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Rafael Tobias de Aguiar  (1794-1857)
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1. ANNA FAUSTA MARIA DE JESUS DE AGUIAR

... Francisco Xavier Paes de Barros (Capitão Chico), filho de Antonio de Barros Penteado (1742-1820), filho de Maria Luzia de Paula Machado (1758-1829)

Primos (13)

.1.1. Antonio Francisco de Aguiar Barros
- Genebra de Sousa Queiroz filho de Vicente de Sousa Queirós e Francisca de Paula Sousa e Melo

.1.2. Barão de Tatuí (1835-1914)

.1.3. Bento de Aguiar Barros (1839-1902)
- Francisca Miquelina de Sousa Barros filho de Luis Antonio de Sousa Barros e Ilídia Mafalda de Resende

.1.4. Brasílico Paes de Barros (1854-1912)

.1.5. Carlos Paes de Barros (1853-1932)

.1.6. Fernão Paes de Barros (1856-1886)

.1.7. Francisca Aguiar de Barros
- Antônio Augusto de Pádua Fleury filho de Antonio de Pádua Fleury e Augusta Rosa Gaudie Ley

.1.8. Gertrudes Brasilica de Barros Aguiar
- Pedro Vaz de Almeida

.1.9. João Aguiar de Barros (1836-1904)

.1.10. Maria Cândida Paes de Barros (1829-1874)
- Joaquim José de Oliveira II filho de Joaquim José de Oliveira

.1.11. Maria Paula de Barros Monteiro (1858-1929)

.1.12. Maria Paula Paes de Barros (1857-1919)

.1.13. Raphael Aguiar de Barros (f.1899)
- Anna Leopoldina de Oliveira filho de José da Silva Guimarães e Andreza Eufrásia Lopes de Oliveira


2. GERTRUDES EUFROZINA DE AGUIAR BARROS

... Antônio Paes de Barros, filho de Antonio de Barros Penteado (1742-1820), filho de Maria Luzia de Paula Machado (1758-1829) (f.1899)

Primos (1)

.2.1. Rafael Tobias de Aguiar Pais de Barros (1830-1898)
- Maria Joaquina de Oliveira filho de Joaquim José de Oliveira e Joaquina Antonia de Oliveira e Silva


3. LEONARDA FRANCISCA DE AGUIAR

... Bento Pais de Barros, filho de Antonio de Barros Penteado (1742-1820), filho de Maria Luzia de Paula Machado (1758-1829) (1830-1898)


4. ROSA CÂNDIDA DE AGUIAR

... Francisco Xavier Paes de Barros (Capitão Chico), filho de Antonio de Barros Penteado (1742-1820), filho de Maria Luzia de Paula Machado (1758-1829) (1830-1898)


Descrição da cidade
03/01/187625/02/2025 04:38:58

•  Fontes (1)
  
  
  


      3 de janeiro de 1876, segunda-feira
Descrição da cidade
Atualizado em 25/02/2025 04:38:58
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Pela manhã abrimos ansiosos a janella. Uma cidade pequenos se desenrolou a nosso olhos; construção sofrível, ruas descuidadas; matriz vasta, mas não concluída; theatro disforme no exterior, cadeia vergonhosa, alguma animação, devida, talvez, às solenidades da Epiphania, foi o que verificamos ao sahir mais tarde. Três dias depois, prosseguimos. Da cidade fomos ao Constantino, no Porto a pouco mais de légoa de distância.Comemos, refrescamos os animaes e ganhamos caminho.O trolleyro, marujo de primeira viagem, calculou mal a jornada, e só às oito horas e meia chegamos ao Capivaryzinho, depois muitos solvancos e sustos, encontrando de jantar – nada, e por pouco um miserável quarto com um velho catre tecido de Couro – cru – duro e insuportável. Valha, porém a verdade, nesse leito de Procusto dormimos como pedras.

Ahi, pela primeira vez entrei no conhecimento do que é uma candeia: -torcida de cera à parece e vae se levantando à proporção que se consome. Do Capivaryzinho fomos ao alto da Pescaria, subida íngreme, escalvada, e aberta por milhares de regos cavados pela chuva, por ande ascende estrada, penosamente, entre despenhadeiros de um lado e fundas bussurocas do outro. Estávamos no ponto culminante dáquellas paragens, onde medra o café ao abrigo das geadas.

Os raios perpendiculares do sol esmagavam-nos. Fizemos abrir, à esquerda, uma porteira que rangeu ruídos e descemos por uma picada emaranhada, que em alguns logares, foi preciso desbastar a golpes de facão. Dali a momentos, transpondo milhares immóveis pelo excesso de calma e ausência de brisa, beirando algodoaes extensos, que penduravam suas estrelladas, vimos erguer-se ao longe, num baixo, um têlue fio de fumo a desenrolar-se mollemente, e, depois, a paliçada de um terreiro, a que se acostavam, aqui e acolá, enormes capados e magras porcas cercadas de uma turba multa de leitões, que, grunhiam ávidos cabeceando as tetas verrugosas.

Era a vivenda do Tenente Coronel José Carneiro da Silva Lobo. Alto, moreno, olhos vivos, querendo esconder-se sob um óculos, que os trahem o distincto paranaense, liberal quand même, e partidista extremado acolheu-nos de braços abertos, e, no seu lar passamos dous dias que nos arrastaram a procura-lo sempre que, em viagem houvemos de passar na direcção do seu sítio. O leite sem rival, o pingue queijo, o saboroso carneiro e as gabirobas apanhadas no campo, nada faltou a entremeia a prosa renhida, que se travou entre nosso amphytrião, sua extremosa senhora, seu sobrinho Major Licinio, e nós. Quando nos pozemos outras vez em marcha, íamos pesarosos de deixar a Pescaria.

Acompanhados até ao Porto de Paranapanema, transpozemos na balsa a tristonho e negro rio, e, sentado sobre as raízes das árvores da outra margem, depois de breve palestra, dissemo-nos compridos adeuses. Uma hora depois, avistamos, ao longe, as paredes brancas e o telhado pardo-escuro do Paranapitanga.

A aparição da casa enorme, que, pelo seu vulto e posição faz-se crer próximas quando remota está, despertou-nos no espírito recordações históricas, e, figurou-se nos ver, com a avizinhação, recostada ao parapeito de uma das janelas, a efigie veneranda do velho Raphael Tobias.

Apeamos para sestear, o Major Licínio, actual proprietário, sua senhora e nós: engulimos um virado sumptuoso com um appetite invariável dos caminheiros, dormimos uma boa hora, e estrada novamente. Começou, então, a madonha chapada do Paranapitanga – o horror dos viajantes, a perder de vista – nem numa árvore – nem uma sombra. Das barbas de bode, desprende-se um som metállico, produzido por uma espécie de gafanhotos verdes, semelhantes ao que vulgarmente se chama esperanças.Da terra abrasada levanta-se trêmula uma ondulação enfebrecida. A espaços uma aldeia de cupis, e, ou a rire sobre elles os irrequietos bicos-chanchas, ou a cynicarem silenciosas corujinhas do campo. A monotonia do solo é apenas cortada pela recta imensa de algum vallo, continuado por cerca vedatória, que se atira pela superfície verdeclara do lagoão adentro.Disseminadas, algumas rezes; e, a desfilarem n’um passo desanimado as tropas cansadas, de cabeça pendurada e flancos arquejantes, que os conductores em bica instigam com sua voz stentórica. Não há nem pássaros a trinar, nem arroio a correr melodiosamente, nem folhas a estrugir. Mudez e calor. Duas leguas e meia! Parecia que aquella vastidão não mais se findava; porém, alfim, o Major tomou à direita, em busca de S. Raphel, sua fazenda, e, dahi a uma légua, chegamos ao Porto do Apiahy. Desde o Paranapanema que nos achávamos em terras da Faxina. Um esquecimento levou-nos longe. Haviam nos fallado em Theodorinho, como pouso que devíamos tomar; mas olvidando este nome, fomos pelas informações colhidas na estrada, levados à Escaramuça, légua e meia d’elle, e a cinco da Faxina. Plana até logar desde o Rio Apiahy, profundo e cheio d’água, que, o atravessava a ponte, tem de 20 a 25 metros, ahi começa a estrada a subir e a descer por fortes declives, sendo mais notável um de cujo cimo avistamos a vivenda do estimável fazendeiro Capitão José Aleixo Ferreira de Barros com sua capellinha guapa e branca a uma lado. Novos campos a perder de vista; d’ahi a pouco um pequeno bosque que atravessamos de permeio – o Capão do Inferno após o Tocunduva; ao longe, em um alto, a habitação do fallecido Tenente Coronel Honorato Carneiro da Silva Lobo e do actual Tenente Coronel Honorato Carneiro de Camargo; além o Passo da Faxina – feudo de um senhorio nervoso, franzino, feio, mas bom rapaz às deveras, - o senhor Martinho Carneiro de Camargo. Com soffrega por alcançar a cidade, a estrada corre por um chão parado e fácil, até que, chegando-lhe às proximidades, rola por alguns declives, salta por sobre morros suaves, transpõe o Ribeirão Fundo, saúde o Capitão Fructuoso, e, de repente, esbarra, cara a cara, com a Faxina. Doida por abraça-la, atira-se cegamente por uma ladeiras pedregosas abaixo, corre com tanta dificuldade quanto afan, torna a subir, e perder-se no meio das ruas do povoado.A Faxina está situado do meio para o sopé meridional de um outeiro de mansa inclinação. Cercam–n’a elevações achatadas de uma pedra molle, aqui vulgarmente chamam piçarra, formando como que as ameias de denegridos baluartes. D’ellas procede talvez, o nome de Itapeva, que significa – Pedra Chata. De quatrocentos a quinhentos fogos, mais ou menos, encerra o recinto abrigo de uma população de 2,500 almas. Pequenas casas na maior parte. Notam-se, toda via, entre ellas algumas edificações regulares, prevalecendo a construção de madeira. As ruas, quatorze mais ou menos em número, cortadas quase de N. a S. e de L. a O., são, no geral, estreitas e mal cuidadas. A matriz, vasta, mas excessivamente descurada no exterior, tem uma fachada sem torre e sem a mínima sombra de architectura.A cadeia é um sobrado regular, mas que carece de urgente reparos. Além da matriz existem a egreja de Santo Antonio e as capellas de N. S. das Dores e da Guia. Dois pequenos jazidos são sustentados pelas irmandades do Santíssimo Sacramento e N. S. do Carmo, erradamente collocados justamente na direcção para onde a cidade tem espaço para estender-se. O cemitério municipal é uma lástima; o mercado é rachitico, e de monstruoso tem o portão, maior do que o mais junto.Notam-se ainda o theatro de Sant’Anna, construído por accionistas, o Gabinete de Leitura, numerosas casa de fazendas e ponto pequeno, de secos e molhados, a que os caipiras chamam ladroeirinhas, duas pharmacias, um bilhar, quase sempre applicado ao infame jogo de estrada de ferro, ferrarias, barbeiros e cabellereiros (um de cada um), marceneiros, fogueteiros, ourives, dentistas, sapateiros, alfaiate francez, ferradores e até um productor de medicamentos homeopathicos – o senhor Irineo de Faria Mello. Padarias não há o pão que se consome é feito por famílias que o fabricam conforme podem.A água, excellente, é provida por bons mananciaes: o do Callixto, e o vulgarmente denominado Olho do Padre Miguel. Illuminação não se vê: dizem que outr’ora os particulares a faziam à sua custa e algumas ruas, mas pouco a pouco deixaram esse louvável empenho até morrer de todo. A cidade assim descripta, produz, força é confessa-lo, no viajante, que a avista do Alto do Vieira (ponto de entrada), uma impresão nada agradável. Mal collocada, silenciosa e tristonha, não tem nem a graça selvagem das bellezas do sertão, nem os affectados encantos das formosuras cortesãs. E’m uma burguesa chata, insipda e macambusia, sem passado e sem futura, com quem, entretanto, passei bons annos dos quaes consevo muitas e muitas saudades."Fonte: http://www.ihggi.org.br/ O banco de dados do Acervo do IHGGI disponibiliza documentos diversos como Artigos e Ensaios, Autores Itapevenses, Bibliografias, Vídeos, Imagens, Teses e Dissertações, Notícias Históricas.



 Fontes (1)

 1° fonte/2006   

Claudia Panizzolo
Data: 2006




[29304] Claudia Panizzolo
01/01/2006


  


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