Qual significado da palavra Sorocaba? 1°
Sorocaba denota o lugar onde se rompeu alguma coisa. É tradição que neste rio se rompeu uma ponte (talvez no lugar da vila do mesmo nome) e por isso assim se chamou. Este rio tem as suas cabeceiras nas freguesias de São Roque e Santo Amaro: passa pela vila de Sorocaba, e antes de chegar á sua foz leva as águas do Sarapuú (limite da vila de Sorocaba com a de Itapetininga) o qual também leva as águas do Rio Pirapora: rios estes todos navegáveis sem o menor embaraço, exceto o se Sorocaba, que perto da sua foz, no lugar chamado Jurumirim, tem uma cachoeira. Neste lugar as terras são fertilissimas e abundantes de paus para canôas: dista ele da vila de Sorocaba poucas léguas. Por isso seria bem útil que o governo com gente de Sorocaba, cuja freguesia tem 8.000 almas, fizesse ali uma povoação, com que se frequentaria o comércio para o Cuyába por todos os sobreditos rios. Não só serviria aos povos de São Roque, Sorocaba, e Itapetininga, mas também aos negociantes de fora, aos quais seria mais útil vir a Sorocaba carregar canôas, do que a Araritaguaba, porque evitariam todas as cachoeiras que existem da foz do Rio Sorocaba para cima. A povoação é necessária para que se façam canôas, e para haver gente nesse único varador. Bem se sabe a necessidade que esta Capitania tem do ouro do Cuyába e se não deve conservar fechada esta nova porta. [Página 59]
[27899] 1° fonte: 01/01/1780
*Nascimento de Francisco José de
Em 1780 Lacerda e Almeida e o seu colega Antônio Pires da Silva Pontes, também doutorado pela Universidade de Coimbra, receberam a incumbência de tomarem as medidas astronômicas necessárias à demarcação dos limites fronteiriços do Mato Grosso com as colônias castelhanas. A missão demarcadora, que deixou Lisboa em 1780, com destino a Belém do Pará, era um desdobramento do Tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1777.
De Belém, os astrônomos seguiram para Vila Bela, no Mato Grosso, onde começaram a atuar na demarcação das fronteiras. Lacerda e Almeida recebeu a incumbência de explorar as bacias do Rio Guaporé e do Rio Paraguai. Por fim, dirigiu-se a Cuiabá e dali a São Paulo, onde chegou em 1790. Foram mais de dez anos explorando o sertão do Brasil.
Lacerda e Almeida deixou uma série de diários relativos a cada uma das etapas da sua grande viagem pelo interior do Brasil, além de mapas e tabelas de latitudes e longitudes. Esses diários viriam a ser publicados em 1841, por ordem da Assembleia Legislativa da Província de São Paulo, com o título de Diário da viagem do Dr. Francisco José de Lacerda e Almeida pelas capitanias do Pará, Rio Negro, Matto-Grosso, Cuyabá e S. Paulo, nos annos de 1780 a 1790.
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Sorocaba denota o lugar onde se rompeu alguma coisa. É tradição que neste rio se rompeu uma ponte (talvez no lugar da vila do mesmo nome) e por isso assim se chamou. Este rio tem as suas cabeceiras nas freguesias de São Roque e Santo Amaro: passa pela vila de Sorocaba, e antes de chegar á sua foz leva as águas do Sarapuú (limite da vila de Sorocaba com a de Itapetininga) o qual também leva as águas do Rio Pirapora: rios estes todos navegáveis sem o menor embaraço, exceto o se Sorocaba, que perto da sua foz, no lugar chamado Jurumirim, tem uma cachoeira. Neste lugar as terras são fertilissimas e abundantes de paus para canôas: dista ele da vila de Sorocaba poucas léguas. Por isso seria bem útil que o governo com gente de Sorocaba, cuja freguesia tem 8.000 almas, fizesse ali uma povoação, com que se frequentaria o comércio para o Cuyába por todos os sobreditos rios. Não só serviria aos povos de São Roque, Sorocaba, e Itapetininga, mas também aos negociantes de fora, aos quais seria mais útil vir a Sorocaba carregar canôas, do que a Araritaguaba, porque evitariam todas as cachoeiras que existem da foz do Rio Sorocaba para cima. A povoação é necessária para que se façam canôas, e para haver gente nesse único varador. Bem se sabe a necessidade que esta Capitania tem do ouro do Cuyába e se não deve conservar fechada esta nova porta. [Página 59]
[27899] 1° fonte: 01/01/1780
*Nascimento de Francisco José de
Em 1780 Lacerda e Almeida e o seu colega Antônio Pires da Silva Pontes, também doutorado pela Universidade de Coimbra, receberam a incumbência de tomarem as medidas astronômicas necessárias à demarcação dos limites fronteiriços do Mato Grosso com as colônias castelhanas. A missão demarcadora, que deixou Lisboa em 1780, com destino a Belém do Pará, era um desdobramento do Tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1777.
De Belém, os astrônomos seguiram para Vila Bela, no Mato Grosso, onde começaram a atuar na demarcação das fronteiras. Lacerda e Almeida recebeu a incumbência de explorar as bacias do Rio Guaporé e do Rio Paraguai. Por fim, dirigiu-se a Cuiabá e dali a São Paulo, onde chegou em 1790. Foram mais de dez anos explorando o sertão do Brasil.
Lacerda e Almeida deixou uma série de diários relativos a cada uma das etapas da sua grande viagem pelo interior do Brasil, além de mapas e tabelas de latitudes e longitudes. Esses diários viriam a ser publicados em 1841, por ordem da Assembleia Legislativa da Província de São Paulo, com o título de Diário da viagem do Dr. Francisco José de Lacerda e Almeida pelas capitanias do Pará, Rio Negro, Matto-Grosso, Cuyabá e S. Paulo, nos annos de 1780 a 1790.