cidade de São Paulo até o Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres no RioIguatemi, e da mesma cidade até a vila de Paranaguá, nos anos de 1774.
Um mapa de rumo, com referências geográficas como: subidas, descidas, rios,córregos calcados no chão e do sentido a seguir. Assim o Engenheiro Militar parte de SãoPaulo às 10 horas em companhia de 10 pessoas, chega às 11 horas e 25 minutos à Ponte dosPinheiros, antes faz uma oração na aldeia de Pinheiros que diz serem de índios.José Custódio de Sá e Faria vai até a casa de pouso (provavelmente no municípiode Itapevi) descansa e segue viagem à Fazenda de Sua Majestade na Freguesia eAraçariguama, perfazendo 7 léguas, isto é do pouso até a Fazenda são mais 2 léguas dali; aFazenda de Sua Majestade é a casa de Fernão Paes de Barros, hoje Capela de Santo Antôniono Município de São Roque (patrimônio histórico tombado pelo IPHAN).A Importância da região se deve à manutenção de determinadas característicasque possibilitou o entendimento da dinâmica Colonial, do bairro RURAL, dos caipiras quemais tarde são desprezados com a proximidade da república.Detalhes a considerar: A região por estar na periferia carece de pesquisa evalorização histórica, importante fator de valorização local e melhoria da autoestima de seusmoradores. A memória local cria laços de referência que o MERCADO precisa aprender aincorporar como qualificador. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 61 e 63]
3/10 Ponte do Pinheiros Ponte do Cotia Rancho do Cotia 2008. Atualizado em 25/02/2025 04:46:51 • 19°. História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foifundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
Em 1661, Baltazar Fernandes foi para São Paulo falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides, para que Sorocaba deixasse de ser um povoado e virasse uma vila (denominação dada às cidades naquela época). O governador atende ao pedido de Baltazar e no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba11. Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 48 e 49]
|  | Jesuítas 481º de 550 | | | 3 de abril de 2014, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 00:16:59Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo) • Cidades (4): Guaratinguetá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (3): Antônio de Sant´Anna Galvão (f.1822), José de Anchieta (1534-1597), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (7): Confederação dos Tamoios, Iperoig, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim | 1 fonte 0 relacionadas |
| Registros relacionados | 1505. Atualizado em 28/10/2025 10:18:43 • 1°. A primeira imagem sobre os indígenas do Brasil foi esta, feita por Vasco Fernandes, com data estimada de 1505, em destaque no altar maior da catedral de Viseu, PortugalAo longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, ocorreu entre 1563 e 1564. 1 de janeiro de 1563, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:13 • 2°. Aymberê foi o grande articulador político, visitando os chefes de tribos, convocando-os para uma reunião na Gávea (RJ), em 15635 de maio de 1563, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05 • 3°. Nóbrega e Anchieta chegam à aldeia de Iperoí6 de maio de 1563, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:23 • 4°. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em IperoigAo longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, que, segundo Carla, ocorreu entre 1563 e 1564.
Na época, os tamoios, apoiados pelos franceses, se rebelaram contra os tupiniquins, que recebiam suporte dos portugueses. Para apaziguar os ânimos, Anchieta se ofereceu para ficar de refém dos tamoios na aldeia de Iperoig (onde atualmente fica Ubatuba, no litoral norte de SP), enquanto outro jesuíta, o padre Manoel da Nóbrega, seguiu para o litoral paulista para negociar a paz.
Enquanto esteve "preso", a devoção de Anchieta à Virgem Maria o fez escrever na areia da praia a obra "Poema à Virgem", com quase 5 mil versos. A imagem desse momento foi retratada séculos depois pelo artista Benedito Calixto, no quadro que leva o mesmo nome da obra literária e está exposto atualmente no Museu Anchieta. Junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39 • 5°. O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)*
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O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com3 de abril de 2014, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Vicente/SP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Bíblia, Inquisição, Pela primeira vez, TupinambásRegistros mencionados (2) • 1. Prisão 1559 • 2. Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício abril de 1567 Registros mencionados (7)10/03/1557 - Primeiro culto evangélico do Brasil [28669]21/03/1557 - A Santa Ceia segundo o rito reformado foi celebrada pela primeira vez [28992]09/02/1558 - Jean du Bourdel, Matthieu Verneil e Pierre Bourdon foram estrangulados e lançados ao mar [28996]1559 - Prisão [28670]12/08/1564 - Acórdão [560]01/04/1567 - Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício* [20057]09/02/1568 - Enforcamento [26934]
|  | Jesuítas 483º de 550 | | | 30 de novembro de 2015, segunda-feiraAtualizado em 30/10/2025 00:17:00Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2): José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Peabiru, Estradas antigas | Registros relacionados | 5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 1°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisãoNascida como trilha em 1560, rota se tornou primeira estrada pavimentada da América LatinaFechada em 1985 para o tráfego de automóveis, a Estrada Velha de Santos, ou Caminho do Mar, faz parte da história de São Paulo. Muitos ainda se recordam do tempo em que aquela estrada de curvas acentuadas era o trajeto imperativo para quem se dirigia à Baixada Santista, antes da inauguração da Rodovia Anchieta em 1947.
É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País. As imagens do Acervo Estadão mostram um pouco dessa trajetória.
Os caminhos até o mar. A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.
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O itinerário de Magalhães, os Jesuítas e o centro em torno do Pólo Norte. centrici.hypotheses.org9 de dezembro de 2015, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sevilha/ESP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Inácio de Loyola (1491-1556) • Temas (4): Geografia e Mapas, Trópico de Capricórnio, Estreito de Magalhães, ProtestantesRegistros mencionados (1)1703 - Mapa de Heinrich Scherer (1702-1703) ilustrando a circunavegação realizada pela frota de Fernão de Magalhães em 1519-1521 [1549]
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Fernando Henrique Cardoso em "Inventores do Brasil", T1:E4 "José Maria da Silva Paranhos Jr., o Barão do Rio Branco"2016. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (3): Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Belém/PA • Pessoas (5) José Maria da Silva Paranhos Jr (54 anos), Fernando Henrique Cardoso (n.1931), Pedro II de Portugal (1648-1706), Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880), Joaquim Nabuco (50 anos) • Temas (4): Leis, decretos e emendas, Futebol, Geografia e Mapas, Guerra do ParaguaiRegistro mencionado • 1. Ordem régia mandando fechar uma pequena tipografia estabelecida no Recife, sequestrar os impressos e admoestar os proprietários e tipógrafos. 8 de julho de 1706 Registros mencionados (5)08/07/1706 - Ordem régia mandando fechar uma pequena tipografia estabelecida no Recife, sequestrar os impressos e admoestar os proprietários e tipógrafos. [11313]1749 - Mapa dos confins do Brazil com as terras da Coroa da Espanha na America Meridional, 1749 [25258]1891 - Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente [2198]05/04/1893 - Rio Branco foi indicado para defender a posição brasileira em Washington, em substituição ao recém-falecido barão de Aguiar de Andrada. [9744]1938 - Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912) [28106]
|  | Jesuítas 486º de 550 | | | 31 de outubro de 2016, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:02:55A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante Cidades (13): Avanhandava/SP, Belém/PA, Cananéia/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lagoa dos Patos/RS, Olinda/PE, Pindamonhangaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Luís/MA, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP Pessoas (6): 1° marquês de Pombal, Artur de Sá e Meneses, Domingos Jorge Velho, José de Anchieta, Pedro Álvares Cabral, Pero de Magalhães Gândavo Temas (32): Abayandava, Açúcar, Açúcar, Aimorés, Amazônia, Caetés, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estatísticas, Farinha e mandioca, Franceses no Brasil, Guaiatacás, Guaranis, Habitantes, Ilhas Canárias, Inferno, Jê, Léguas, Nheengatu, O Sol, Pela primeira vez, Piratininga, Potiguaras, Quilombos, Tamoios, Tapuias, Tupinambás, Tupiniquim, Tupis | Registros relacionados | 22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 • 1°. O “Descobrimento” do BrasilO tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI.
(...) Quando ouvir dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Em São Paulo, até o começo do século passado, era possível escutar alguns caipiras contando casos em língua indígena. No Pará, os caboclos conversavam em nheengatu até os anos 40.
Mesmo assim, o tupi foi quase esquecido pela História do Brasil. Ninguém sabe quantos o falavam durante o período colonial. Era o idioma do povo, enquanto o português ficava para os governantes e para os negócios com a metrópole. “Aos poucos estamos conhecendo sua real extensão”, disse à SUPER Aryon Dall’Igna Rodrigues, da Universidade de Brasília, o maior pesquisador de línguas indígenas do país. Os principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados a partir de 1930. A própria origem do tupi ainda é um mistério. Calcula-se que tenha nascido há cerca de 2 500 anos, na Amazônia, e se instalado no litoral no ano 200 d.C. “Mas isso ainda é uma hipótese”, avisa o arqueólogo Eduardo Neves, da USP.
Três letras fatais
Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística.
(...) O começo do fim - Ascensão e queda de um idioma - Século XVI (1501-1600)
O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. Em vermelho, você vê os grupos tapuias, como os goitacás do Rio de Janeiro, os aimorés da Bahia e os tremembés do Ceará, que viviam em guerra com os tupis. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani. 23 de abril de 1500, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 • 2°. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de CabralQuando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística. 22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21 • 3°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português. 1550. Atualizado em 25/02/2025 04:39:27 • 4°. Tupinambás levadosO extermínio dos tupinambás, a partir de 1550, a imigração portuguesa maciça e a introdução de escravos africanos praticamente varre o tupi da costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro. Em São Paulo e no Pará, no entanto, ele permanece como língua geral e se espalha pelo interior, levado por bandeirantes e jesuítas. 1555. Atualizado em 25/02/2025 04:40:20 • 5°. Franceses se estabelecem no Rio de Janeiro1595. Atualizado em 25/10/2025 18:40:20 • 6°. Primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coimbra1759. Atualizado em 25/02/2025 04:39:51 • 7°. Jesuítas são expulsos do BrasilIrritado com o uso generalizado das línguas nativas, o Marquês de Pombal (1699-1782), que então governava Portugal e suas colônias, resolveu impor o português na marra, por decreto, em 1758. Num documento maluco, o Alvará do Diretório dos Índios, proibiu o uso de todas as línguas indígenas e o ensino do nheengatu, “invenção diabólica” dos jesuítas. No ano seguinte, vilas de toda a Amazônia foram rebatizadas com topônimos portugueses. Surgiram, assim, Santarém e Óbidos no Pará, Barcelos e Moura no Amazonas.
A briga culminaria com a expulsão dos jesuítas, em 1759. “Mas a língua geral não sumiu de imediato”, observa o etno-historiador José de Ribamar Bessa Freire, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “O português só veio se firmar no final do século passado, quando os nordestinos migraram em massa para a Amazônia, atrás da borracha.” Hoje, o uso daquela língua geral se restringe à região do alto Rio Negro e a um pedaço da Venezuela. 1915. Atualizado em 25/02/2025 04:40:15 • 8°. Triste Fim de Policarpo Quaresma1930. Atualizado em 25/02/2025 04:40:14 • 9°. Principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados
|  | Jesuítas 487º de 550 | | | 2017Atualizado em 30/10/2025 00:17:00camaratapirai.sp.gov.br • Cidades (3): Juquiá/SP, Piedade/SP, Tapiraí/SP • Temas (4): Assunguy, Estradas antigas, Serra de Paranapiacaba, Rodovia Ten Celestino Américo (SP-79) | Registros relacionados | 30 de setembro de 1888, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:47:07 • 1°. Em Londres, Inglaterra, Jack, o “Estripador”, mata sua terceira e quarta vítimas, Elizabeth Stride e Catherine Eddowes
|  | Jesuítas 488º de 550 | | |
A Secretaria de Estado do Ultramar e Diogo de Mendonça Corte Real. Inflexões na administração central do Império Português (1750-1756), 2017. Mario Francisco Simões Junior. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de História. Programa de Pós-graduação em História Econômica2017. Atualizado em 29/10/2025 02:54:32 Relacionamentos • Cidades (2): Lisboa/POR, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Diogo de Mendonça Corte Real (1658-1736), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), 1° marquês de Pombal (1699-1782), Tomé Joaquim da Costa Corte-RealRegistro mencionado • 1. Tomé Joaquim da Costa Corte-Real deixa o cargo de Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal 20 de março de 1760 Registros mencionados (5)18/09/1743 - Tomé Joaquim é o secretário de que menos dispomos de informações biográficas. De acordo com os registros de mercês, sabemos que esse ministro já havia sido provido cavaleiro da Ordem de Cristo e fidalgo cavaleiro da casa real, por D. João V [27705]05/10/1756 - Tomé Joaquim da Costa Corte-Real se torna Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal [27702]20/03/1760 - Tomé Joaquim da Costa Corte-Real deixa o cargo de Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal [27703]09/05/1760 - Provisão Régia: Instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real [27706]17/01/1765 - Carta Régia nomeando governador para a Capitania de São Paulo, Luís António de Sousa Botelho Mourão, o 4.º Morgado de Mateus, de 43 anos [14224]
|  | Jesuítas 489º de 550 | | |
|  | Jesuítas 490º de 550 | | |
Ruínas: Ascensão e queda do Império Inca - Atila Barros2018. Atualizado em 30/10/2025 06:15:34 Relacionamentos • Cidades (1): Cananéia/SP • Pessoas (4) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Gonzalo Pizarro • Temas (24): Ana Gonçalves ou Rodrigues, Antonio de Proença, Bartolomeu Bueno, o Moço, Canibalismo, Cordilheira dos Andes, Inquisição, Isabel de Proença Varella, Isabel Duarte, Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga”, Manoel José Castanho de Almeida, Maria de Proença, Maria do Rosário Martins Claro, Mariana de Proença, Meiembipe, Ouro, Paulo de Proença, Pela primeira vez, Peru, Potência de Abreu, Rio Itapocú, Tordesilhas, Trilha dos Tupiniquins, Tupinambás, Verônica de ProençaRegistros mencionados (1)09/04/1502 - Nascimento dem Gonzalo Pizarro, em Trujillo [31556]
|  | Jesuítas 491º de 550 | | |
“O nascimento de São Paulo”, 02.05.2018. Eduardo Bueno2 de maio de 2018, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56 Relacionamentos • Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (5) João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Tomé de Sousa (1503-1579), Eduardo Bueno • Temas (11): Biesaie, Caaguacu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Geografia e Mapas, Léguas, Maniçoba, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú
|  | Jesuítas 492º de 550 | | | 17 de julho de 2018, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:24:23Expedição Peabiru - Pay Zumé Cidades (8): Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Itapema/SC, Pitanga/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Sebastião/SP Pessoas (9): Anthony Knivet\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Apóstolo Tomé Judas Dídimo\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Cristóvão de Colombo\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Hernâni Donato\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Izabel Barbosa\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel da Nóbrega\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel I, o Afortunado\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Pedro Álvares Cabral\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Vasco da Gama\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt Temas (20): Amazônia, Arqueologia, Assassinatos, Banana, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cruzes, Descobrimento do Brazil, Deus, Escravizados, Farinha e mandioca, Incas, Metalurgia e siderurgia, Milho, Mineralogia, Nheengatu, Peru, Tamoios, Tupinambás Expedição Peabiru - Pay Tumé Data: 2018Créditos: 17/07/2018 | Registros relacionados | 8 de julho de 1497, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 • 1°. Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à ÍndiaHernani Donato: “Essa saída de Portugal ao mundo, a série de descobrimentos, posseamento e agarramento as terras conquistadas, tinham um fundo religioso mais do que um fundo imperial". O Rei de Portugal ordenou a Vasco da Gama encontrar o sepulcro do apóstolo. 23 de abril de 1500, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 • 2°. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabralantonini verde foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de são sebastião em são paulo eram os índios tamoios que habitavam aquela região [Música] os tamanhos pertenceu à família dos tupinambás que ocupavam quase toda a costa brasileira da amazônia até cananéia ao desembarcar no brasil o pirata inglês de pelo menos dois portugueses sendo devoradas pelos peões buzz em rituais sagrados essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses já que eles escravizavam e matava população indígena anthony naide se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos ou a visão que ele seria salvo disseram que na verdade não era português os tamanhos sabiam disso ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados por amigos dos seus antepassados na elite em inglês de pele clara como era possível essa conexão pela tradição tupinambá os ancestrais indígenas também vieram pelo mar os tamanhos mostraram ao pirata inglês do provável local do desembarque na região de cabo frio no rio de janeiroSaiu da água, ensinou as artes da agricultura, da metalúrgia, codificou leis, mas quando investiu sobre duas das prioridades masculinas essencias, a antropofagia e o múltiplo casamento, foi então expelido pelos homens. (Hernani Donato)“Muitos antes da chegada dos europeus os nativos carijós no Brasil, os tiahuanacos na Bolívia e os incas no Peru, haviam escutado profecias e ensinamentos de homens brancos com barba que vieram pelo mar trazendo conhecimento do velho mundo”. 10 de abril de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 • 3°. Carta de Manoel da NóbregaOs nativos acolheram bem os europeus, Nóbrega fica surpreso. Mais ainda quando percebe que esses mesmos nativos procuravam a casa de culto e de catequese como se aquilo fosse um hábito antigo. Os nativos levam Nóbrega até um local sagrado. Alí haviam marcas de pegadas nas pedras, as quais apontavam os nativos e diziam "Zumé", Pay Zumé. O padre logo escreve uma carta ao seu superior em Coimbra informando a grande notícia: São Tomé esteve no Brasil!
"Eles dizem que São Tomé, a quem chamam de Zamé, passou por aqui. E isto ficou dito pelos seus antepassados. E que suas pegadas estão marcadas, próximas de um rio, das quais eu mesmo fui ver, para maior certeza da verdade e vi, com meus próprios olhos quatro pegadas, bem marcadas com seus dedos." Agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:50:49 • 4°. “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”*1554. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 5°. Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo1592. Atualizado em 24/10/2025 20:40:56 • 6°. ExpediçõesAnthony Knivet foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de São Sebastião, em São Paulo. Eram os índios Tamoios que habitavam aquela região. Os Tamoios pertenciam à família dos Tupinambás, que ocupavam quase toda a costa brasileira da Amazônia até Cananéia.
Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena.
Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram
nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados
Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil.
Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra.
Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência.
Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina. 1596. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34 • 7°. Knivet e alguns portugueses se tornam prisioneiros dos tamoyos / 18 de junho de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:02 • 8°. visão do paraíso
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“A criação das Missões Jesuíticas”, Eduardo Bueno em “Canal Buenas Idéias” youtube.com/watch?v=jSJ_VWKs2Uw27 de março de 2019, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (8): Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Guayrá, Missões/Reduções jesuíticas, Santo Ignácio Mini, Tordesilhas, AruaksRegistro mencionado • 1. A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto 1609 Registros mencionados (6)1537 - Não se sabe sobre seu fim, após a Guerra o Bacharel de Cananeia voltou a Cananéia expandindo seu poder na região, em outra versão acredita que pode ter sido assassinado pelos Carijós em 1537 [24748]29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]08/09/1594 - Padre Barzana ao seu Provincial [28020]1609 - A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto [23465]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]31/07/2022 - “Canibalismo, nudez e poligamia”, Adriano César Koboyama [26989]
|  | Jesuítas 495º de 550 | | | 3 de abril de 2019, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 06:56:21Eduardo Bueno em Canal Buenas Idéias, 100° episódio: “A devastação das Missões” Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (12): Antônio Raposo Tavares, Antonio Ruiz de Montoya, Clemente Álvares, Eduardo Bueno, Filipe IV, “O Grande”, Francisco de Sousa, Jerônimo Pedroso de Barros, João Capistrano Honório de Abreu, João Ramalho, Maffeo Barberini, Papa Urbano VIII, Sergio Buarque de Holanda, Tomé de Sousa Temas (21): Caminho do Peabiru, Escravizados, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Guaranis, Guayrá, Léguas, Leis, decretos e emendas, Mamelucos, Milho, Missões/Reduções jesuíticas, Nheengatu, O Sol, Pólvora, Rio Uruguai, Tape, Temiminós, Tordesilhas, Tupiniquim, Tupis, União Ibérica | Registros relacionados | 9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19 • 1°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54 • 2°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses1609. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04 • 3°. A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de LoretoMaio de 1629. Atualizado em 25/02/2025 04:44:42 • 4°. Retorno dos sertanistas*22 de abril de 1640, domingo. Atualizado em 13/10/2025 01:36:48 • 5°. Padre Francisco Diaz Taño chega ao Brasil com "condenação do cativeiro dos índios"Dezembro de 1640. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 6°. Jerônimo de Barros, parte de São Paulo*E um cara chamado Jerônimo de Barros montou uma expedição em fins de 1640 para atacar as Reduções do Tape, que já tinham sido atacadas pelos Raposo Tavares, que tinha começado atacando o Guayrá, mas que depois continuou atacando o Tape, o Tape era onde hoje é o Rio Grande do Sul.
Esse Jerônimo de Barros, parte de São Paulo em fins de 1640 e no dia 11 de março de 1641, anote essa data do seu calendário. Ele vem pelo Rio Uruguai, com 130 canoas, com 30 paulistas, 300 mamelucos e 600 nativos Tupi. 11 de março de 1641, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 7°. Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São PauloAgosto de 1641. Atualizado em 24/10/2025 03:11:41 • 8°. Bandeirantes retornam á São Paulo*Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03 • 9°. Paulistas estariam no "sertão"*
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Das terras bárbarasjulho de 2019. Atualizado em 25/10/2025 04:47:58 Relacionamentos • Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (9): Apoteroby (Pirajibú), Santa Ana, Ermidas, capelas e igrejas, Cemitérios, Capitania de São Vicente, Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, Bois e Vacas, Inquisição, VinhoRegistro mencionado • 1. 1633 1633 Era um documento longo, de 1 de maio de 1633, repleto de doações valiosas. Iniciava reconhecendo o jesuíta Diogo como pai do bebê Emanuel: "nas casas do Reverendo Padre Vigario desta Villa Gaspar de Brito, onde eu publico Tabelliam fuy chamado, e ai logo aparecer Bárbara Manuela Pires de Alencar Lopes aqui moradora e por ela foi declarado que Diogo Vaz de Aguiar pai natural de seu filho Emanuel que batisou Emanuel Vaz de Aguiar".
Adiante, fica claro que a doação de "uma vinha, cinco léguas de terras, trintas vacas e dois touros" era condicional ao perdão do jesuíta pela Inquisição: "se a Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium mandar absolver o dito Dyogo Vaz de Aguiar da dita excomunhão por algum eclesiástico do Reyno e perdoar a sentença de desterro perpétuo".
(...) primeira, em troca de sepultura eterna na igreja da vila: "que dava e doava deste dia para todo o sempre a igreja de Santa Ana de Parnahyba o sitio Cariaçu de Joachim Mathias Coello, na paragem chamada Apoteroby, termo da vila de Santa Anna de Parnahyba da capitania de São Vicente, com obrigação deles ditos padres lhe concederem jazigo perpétuo a ela a seu esposo Joachim Mathias Coello e a seu filho Emmanuel". Em seguida, fazia a promessa surpreendente da doação da fortuna ao Santo Ofício:
"doação a Nossa Senhora da Boa Morte na Capela Dormiçam da Assunta Virgem Maria em mercê da Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium que deu tençam final condemnando Dyogo Vaz de Aguiar em o que pela parte do autor era requerido pela prova dos autos e pelo cumprimento da sentença de desterro perpétuo e tinha ele declarado por excomundado". | |  |
Registros mencionados (1)1633 - 1633 [24293]
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Guia Politicamente Incorreto - T2E5 - Aceita Jesus que dói menos?2020. Atualizado em 29/10/2025 02:54:36 Relacionamentos • Cidades (2): Lisboa/POR, Potosí/BOL • Pessoas (6) Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Tomé de Sousa (1503-1579), Inácio de Loyola (1491-1556), 1° marquês de Pombal (1699-1782), Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (9): Descobrimento do Brazil, Cristãos, Protestantes, África, Faculdades e universidades, Franciscanos, Carmelitas, Conventos, Papas e o Vaticano
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“Razias”, Celso E Junko Sato Prado2020. Atualizado em 24/10/2025 02:59:01 Relacionamentos • Cidades (10): Avaré/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Londrina/PR, Ourinhos/SP, Peabiru/PR, Ponta Grossa/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pero Lobo, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Sebastião Caboto (1476-1557), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (27): Abarê, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminho velho, Caminhos até Cuiabá, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Incas, Léguas, Maria Leme da Silva, Nheengatu, Paranaitú, Peru, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Capitininga, Rio Guarei, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pardo, São Filipe, Serra de Ibotucatu, VikingsRegistros mencionados (14)1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]1513 - galo [24720]1549 - Falecimento [27030]01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]30/03/1554 - Anchieta* [25645]1600 - A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira [24164]1608 - Caminho [26144]10/11/1609 - Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [20086]21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]1791 - Antigo mapa, provavelmente do final do século XVIII, mostrando dados cartográficos entre os anos 1608/1791, nele notadas as fazendas jesuíticas em Guareí - São Miguel e Botucatu - Santo Inácio [24854]1958 - “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida [27884]1978 - O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla [24795]1978 - “O Segredo dos Incas”. Valla [24567]
|  | Jesuítas 499º de 550 | | | 2020Atualizado em 28/10/2025 08:24:21Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Cidades (3): Paranapanema/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Cornélio de Arzão\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Alvarez Correa\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Nunes Cubas\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Pinto da Fonseca\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Jerônimo Leitão\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel João Branco\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Pero Correia\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Ruy Pinto\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt Temas (4): Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Habitantes, Rio Geribatiba As Sesmarias de Cubatão (1567-1687) Data: 2020Créditos: Página 18 | Registros relacionados | 10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33 • 1°. Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo1553. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01 • 2°. Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítasA constituição de seu patrimônio deu-se pela anexação de terras de Pero Correa, em 1553; Cornélio Arzão, em 1628; Antonio Rodrigues de Almeida, em 1643; Francisco Pinto, em 1664; Pero de Go´es, em 1674; Domingos Leite de Carvalho, em 1687; Agostinho Rodrigues de Guerra, em 1687; Diogo Pinto do Rego, em 1743; Manuel Antunes Belém de Andrade, em 1743. 13 de agosto de 1577, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27 • 3°. Petição Domingos Luis GrouEm relação a engenhos, a pesquisa encontrou menção ao de Afonso Sardinha, que em 1577 requeria a confirmação de terras, com canavial e roça e, em 1607, uns alagados, ao longo de suas terras com açúcares de sua fazenda e trapiche. A documentação permite ainda reconhecer alguns feitores, mestres de açúcar, oleiro e ferreiro.
Espera-se, na continuidade da pesquisa, oferecer, além de importantes materiais para novas investigações, esboçar o perfil econômico da região, no período colonial, e sua trajetória de predominância de produção açucareira, para o domínio dos fluxos comerciais da Capitania. [Página 17] 1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00 • 4°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os CarijósEm 1585, por solicitação da Câmara, marchou à frente de uma grande bandeira contra os carijós do Paranapanema e chegou até Paranaguá. Durante seis anos, destruiu, na região do Anhembi, trezentas aldeias de tupiniquins, com cerca de trinta mil habitantes. Pôs assim em segurança as duas principais vias de penetração paulista no século XVII: os rios Tietê, rumo ao Guairá, e o Paraíba, visando as nascentes do rio São Francisco. Foi, no século XVI, talvez o maior lutador contra os assaltos dos índios na capitania de São Vicente. Cf. Porchat (1993, p. 87). 17 de junho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:31 • 5°. Registro de uma carta de dada de terras a Manuel João BrancoManuel João Branco; 1614; Cubatão; Muitas terras devolutas saindo do esteiro ... Peacava donde ... vacas e cavalgaduras qu... abaixo ... que vem do Cubatão rio abaixo ... direita ... pegando com os primeiros outrossim um ribeiro que vae ... Peaçava fica da banda da ilha – Pede a vossa uma légua em quadra porquanto ele suplicante quer fazer engenho e correndo para os outeiros acima ... da outra parte parta prª ... ou parta mais declaração de meia légua para uma parte do esteiro e a outra pela outra banda que venha o dito.; Pedido de terras devolutas.; Canaviais.; Estado de São Paulo. Sesmarias. Documentos do Archivo do Estado de São Paulo. São Paulo: Typographia Piratininga, 1921. V. 1, p. 212 1617. Atualizado em 24/10/2025 02:39:24 • 6°. TerrasFrancisco Alves Correa, Gonçalo Vogado em 1617. Requer Légua ... nos limites do Jerabati rio acima partindo ... ando todas as pontas e voltas que o rio tiver e sendo ... correrá acima aonde melhor for ficando o rio em meio tanto para uma banda como para a outra ficando em quadra de légua e meia ...; Pedido de terras devolutas.; Lavrar mantimentos para sustentar.; Estado de São Paulo. Sesmarias. Documentos do Archivo do Estado de São Paulo. São Paulo: Typographia Piratininga, 1921. V. 1, p. 227. [Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Página 29]
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“Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro2020. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (10): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paranaguá/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (1) Francisco Diaz Tanho (n.1593) • Temas (4): Bituruna, vuturuna, Estradas antigas, Léguas, OuroRegistros mencionados (5)1640 - A vinda de novos habitantes (Paranaguá), atraídos pela mineração, atingiu seu ponto máximo, com a chegada de Lara [21144]30/08/1647 - Ouro [28398]17/04/1657 - Ybiturun [28400]18/04/1657 - “(...)ouro em quantidade e como o tirara e lavrara, ele próprio, declarante, de um lugar chamado Ibituruna” [22530]06/03/1680 - Caminho [10466] ANO: Exibir recentes
|  | Jesuítas 451º de 550 | | | 31 de março de 2000, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 08:09:26Os brutos que conquistaram o Brasil, super.abril.com.br • Cidades (6): Cotia/Vargem Grande/SP, Ilha do Bananal/TO, Olinda/PE, Ouro Preto/MG, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP • Pessoas (5): Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), João Ramalho (1486-1580), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (15): Escravizados, Guaranis, Guayrá, Habitantes, Curiosidades, Léguas, Nheengatu, Peru, Pólvora, Prisões e presídios, Rio Uruguai, Tordesilhas, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú, Estradas antigas | Registros relacionados | 25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e CaiubiDe costas para o mar, de olho no sertão
De todos os núcleos de colonização portuguesa no Brasil do século XVI, São Paulo era o único que não ficava no litoral e não dependia do comércio com a Europa. A sobrevivência da vila, nos seus primórdios, era garantida pela esperta política de alianças do cacique tupiniquim Tibiriçá, que havia casado sua filha com o português João Ramalho. Seus guerreiros conseguiam cativos de outras tribos para as lavouras dos primeiros colonos.
Ao perceber que não conseguiria chegar pelo sul do Brasil às cobiçadas minas de ouro e prata do Peru, a Coroa portuguesa abandonou os paulistas à própria sorte. Aos bandeirantes restou a exploração do ouro vermelho, os índios. Assim começou o “negócio do sertão”, como era chamado o ofício da caça de gente, base da economia paulista até o século XVIII.
A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.
“Até há pouco pensava-se que os bandeirantes capturavam índios para exportar para as plantações de cana no litoral”, disse à SUPER o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Mas hoje sabemos que a maioria dos cativos ia para as lavouras dos próprios bandeirantes”, ressalta. Enquanto houve índios, o interior de São Paulo foi o celeiro do Brasil colonial. 1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27 • 2°. CotiaA mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia. 1600. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21 • 3°. Guaíra tinha importância estratégica. Chamava-se Ciudad Real del Guayra e era capital da província de Guayrá, subordinada a Assunção, capital do Vice-Reinado do Prata espanhol. O Guayrá abrangia 80% do atual território paranaensePor cima do Tratado de Tordesilhas
A cidade de Guaíra é hoje um discreto centro produtor de soja com 30.000 habitantes, 680 quilômetros a oeste de Curitiba, no Paraná. Em 1600, no entanto, tinha importância estratégica. Chamava-se Ciudad Real del Guayra e era capital da província de Guayrá, subordinada a Assunção, capital do Vice-Reinado do Prata espanhol. O Guayrá abrangia 80% do atual território paranaense.
Localizada dentro das terras atribuídas à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas – que em 1492 dividira os territórios espanhóis e portugueses na América – a província abrigava vilas espanholas e doze missões jesuíticas, que congregavam grande parte dos índios guaranis da região. Era uma verdadeira mina de escravos para os paulistas, já que os guaranis eram um povo agrícola que falava um idioma semelhante à lingua geral de São Paulo. Só que os padres e fazendeiros espanhóis impediam o acesso dos índios aos colonos portugueses. Por isso, os moradores de São Paulo defendiam abertamente uma invasão militar da região. Mas Portugal insistia em manter uma política de boa vizinhança com os espanhóis e respeitar a fronteira. 1601. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 4°. A precária vila de São Paulo tinha apenas 1500 habitantesA aldeia urbana - Conheça São Paulo em 1601
Um arraial entre rios
Um dos limites urbanos era o Córrego Anhangabaú, hoje centro da cidade. Um muro de taipa 1 protegia a cidade de ataques de tribos inimigas. Do outro lado do rio era tudo mata.
A riqueza estava no campo. Perto da vila estendiam-se fazendas de trigo 2, que era exportado para o litoral, e plantações de marmelo. O doce, muitas vezes vendido com o peso adulterado, deu origem ao termo “marmelada”.
As ruas não tinham placas. Os endereços eram indicados com referências do tipo “ao lado da cadeia” 3 ou “vizinho ao padre”. Havia cerca de 150 casas. As ruas eram desertas 4. A população passava a maior parte do tempo em fazendas ou no sertão, atrás de índios. Fundado em 1554 pelos jesuítas, o Colégio de São Paulo foi o primeiro edifício da cidade.
Galpão, doce galpão
A grossura das paredes de taipa 1 dava às casas o aspecto de fortaleza. Por dentro, eram galpões com depósito, oficina e cozinha. Não havia banheiro. As necessidades eram feitas no quintal. A mobília se resumia a tamboretes e baús 2.
Não existiam quartos nem camas, mas havia redes 3 em todos os cantos da casa. Como nas aldeias indígenas, cada morador tinha uma fogueira 4 ao lado da sua rede. São Paulo tinha muita floresta em volta e o clima era mais frio.
Armas 5 havia em abundância: escopetas, espingardas, bacamartes, arcos, flechas, espadas e alfanjes. E correntes para amarrar escravos.
Gente estranha
As mulheres paulistas 1 eram conhecidas como “tapadas”, por andarem sempre cobertas por panos escuros, da cabeça aos pés. A maioria falava mal o português. Escravas índias 2, a maior parte guaranis, auxiliavam nas tarefas domésticas e na roça. Era perigoso uma mulher andar sozinha. Bandos de índios armados, a mando de famílias rivais, atracavam-se em pleno centro da vila. Os poucos brancos 3 tinham aspecto ameaçador. Andavam armados de punhais e arco e flecha. 1619. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 5°. ExpediçãoForam os próprios castelhanos que cutucaram a onça primeiro e vieram apresar índios perto de São Paulo. Era a desculpa que os bandeirantes esperavam. Em 1619, um exército de 2000 índios e 900 mestiços invadiu aldeias e missões no Guairá, capturando guaranis. Hordas foram enviadas acorrentadas para São Paulo. Era o começo do fim do Tratado de Tordesilhas.
Nos anos seguintes o território das missões sofreu na mão dos bandeirantes. Logo as expedições militares que partiam de São Paulo passaram a atacar também as missões de Tape, conquistando a maior parte das terras que séculos depois formaria o atual Estado do Rio Grande do Sul, além das missões do Itatim, hoje no sul do Mato Grosso do Sul. 1620. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21 • 6°. Um representante do rei de Portugal em visita à São Paulo simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo PiresEm São Paulo, rico era quem tinha talheres – só dez famílias possuíam – e camas. Isso mesmo: camas. Em 1620, um representante do rei de Portugal em visita à cidade simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo Pires. 1630. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37 • 7°. Muitos pensam São Paulo foi fundada por causa do Rio Tietê, mas de fato este rio só entra na história de São Paulo entre 1630 e 1650. Os rios principais eram o Anhangabaú e o TamanduateíAo perceber que não conseguiria chegar pelo sul do Brasil às cobiçadas minas de ouro e prata do Peru, a Coroa portuguesa abandonou os paulistas à própria sorte. Aos bandeirantes restou a exploração do ouro vermelho, os índios. Assim começou o “negócio do sertão”, como era chamado o ofício da caça de gente, base da economia paulista até o século XVIII.
A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.
“Até há pouco pensava-se que os bandeirantes capturavam índios para exportar para as plantações de cana no litoral”, disse à SUPER o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Mas hoje sabemos que a maioria dos cativos ia para as lavouras dos próprios bandeirantes”, ressalta. Enquanto houve índios, o interior de São Paulo foi o celeiro do Brasil colonial. 11 de março de 1641, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 8°. Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São PauloA Batalha de M’bororé - Derrota freou expansão escravagista.
A maior derrota bandeirante aconteceu em 1641 no Rio M’bororé, afluente do Rio Uruguai. Um batalhão de guaranis e guaranis-itatim da Missão de São Francisco Xavier, hoje na província de Misiones, Argentina, enfrentou e venceu uma frota de 130 canoas, com 350 bandeirantes e 1200 índios. Os paulistas foram surpreendidos por 70 canoas armadas com arcabuzes e arcos. A luta durou seis dias. Foi o fim das expedições paulistas às missões espanholas.
Um barco com a imagem de S. Francisco Xavier e um canhão vinham à frente das canoas. Os guaranis das missões usavam armas de fogo. Nesta batalha, contaram com 57 arcabuzes. Um padre comandava o ataque. Os paulistas que escaparam da morte no rio foram massacrados pelos guaranis-itatim na margem. 15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 08:53:10 • 9°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitinguicorrida em busca de ouro
Sem os escravos guaranis, as plantações de São Paulo entraram em declínio. Os recursos passaram a ser canalizados para a busca de ouro e pedras preciosas, como esmeraldas, mais ao norte. As bandeiras se esticaram. Em 1648, Antonio Raposo Tavares (1598-1659) viajou 10000 quilômetros a pé e de canoa, de São Paulo ao Paraguai, e de lá até Mato Grosso, Amazonas e Pará. Andou quatro anos.
Ao mesmo tempo, as expedições de apresamento de índios tornaram-se menores, multiplicando-se as armações, as entradas familiares que reuniam uns vinte homens. Eram modestas, mas eficientes. 1692. Atualizado em 25/02/2025 04:40:18 • 10°. A persistência expansionista foi recompensada com a descoberta de jazidas em Ouro Preto1750. Atualizado em 25/02/2025 04:40:19 • 11°. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitir que acampem na vizinhançaIlha do Bananal, atual Estado de Tocantins, ano de 1750. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitir que acampem na vizinhança. Aos poucos, ganham a amizade dos anfitriões. Um belo dia, entretanto, mostram a que vieram. De surpresa, durante a madrugada, invadem a aldeia. Os índios são acordados pelo barulho de tiros de mosquetão e correntes arrastando. Muitos tombam antes de perceber a traição. Mulheres e crianças gritam e são silenciadas a golpes de machete. Os sobreviventes do massacre, feridos e acorrentados, iniciam, sob chicote, uma marcha de 1 500 quilômetros até a vila de São Paulo – como escravos. 21 de julho de 1759, sábado. Atualizado em 29/10/2025 02:51:00 • 12°. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do BrasilSegundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, 83% da população paulista no século XVII era indígena. O bilingüismo só acabaria de vez em 1759, quanto a língua geral foi proibida pelas autoridades portuguesas, por decreto. 16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37 • 13°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
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Sorocaba, o Tempo e o Espaço. Séculos XVIII-XX. Por Lucinda Ferreira Prestesoutubro de 2001. Atualizado em 30/10/2025 05:34:42 Relacionamentos • Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Colônia do Sacramento/URU, Curitiba/PR, Itu/SP, Paranaguá/PR, Pindamonhangaba/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (15) André Fernandes (1578-1641), Anna Fausta Maria de Jesus de Aguiar (1795-1852), Ascenso Ribeiro, Balthazar Fernandes (1577-1670), Condessa de Vimieiro (1570-1646), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes de Oliveira (1803-1857), Isabel de Proença Varella II (1588-1655), Jean de Laet (1571-1649), Luiz Matheus Maylasky (1838-1906), Manoel Lopes de Oliveira (1818-1867), Pedro de Godói da Silva, Pedro de Miranda, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (24): Algodão, Apoteroby (Pirajibú), Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Cavalos, Córrego Supiriri, Dinheiro$, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Estrada de Ferro Sorocabana, Guayrá, Habitantes, Léguas, Mulas, Pelourinhos, Peru, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Paraná, São Filipe, Tordesilhas, TropeirosRegistros mencionados (2) • 1. Reduções no Tibagi 1610 • 2. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai 1637 Registros mencionados (15)1610 - Reduções no Tibagi [25034]1622 - A Coroa Espanhola suspende o comércio entre o Brasil e a Região do Prata, ameaçando estabelecer uma rota terrestre continental com o Vice-Reinado do Peru, delimitando um caminho por Guairá, Paraná e Paraguai [1072]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]1640 - Histoire du Nueve Monde, de Jean de Laet [1222]1646 - Já haviam moradores em Sorocaba [19863]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]25/01/1680 - Manuel Lobo funda a Colônia de Sacramento [23053]1693 - Inventário do Padre Pedro de Godoi da Silva [1497]1776 - No Peru em 1776 eram utilizadas 500 mil mulas no tráficodos Andes, nas costas ou em Lima, importadas dos Pampas Argentinos [1777]1834 - Importante documento encontrado pelo historiador Manoel Joaquim d´Oliveira, nos livros encontrados no arquivo da Câmara Municipal e do Mosteiro de São Bento, de Sorocaba [26722]07/01/1841 - O comando da Companhia de Cavalaria da Guarda Nacional em Sorocaba passou a ser exercido pelo Capitão Francisco Lopes de Oliveira, irmão do nosso Coronel Manuel Lopes de Oliveira [1984]1876 - Dos bairros operários, o mais antigo é o de São Felipe, na baixada do Supiriri, que surge com a instalação das oficinas da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1876, junto aos trilhos [2123]15/08/1998 - Jornal Cruzeiro do Sul [3216]
|  | Jesuítas 454º de 550 | | | 2003Atualizado em 30/10/2025 00:16:52DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA? • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (5): José de Anchieta (1534-1597), Konyan-bébe, Mem de Sá (1500-1572), Joanes de Bolés (f.1567), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (2): Canibalismo, Tamoios | Registros relacionados | 2 de julho de 1562, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11 • 1°. Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataqueNovembro de 1566. Atualizado em 13/10/2025 20:36:38 • 2°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado*Porem. mais que ludo isso, a figura de Anchieta representa. comoas de Iracema, Vítor Meireles, Gonçalves Dias cte., que aparecem emA Majulade do Xingu c noutras obras do escritor, lima marca de brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, o jesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.
É justamente a brasilidade incutida pelos livros escolares que Antônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal. Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineada com contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta, à semelhança do que fez Pinheiro Chagas", como figura ambígua:
"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra", "estranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (os índios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na sua missão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seus superiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a vara de ferro" (TORRES, 2000. p. 23 e 24).
A hipótese de que tenha lutado juntamente com Mem de Sá contra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese:
"Quem convenceu Mem de Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi o jesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização e pacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou o rosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas" (TORRES, 2000, p. 58).
O episódio de João de Bolés, que aparece na Vida composta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo do apostolado de Anchieta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, uma vez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato de ter o padre assumido o lugar do carrasco.
Se a propalada castidade é mantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Gestis ganham foros de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e o padre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um plano de ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado em confissão por Tibiriçá" (TORRES, 2000, p. 66).
Enquanto foi refém, sua facilidade de comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aos índios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhes sangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles e de eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambebe, "branquelo, corcunda, feio feito a peste", revela-se, como o índio previra, "um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).
De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf] 18 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52 • 3°. O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilhaAbril de 1567. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54 • 4°. Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*
|  | Jesuítas 455º de 550 | | | 2004Atualizado em 30/10/2025 00:16:54Dos Campos de Piratininga ao Morro da Saudade: a presença indígena na história de São Paulo, 2004. John Monteiro • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Temas (5): Vila de Santo André da Borda, Aldeia de Pinheiros, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Estradas antigas, Caminho do Peabiru | Registros relacionados | 12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 1°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)Por mais que houvesse enorme resistência por parte dos povos indígenas, as aldeias tomavam cada vez mais um caráter de assentamentos coloniais. Assim, ficava explícita adiferença entre os sujeitos do “sertão” e aqueles sob domínio religioso, iniciados na doutrina cristã. Todas as aldeias eram amparadas com terras, e antes de reconhecer algum direito aos indígenas, a doação significava uma relação de sujeição. De todo modo, o estabelecimento das primeiras aldeias não foi instantâneo. Ele foi marcado por um período de intenso conflito. Por exemplo, as aldeias de Pinheiros e de São Miguel, apesar de terem sido fundadas junto com a Vila de São Paulo, só se configuraram territorialmente cerca de 20 anos depois, em 1580. É explícito que a “porta do sertão” não foi imediatamente descortinada pelos colonizadores.
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INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS2005. Atualizado em 24/10/2025 04:16:04 Relacionamentos • Cidades (7): Valladolid/ESP, Buenos Aires/ARG, Lagoa dos Patos/RS, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (17) 2º conde do Prado (1577-1643), Alonso García Ramón (1552-1610), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Diego de Torres, Diego Marin Negron, Diogo Flores Valdez (1530-1595), Duarte da Costa (1505-1560), Francisco Crespo, Francisco de Alfaro, Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Luis Sarmiento de Mendoça, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pablo Pastells, Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (7): Estradas antigas, Guayrá, Nheengatu, Ouro, Peru, Prata, Rio da PrataRegistro mencionado • 1. Consulta do Conselho das Índias. Ornamentos e estipêndio que podem ser dados aos jesuítas dedicados à conversão dos índios do Guaíra, Paraná e de outros pontos da margem norte do Rio da Prata 29 de outubro de 1611 Registros mencionados (20)08/11/1553 - Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa [26563]02/02/1582 - Carta de Pedro Sarmiento á S. M. dandole cuenta de su derrota y viage desde que salio de la isla de Cabo Verde [694]24/03/1582 - Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro [20442]30/12/1582 - Pedro Sarmiento [698]26/10/1592 - Carta a Pedro Sarmiento de Gamboa al rey en que pide al rey [767]21/07/1598 - Memorial apresentado ao Conselho das Índias por D. Antônio Garcia Caro, Procurador de Buenos Aires [30664]13/03/1599 - Auto do processo contra o Capitão de S. Vicente, do Brasil. Levante dos índios da Lagoa dos Patos [810]17/01/1600 - Do governador do Rio da Prata à Audiência de Charcas. Entre outros vários assuntos, trata da chegada do Governador do Brasil, Francisco de Souza [825]01/03/1605 - Alonso García de Ramón se torna-se, pela 2° vez, governador do Reino do Chile* [868]04/05/1607 - Carta do Governador do Rio da Prata, Hernandarias de Saavedra [888]14/06/1608 - Real Cédula a Alonso García Ramón, gobernador y capitán general de las provincias de Chile Archivo General de Indias [27285]01/08/1610 - Alonso García de Ramón deixa o cargo de governador do Reino do Chile* [934]23/09/1611 - Petição do Padre Diego de Tôrres, S. J., ao Governador do Rio da Prata, Diego Marin Negron. Roga que entregue aos dois padres o necessário para que possam evangelizar a região do Guaíra [952]20/10/1611 - Decreto de D. Francisco de Alfaro, Visitador das províncias do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán. Proíbe que se façam “encomiendas” com os índios do Paraná, Tibagiba e Guaíra, que os Jesuítas estão convertendo [954]29/10/1611 - Consulta do Conselho das Índias. Ornamentos e estipêndio que podem ser dados aos jesuítas dedicados à conversão dos índios do Guaíra, Paraná e de outros pontos da margem norte do Rio da Prata [28189]14/11/1611 - Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires [20734]12/11/1612 - Traslado do Testimonio y trasunto de la comision que D. Luis de Souza, Gobernador de San Pablo, dio a los caciques de las aldeas de dicha villa para que fuesen a costa del mismo gobernador, con los indios sujeitos a dichos caciques, a buscar a los parientes que tengan en el Certón del Guayra; para que ayuden a labrar en las minas que tienen los portugueses de dicha villa [28172]09/10/1753 - Tradução de um livro escrito em guarani que se encontrou entre os despojos dos índios de Yapeyu. Contém notícia dos acontecimentos ocorridos durante a revolta dos índios contra a entrega das missões aos portugueses [19972]09/08/2024 - Diego Florez Valdez [696]09/11/2024 - Carta de Pedro Sarmiento [700]
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“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística2005. Atualizado em 24/10/2025 02:17:29 Relacionamentos • Cidades (7): Buenos Aires/ARG, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC • Pessoas (21) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agustín de Zárate, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Fernão Cardim (1540-1625), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Jaime Zuzarte Cortesão (15 anos), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João de Azpilcueta Navarro, João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro de Mendoza, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Serafim Soares Leite (9 anos) • Temas (22): Algodão, Bíblia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cristãos, Curiosidades, Estradas antigas, Gentios, Inferno, Leis, decretos e emendas, Música, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Rei Branco, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Serra do Mar, Tabatinguera, Tamoios, Tupis, Vila de Santo André da BordaRegistros mencionados (23) • 1. “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” 1549 Outro trabalho volumoso sobre a Historia da Companhia de Jesus no Brasil, de Serafim Leite à página 322, onde além de fazer referência ao Lozano, redigiu importante dado:
Ficando em São Vicente, Leonardo Nunes desceu daí a algum tempo umas trinta léguas pela costa, mas por terra, com grandes trabalhos e fome.
Pelo interior sulcou também vários caminhos: e entre eles, pelo menos parcialmente, o chamado Piabiru, que ia até o Paraguai, ramificando-se para o sul até o Iguaçú, em cujas margens moravam os ibirajaras…Por este mesmo caminho iam os irmãos Pero Correia e João de Souza, quando os mataram os Carijós".
Manuel de Chaves era dos Padres que ingressaram na Companhia já de posse do domínio da língua geral. Sobre ele e Pedro Correa assim se refere Anchieta em Informação do Brasil... (1988:323): “Aqui se receberam logo à Companhia o irmão Pedro Correa e o irmão Manuel de Chaves, homens antigos na terra e línguas, e com ajuda deles se começou a ensinar a doutrina na língua do Brasil aos Mamalucos e Mamalucas, filhos dos Portugueses e aos escravos da terra”. Antônio Alcântara Machado em notas às Cartas... de Anchieta, anota (1988:69): “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa”. | |  |
• 2. “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” 1549 • 3. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil 29 de março de 1549 • 4. “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa” abril de 1549 Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincial Simão Rodrigues, em abril de 1549: “Espero de as tirar [‘orações e algumas práticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem que nesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhe manda e não está aqui”.
Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, ele se reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares. Anchieta, em Informação dos primeiros aldeamentos da Bahia, também relata: Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa.
O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: em carta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento de Navarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua, embora a referência de Navarro pregando “à gente da terra”, esclarece Serafim Leite em nota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos. | |  |
• 5. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” 15 de abril de 1549 O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.
Um outro trecho epistolar de Nóbrega confirma essa sua convicção de mais rápida aprendizagem da língua tupi pelos falantes do idioma basco. Em carta escrita da Bahia a 15 de abril de 1549 ele sugere a vinda de “mestre João” ou Mosen (ou Misser) Juan de Aragão, como explica Serafim Leite em nota de rodapé:
“Também me parece que mestre João aproveitaria cá muito, porque a sua língua é semelhante a esta”. Por ser aragonês, presumese que esse jesuíta falasse o idioma basco, já que o dialeto aragonês era falado no antigo reino de Aragón e Navarra, como explica Tagliavini (1993:583):
“otro dialecto importante es el aragonés, que en parte se funda historicamente en el antiguo reino de Aragón y Navarra, pero que recibió gran influencia del castellano”. | |  |
• 6. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” 10 de agosto de 1549 • 7. “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” 1551 Dois anos depois, como relata em carta de 1551, ainda se servia de intérprete para suas prédicas, embora assinalasse algum progresso no aprendizado do idioma brasílico: “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro”. Mais tarde, no que ficou conhecido como Armistício de Iperoig, serviu-se de Anchieta como intérprete. • 8. “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” 13 de setembro de 1551 Na fase do missionamento volante e dos aldeamentos jesuíticos, ela talvez funcione com menos intranqüilidade teórica, já que para eles se deslocavam índios vindo delonge, muitos dos quais não falavam a língua geral, mas a ela tiveram que alçar-se, como se verá adiante. Em carta escrita de Pernambuco a 13 de setembro de 1551, Nóbrega informa:
“Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática”.
Em outra de Olinda, escrita um dia depois, ele volta a afirmar: “Das pregações e doutrina que lhes fazem corre a fama a todo o gentio da terra e muitos nos vem ver e ouvir o que de Cristo lhe dizemos”.
Anchieta, em carta de Piratininga, escrita em 1555, também relata caso semelhante: “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”. • 9. Plano de envio de meninos da terra à Metrópole 10 de julho de 1552 Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124) • 10. “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?” agosto de 1552 Em nova carta endereçada ao mesmo Provincial, escrita de Salvador em fins de agosto de 1552, Nóbrega reitera a importância da questão, consultando o que fazer, ou seja, “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua”.
Decidiu-se ele, então, a ir para a Capitania de S. Vicente, de onde os padres irradiavam “línguas pelos campos, aldeias a engenhos dos arredores”, aonde chegou em 1553, tendo sido precedido, por cerca de três anos, pelo padre Leonardo Nunes, o Apóstolo de Piratininga, que, fazendo-se acompanhar do Irmão Pero Correa, como língua, “o único que até então pregava na língua dos índios”, esteve no Campo de Piratininga. • 11. “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” 1553 Ao isolamento e guarnecimento pela muralha da Serra do Mar se somava ainda o distanciamento do contato com portugueses, já que Nóbrega via nisso uma forma de otimização do plano catequético, como deixa claro em carta escrita de São Vicente, em 1553, ao provincial Simão Rodrigues (2000:154): “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios”. Teodoro Sampaio (1978b:158 e 1978e:236) empresta apoio a esse planejamento ao afirmar que “assim era preciso, para que sementeira do Evangelho se não perdesse com o degradante proceder e triste exemplo dos maus cristãos”.
Esse isolamento foi instado, portanto, pela impressão desfavorável que a princípio lhe cunhou João Ramalho, de Santo André da Borda do Campo, embora, posteriormente, segundo o mesmo Serafim Leite (2004-I: 100-1), “tudo se desanuviou”. Deve-se isso ao gênio de Nóbrega sempre pensando mais alto em favor dos objetivos missionários. Sua capacidade de dialogar, transigir e até mesmo recuar na hora certa, para avançar no tempo adequado, permitia que problemas aparentemente insolúveis fossem equacionados. Sérgio Buarque de Holanda (1978:96) penetra no móvel dessa atitude de Nóbrega: “Quando concilia os padres com João Ramalho, pecador e excomungado, não é por simples condescendência de momento, não é por um fácil oportunismo, mas porque vê em tal recurso o meio decisivo de converter o gentio, uma das finalidades precípuas de sua Ordem”. Pesaram, ainda, na decisão do maioral dos jesuítas no Brasil, as turbulências da proximidade do colono português e seus descendentes mamelucos na Vila de São Vicente.
Capistrano (1963:73) sintetiza tudo isso: "Levaram-nos a este passo a maior abundância de alimentos no planalto, a presença de tribos próprias à conversão por sua índole mansa, e, além do afastamento dos portugueses, certas idéias vagas de penetração entre os índios do Paraná e Paraguai. O nome de São Paulo, agora ouvido pela primeira vez, devia ecoar poderosamente no futuro." [Páginas 80 e 81] | |  |
• 12. “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” 1553 Importante notar que alguns dos melhores línguas jesuítas já o eram antes de ingressarem na Companhia. Assim, Antônio Rodrigues, que não se confunde com o companheiro homônimo de João Ramalho, também referido como língua por Anchieta (1988:48), “embarcou em Sevilha, na armada de D. Pedro de Mendoza, tomou parte na primeira fundação de Buenos Aires (1536), na de Assunção (1537), acompanhou Irala através do Chaco, foi com Ribeira ao centro do Mato Grosso”, segundo dados biográficos contidos em Serafim Leite (1953:246), que acrescenta que “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553”. Seus escritos revelam certa erudição, como o demonstra, em outra obra, Serafim Leite (1953b:206). Foi o primeiro mestre-escola de São Paulo, tendo estado sob sua direção “a escola de meninos, de ler, escrever e cantar” (p.38), o que já havia sido antecipado por Teodoro Sampaio (1978e:236). • 13. Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” 31 de agosto de 1553 Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):
Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.
Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:
“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523). | |  |
• 14. “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” 24 de dezembro de 1553 As razões topográficas que ensejaram a primeira fundação de São Paulo por Martim Afonso de Sousa, ao dar execução ao plano geopolítico de D. João III, eram as mesmas agora que guiavam os passos de Nóbrega, “com a única diferença de que, no primeiro caso, se tratava de uma expansão territorial e econômica e, no segundo, duma expansão religiosa”, adverte Cortesão (1955:201). É o próprio Nóbrega (2000:190) quem afirma: “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”, ou, nas palavras de Anchieta, em carta escrita de Piratininga em 1554 (1988:48), “entrada a inúmeras nações, sujeitas ao jugo da razão”. Foi “uma intuição verdadeiramente profética”, como bem diz Sérgio Buarque de Holanda (1978:96), não se podendo deixar de admitir que não lhe tenha escapado “a alta significação histórica de um esforço expansionista que outros iriam retomar para dano da Companhia”. [80 e 81]
A chegada de Anchieta a Piratininga, que ocorre em 24 de dezembro de 1553, dará novo impulso ao projeto lingüístico de aprendizado da língua geral, muito embora Nóbrega, quatro anos antes, mostrasse algum desânimo com esse plano em razão do reduzido volume lexical que avaliou ter a língua indígena. São dele as seguintes palavras: “Tem mui poucos vocábulos para lhes poder bem declarar a nossa fé”, diz em carta escrita da Bahia em 1549 (2000:66), repetindo o que já dissera noutra meses antes no mesmo ano: “São eles tão brutos que nem vocábulos têm” (2000:21). Mas será ele próprio quem comandará “um exército de intérpretes”, que dava larga dianteira à Capitania de São Vicente, explicável, segundo Cortesão (1955:206), pela existência do Campo, povoado desde 1532. Além disso, o aprendizado da língua nativa era um dos direcionamentos da Companhia de Jesus para os seus missionários pelo mundo, uma espécie de prius lógico do plano catequético. Como lembra Serafim Leite (2004-I: 29): “os que fossem destinados aos mouros ou turcos deveriam aprender a língua arábica ou caldaica; os que fossem para a Índia, a índica, e assim para as outras”. [p. 119] | |  |
• 15. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi 25 de janeiro de 1554 De igual forma procedeu Caiubi, senhor de Geribatiba. Também foi batizado pelos jesuítas, tendo ganhado o nome de “João”. “Auxiliou-os na fundação de São Paulo: Os jesuítas convidaram Caiubi a estabelecer-se nas imediações do sítio escolhido”, diz Serafim Leite (2004-I: 93), no que é consonante com Frei Gaspar da Madre de Deus (1975:123-4). Segundo Antônio Alcântara Machado, em nota a Cartas... de Anchieta (1988:185), Caiubi assentou-se com sua gente "no extremo sul, próximo do sítio que depois se chamou Tabatagoera (hoje Tabatinguera)", onde tinha "sob sua guarda o caminho que do alto do espigão descia para a várzea e tomara para São Vicente por Santo André". Nóbrega, no Diálogo sobre a Conversão do Gentio (2000:246), considera Caiubi um exemplo de fé cristã: “Que direi da fé do grão velho Caiubi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós, cuja vida e costumes e obediência amostra bem a fé do coração”. • 16. “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” 25 de março de 1555 Nóbrega, um doutor do direito canônico, “um bom jurista”, nas palavras de Serafim Leite (1993:18), também chega a escrever de São Vicente a 25 de março de 1555(2000:199) rogando pelas “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo”.
Vê-se, claramente, que, do ponto de vista lingüístico, essa interação entre o aproveitamento de certos costumes e habilidades indígenas e a catequese cristã não poderia passar sem influência na língua falada. Ela também indica a romagem rumo à língua portuguesa entre os primeiros jesuítas, até porque eles também integravam o plano real de colonização. Em relação a muitos índios, os jesuítas avançaram nessa meta de aprendizado de português, a exemplo do plano de envio de meninos da terra à Metrópole, conforme registra Nóbrega em carta escrita da Bahia a 10 de julho de 1552 (2000:124), chegando mesmo a fazê-lo como ele informa em carta escrita de São Vicente, a 25 de março de 1555(2000:198): “De alguns mestiços da terra, que nesta Capitania de São Vicente se receberam, escolhi um ou dois este ano e mando-os ao Colégio de Coimbra, dos quais tenho esperança que serão de Nosso Senhor e que serão proveitosos para a nossa Companhia”. | |  |
• 17. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig 6 de maio de 1563 Esse interesse pode parecer não surpreendente porque o pragmatismo da orientação religiosa oferece exemplos muito próximos a esse ou até mais exagerados. Mas, certamente, não era o que Anchieta e os jesuítas ensinavam então. De outra passagem se extrai a confirmação disso: tendo fugido um prisioneiro dos Tamoio, Pindobuçu, “mui angustiado”, foi a Anchieta dizendo: “Venho-te a dizer que fales a Deus que faça ir aquele contrário desencaminhado, para que possamos tomar”. Mas, Anchieta ressalva:
“Eu ouvi a sua petição, antes roguei a Deus que o livrasse”. Esse tipo de “proteção” entendida pelos índios não seduzia a todos, especialmente aqueles ciosos de suas virtudes guerreiras. Ao tentar converter um prisioneiro dos Tamoio, em vias de perder a vida num ritual, Anchieta (1988:233) se surpreendeu com sua reação: “dizendo-me que os que nós outros batizávamos não morriam como valentes, e ele queria morrer morte formosa e mostrar sua valentia”.
Logo em seguida começou a insultar seus apresadores: “Matai-me, que bem tendesde que vos vingar em mim, que eu comi a fulano vosso pai, a tal vosso irmão, e a tal vosso filho”. Ato contínuo seus inimigos saltaram sobre ele com “estocadas,cutiladas e pedradas” e o mataram, “e estimou ele mais esta valentia que a salvação de sua alma”.
Teodoro Sampaio (1978e:238) compreendeu bem isso quando escreveu que “o prisioneiro só se tinha por assaz honrado se morria no terreiro, no meio da maior solenidade, para pasto dos seus mais rancorosos inimigos”.
Métraux (1979:47-8) traz um exemplo, reproduzido do relato de experiência pessoal vivida por Jean Léry, ainda mais concludente do imediatismo pragmático das crenças indígenas, que foi inteiramente por eles transportado para a nova religiosidade que se lhes ensinava:
Vi-os muitas vezes tomados de infernal furor, pois, quando se recordam dosmales passados, batem com as mãos nas coxas e suam de angústia,queixando-se, a mim e a outro companheiro, e assim dizendo: - Mair Atouassap, acequeley Aygnan Atoupané (isto é: francês, meu amigo e bom aliado, tenho medo do diabo mais do que de qualquer outra coisa).[1] | |  |
• 18. “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” 30 de novembro de 1681 Na Amazônia, o projeto catequético era visto inicialmente com bons olhos pela Coroa, porque atendia aos propósitos desta de prospecção territorial e de aculturação do elemento nativo, tanto que o Alvará Régio, de 30 de novembro de 1681, “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho”, relata Lessa (2005). "Mais tarde, a Carta Régia de 30 de novembro de 1689, determinou que os missionários deviam ensiná-lo [o Nheengatu] não apenas aos índios, mas também aos próprios filhos dos portugueses”, escreve José Bessa Freire (1983). • 19. “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” 1752 Referindo-se à Companhia de Jesus, Furtado, irmão de Pombal, registra: “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente”.
Uma das numerosas cartas encontradas em Mendonça (1963), endereçadas ao seu irmão, o Marquês de Pombal, entre 1751 e 1759, o Governador e Capitão-General do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, dá idéia do cabo-de-guerra em que se haviam transformado as relações de poder entre os jesuítas e a Coroa. Dela se extrai (p.467), quanto ao Norte da Colônia, que, apesar do esforço oficial inclusive para implantação de escolas, a língua portuguesa continuou a ser secundarizada, deixando ver, por outro lado, o uso da língua geral como instrumento de poder que dela tinham feito os inacianos: Já o informei de que eu dei a todas as Religiões a ordem de S. Maj. para que introduzissem nas aldeias a língua portuguesa, sendo mais próprio para conseguir este fim o estabelecimento das escolas; todas me responderam que logo obedeceriam; poucas foram as que o fizeram; rara é a que hoje conserva alguma aparência deste estabelecimento. Porque 90 todas imitam a Companhia, que absolutamente desobedece e se obstinou contra estes utilíssimos estabelecimentos, e aqui nunca o quis executar sem mais razão que a de não obedecer, como é seu antigo costume, e de compreenderem que poderiam com ele, para o futuro, perder parte dos seus interesses. | |  |
• 20. Tentativa de assassinato do Rei Dom José 3 de setembro de 1758 Noite de 3 de setembro de 1758. Uma carruagem percorria uma rua secundária de capital do Império Português. Nela, sem escoltas, estava o rei, D. José I.
Reunindo várias finalidades de ordem econômica, que se punham entravadas pela resistência dos jesuítas e outros opositores em Portugal, especialmente nobres e comerciantes que não foram bafejados pela nova orientação mercantilista, Pombal encontrou sua mais forte raison d´État em 1758, com a tentativa de assassinato do Rei Dom José. Além dos nobres envolvidos, o então Conde Oeiras fez alcançar alguns jesuítas por cumplicidade, entre os quais Malagrida, numa perseguição que arrastou outras nações européias, como França e Espanha, que também expulsaram os jesuítas. (O que culminou na extinção da Companhia de Jesus em 21 de Julho de 1773, por breve do papa Clemente XIV.) O poderoso Ministro de D. José I aproveitou-se desses episódios e de dissidências internas na própria Igreja, para dar o seu “coup de grâce” nos jesuítas, adotando medidas ainda mais severas, com bem descreve Maxwell (1997:91): | |  |
• 21. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 Um alvará real, em 3 de setembro de 1759, declarou que os jesuítas estavam em rebelião contra a coroa, reforçando o decreto real de 21 de julho do mesmo ano, que ordenava a prisão e a expulsão dos jesuítas do Brasil. • 22. Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas 21 de julho de 1773 Reunindo várias finalidades de ordem econômica, que se punham entravadas pela resistência dos jesuítas e outros opositores em Portugal, especialmente nobres e comerciantes que não foram bafejados pela nova orientação mercantilista, Pombalencontrou sua mais forte raison d´État em 1758, com a tentativa de assassinato do Rei Dom José. Além dos nobres envolvidos, o então Conde Oeiras fez alcançar alguns jesuítas por cumplicidade, entre os quais Malagrida, numa perseguição que arrastou outras nações européias, como França e Espanha, que também expulsaram os jesuítas. (O que culminou na extinção da Companhia de Jesus em 21 de Julho de 1773, por breve do papa Clemente XIV.) O poderoso Ministro de D. José I aproveitou-se desses episódios e de dissidências internas na própria Igreja, para dar o seu “coup de grâce” nos jesuítas, adotando medidas ainda mais severas, com bem descreve Maxwell (1997:91). • 23. História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br 24 de janeiro de 2021 Mas a inconciliabilidade entre ambos os lados jamais será equacionável sem a submissão de um ao outro, que viam os gentios sob angulações absolutamente excludentes entre si. Dois diferentes universos culturais que, de comum, tinham apenas a importânciada língua da terra.
O resultado disso, segundo alguns historiadores, foi a conveniência governamental – induzida por Nóbrega, que sentia despovoar-se seu arraial catequético pela inconstância ambulatória dos índios catequizandos – da absorção político-edilícia de Santo André por São Paulo, levada a cabo por ocasião da visita de Mem de Sá a São Vicente em março de 1560, unificando em uma única municipalidade a simbiose – ou mesmo um helotismo de São Paulo para com Santo André – que existia entre ambos, a ponto de Cortesão (1955:195) afirmar que a povoação de Piratininga não resistiria sem a proximidade da vila ramalhense, no que é concorde com Serafim Leite (1953b:88):
“Apesar das perturbações dos mamalucos, contadas por Anchieta, sempre os portugueses de S. André sustentaram os jesuítas de Piratininga e tinham particular afecto ao Padre Manuel da Nóbrega. Sem esse apoio, São Paulo não teria ido avante”. | |  |
Registros mencionados (50)1219 - São Francisco teria encontrado o sultão egípcio Melek AlKamel [22767]30/04/1528 - D. Rodrigo de Acuña, em carta dirigida a D. João III, computava em mais de 300 cristãos, e filhos de cristãos, os que se encontravam derramados em terras do Brasil [21811]01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]15/06/1536 - Batalha entre espanholes e os indios Querandíes [21888]29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]1549 - “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” [21825]29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]01/04/1549 - “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”* [21894]15/04/1549 - “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” [21884]09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]06/01/1550 - “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” [21902]1551 - “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” [21826]13/09/1551 - “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” [21814]14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]1552 - Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues [21874]10/07/1552 - Plano de envio de meninos da terra à Metrópole [21904]01/08/1552 - “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”* [21829]30/08/1552 - “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”* [21899]1553 - “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” [21831]1553 - “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” [21890]10/03/1553 - Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério” [21912]01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]24/12/1553 - “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” [21830]25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]25/03/1555 - “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” [21856]16/06/1556 - Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés [11130]08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]06/05/1563 - Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig [8853]15/02/1564 - João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal [8750]12/05/1564 - Representação a Estácio de Sá (Atas da Câmara de São Paulo (1914-I: 42) [20712]18/01/1590 - Levante dos Tupinaquim [21886]1657 - “desinfestar aquela região das populações indígenas revoltadas” [21881]30/11/1681 - “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” [21836]13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]1752 - “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” [21835]03/09/1758 - Tentativa de assassinato do Rei Dom José [21852]21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]21/07/1773 - Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas [21853]1955 - A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão [20457]01/01/2005 - Extendido a todo o Brasil as leis de 1755 sobre da liberdade dos índios [10810]24/01/2021 - História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br [21877]
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Encontro de mundos: o imaginário colonial brasileiro refletido nos sermões do padre Antônio Vieira2006. Atualizado em 24/10/2025 20:40:25 Relacionamentos • Cidades (3): Jerusalém/MUN, São Luís/MA, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Antônio Vieira (1608-1697), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Francisco de Saavedra (n.1555), Tomás de Aquino (1225-1274) • Temas (1): EscravizadosRegistros mencionados (1)1619 - António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família [26672]
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“São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente2006. Atualizado em 23/10/2025 17:17:19 Relacionamentos • Cidades (10): Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Laguna/SC, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (17) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), André Gonçalves, Bacharel de Cananéa, Christovam Jacques (1480-1531), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Gomes Albernás, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Gonçalo da Costa, Gonçalo Monteiro, Henrique Montes, Jerônimo Rodrigues (f.1631), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Pedro Annes, Pedro de Mendoza, Pero Capico • Temas (11): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Capitania de Itamaracá, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Guaianás, Guerra de Iguape, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio da Prata, Rio Paraguay, TordesilhasRegistros mencionados (22)01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]1503 - Bacharel [28475]1510 - Fundação do primeiro povoado de São Vicente [22639]01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]1520 - Caminho do Peabiru [22398]1527 - Pero Capico deixa o Brasil [22648]01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]1530 - Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér [22399]01/08/1530 - Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* [22400]16/11/1530 - Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada [22405]01/06/1531 - Primeira expedição* [27838]01/07/1531 - Mestre retira-se para Iguape* [22646]12/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra pafra buscar o Bacharel de Cananéia [6634]17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]1534 - A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, [22406]01/09/1534 - Armada parte para fundar Buenos Aires [22401]17/09/1537 - “Gonçalo Monteiro, capitão, com poder de reger e governar esta Capitania de São Vicente, terra do Brasil pelo mui Ilmo.sr. Martim Afonso de Sousa, governador da dita Capitania... [22411]1540 - “En la isla de Cananea en la tierra firme della ay pobló el Bachiller dexó muchas naranjeras y limones y zidras y otros muchas arboles y hizo muchas casas [21462]1605 - “Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do Rio Grande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baías freqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procura do índio Tubarão, péssimo sujeito” [22412]24/08/1605 - No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder." [27145]1647 - Caminho do Padre Albernaz [26802]1886 - “Cronografia Histórica” Mello Moraes [2174]
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Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 20072007. Atualizado em 30/08/2025 23:38:02 Relacionamentos • Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Diamantina/MG, Ouro Preto/MG, Pilar do Sul/SP, Salto de Pirapora/SP, Santo Amaro/SP, São João del-Rei/MG, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (12) 1° marquês de Pombal (1699-1782), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Domingos Jorge Velho (1611-1670), Francisco de Sousa (1540-1611), João Antunes Maciel (n.1674), José Luiz Antunes Vieira (1778-1851), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martinho Dias Baptista Pires, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566) • Temas (19): Beneditinos, Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estrada Geral, Estrada Sorocaba-Tatuí, Estradas antigas, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, O Sol, Rio Pinheiros, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Rodovia Raposo Tavares, Tropeiros, TupiniquimRegistro mencionado • 1. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 CAPELA DE SANTA CRUZ
A atual capela está situada na Chácara Santa Cruz, de propriedade da Ordem das Irmãs Beneditinas, em Araçoiaba da Serra. Nesta capela, em uma parede lateral, encontra-se a centenária e histórica Cruz Missionária, toda restaurada e colocada em lugar de honra.
Esta foi a quinta capela a abrigar tão preciosa relíquia, inaugurada em 19 de outubro de 1945, ano da demolição da antiga capela da família Vieira, antigos e influentes moradores de Campo Largo.
A respeito desta grande Cruz, preciosa relíquia histórica, diz a tradição, que os jesuítas da Companhia de Jesus, antes da perseguição cruel e injusta que lhes moveu o marquês de Pombal, erigiram uma singela capela, no antigo bairro denominado Sítio da Chinha, à beira da estrada de Tatuí, próximo às margens do Rio Sarapuí.
Os jesuítas foram expulsos e exilados do Brasil e a capela ficou ruindo ao abandono. Alguns alemães piedosos, moradores em Campo Largo, levantaram uma nova capela num lugar denominado Anhangüera, para as bandas do Rio Verde, não longe do sítio de Bento Alves de Oliveira.
A capela foi executada em taipa de mão, tendo esteios de madeira de lei, lavrados a machado, barrotes e ripas preenchidos com barro, batidos à mão. A capela foi ampliada e reedificada com tijolos pelo sr. Manoel Vieira Rodrigues, cidadão de dotes e benemérito para as obras cristãs em Campo Largo.
Foi benzida no dia 20 de dezembro de 1924, pelo reverendo padre Aníbal de Mello, reitor do Seminário Diocesano de Taubaté, com a autorização do vigário da paróquia da Vila de Nossa Senhora das Dores de Campo Largo, padre Carlos Regattieri, e no dia 21 de dezembro foi celebrada uma Santa Missa inaugural da mencionada capela, em louvor e honra a Santa Cruz, símbolo do Cristianismo e dos martírios de Jesus Cristo para a redenção da humanidade. Passado um tempo,daí foi trazida para uma terceira capela, na entrada da Vila de Campo Largo, demolida em 1945. As atuais proprietárias do velho solar da família Vieira, as irmãs Beneditinas, demoliram-na. Em seu lugar construíram uma capela semipública, pontificantemente benzida e inaugurada pelo bispo diocesano de Sorocaba, em 19 de outubro de 1945, na festa litúrgica de São Pedro de Alcântara, celestial patrono do Brasil.
Assim, essa Cruz histórica, não mais continuará sua odisséia de peregrinação, encontrando um posto definitivo de honra, onde recebe, diariamente, carinhoso culto de quantos freqüentarem a inexcedível Opus Dei, das Filhas de São Bento. O bispo diocesano dá e concede cem dias de indulgências a todos os fiéis, que, ajoelhadosdiante dessa Cruz, rezam um Padre Nosso e uma Ave-Maria pelo triunfo da Fé. Reverendo Carlos Regattieri – pároco de Campo Largo. | |  |
Registros mencionados (6)03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]1591 - Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar [6575]1690 - João Antunes Maciel ganha concessão ao longo do Rio Sarapui [6454]29/03/1693 - Fundação oficial de Curitiba [21710]21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]11/11/1891 - Sessão realizada na Câmara Municipal de Sarapuí [31618]
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O primeiro japonês brasileiro. super.abril.com.br31 de outubro de 2007, quarta-feira. Atualizado em 28/10/2025 11:28:59 Relacionamentos • Cidades (3): Florianópolis/SC, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP • Temas (4): Japão/Japoneses, Marinha, Pela primeira vez, Primeira e Segunda Guerra MundialRegistro mencionado • 1. Tradução do japonês para o português havia sido escrita por padres jesuítas por volta de 1600 1600 Registros mencionados (5)1600 - Tradução do japonês para o português havia sido escrita por padres jesuítas por volta de 1600 [29090]20/12/1803 - 105 anos antes do Kasaru Maru: A saga de 10 anos dos primeiros japoneses no Brasil [18100]1889 - Dom Augusto foi recebido pelo imperador Mutsuhito [29092]18/06/1908 - Após 52 dias no mar, desembarca em Santos o Kasato Maru c/ imigrantes japoneses [6112]1918 - Primeiros dicionários português-japonês e japonês-português [29093]
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A transformação da cultura de base açoriana catarinense através do desenvolvimento da pesca e do turismo – UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO. Universidade de Salamanca. Instituto de Estudos de Iberoamérica y Portugal. Programa de Doctorado Interuniversitário, Antropologia de Iberiamérica2008. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Laguna/SC, Araquari/SC • Pessoas (6) Hans Staden (1525-1576), Juan Diaz de Solís, Leonardo Nunes, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Sebastião Caboto (1476-1557), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (4): Bugres, Carijós/Guaranis, Guaianás, TordesilhasRegistro mencionado • 1. “O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil” 12 de fevereiro de 1553 Como verdadeiros aventureiros, homens como Hans Staden ou Ulrich Schmidel, percorreram o mundo com o objetivo de conhecer novas terras e novas gentes, ou mesmo aqueles que procuravam, em nome da sua fé, conquistar novos adeptos como os missionários espanhóis Bernardo de Armenta e Afonso Lebron, com sua idealização da “Província de Jesus” ou, ainda, aqueles seguidores de Inácio de Loyola, os primeiros jesuítas, que vêm ao Brasil Meridional, a partir de 1553, dando seguimento aos trabalhos apostólicos de Leonardo Nunes, reafirmando a organização da “Missão aos Carijós” ou “dos Patos”, cujos trabalhos são descritos nas “Cartas Ãnuas”. Por outro lado a primeira organização político-administrativa aconteceu com as “Capitanias Hereditárias”, cabendo o extremo meridional a Pedro Lopes de Souza, com a Capitania de Santo Amaro e Terras de Santana, que aprofunda as tensões luso-castelhanas a partir do Tratado de Tordesilhas e a sua inconclusa demarcação. [Página 53] Registros mencionados (2)04/01/1504 - Navegador francês Binot Paulmier de Gonneville, sofreu avarias na viagem, ficando a deriva e, por fim, acabou aportando em nossas terras [20548]12/02/1553 - “O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil” [21892]
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A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres2008. Atualizado em 23/10/2025 17:29:24 Relacionamentos • Cidades (5): Araçariguama/SP, Cubatão/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP • Pessoas (14) Álvaro Luís do Valle, Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Francisco Cubas (n.1594), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), João Ramalho (1486-1580), Luis de Góes, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Simão Borges Cerqueira (1554-1632) • Temas (12): Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Pela primeira vez, Piaçaguera, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Mogy, Trilha dos TupiniquinsRegistros mencionados (3) • 1. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 5 de abril de 1560 O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio.
Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias. Leiamos o que a historiadora Inez Garbuio Peralta16 cita sobre esse porto:
Esse novo pôrto era o chamado pôrto das Almadias ou Armadias mencionado por Martim Afonso de Sousa, situado na foz do Rio Perequê, a um quilômetro de sua confluência com o Rio Cubatão. Os indígenas já o conheciam e o denominavam Peaçaba, contudo, o mesmo recebeu de Martim Afonso o nome de Santa Cruz, em 1533.
A maior utilização desse porto está ligada a uma ordem expedida por Mem de Sá, em 1560, para que se abandonasse o caminho de Piaçaguera. Passou-se, então, a se utilizar o caminho do Padre José, o qual desembocava no porto das Almadias. Dessa forma, podemos perceber que a integração existente entre porto e caminho era nítida.
Tanto que, ao se obstar um caminho, o porto, inexoravelmente, também caía em desuso. O porto representava o elo entre percursos. O caminho estático ligado ao caminho semovente. O porto das Almadias foi utilizado por cerca de 100 anos.
A partir da segunda metade do século XVII foi utilizado outro caminho na serrado Mar, aproveitando a margem do rio das Pedras. O novo caminho indicava um novoporto. O terceiro porto, conhecido como Geral localizava-se no rio Cubatão. O porto Geral foi o que teve uma vida funcional mais duradoura e o que consolidou o surgimento da povoação de Cubatão. | |  |
• 2. Bens vão a leilão 1620 • 3. Confisco 1766 Registros mencionados (10)01/10/1532 - Martim Afonso preside a primeira eleição popular no planalto de Piratininga e instala a primeira Câmara de Vereadores na Borda do Campo* [27414]01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]18/06/1612 - Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo [6350]24/09/1615 - Documento [28104]1618 - Cornélio de Arzão foi excomungado, encarcerado e seus bens sequestrados [25289]26/08/1619 - Nas pousadas de Cornélio de Arzão, o juiz Antonio Telles foi saber de Suzana Rodrigues e Clemente Álvares porque sumiram com o testamento do defunto por tantos anos [23269]1620 - Bens vão a leilão [28103]20/12/1627 - Em 1627, solicitou terras de sesmaria ao Capitão-mor Álvaro Luiz do Valle, que lhe concedeu uma légua em quadra no caminho da Piaçagüera, atento à pobreza em que então se achava [26143]1766 - Confisco [28101]
|  | Jesuítas 465º de 550 | | | 2008Atualizado em 30/10/2025 00:16:56“Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges • Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (10): Bernardo José de Lorena (1756-1818), Dom Pedro II (1825-1891), Fernão Cardim (1540-1625), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Ruy Pinto (f.1549), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) • Temas (5): Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Tropeiros | Registros relacionados | 1532. Atualizado em 28/10/2025 11:35:36 • 1°. Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 2°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisãoO acesso ao Planalto Paulista, a princípio, era feito por trilhas (caminhos) abertas pelos índios. O primeiro caminho ficou conhecido por Trilha dos Tupiniquins, justamente por ter sido aberto pelos índios. Esse caminho foi utilizado por Martim Afonso de Souza, em 1532, para chegar ao planalto. Posteriormente, ficou conhecido por Sendeiro do Ramalho uma vez que João Ramalho foi um dos primeiros homens brancos a subir a Serra por essa trilha. O traçado era correspondente ao da atual ferrovia São Paulo – Santos e desembocava em Piaçaguera, região da Cosipa.
Em 1560, esse caminho foi abandonado por ordem de Mem de Sá, governador geral, por causa dos frequentes ataques dos índios. A partir daí, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. O traçado desta trilha aproveitava o vale do rio perequê. Esse caminho foi feito por João Perez, “o Gago”, sujeito rico, que utilizou seus escravos indígenas como mão-de-obra em troca da impunidade pela morte de um escravo que havia assassinado.
Quanto à denominação popular Caminho do Padre José, mais tarde aplicada ao novo caminho do Cubatão, teria sido promovida pelos jesuítas. Há um relato do historiador Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) sobre este Caminho:
as arrebatadas fortificações em Santos defenderiam o caminho da serra, e que não defendessem, esse caminho se defenderia por si mesmo, porque embora fosse chamado o caminho do Padre José era um caminho do diabo, que se vencia trepando com as mãos e pés agarrados às raízes das árvores. 1585. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13 • 3°. Fernão Cardim sobre o caminho1643. Atualizado em 25/02/2025 04:45:12 • 4°. Sesmaria foi adquirida em 1643 pelos padres da Companhia de Jesus, sendo o embrião da Fazenda Geral dos Jesuítas, também chamada de Fazenda Geral do Cubatão6 de novembro de 1825, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34 • 5°. Georg Heinrich von Langsdorff está em Jundiaí1841. Atualizado em 24/10/2025 03:33:59 • 6°. Calçada de Lorena1846. Atualizado em 24/10/2025 03:34:04 • 7°. Conclusão da Estrada da Maioridade1864. Atualizado em 25/02/2025 04:47:06 • 8°. Estrada da Maioridade passou a ser denominada Estrada do VergueiroEm 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e, em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar.
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A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista2009. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf • Temas (46): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra Registro mencionado • 1. Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” 13 de novembro de 1592 Registros mencionados (8)1585 - Fernão Cardim sobre o caminho [23330]13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]10/02/1598 - Terras [794]18/12/1598 - Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes [21490]1616 - Planta atribuída a Alexandre Massaii [1011]02/02/1616 - Escritura [1016]13/03/1642 - Pedro Fernandes presta contas da curadoria. Declara entre outras contas, que Manoel João está de partida para Portugal, pelo que requeria precatório contra o dito, porque havia um depósito em juízo. Nesta causa, Manoel João Branco foi fiado por seu irmão Francisco João (em 1640). [21801]01/01/1741 - Caminho [1664]
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vapordecachoeira.blogspot.com15 de outubro de 2009, quinta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:54:26 Relacionamentos • Pessoas (1) 1° marquês de Pombal (1699-1782)Registro mencionado • 1. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil 21 de julho de 1759 Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil. A lei de 3 de setembro do mesmo ano aboliu em Portugal e seus domínios a Companhia de Jesus.
Em 21 de julho de 1759 o Marques de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) poderoso Secretário de Estado (cargo equivalente hoje ao de um primeiro-ministro) do Rei de Portugal, D. José I, expulsou de Portugal e de suas colônias os integrantes da Companhia de Jesus.
No Brasil, todos os padres jesuítas foram presos e embarcados para Lisboa. E todos os bens móveis e imóveis da Companhia de Jesus (igrejas, seminários, imagens, jóias, paramentos, engenhos, escravos, casas e livros) foram confiscados.
Na Bahia, entre os estabelecimentos fechados estavam o Colégio dos Jesuítas, na cidade de Salvador, e o Seminário de Belém, na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira.
As instruções foram definidas diretamente do Reino e emitidas para o governo da Província. Nessa época Salvador era a capital do Brasil Colônia (seis anos mais tarde, em 1763 , Pombal a transfere para o Rio de Janeiro). Eis dois trechos, retirados do volume XXXI dos Anais da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro):
Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colônia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias.
Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. Essa foi uma das medidas mais radicais tomadas pelo Marquês de Pombal, uma figura controvertida e fascinante da História. Conhecido como déspota esclarecido, o Marquês tinha poderes absolutos outorgados pelo Rei, desde que dirigiu pessoalmente a reconstrução de Lisboa, destruída por um terremoto e seguidos incêndios, em novembro de 1755.
Executou em seguida um vasto e profundo sistema de reformas estruturais que modificaram a economia, a política, a administração, o ensino e a religião no país, fortalecendo os poderes reais mais que quaisquer outros.
Embora tenha sido um produto do Iluminismo, quando aproximou Portugal das nações mais fortes e modernas da Europa ao promover arrojadas reformas, ao mesmo tempo Pombal conservou aspectos do absolutismo e do mercantilismo, agindo com com intensa repressão, e profunda impiedade para com os adversários e inimigos, para impor as suas decisões.
Um pouco do Marquês de Pombal
1699
» 13 de maio: Nascimento de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, em Lisboa, freguesia das Mercês. Filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de mulher, D. Teresa Luísa de Mendonça e Melo. Sendo batizado a 6 de Junho do dito ano na Capela da mesma invocação, sita na Rua Formosa, que pertencia à sua família, tendo como padrinho, Sebastião José de Carvalho e Melo, seu avô paterno. | |  |
Registros mencionados (1)21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]
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RAZIA - celsoprado-razias.blogspot.com20 de dezembro de 2009, domingo. Atualizado em 29/10/2025 20:38:56 Relacionamentos • Cidades (7): Alambari/SP, Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (6) Antônio Pires de Campos, Estanislau de Campos (1645-1735), Francisco de Sousa (1540-1611), José de Campos Bicudo (1657-1731), Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Salvador Jorge Velho (1643-1705) • Temas (11): Apiassava das canoas, Caminho do Peabiru, Cemitérios, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Paranaitú, Rio do Peixe, Rio Paranapanema, São Filipe, Tordesilhas, Caminho Sorocaba-BotucatuRegistros mencionados (2) • 1. Guareí 1713 Em 1713 o célebre bandeirante e rico sesmeiro, Antonio Pires dos Campos concedeu uma de suas sesmaria, em Guareí, à Ordem dos Jesuítas no Brasil, cujo Reitor era o seu parente, Padre Tenente Estanislau de Campos. Não há documentos conhecidos que possam atestar o repasse dessa sesmaria aos padres inacianos.
Mais comumente aceito, e aí se inicia a história, no mesmo ano de 1713, quando o "Padre Estanislau convenceu seu irmão José de Campos [Bicudo], morador na Vila de Nossa Senhora da Candelária de Itu a doar uns terrenos situados junto ao Rio Guayary (Guarehy), nas terras do município que hoje tem o mesmo nome.", também sem documentações conhecidas, mas a propriedade, efetivamente jesuítica, situava-se entre as margens direitas do Guareí e do Paranapanema até o Morro do Ubatuabaré (Avaré), de onde para o norte às encostas do Morro do Hybyticatú.
—A origem e significado de Guayary, de cujo aportuguesamento fonêmico a corruptela Guarey, atual Guareí, parece incerta:
-O guareiense entende Guareí oriundo do tupi "Guara-y", ou seja, "Rio do Guará" (lobo brasileiro). Certa ou errada, é a versão oficial em Guareí;-Theodoro Sampaio aponta o original, também tupi, "Guari-y", como o "Rio dos Macacos" (Prefeitura Municipal de Guarey, http://www.guarei.sp.gov.br).—
—O autores SatoPrado entendem "Guayr"y", do tupi, com fonema Guajará-y, onde "Guajara = homens pintados e Y = rio", "assim, rio dos homens pintados – ou que se pintam".—Se nenhum documento primário de concessão de sesmaria a José de Campos Bicudo em Guareí, anterior a 1713, dez anos depois o mesmo José de Campos Bicudo obteve outras duas sesmarias na região do Guareí:
—1º) "José e Campos Bicudo, Villa de Itú. Tres léguas de terra de comprido e uma de largo nos campos que se acham juntos a um rio chamado Guajaré ... (L. 1 fls 32-v)"; 2º) "José de Campos Bicudo, morador em Itú. Tres leguas de terra de comprido e uma de largo começando a sua demarcação algumas braças abaixo da passagem do rio Guajary ... (Repertório das Sesmarias, L. 16 fls. 18)".—
Os padres em Guareí construíram um casarão para o abrigo dos padres e os cuidados administrativos, um templo religioso, cemitério e casas para os seus empregados e agregados, além das instalações para escravos e indígenas, como características de bairro rural que ali se desenvolveria, nas proximidades do rio ou ribeirão Guareí. À fazenda deu-se o nome de São Miguel, cuja sede de igual nome, posteriormente conhecida por Capela Velha.
(...) A despeito da proibição, os jesuítas estiveram às margens do Rio Tietê, com pelo menos um arranchamento de mineradores, entre os anos de 1713 a 1719, quando cessada a exploração, então deficitária, coincidindo com os repasses de novas sesmarias à Ordem dos Inacianos, na região de Botucatu. | |  |
• 2. Primeira assinalação jesuítica na região Botucatu/Guareí 1719 Registros mencionados (3)1706 - O entradismo exterminador de tribos indígenas no ano de 1706, chefiada por João Pereira de Souza, avançou pelos campos de Guareí e a região de Botucatu, praticamente dizimando os índios da região [28728]1713 - Guareí [27803]1719 - Primeira assinalação jesuítica na região Botucatu/Guareí [24855]
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O DOMINIUM SOBRE OS INDÍGENAS E AFRICANOS E A ESPECIFICIDADE DA SOBERANIA RÉGIA NO ATLÂNTICO Da colonização das ilhas à política ultramarina de Felipe III (1493-1615)2010. Atualizado em 24/10/2025 04:16:13 Relacionamentos • Cidades (2): Madrid/ESP, Olinda/PE • Pessoas (9) Belchior do Amaral, Cristóvão de Moura e Távora (1538-1613), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Giraldes, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Gentios, Leis, decretos e emendas, Pelourinhos, Rio São FranciscoRegistro mencionado • 1. Os padres tiveram o “conhecimento dos Capítulos difamatórios de Gabriel Soares” 1592 Registros mencionados (14)31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]01/01/1582 - Carta ânua da província do Brasil dirigida a Cláudio Acquaviva [692]25/05/1582 - Juramento solene de Felipe II no Brasil se fez e na Baía de Todos os Santos [20433]13/01/1585 - Representação de Luís da Fonseca a El-Rei [723]27/02/1587 - Carta de dada de terras de sesmaria [24395]1592 - Os padres tiveram o “conhecimento dos Capítulos difamatórios de Gabriel Soares” [764]26/07/1604 - Devassas que Belchior de Amaral tirou dos governadores-gerais do Brasil D. Diogo Botelho e D. Francisco de Sousa [861]21/07/1605 - Cartas de El-Rei ao Conselho da Índia, sobre a ordem de se tomar Residência a D. Francisco de Sousa, no Estado do Brasil [871]16/08/1605 - Devassas que Belchior de Amaral tirou dos governadores-gerais do Brasil D. Diogo Botelho e D. Francisco de Sousa [873]1606 - D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III [20514]24/04/1606 - Carta de Sua Majestade ao Conselho da Índia sobre Dom Francisco de Sousa [882]17/08/1607 - Sobre o pedido de Domingos de Araújo e Melchior Dias [891]19/02/1608 - Sobre o dinheiro que no Brasil tomou dom Francisco de Sousa dos defuntos dos ausentes [896]08/06/1612 - Carta do Bispo D. Pedro de Castilho ao Conde de Sabugal [972]
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Fronteiras do sertão baiano: 1640-1750, 2010. Márcio Roberto Alves dos Santos2010. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (4) Belchior Dias Moréia (1540-1619), Brás Cubas (1507-1592), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Pedro Barbosa Leal • Temas (7): Fortes/Fortalezas, Jacotinga, Léguas, Rio das Contas, Rio São Francisco, Tapuias, TupinaésRegistros mencionados (3)01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]11/02/1577 - Concedidas a Antonio Vaz 400 braças ao longo da Bahia (Baía?) e 1000 para dentro do sertão em Sarapohy que foram a Bras Cubas no Porto que foi de Jacotinga [21176]22/11/1725 - Sobre os marcos [22545]
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Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches2011. Atualizado em 24/10/2025 02:40:29 Relacionamentos • Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Batatais/SP, Botucatu/SP, Capela do Alto/SP, Guarapuava/PR, Itu/SP, Ponta Grossa/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Francisco Gaspar (1891-1972), Carl Gustav Hedberg (1774-1827), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gilson Sanches (n.1962), José Bento Renato Monteiro Lobato (1882-1948), José de Anchieta (1534-1597), Pero Cieza de Leon (1520-1554), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (19): Boigy, Caminho do Peabiru, Cavalos, Cemitérios, El Dorado, Extraterrestre e sobrenatural, Incas, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Nheengatu, Ouro, Papagaios (vutu), Pela primeira vez, Peru, Pirâmides, Protestantes, Tupiniquim, VutucavarúRegistro mencionado • 1. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) 1854 Registros mencionados (28)1500 - Lagoa Dourada [24459]1548 - Relato do soldado Pedro Ciesa de Leon [25798]27/05/1560 - Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III [23348]01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]1594 - Os “Afonso Sardinha” e João do Prado alcançaram as margens do Rio Jeticaí, hoje Rio Grande. Nessa marcha, provavelmente atravessaram a “Paragem dos Batatais”, então habitada pelos índios caiapós [8718]1627 - Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle [20633]21/01/1782 - João Baptista Victoriano escreveu uma Representação ao Governador Martim Lopes Lobo de Saldanha reclamando de um alferes que lhe estorvava a empresa do novo descoberto do Morro Ivutucavarú, na capitania de São Paulo [25415]24/04/1811 - Falecimento do carpinteiro sueco Jonas Bergman em 24 de Abril de 1811 [1875]28/08/1811 - A construção do cemitério para suecos, ingleses e “não católicos” foi autorizada por Carta Régia de D. João VI, em atendimento a um pedido do então diretor da fábrica, Carl Gustav Hedberg, que juntamente com outros suecas, eram luteranos, e portanto considerados "pecadores" pelos católicos [24085]1812 - Falecimento na Fazenda Ipanema [1879]01/11/1818 - O sargento-mor (depois coronel) Frederico Luís Guilherme de Varnhagen inaugura neste dia os trabalhos da fábrica fundindo três cruzes monumentais, que foram plantadas nas vizinhanças da fábrica. A maior dessas cruzes foi assentada no alto do morro do Araçoiaba [12374]1833 - “Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) [27639]1854 - “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) [22355]1855 - “Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior paulista, que seria um dos pontos do roteiro do Peabiru, no morro de Araçoiaba, haveria uma verdadeira pirâmide de origem incaica, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, seria um sinal de orientação do Peabiru” [25385]1876 - Diccionario Gallego. Autor: Juan Cuveiro Piñol [2119]16/09/1881 - Sepultura de Sardinha [22994]1895 - Fábrica de Ferro de Ipanema passa a ser de responsabilidade do Ministério da Guerra, que transformou a propriedade em quartel e depósito [6076]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]15/08/1930 - Nascimento de Ruphina de Oliveira Leite [2418]04/01/1931 - Nascimento de Moacyr Flores [2422]1934 - Fábulas. Autor: Monteiro Lobato [2436]12/10/1936 - Nascimento de Catarina Maria de Jesus Sanches [2451]1946 - Folklore dos Bandeirantes. De Joaquim Ribeiro [2549]1952 - Livro Cruzes e capelinhas de Antônio Francisco Gaspar [2606]1963 - Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro, São Paulo [2751]1967 - Minhas Memórias. Autor: Antônio Francisco Gaspar [2780]1994 - Estórias Populares de São Paulo (Piracicaba - Sorocaba - Botucatu). Autor: Waldemar Iglêsias Fernandes [3142]2000 - Um Estudo Sociolinguístico das Comunidades Negras do Cafundó, antigo Caxambu e seus Arredores. Autor Silvio Vieira de Andrade Filho [3234]
|  | Jesuítas 472º de 550 | | | 2011Atualizado em 30/10/2025 00:16:58HISTORIOGRAFIA ALEMÃ SOBRE A COMPANHIA DE JESUS. PESQUISAS RECENTES SOBRE OS JESUÍTAS E A SUA ATUAÇÃO NAS AMÉRICAS PORTUGUESA E ESPANHOLA. Peter Johann Mainka • Cidades (1): Sorocaba/SP | Registros relacionados | 1766. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03 • 1°. Confisco
|  | Jesuítas 473º de 550 | | |
Poder local entre ora et labora: a casa beneditina nas tramas do Rio de Janeiro seiscentista12 de Setembro de 2011, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Assunção/PAR • Pessoas (9) Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Vitória Corrêa de Sá (f.1667), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Miguel Ayres Maldonado (1569-1650), Thomé de Almeida Oliveira, João de Sant’Ana de Sousa (n.1644), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Duarte Correia Vasqueanes • Temas (2): Assassinatos, BeneditinosRegistros mencionados (4)08/04/1644 - Nascimento de João de Sant’Ana de Sousa [1258]09/03/1648 - Documento [1287]03/06/1659 - Frei João para o mosteiro do Rio de Janeiro [1348]22/05/1688 - Carta do ouvidor-geral do Rio de Janeiro, Thomé de Almeida e Oliveira, em que participa o assassinato de Pedro de Sousa Pereira e as diligências que empregara para prender os criminosos [1480]
|  | Jesuítas 474º de 550 | | |
Paisagens reveladas: o Jaó caboclo, quilombola, brasileiro. Sílvia Corrêa Marques2012. Atualizado em 27/10/2025 03:26:15 Relacionamentos • Cidades (5): Apiaí/SP, Curitiba/PR, Itapeva/SP, Itararé/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Cláudio de Madureira Calheiros (f.1797), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792) • Temas (6): Rio Paranapitanga, Caminho de Curitiba, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Quilombos, Colinas
|  | Jesuítas 475º de 550 | | |
História de Carapicuíba. João Barcellos25 de março de 2013, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23 Relacionamentos • Cidades (17): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Catalunha/ESP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (24) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Braz Gonçalves, velho "Sardinha" (1535-1620), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Antônio Feijó (1783-1843), Domingos Luís Grou (1500-1590), Gregório Francisco, Jerônimo Leitão, João Barcellos, João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Margarida Fernandes (n.1505), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (40): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Bituruna, vuturuna, Butantã, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guaranis, Guerra de Extermínio, Inquisição, Judaísmo, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Ypané, Rio Ypanema, São Miguel dos Ururay, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, UrurayRegistro mencionado • 1. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” 1570 Falar dos rios Anhamby/Tietê e Jeribatiba/Pinheiros é falar de Affonso Sardinha, o Velho, e de como, entre 1570 e 1605, ele os liga numa malha social, econômica e militar, para dar segurança aos percursos que, mais tarde, serão os percursos das bandeiras que demandarão o ouro e as esmeraldas em outros rincões do Brasil.
Os rios que abriram as portas à colonização e ao bandeirismo, nos séculos XVI e XVII, são os mesmos rios que no século XXI continuam a dar vida à malha social e econômica da grande São Paulo dos Campos de Piratininga, na sua malha metropolitana e estadual.
Apesar dos desvios de curso, principalmente no Butantã/Ybitátá, pontes e mais pontes, obras para navegação comercial, poluição industrial e doméstica sem controle, etc., os dois rios continuam a deixar-nos sonhar com a aventura de ir sempre além.
[1] Carapocuyba - aldeia de goyanazes ou de guaranis?... Tudo indica que a primitiva Aldeia Carapocuyba é de origem guarani, até pela proximidade com a Aldeia Koty, pois, segundo documentos antigos (títulos de terras e testamentos) que falam dos "goayanazes aldeados no sítio do Capão, por Fernão Dias Paes, o velho, e que Afonso Sardinha, o Velho, tem aldeado outros da mesma tribo em Carapicuíba". Ou seja, há uma miscigenação nativa forçada pela preação que logo vai acabar com os guaranis tanto na Koty como na Carapocuyba. [p. 7 e 8 do pdf]
Em 1570 tem um engenho de cana d´açúcar em Santos e monta o primeiro trapiche (depósito) de açúcar e pinga da Vila piratininga. Paralelamente ao comércio de açúcar, monta engenho para processar marmelos e torna-se um dos mais ricos comerciantes de São Paulo.
Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda.
Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista.
Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [p. 15 e 16] | |  |
Registros mencionados (16)1535 - Nasceu ou fugiu da Inquisição? [7929]13/07/1552 - Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba [25945]30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [20150]09/07/1555 - Sardinha casou-se em Santos com Maria Gonçalves, filha de Domingos Gonçalves [20499]1569 - Sardinha ao chegar a São Paulo, em data anterior a 1570, montou depósitos de açúcar e adquiriu casas que alugava aos vigários [7932]1570 - “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” [20338]1575 - Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo [8212]1578 - Brás Gonçalves, português, casou-se com a filha do cacique de Ibirapuera (Santo Amaro) [20273]01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]1591 - Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar [6575]02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]1605 - Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha [21571]1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
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Relatório da Ouvidoria Geral da Prefeitura Municipal de São Paulojulho de 2013. Atualizado em 24/10/2025 02:17:32 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)Registros mencionados (2)09/07/1562 - Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta [23023]10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
|  | Jesuítas 477º de 550 | | |
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedojulho de 2013. Atualizado em 30/10/2025 09:47:31 Relacionamentos • Cidades (2): Natal/RN, Salvador/BA • Pessoas (19) Anna de Argollo (1532-1615), Antonio Ribeiro, Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Bernardo Ribeiro (n.1561), Fernão Cabral Taíde, Fernão Cardim (1540-1625), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Helena de Argollo (n.1560), Manuel de Sá Souto Maior (n.1545), Maria de Argollo, Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Quirino Caxa (1538-1599), Rodrigo de Argollo (1507-1553), Serafim Soares Leite (1890-1969), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (1): InquisiçãoRegistros mencionados (5) • 1. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil 29 de março de 1549 Ao ser chamado em 11 de novembro de 1592 à Mesa de Consciência e inquirido como era de praxe sobre a sua genealogia, Ribeiro informou não ter conhecido os avós paternos. Os maternos eram Rodrigo de Argolo, nobre castelhano que chegara à Bahia em 1549 com o primeiro governador geral, Tomé de Sousa, e Joana Barbosa. Possuía tios por parte do pai moradores de Viseu que não sabia os nomes, um irmão estudante em Coimbra e duas irmãs moradoras de Jaguaribe. Joana de Argolo, viúva de Diogo Correa de Sande, senhor de um engenho vizinho ao de Gabriel Soares e de Fernão Cabral de Ataíde, famoso pela Santidade e Helena de Argolo, casada então com Manuel de Sá Souto Maior. Na mesma localidade moravam seus tios maternos, Paulo de Argolo e Ana, “mulher que fora de Gabriel Soares”. Ribeiro recebeu uma sentença leve; penitências espirituais e o pagamento das custas do processo. • 2. Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa 28 de julho de 1591 Em algum momento entre o seu retorno e fim da sua expedição, o que temia veio a acontecer: o texto que oferecera na corte chegou ao conhecimento dos padres jesuítas. Contudo não chegou a sofrer qualquer consequência direta ou indiretamente, estava certamente muito bem amparado por concessões régias além de envolvido em seu empreendimento tão custoso do qual não retornaria. Não podemos deixar de considerar o fato do primeiro visitador do Santo Ofício em terras brasileiras mancomunar-se com os “homens bons” do lugar, como observou Ronaldo Vainfas (1997:8). As suas acusações não chegam a corresponder à lista dos delitos expostos no Edito de fé e Monitório publicados em Salvador em 28 de julho de 1591, concedendo o período da graça por trinta dias aos seus moradores e arredores. No entanto, como notou Vainfas, a chegada da Primeira visitação do Santo Ofício provocou uma onda de medo, destruiu famílias e amizades. Coincidentemente, o sobrinho indireto de Gabriel Soares foi um dos primeiros delatados. [Página 7] | |  |
• 3. Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse 18 de abril de 1592 Mas é o próprio Serafim Leite quem contradiz a informação de que os jesuítas só teriam conhecido os Capítulos por via de “um parente” de Soares ao mencionar uma carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse.
Por diversos motivos. Por sua expedição ser um pretexto para “tomar e saltear índios”, devido aos práticos informarem sobre a inexistência de minas, pelo perigo dos religiosos nunca mais retornarem e especialmente por “querer mal aos Nossos, manifestamente, como mostram os Capítulos e falsos testemunhos que neste reino deixou”.
Acrescenta ainda, de acordo com Leite, que “nenhum Superior de outras Ordens quis dar Padres para ir com Gabriel Soares” (LEITE, 1938:179). A missiva é intrigante. Confirma a mercê de “Capitão” recebida por Soares, todavia é incompatível cronologicamente com outros dados. O aventureiro já embarcara de volta ao Brasil na data da carta e com quatro religiosos, nenhum deles jesuíta. Rebelo, procurador do Brasil em Lisboa, ratifica saber dos Capítulos antes da sua chegada às mãos dos padres no Brasil reconhecendo inclusive o título com o qual o texto seria posteriormente arquivado. E, por fim, revela que o próprio Gabriel Soares divulgava suas queixas, deixando rastros de suas críticas. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Páginas 8 e 9] | |  |
• 4. 4° Congregação provincial 25 de maio de 1592 Importantes quadros da Companhia de Jesus reunidos em Salvador em 1592 foram unanimes em negar todas as acusações contra eles encaminhadas a Felipe II pelo colonizador português Gabriel Soares de Sousa. Pronunciaram-se escandalizados de “tão baixas palavras, e torpes juízos”, identificando o “quão azedo” se encontrava “o peito” donde saíam (SOUSA, 1942:372).
A expressão “peito azedo” que pode ser traduzida como “coração amargurado”, manifesta um dos lados da sua defesa, a bem dizer, o âmbito pessoal e íntimo com o qual pretenderam minimizar as denúncias do explorador quinhentista. Séculos mais tarde, Antônio Serafim Leite classificou os mesmos Capítulos escritos pelo senhor de engenhos contra os inacianos que atuavam na América portuguesa como “mexericos de soalheiro” (SOUSA, 1942:344).
De fato tanto as acusações quanto as réplicas tratam muitas vezes de pormenores como a quantidade de porcos, vacas, galinhas, currais e lançam mão de queixas, desavenças e injúrias tão próprias ao cotidiano que parecem de menor valor. Este diz que me disse, cheio de picuinhas é, no entanto, extremamente comum neste tipo de escrita assim como sua desqualificação historiográfica.
Como destacou num artigo recente a historiadora Mary Del Priore (2013:22), mexericar era uma forma de distração tão corriqueira que chegou a obter um item específico no Livro V das Ordenações Filipinas do século XVII:
Por se evitarem os inconvenientes que dos mexericos nascem, mandamos que se alguma pessoa disser à outra que outrem disse mal dele, haja a mesma pena, assim cível como crime que mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquelas palavras que diz que o outro terceiro dele disse, posto que queira provar que o outro o disse (Lara,1999:267).
Os Capítulos que Gabriel Soares de Sousa deu em Madrid ao SR.D. Cristóvam de Moura contra os padres da Companhia de Jesus que residem no Brasil com umas breves respostas destes mesmos padres que deles foram avisados por um seu parente a quem os ele mostrou retratam estes fuxicos de uma vivência próxima e tensa entre os moradores do primeiro século do Brasil colonial. Aproxima-se de uma subliteratura, pelo seu gênero indefinido, seu teor panfletário, polemico e conjuntural.
Por outro lado, testemunha uma história não tão interessante do ponto de vista de um retrato apologético e edificante seja da Igreja, seja da colonização brasileira, ou de ambas simultaneamente. Esta crônica quase jornalística envolvendo os conflitos entre aqueles que a princípio estariam do mesmo lado no processo colonizador, colonos portugueses e jesuítas, é por si só interessante, mas permite principalmente uma investigação que se abre como um leque para temáticas referenciais tanto da história colonial e da historiografia brasileira quanto da renovada história da Igreja e das religiosidades. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 1]
Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano.
As Respostas apresentam o mesmo tom exaltado das Informações. Denunciam os maus tratos recebidos pelo gentio da parte dos colonos, os interesses particulares de Gabriel Soares no apresamento dos indígenas, suas atividades de venda de índios e a segurança que tinha em denunciar sem averiguar suas informações de que os apontamentos dados em Madri seriam “impossíveis virem ao Brasil” (1942:360). Apesar de todo esmero em responder minunciosamente cada artigo, as Respostas não tinham como destino qualquer exposição pública. A assinatura de padres do gabarito de Marçal Beliarte, Ignácio Tholosa, Rodrigo de Freitas, Luís da Fonseca, Quiricio Caxa, Fernão Cardim, Luis da Grã e José de Anchieta confirmam a importância das acusações, porém sua finalidade se encontrava em rebater imediatamente e se antecipar à chegada das críticas ao superior em Roma. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 10] | |  |
• 5. Assinatura final do documento 13 de setembro de 1592 Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano. Registros mencionados (12)29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]1561 - Nascimento de Bernardo Ribeiro [27081]10/08/1584 - Testamento [20381]01/09/1584 - Gabriel Soares ao porto de Pernambuco* [714]01/03/1587 - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil [15938]28/07/1591 - Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa [23675]29/07/1591 - No primeiro dia da graça, 29 de julho de 1591, compareceu à Mesa do Santo Ofício, sem ser chamado, o padre Frutuoso Álvares (65 anos), vigário da igreja de Nossa Senhora da Piedade de Matoim [23676]18/04/1592 - Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse [27057]25/05/1592 - 4° Congregação provincial [26316]13/09/1592 - Assinatura final do documento [27065]11/11/1592 - Depoimento de Bernardo Ribeiro [27058]18/12/1592 - Conclusão do Processo [768]
|  | Jesuítas 478º de 550 | | |
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador2014. Atualizado em 25/10/2025 10:10:03 Relacionamentos • Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (44) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937), Paulo de Proença e Abreu, Paulo do Amaral, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (55): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, VinhoRegistros mencionados (5) • 1. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai 1637 • 2. Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios março de 1638 • 3. Jesuítas são expulsos de São Paulo 13 de julho de 1640 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão. • 4. Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios 3 de junho de 1652 Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos. • 5. Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” 1950 O notável escritor paulista, Paulo Setúbal, aqui da vizinha cidade de Tatuí, dedicou, no livro "Ensaios Históricos", páginas bastante interessantes sobre a relação bandeirantes-índios-jesuítas e que passamos a reproduzir.
Para se compreender claro o psique daqueles velhos paulistas semibárbaros, é preciso penetrar bem no espírito da época. Um fato, um só, pincela coloridamente aqueles torvos tempos. É o caso dos índios. Para os sertanistas, para esses tipos hirsutos, almas encoscoradas e selvagens, os bugres não eram gente. Jamais! Os bugres eram, simplesmente, bichos do mato.
Bichos perigosos, muito maus, que se preava como quem prea caça. Não houve, no tempo, ideia mais enraizada. Ninguém podia crer que aqueles brasís de batoque no beiço, comedores de gente, ouriçados de usanças sanguinárias, pudessem ter, como os outros homens, uma alma racionalmente e espiritual. Não era possível! Aqueles tapuias eram bichos. Mais nada... Tão estranhado andou este pensar nos homens do tempo, que foi necessário uma bula do papa, elucidando de vez a questão. É a famosa bula de Paulo III, promulgada em 9 de junho de 1536, reconhecendo "OS AMERICANOS COMO HOMENS VERDADEIROS".
Mas, tudo isso, essa bula e discussões provam alto que, por esses tempos, a ideia dominante, a ideia tida como certa, foi a de que os índios não tinham alma. Não passavam eles de bichos, só bichos. Daí, de tais idéias, nasceu a famosa desavença entre jesuítas e paulistas.
Entre jesuítas e paulistas, nos fins do século XVI (1500-1599), desencadeara o ódio mais aceso de que há memória na história do Brasil. A luta nascera em torno do ponto eterno, do ponto único, os índios. É que os de São Paulo, gente fagueira, metiam-se rijos e desassombrados pelos matos. Sofriam tudo!
Canseiras? Nunca existiu para aqueles homens. Fome? Era coisa de somenos. Feras, febres? Riam-se delas. E tudo isso, para quê? Para caçar bugres.
São Paulo enchia-se de selvagens. Era a feira nacional do comércio vermelho. Os engenhos do Norte entupiam-se de índios de Piratininga. Do Rio, cada estação, chegavam bandos de mercadores tapuias. Uma febre! Ora, exatamente contra isso que se encapelaram os jesuítas. Esses religiosos aqui desembarcavam cheios de entusiasmo. Traziam no peito, muito cândida, uma fervente chama evangelizadora. Ferretoava-os essa límpida ambição de semear na alma bronzeada dos botocudos a palavra mística de Jesus. E enfiavam-se, duramente, pelos sertões. Aprendiam a língua dos brasís. Aladeavam-nos. Cristianizavam-nos. Mas, um dia, depois de suada evangelização, lá vinham os paulistas - zás - atiravam-se como brutos sobre os aldeamentos, incendiavam, arcabuzavam, preavam as peças, arrastavam-nas algemadas para São Vicente.
Nessa faina, nesse período de caça, ajudados pelo seu gênio aventureiro, desbravador, foi que os bandeirantes conquistaram o sul inteiro do Brasil. Foi graças ao atrevimento e à dureza desses homens ásperos, homens do seu tempo, que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pertencem ao território nacional. Foram eles, os intrépidos caçadores de bugres, que recuaram para muito longe o clássico meridiano de Tordesilhas. Foram eles, só pela audácia, os conquistadores da terra...
Os jesuítas, então poderosíssimos, moveram céus e terra para meter um paradeiro da caça aos índios. Mandavam emissários aos ministros. Mandavam ao rei. Chegaram a mandá-los ao próprio papa. O provincial de São Paulo escrevia, com lágrimas, ao superior de Madri:
- Meu padre! Tenha dó de nós... Vá falar a sua Majestade, vá falar ao senhor Conde de Olivares, vá falar aos senhores do Conselho de Portugal.
E, no final desse patético apelo, um grito feroz:
"Arrasar São Paulo. Destruir a cidade herética. Delenda, São Paulo!". [Páginas 57 e 58] | |  |
Registros mencionados (76)1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]22/01/1531 - Bertioga [26243]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]15/01/1560 - Santo Amaro [27129]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1594 - O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) [27349]23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]1600 - Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega [19870]1603 - Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos [19867]1608 - Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa [20083]07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1629 - Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta [9367]06/03/1629 - Benta [27365]1632 - Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar [19873]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis [9828]17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo [8374]23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus [28347]01/11/1639 - Retorno* [28346]24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira [19853]24/06/1640 - Reunião [28349]13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo [8372]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1646 - Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha [21721]07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas [19887]1648 - Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba [9369]03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]1655 - Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba [19183]21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba [19869]12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença [19868]22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava [27946]21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby [6050]28/02/1661 - Tayaobi [26416]28/02/1661 - Partida [1359]02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila [8664]06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel [21230]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” [19859]01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba [26709]1670 - Segunda fundação de Sorocaba [20862]01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto [27935]01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba [5199]1927 - “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal [26792]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]01/11/1949 - Revista Investigações* [2568]1950 - Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” [2572]1954 - O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo [8690]1969 - História de Sorocaba [28282]1971 - História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo [24503]1986 - Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo [28343]01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução [5235]2017 - Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 [19872]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]2023 - Avenida Itavuvu [28565]17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com [3670]08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com [4168]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP [4700]
|  | Jesuítas 479º de 550 | | |
Os Avá Guarani no este do Paraná. (Re)Existência em Tekoha Guasu Guavira. Coordenação científica: Carlos Frederico Marés de Souza Filho. Organização: Danielle de Ouro Mamed, Manuel Munhoz Caleiro e Raul Cezar Bergold2014. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Curitiba/PR, Guarapuava/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) António José da Franca e Horta (1753-1823), Carlos V (1500-1558), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560) • Temas (13): Botocudos, Carijós/Guaranis, Gentios, Tupiniquim, Caminho do Peabiru, Pela primeira vez, Papas e o Vaticano, Farinha e mandioca, Papagaios (vutu), Nheengatu, Guaranis, Apereatuba, Leis, decretos e emendasRegistro mencionado • 1. Lei de Filipe (1578-1621) declara todos os “gentios” do Brasil livres 30 de julho de 1609 Das Cartas Régias portuguesas de 1609 até a Constituição Federal do Brasil de 1988, os direitos indígenas sobre a posse dos territórios que ocupam vinham sendo garantidos pelo reconhecimento de serem eles os povos originários, primários e naturais ocupantes do território.
[...] Assim, as Cartas Régias de 30 de julho de 1609 e a de 10 de setembro de 1611, promulgadas por Felipe III, afirmam o pleno domínio dos índios sobre seus territórios e sobre as terras que lhe são alocadas nos aldeamentos: [...] os gentios são senhores de suas fazendas nas povoações, como o são na Serra, sem lhes poderem ser tomadas, nem sobre ellas se lhes fazer moléstia ou injustiça alguma; nem poderão ser mudados contra suas vontades das capitanias e lugares que lhes forem ordenados, salvo quando elles livremente o quizerem fazer [...]. (Carta Régia, 10.09.1611 apud CUNHA, 1987, 58). (grifo do autor) Registros mencionados (7)08/10/1541 - Partiu para Buenos Aires [10456]17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]1555 - Publicado em Valladolid os "comentários de Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca" [22128]30/07/1609 - Lei de Filipe (1578-1621) declara todos os “gentios” do Brasil livres [11493]10/09/1611 - Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos [11902]01/04/1680 - Carta de lei do príncipe regente, depois rei dom Pedro II, abolindo a escravidão dos índios [10484]05/11/1808 - Carta-régia funda Guarapuava [9085]
|  | Jesuítas 480º de 550 | | | Fevereiro de 2014Atualizado em 28/10/2025 06:44:16Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP Pessoas (23): 1º visconde de Barbacena, Afonso Sardinha, o Velho, Anthony Knivet, Antônio Raposo Tavares, Balthazar Fernandes, Belchior Dias Carneiro, Clemente Álvares, Cosme da Silva, Domingos Luís Grou, Fernão Dias Paes Leme, Fernão Paes de Barros, Francisco de Assis Carvalho Franco, Francisco de Sousa, Gregória da Silva, Hans Staden, João Moreira, José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato, Orville Derby, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”), Roque Soares de Medela, Suzana Dias Temas (20): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim Mapa Data: 1923Créditos: Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina. Página 40 | Registros relacionados | 25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e CaiubiOs aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios.
“A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)”
Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania.
“O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”.
O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto. Junho de 1560. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 2°. Partida da expedição de Bras Cubas*"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.
Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46] 25 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11 • 3°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos”Durante sua vida, o governador D. Francisco de Souza visitou S. Paulo. Sobre isto comenta o Dr. Francisco de Assis Carvalho Franco:
"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construcçao alli de dois fornos catalães para o seu preparo." 12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 4°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44] 1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27 • 5°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das FurnasQuando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 7 de dezembro de 1589, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23 • 6°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]12 de dezembro de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03 • 7°. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de VuturunaSuzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50] Novembro de 1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:55 • 8°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto. 1605. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33 • 9°. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso SardinhaUm dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44] 2 de janeiro de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:15 • 10°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas3 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49 • 11°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do BrasilBarueri: Mas um dado para incrementar a tese do desenvolvimento articulado foi a criação do aldeamento de Barueri (Marueri), fundado pelo próprio Francisco de Souza e que seria de nativos aldeados sob controle direto do governador, em nome da Coroa, para servir nas minas.
Foi com este intuito que D. Francisco de Souza patrocina o aldeamento de Barueri, relativamente próximo das recém-descobertas minas de Jaraguá e Vuturuna. Quando D. Francisco morre em 1611 as bases da economia agrária eram bem presentes, e a presença deste aldeamento estimulou a produção e ocupação de novas terras além do rio Tietê e a oeste da Vila de São Paulo. [Página 47] 1632. Atualizado em 25/02/2025 04:38:57 • 12°. Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitioDezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51 • 13°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 16 de agosto de 1657, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:39:07 • 14°. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios.
Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61] 27 de julho de 1671, segunda-feira. Atualizado em 10/10/2025 17:16:36 • 15°. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de BarbacenaEm 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. 21 de julho de 1674, sábado. Atualizado em 25/10/2025 15:40:39 • 16°. Partida de Fernão DiasEm 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. 1700. Atualizado em 25/02/2025 04:38:56 • 17°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentosA história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos. Provavelmente esses tropeiros vinham pelo antigo caminho de Itu, um dos principais caminhos de penetração para o interior nos tempos coloniais (SILVA e ACHEL, 2010).
O local onde se insere a cidade de Cotia hoje apresentava uma rede de caminhos exploratórios constituídos no pretérito período colonial, perpassando a fase inicial de assentamento por indígenas, de agricultura rudimentar (roçado), expansão com a descoberta do ouro, fornecimento de insumos a capital e, por fim, urbanização/industrialização.
Nessa época a região era repleta de caminhos e trilhas utilizadas pelos índios e posteriormente pelos tropeiros que por ali passavam e permaneciam o tempo necessário para descansar, reabastecer ou trocar mercadorias, seguindo viagem para outras paragens do território paulista ou até mesmo para outras províncias como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos seremsinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia.
Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelosprimeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Página 30]
Nesta dinâmica, a casa como observa Antônio Candido na sua obra Parceiros doRio Bonito, não passa de um abrigo provisório de pau a pique coberto de palha, e as divisões de trabalho agrícola ficavam exclusivamente no interior da família, os homens faziam o trabalho mais pesado de derrubada da mata e queimada, deixando para as mulheres e crianças o serviço de semeadura e colheita.
“O trabalho era descontínuo e ocupava o trabalhador poucos meses durante oano todo, e poucas horas durante o dia. Os meses de derrubada eram os de junho e julho e os poucos meses dedicados à queima dos troncos derrubados e secos – agosto e setembro” (MARCÍLIO, 1974, p. 259).
Podemos imaginar que a ajuda mútua entre os “vizinhos” devia se concentrar naépoca do trabalho mais pesado, o da derrubada da mata, que coincidentemente marcou a época de festejos religiosos da sociedade até 1700. A agricultura do pousio florestal necessitava de contínuas terras para o cultivo de parcelas mínimas, com longos descansos das terras já cultivadas para a reposição da fertilidade do solo. Este sistema produtivo encontrou problemas com o aumento da população, dificuldades que foram estimuladas com as primeiras descobertas das primeiras minas no território paulista.[Página 45] 3 de outubro de 1774, segunda-feira. Atualizado em 21/04/2025 17:50:01 • 18°. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte PinheirosPor fim, se o viajante estivesse na Estrada do Pau Furado2 (figura 7), vindo da região da Represa da Graça no Morro Grande, onde se localiza o sítio do Padre Inácio e desejasse ir ao Sítio de Fernão Paes de Barros ou para as minas de ouro em Araçariguama, só precisaria seguir em frente.
As Quatro Encruzilhadas é mais que um lugar de assombração, é o último vestígio do que eram os bairros rurais da época da colônia no entorno de São Paulo. A denominação aparece oficialmente pela primeira vez no mapa da Comissão Geográfica e Cartográfica de 1914, antes desta data a região aparecia como São João no mapa de Oliver Derby (figura 8).
A procura de respostas do topônimo curioso pode ser penetrada por mapas de José Custódio de Sá e Faria de 1774, que corresponde ao traçado da Antiga Estrada de Itu. Outras fontes cartográficas revelam que a região das Quatro Encruzilhadas fica entre dois caminhos importantes de penetração da época colonial: o antigo Caminho de Itu e a antiga Estrada de Cotia.
Sendo que o antigo caminho de Itu se constitui num dos principais e mais persistentes caminhos de penetração para o oeste em toda cartografia colonial (Marília, 2007; Calangos da Mata, 2007); (SILVA e ACHEL, 2010); (SILVA, 2013).O Sítio Santo Antônio em São Roque - Fernão Paes de Barros – (figura 9),Caminho por onde passaram índios, homens brancos, escravos da terra, escravos negros elibertos é o Caminho que conta a história dos bandeirantes antes das descobertas do ouro naúltima década do século XVII, nos sertões dos Cataguases.É certo que os bandeirantes nas suas andanças pelo interior do continente embandeiras de apresamento de índios na direção oeste puderam contar com a criação do sistemade aldeamento que oferecia uma reserva de trabalhadores, disponíveis para a economiacolonial.2. Lembrando que a Rodovia Raposo Tavares foi construída na década de 60 no século XX.3. Sítio Santo Antônio – patrimônio tombado pelo IPHAN. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 39]
É neste período que o Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria faz seulevantamento da cidade de São Paulo até o Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres no RioIguatemi, e da mesma cidade até a vila de Paranaguá, nos anos de 1774.
Um mapa de rumo, com referências geográficas como: subidas, descidas, rios,córregos calcados no chão e do sentido a seguir. Assim o Engenheiro Militar parte de SãoPaulo às 10 horas em companhia de 10 pessoas, chega às 11 horas e 25 minutos à Ponte dosPinheiros, antes faz uma oração na aldeia de Pinheiros que diz serem de índios.José Custódio de Sá e Faria vai até a casa de pouso (provavelmente no municípiode Itapevi) descansa e segue viagem à Fazenda de Sua Majestade na Freguesia eAraçariguama, perfazendo 7 léguas, isto é do pouso até a Fazenda são mais 2 léguas dali; aFazenda de Sua Majestade é a casa de Fernão Paes de Barros, hoje Capela de Santo Antôniono Município de São Roque (patrimônio histórico tombado pelo IPHAN).A Importância da região se deve à manutenção de determinadas característicasque possibilitou o entendimento da dinâmica Colonial, do bairro RURAL, dos caipiras quemais tarde são desprezados com a proximidade da república.Detalhes a considerar: A região por estar na periferia carece de pesquisa evalorização histórica, importante fator de valorização local e melhoria da autoestima de seusmoradores. A memória local cria laços de referência que o MERCADO precisa aprender aincorporar como qualificador. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 61 e 63]
3/10 Ponte do Pinheiros Ponte do Cotia Rancho do Cotia 2008. Atualizado em 25/02/2025 04:46:51 • 19°. História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foifundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
Em 1661, Baltazar Fernandes foi para São Paulo falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides, para que Sorocaba deixasse de ser um povoado e virasse uma vila (denominação dada às cidades naquela época). O governador atende ao pedido de Baltazar e no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba11. Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 48 e 49]
|  | Jesuítas 481º de 550 | | | 3 de abril de 2014, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 00:16:59Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo) • Cidades (4): Guaratinguetá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (3): Antônio de Sant´Anna Galvão (f.1822), José de Anchieta (1534-1597), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (7): Confederação dos Tamoios, Iperoig, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim | 1 fonte 0 relacionadas |
| Registros relacionados | 1505. Atualizado em 28/10/2025 10:18:43 • 1°. A primeira imagem sobre os indígenas do Brasil foi esta, feita por Vasco Fernandes, com data estimada de 1505, em destaque no altar maior da catedral de Viseu, PortugalAo longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, ocorreu entre 1563 e 1564. 1 de janeiro de 1563, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:13 • 2°. Aymberê foi o grande articulador político, visitando os chefes de tribos, convocando-os para uma reunião na Gávea (RJ), em 15635 de maio de 1563, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05 • 3°. Nóbrega e Anchieta chegam à aldeia de Iperoí6 de maio de 1563, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:23 • 4°. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em IperoigAo longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, que, segundo Carla, ocorreu entre 1563 e 1564.
Na época, os tamoios, apoiados pelos franceses, se rebelaram contra os tupiniquins, que recebiam suporte dos portugueses. Para apaziguar os ânimos, Anchieta se ofereceu para ficar de refém dos tamoios na aldeia de Iperoig (onde atualmente fica Ubatuba, no litoral norte de SP), enquanto outro jesuíta, o padre Manoel da Nóbrega, seguiu para o litoral paulista para negociar a paz.
Enquanto esteve "preso", a devoção de Anchieta à Virgem Maria o fez escrever na areia da praia a obra "Poema à Virgem", com quase 5 mil versos. A imagem desse momento foi retratada séculos depois pelo artista Benedito Calixto, no quadro que leva o mesmo nome da obra literária e está exposto atualmente no Museu Anchieta. Junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39 • 5°. O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)*
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O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com3 de abril de 2014, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Vicente/SP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Bíblia, Inquisição, Pela primeira vez, TupinambásRegistros mencionados (2) • 1. Prisão 1559 • 2. Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício abril de 1567 Registros mencionados (7)10/03/1557 - Primeiro culto evangélico do Brasil [28669]21/03/1557 - A Santa Ceia segundo o rito reformado foi celebrada pela primeira vez [28992]09/02/1558 - Jean du Bourdel, Matthieu Verneil e Pierre Bourdon foram estrangulados e lançados ao mar [28996]1559 - Prisão [28670]12/08/1564 - Acórdão [560]01/04/1567 - Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício* [20057]09/02/1568 - Enforcamento [26934]
|  | Jesuítas 483º de 550 | | | 30 de novembro de 2015, segunda-feiraAtualizado em 30/10/2025 00:17:00Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2): José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (4): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Peabiru, Estradas antigas | Registros relacionados | 5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09 • 1°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisãoNascida como trilha em 1560, rota se tornou primeira estrada pavimentada da América LatinaFechada em 1985 para o tráfego de automóveis, a Estrada Velha de Santos, ou Caminho do Mar, faz parte da história de São Paulo. Muitos ainda se recordam do tempo em que aquela estrada de curvas acentuadas era o trajeto imperativo para quem se dirigia à Baixada Santista, antes da inauguração da Rodovia Anchieta em 1947.
É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País. As imagens do Acervo Estadão mostram um pouco dessa trajetória.
Os caminhos até o mar. A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.
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O itinerário de Magalhães, os Jesuítas e o centro em torno do Pólo Norte. centrici.hypotheses.org9 de dezembro de 2015, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sevilha/ESP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Inácio de Loyola (1491-1556) • Temas (4): Geografia e Mapas, Trópico de Capricórnio, Estreito de Magalhães, ProtestantesRegistros mencionados (1)1703 - Mapa de Heinrich Scherer (1702-1703) ilustrando a circunavegação realizada pela frota de Fernão de Magalhães em 1519-1521 [1549]
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Fernando Henrique Cardoso em "Inventores do Brasil", T1:E4 "José Maria da Silva Paranhos Jr., o Barão do Rio Branco"2016. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (3): Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Belém/PA • Pessoas (5) José Maria da Silva Paranhos Jr (54 anos), Fernando Henrique Cardoso (n.1931), Pedro II de Portugal (1648-1706), Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880), Joaquim Nabuco (50 anos) • Temas (4): Leis, decretos e emendas, Futebol, Geografia e Mapas, Guerra do ParaguaiRegistro mencionado • 1. Ordem régia mandando fechar uma pequena tipografia estabelecida no Recife, sequestrar os impressos e admoestar os proprietários e tipógrafos. 8 de julho de 1706 Registros mencionados (5)08/07/1706 - Ordem régia mandando fechar uma pequena tipografia estabelecida no Recife, sequestrar os impressos e admoestar os proprietários e tipógrafos. [11313]1749 - Mapa dos confins do Brazil com as terras da Coroa da Espanha na America Meridional, 1749 [25258]1891 - Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente [2198]05/04/1893 - Rio Branco foi indicado para defender a posição brasileira em Washington, em substituição ao recém-falecido barão de Aguiar de Andrada. [9744]1938 - Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912) [28106]
|  | Jesuítas 486º de 550 | | | 31 de outubro de 2016, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:02:55A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante Cidades (13): Avanhandava/SP, Belém/PA, Cananéia/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lagoa dos Patos/RS, Olinda/PE, Pindamonhangaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Luís/MA, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP Pessoas (6): 1° marquês de Pombal, Artur de Sá e Meneses, Domingos Jorge Velho, José de Anchieta, Pedro Álvares Cabral, Pero de Magalhães Gândavo Temas (32): Abayandava, Açúcar, Açúcar, Aimorés, Amazônia, Caetés, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estatísticas, Farinha e mandioca, Franceses no Brasil, Guaiatacás, Guaranis, Habitantes, Ilhas Canárias, Inferno, Jê, Léguas, Nheengatu, O Sol, Pela primeira vez, Piratininga, Potiguaras, Quilombos, Tamoios, Tapuias, Tupinambás, Tupiniquim, Tupis | Registros relacionados | 22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 • 1°. O “Descobrimento” do BrasilO tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI.
(...) Quando ouvir dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Em São Paulo, até o começo do século passado, era possível escutar alguns caipiras contando casos em língua indígena. No Pará, os caboclos conversavam em nheengatu até os anos 40.
Mesmo assim, o tupi foi quase esquecido pela História do Brasil. Ninguém sabe quantos o falavam durante o período colonial. Era o idioma do povo, enquanto o português ficava para os governantes e para os negócios com a metrópole. “Aos poucos estamos conhecendo sua real extensão”, disse à SUPER Aryon Dall’Igna Rodrigues, da Universidade de Brasília, o maior pesquisador de línguas indígenas do país. Os principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados a partir de 1930. A própria origem do tupi ainda é um mistério. Calcula-se que tenha nascido há cerca de 2 500 anos, na Amazônia, e se instalado no litoral no ano 200 d.C. “Mas isso ainda é uma hipótese”, avisa o arqueólogo Eduardo Neves, da USP.
Três letras fatais
Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística.
(...) O começo do fim - Ascensão e queda de um idioma - Século XVI (1501-1600)
O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. Em vermelho, você vê os grupos tapuias, como os goitacás do Rio de Janeiro, os aimorés da Bahia e os tremembés do Ceará, que viviam em guerra com os tupis. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani. 23 de abril de 1500, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 • 2°. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de CabralQuando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística. 22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21 • 3°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português. 1550. Atualizado em 25/02/2025 04:39:27 • 4°. Tupinambás levadosO extermínio dos tupinambás, a partir de 1550, a imigração portuguesa maciça e a introdução de escravos africanos praticamente varre o tupi da costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro. Em São Paulo e no Pará, no entanto, ele permanece como língua geral e se espalha pelo interior, levado por bandeirantes e jesuítas. 1555. Atualizado em 25/02/2025 04:40:20 • 5°. Franceses se estabelecem no Rio de Janeiro1595. Atualizado em 25/10/2025 18:40:20 • 6°. Primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coimbra1759. Atualizado em 25/02/2025 04:39:51 • 7°. Jesuítas são expulsos do BrasilIrritado com o uso generalizado das línguas nativas, o Marquês de Pombal (1699-1782), que então governava Portugal e suas colônias, resolveu impor o português na marra, por decreto, em 1758. Num documento maluco, o Alvará do Diretório dos Índios, proibiu o uso de todas as línguas indígenas e o ensino do nheengatu, “invenção diabólica” dos jesuítas. No ano seguinte, vilas de toda a Amazônia foram rebatizadas com topônimos portugueses. Surgiram, assim, Santarém e Óbidos no Pará, Barcelos e Moura no Amazonas.
A briga culminaria com a expulsão dos jesuítas, em 1759. “Mas a língua geral não sumiu de imediato”, observa o etno-historiador José de Ribamar Bessa Freire, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “O português só veio se firmar no final do século passado, quando os nordestinos migraram em massa para a Amazônia, atrás da borracha.” Hoje, o uso daquela língua geral se restringe à região do alto Rio Negro e a um pedaço da Venezuela. 1915. Atualizado em 25/02/2025 04:40:15 • 8°. Triste Fim de Policarpo Quaresma1930. Atualizado em 25/02/2025 04:40:14 • 9°. Principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados
|  | Jesuítas 487º de 550 | | | 2017Atualizado em 30/10/2025 00:17:00camaratapirai.sp.gov.br • Cidades (3): Juquiá/SP, Piedade/SP, Tapiraí/SP • Temas (4): Assunguy, Estradas antigas, Serra de Paranapiacaba, Rodovia Ten Celestino Américo (SP-79) | Registros relacionados | 30 de setembro de 1888, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:47:07 • 1°. Em Londres, Inglaterra, Jack, o “Estripador”, mata sua terceira e quarta vítimas, Elizabeth Stride e Catherine Eddowes
|  | Jesuítas 488º de 550 | | |
A Secretaria de Estado do Ultramar e Diogo de Mendonça Corte Real. Inflexões na administração central do Império Português (1750-1756), 2017. Mario Francisco Simões Junior. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de História. Programa de Pós-graduação em História Econômica2017. Atualizado em 29/10/2025 02:54:32 Relacionamentos • Cidades (2): Lisboa/POR, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Diogo de Mendonça Corte Real (1658-1736), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), 1° marquês de Pombal (1699-1782), Tomé Joaquim da Costa Corte-RealRegistro mencionado • 1. Tomé Joaquim da Costa Corte-Real deixa o cargo de Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal 20 de março de 1760 Registros mencionados (5)18/09/1743 - Tomé Joaquim é o secretário de que menos dispomos de informações biográficas. De acordo com os registros de mercês, sabemos que esse ministro já havia sido provido cavaleiro da Ordem de Cristo e fidalgo cavaleiro da casa real, por D. João V [27705]05/10/1756 - Tomé Joaquim da Costa Corte-Real se torna Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal [27702]20/03/1760 - Tomé Joaquim da Costa Corte-Real deixa o cargo de Secretário de Estado dos Negócios da Marinha do 2º governo de José I de Portugal [27703]09/05/1760 - Provisão Régia: Instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real [27706]17/01/1765 - Carta Régia nomeando governador para a Capitania de São Paulo, Luís António de Sousa Botelho Mourão, o 4.º Morgado de Mateus, de 43 anos [14224]
|  | Jesuítas 489º de 550 | | |
|  | Jesuítas 490º de 550 | | |
Ruínas: Ascensão e queda do Império Inca - Atila Barros2018. Atualizado em 30/10/2025 06:15:34 Relacionamentos • Cidades (1): Cananéia/SP • Pessoas (4) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Gonzalo Pizarro • Temas (24): Ana Gonçalves ou Rodrigues, Antonio de Proença, Bartolomeu Bueno, o Moço, Canibalismo, Cordilheira dos Andes, Inquisição, Isabel de Proença Varella, Isabel Duarte, Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga”, Manoel José Castanho de Almeida, Maria de Proença, Maria do Rosário Martins Claro, Mariana de Proença, Meiembipe, Ouro, Paulo de Proença, Pela primeira vez, Peru, Potência de Abreu, Rio Itapocú, Tordesilhas, Trilha dos Tupiniquins, Tupinambás, Verônica de ProençaRegistros mencionados (1)09/04/1502 - Nascimento dem Gonzalo Pizarro, em Trujillo [31556]
|  | Jesuítas 491º de 550 | | |
“O nascimento de São Paulo”, 02.05.2018. Eduardo Bueno2 de maio de 2018, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56 Relacionamentos • Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (5) João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Tomé de Sousa (1503-1579), Eduardo Bueno • Temas (11): Biesaie, Caaguacu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Geografia e Mapas, Léguas, Maniçoba, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú
|  | Jesuítas 492º de 550 | | | 17 de julho de 2018, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:24:23Expedição Peabiru - Pay Zumé Cidades (8): Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Itapema/SC, Pitanga/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Sebastião/SP Pessoas (9): Anthony Knivet\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Apóstolo Tomé Judas Dídimo\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Cristóvão de Colombo\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Hernâni Donato\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Izabel Barbosa\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel da Nóbrega\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel I, o Afortunado\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Pedro Álvares Cabral\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Vasco da Gama\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt Temas (20): Amazônia, Arqueologia, Assassinatos, Banana, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cruzes, Descobrimento do Brazil, Deus, Escravizados, Farinha e mandioca, Incas, Metalurgia e siderurgia, Milho, Mineralogia, Nheengatu, Peru, Tamoios, Tupinambás Expedição Peabiru - Pay Tumé Data: 2018Créditos: 17/07/2018 | Registros relacionados | 8 de julho de 1497, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04 • 1°. Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à ÍndiaHernani Donato: “Essa saída de Portugal ao mundo, a série de descobrimentos, posseamento e agarramento as terras conquistadas, tinham um fundo religioso mais do que um fundo imperial". O Rei de Portugal ordenou a Vasco da Gama encontrar o sepulcro do apóstolo. 23 de abril de 1500, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:05 • 2°. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabralantonini verde foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de são sebastião em são paulo eram os índios tamoios que habitavam aquela região [Música] os tamanhos pertenceu à família dos tupinambás que ocupavam quase toda a costa brasileira da amazônia até cananéia ao desembarcar no brasil o pirata inglês de pelo menos dois portugueses sendo devoradas pelos peões buzz em rituais sagrados essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses já que eles escravizavam e matava população indígena anthony naide se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos ou a visão que ele seria salvo disseram que na verdade não era português os tamanhos sabiam disso ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados por amigos dos seus antepassados na elite em inglês de pele clara como era possível essa conexão pela tradição tupinambá os ancestrais indígenas também vieram pelo mar os tamanhos mostraram ao pirata inglês do provável local do desembarque na região de cabo frio no rio de janeiroSaiu da água, ensinou as artes da agricultura, da metalúrgia, codificou leis, mas quando investiu sobre duas das prioridades masculinas essencias, a antropofagia e o múltiplo casamento, foi então expelido pelos homens. (Hernani Donato)“Muitos antes da chegada dos europeus os nativos carijós no Brasil, os tiahuanacos na Bolívia e os incas no Peru, haviam escutado profecias e ensinamentos de homens brancos com barba que vieram pelo mar trazendo conhecimento do velho mundo”. 10 de abril de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 • 3°. Carta de Manoel da NóbregaOs nativos acolheram bem os europeus, Nóbrega fica surpreso. Mais ainda quando percebe que esses mesmos nativos procuravam a casa de culto e de catequese como se aquilo fosse um hábito antigo. Os nativos levam Nóbrega até um local sagrado. Alí haviam marcas de pegadas nas pedras, as quais apontavam os nativos e diziam "Zumé", Pay Zumé. O padre logo escreve uma carta ao seu superior em Coimbra informando a grande notícia: São Tomé esteve no Brasil!
"Eles dizem que São Tomé, a quem chamam de Zamé, passou por aqui. E isto ficou dito pelos seus antepassados. E que suas pegadas estão marcadas, próximas de um rio, das quais eu mesmo fui ver, para maior certeza da verdade e vi, com meus próprios olhos quatro pegadas, bem marcadas com seus dedos." Agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:50:49 • 4°. “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ”*1554. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 5°. Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo1592. Atualizado em 24/10/2025 20:40:56 • 6°. ExpediçõesAnthony Knivet foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de São Sebastião, em São Paulo. Eram os índios Tamoios que habitavam aquela região. Os Tamoios pertenciam à família dos Tupinambás, que ocupavam quase toda a costa brasileira da Amazônia até Cananéia.
Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena.
Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram
nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados
Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil.
Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra.
Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência.
Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina. 1596. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34 • 7°. Knivet e alguns portugueses se tornam prisioneiros dos tamoyos / 18 de junho de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:02 • 8°. visão do paraíso
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“A criação das Missões Jesuíticas”, Eduardo Bueno em “Canal Buenas Idéias” youtube.com/watch?v=jSJ_VWKs2Uw27 de março de 2019, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (8): Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Guayrá, Missões/Reduções jesuíticas, Santo Ignácio Mini, Tordesilhas, AruaksRegistro mencionado • 1. A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto 1609 Registros mencionados (6)1537 - Não se sabe sobre seu fim, após a Guerra o Bacharel de Cananeia voltou a Cananéia expandindo seu poder na região, em outra versão acredita que pode ter sido assassinado pelos Carijós em 1537 [24748]29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]08/09/1594 - Padre Barzana ao seu Provincial [28020]1609 - A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto [23465]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]31/07/2022 - “Canibalismo, nudez e poligamia”, Adriano César Koboyama [26989]
|  | Jesuítas 495º de 550 | | | 3 de abril de 2019, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 06:56:21Eduardo Bueno em Canal Buenas Idéias, 100° episódio: “A devastação das Missões” Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (12): Antônio Raposo Tavares, Antonio Ruiz de Montoya, Clemente Álvares, Eduardo Bueno, Filipe IV, “O Grande”, Francisco de Sousa, Jerônimo Pedroso de Barros, João Capistrano Honório de Abreu, João Ramalho, Maffeo Barberini, Papa Urbano VIII, Sergio Buarque de Holanda, Tomé de Sousa Temas (21): Caminho do Peabiru, Escravizados, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Guaranis, Guayrá, Léguas, Leis, decretos e emendas, Mamelucos, Milho, Missões/Reduções jesuíticas, Nheengatu, O Sol, Pólvora, Rio Uruguai, Tape, Temiminós, Tordesilhas, Tupiniquim, Tupis, União Ibérica | Registros relacionados | 9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19 • 1°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54 • 2°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses1609. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04 • 3°. A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de LoretoMaio de 1629. Atualizado em 25/02/2025 04:44:42 • 4°. Retorno dos sertanistas*22 de abril de 1640, domingo. Atualizado em 13/10/2025 01:36:48 • 5°. Padre Francisco Diaz Taño chega ao Brasil com "condenação do cativeiro dos índios"Dezembro de 1640. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 6°. Jerônimo de Barros, parte de São Paulo*E um cara chamado Jerônimo de Barros montou uma expedição em fins de 1640 para atacar as Reduções do Tape, que já tinham sido atacadas pelos Raposo Tavares, que tinha começado atacando o Guayrá, mas que depois continuou atacando o Tape, o Tape era onde hoje é o Rio Grande do Sul.
Esse Jerônimo de Barros, parte de São Paulo em fins de 1640 e no dia 11 de março de 1641, anote essa data do seu calendário. Ele vem pelo Rio Uruguai, com 130 canoas, com 30 paulistas, 300 mamelucos e 600 nativos Tupi. 11 de março de 1641, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:24:24 • 7°. Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São PauloAgosto de 1641. Atualizado em 24/10/2025 03:11:41 • 8°. Bandeirantes retornam á São Paulo*Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03 • 9°. Paulistas estariam no "sertão"*
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Das terras bárbarasjulho de 2019. Atualizado em 25/10/2025 04:47:58 Relacionamentos • Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (9): Apoteroby (Pirajibú), Santa Ana, Ermidas, capelas e igrejas, Cemitérios, Capitania de São Vicente, Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, Bois e Vacas, Inquisição, VinhoRegistro mencionado • 1. 1633 1633 Era um documento longo, de 1 de maio de 1633, repleto de doações valiosas. Iniciava reconhecendo o jesuíta Diogo como pai do bebê Emanuel: "nas casas do Reverendo Padre Vigario desta Villa Gaspar de Brito, onde eu publico Tabelliam fuy chamado, e ai logo aparecer Bárbara Manuela Pires de Alencar Lopes aqui moradora e por ela foi declarado que Diogo Vaz de Aguiar pai natural de seu filho Emanuel que batisou Emanuel Vaz de Aguiar".
Adiante, fica claro que a doação de "uma vinha, cinco léguas de terras, trintas vacas e dois touros" era condicional ao perdão do jesuíta pela Inquisição: "se a Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium mandar absolver o dito Dyogo Vaz de Aguiar da dita excomunhão por algum eclesiástico do Reyno e perdoar a sentença de desterro perpétuo".
(...) primeira, em troca de sepultura eterna na igreja da vila: "que dava e doava deste dia para todo o sempre a igreja de Santa Ana de Parnahyba o sitio Cariaçu de Joachim Mathias Coello, na paragem chamada Apoteroby, termo da vila de Santa Anna de Parnahyba da capitania de São Vicente, com obrigação deles ditos padres lhe concederem jazigo perpétuo a ela a seu esposo Joachim Mathias Coello e a seu filho Emmanuel". Em seguida, fazia a promessa surpreendente da doação da fortuna ao Santo Ofício:
"doação a Nossa Senhora da Boa Morte na Capela Dormiçam da Assunta Virgem Maria em mercê da Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium que deu tençam final condemnando Dyogo Vaz de Aguiar em o que pela parte do autor era requerido pela prova dos autos e pelo cumprimento da sentença de desterro perpétuo e tinha ele declarado por excomundado". | |  |
Registros mencionados (1)1633 - 1633 [24293]
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Guia Politicamente Incorreto - T2E5 - Aceita Jesus que dói menos?2020. Atualizado em 29/10/2025 02:54:36 Relacionamentos • Cidades (2): Lisboa/POR, Potosí/BOL • Pessoas (6) Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Tomé de Sousa (1503-1579), Inácio de Loyola (1491-1556), 1° marquês de Pombal (1699-1782), Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (9): Descobrimento do Brazil, Cristãos, Protestantes, África, Faculdades e universidades, Franciscanos, Carmelitas, Conventos, Papas e o Vaticano
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“Razias”, Celso E Junko Sato Prado2020. Atualizado em 24/10/2025 02:59:01 Relacionamentos • Cidades (10): Avaré/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Londrina/PR, Ourinhos/SP, Peabiru/PR, Ponta Grossa/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pero Lobo, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Sebastião Caboto (1476-1557), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (27): Abarê, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminho velho, Caminhos até Cuiabá, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Incas, Léguas, Maria Leme da Silva, Nheengatu, Paranaitú, Peru, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Capitininga, Rio Guarei, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pardo, São Filipe, Serra de Ibotucatu, VikingsRegistros mencionados (14)1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]1513 - galo [24720]1549 - Falecimento [27030]01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]30/03/1554 - Anchieta* [25645]1600 - A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira [24164]1608 - Caminho [26144]10/11/1609 - Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [20086]21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]1791 - Antigo mapa, provavelmente do final do século XVIII, mostrando dados cartográficos entre os anos 1608/1791, nele notadas as fazendas jesuíticas em Guareí - São Miguel e Botucatu - Santo Inácio [24854]1958 - “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida [27884]1978 - O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla [24795]1978 - “O Segredo dos Incas”. Valla [24567]
|  | Jesuítas 499º de 550 | | | 2020Atualizado em 28/10/2025 08:24:21Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Cidades (3): Paranapanema/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Cornélio de Arzão\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Alvarez Correa\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Nunes Cubas\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Francisco Pinto da Fonseca\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Jerônimo Leitão\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Manuel João Branco\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Pero Correia\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt, Ruy Pinto\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p\vida.txt Temas (4): Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Habitantes, Rio Geribatiba As Sesmarias de Cubatão (1567-1687) Data: 2020Créditos: Página 18 | Registros relacionados | 10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33 • 1°. Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo1553. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01 • 2°. Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítasA constituição de seu patrimônio deu-se pela anexação de terras de Pero Correa, em 1553; Cornélio Arzão, em 1628; Antonio Rodrigues de Almeida, em 1643; Francisco Pinto, em 1664; Pero de Go´es, em 1674; Domingos Leite de Carvalho, em 1687; Agostinho Rodrigues de Guerra, em 1687; Diogo Pinto do Rego, em 1743; Manuel Antunes Belém de Andrade, em 1743. 13 de agosto de 1577, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27 • 3°. Petição Domingos Luis GrouEm relação a engenhos, a pesquisa encontrou menção ao de Afonso Sardinha, que em 1577 requeria a confirmação de terras, com canavial e roça e, em 1607, uns alagados, ao longo de suas terras com açúcares de sua fazenda e trapiche. A documentação permite ainda reconhecer alguns feitores, mestres de açúcar, oleiro e ferreiro.
Espera-se, na continuidade da pesquisa, oferecer, além de importantes materiais para novas investigações, esboçar o perfil econômico da região, no período colonial, e sua trajetória de predominância de produção açucareira, para o domínio dos fluxos comerciais da Capitania. [Página 17] 1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00 • 4°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os CarijósEm 1585, por solicitação da Câmara, marchou à frente de uma grande bandeira contra os carijós do Paranapanema e chegou até Paranaguá. Durante seis anos, destruiu, na região do Anhembi, trezentas aldeias de tupiniquins, com cerca de trinta mil habitantes. Pôs assim em segurança as duas principais vias de penetração paulista no século XVII: os rios Tietê, rumo ao Guairá, e o Paraíba, visando as nascentes do rio São Francisco. Foi, no século XVI, talvez o maior lutador contra os assaltos dos índios na capitania de São Vicente. Cf. Porchat (1993, p. 87). 17 de junho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:31 • 5°. Registro de uma carta de dada de terras a Manuel João BrancoManuel João Branco; 1614; Cubatão; Muitas terras devolutas saindo do esteiro ... Peacava donde ... vacas e cavalgaduras qu... abaixo ... que vem do Cubatão rio abaixo ... direita ... pegando com os primeiros outrossim um ribeiro que vae ... Peaçava fica da banda da ilha – Pede a vossa uma légua em quadra porquanto ele suplicante quer fazer engenho e correndo para os outeiros acima ... da outra parte parta prª ... ou parta mais declaração de meia légua para uma parte do esteiro e a outra pela outra banda que venha o dito.; Pedido de terras devolutas.; Canaviais.; Estado de São Paulo. Sesmarias. Documentos do Archivo do Estado de São Paulo. São Paulo: Typographia Piratininga, 1921. V. 1, p. 212 1617. Atualizado em 24/10/2025 02:39:24 • 6°. TerrasFrancisco Alves Correa, Gonçalo Vogado em 1617. Requer Légua ... nos limites do Jerabati rio acima partindo ... ando todas as pontas e voltas que o rio tiver e sendo ... correrá acima aonde melhor for ficando o rio em meio tanto para uma banda como para a outra ficando em quadra de légua e meia ...; Pedido de terras devolutas.; Lavrar mantimentos para sustentar.; Estado de São Paulo. Sesmarias. Documentos do Archivo do Estado de São Paulo. São Paulo: Typographia Piratininga, 1921. V. 1, p. 227. [Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Página 29]
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“Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro2020. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (10): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paranaguá/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (1) Francisco Diaz Tanho (n.1593) • Temas (4): Bituruna, vuturuna, Estradas antigas, Léguas, OuroRegistros mencionados (5)1640 - A vinda de novos habitantes (Paranaguá), atraídos pela mineração, atingiu seu ponto máximo, com a chegada de Lara [21144]30/08/1647 - Ouro [28398]17/04/1657 - Ybiturun [28400]18/04/1657 - “(...)ouro em quantidade e como o tirara e lavrara, ele próprio, declarante, de um lugar chamado Ibituruna” [22530]06/03/1680 - Caminho [10466] |
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