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Pedro Taques de Almeida (1640-1724)
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      24 de outubro de 2019, quinta-feira
Dante no Brasil: do período colonial ao século XIX
Atualizado em 30/07/2025 06:14:06
•  Leonor de Siqueira Góes e Araújo, sogro 
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De Simoni, passando pela tradução do canto XXV do Inferno, realizada por Machado de Assis em 1874, a qual dedicaremos mais atenção, até a tradução integral de José Pedro Xavier Pinheiro, uma das mais lidas e conhecidas, pu-blicada em 1907, ou seja, já no início do século XX. Principiemos então pela chegada da obra dantiana em terras brasileiras.Os primeiros leitores de DanteÉ possível que um primeiro exemplar de A divina comédia, de Dante Alighieri, tenha chegado ao Brasil no século XVII. É o que assinala Luís da Câmara Cas-cudo (1963) em Dante Alighieri e a tradição popular no Brasil. Segundo Cascudo (1963, p. 26-27), José de Alcantara Machado apresentou a hipótese de que a obra de Dante teria aparecido em terras brasileiras em meados do século XVII por intermédio de uma mulher estrangeira e alfabetizada, fato raro para a época, e que constaria do espólio da família desta:

Alcantara Machado (1875-1941) entremostra uma possibilidade [...] no espólio de Manuel Vandala há um volume de um título truncado: La Divina... Dar-se-á que o poema do Alighieri tenha leitor em São Paulo? Esse Manuel Vandala era casado com mulher estrangeira e alfabetizada, raridade notável no possível meado do século XVII, época presumível do fato. “Dentre as criaturas do sexo feminino que aparecem nos inventários somente duas sabem assinar o nome. São Leonor de Siqueira, viúva de Luis Pedroso e sogra do capitão-mor Pedro Taques de Almeida, e Madalena Holsquor, viúva de Manuel Vandala, que pare-ce flamenga. Seria uma outra e bem diversa La Divina, espanhola, ou italiana, sem presente identificação? A primeira edição impressa da Divina Commedia é de abril de 1472 (Ludovico Dolce, imp. Giolito, Foligno) e o título, pelo qual se eternizou, aparece inicialmente na edição veneziana de 1555. É apenas uma vaidosa esperança do leitor seiscentista no Brasil.

Também é possível que os primeiros exemplares da obra dantiana tenham chegado ao Brasil por meio dos jesuítas que vinham de Portugal com o objetivo de catequizar os índios, trazendo das terras portuguesas a literatura que apre-ciavam. Segundo Romeu Porto Daros (2012, p. 99), em O imperador tradutor, provavelmente foi na Bahia que se iniciou a circulação de A divina comédia: “No Brasil Colônia dos primeiros momentos da nação, a circulação de exemplares da obra de Dante deve ter ocorrido na Bahia, sede do Governo Geral e da escola de formação da Companhia de Jesus”. Cabe comentar que deveria haver outros registros sobre a A divina comédia, entretanto, devido à expulsão dos jesuítas, uma parte do acervo deles se perdeu, e por isso ficou difícil encontrar mais in-formações acerca da chegada da obra dantiana ao Brasil, como destacou Marco Lucchesi (2013, p. 97) em Nove cartas sobre A divina comédia: “Devia haver outros e anteriores registros. Mas, após a expulsão dos jesuítas, as bibliotecas dos colégios como que dissolveram, vendidas, furtadas”. Nota-se então que, nos três séculos do Brasil colonial, o poeta Dante não esteve muito presente. Primeiro porque, ainda que sua obra fosse apreciada por alguns jesuítas, o clericalismo do ensino censurava a sua leitura, pois conside-rava o poeta um anticlerical. Segundo porque, com a ascensão do movimento iluminista, depois da expulsão dos jesuítas em 1759, a obra dantiana continuou



  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!