ano: | 1540 | idade: | | Registros: | 2 de 191 registros (ver todos) | Fontes: | 3 |
0 erros 3 fontes
ver ano (27 registros) 1° - 01/01/1540 - Tupinambás 1 fonte
• 1° fonte (1969) | | 1° registro | “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
“ | | Êsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre".
Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. |
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2° - 10/08/1540 - Terras para Bras Cubas 2 fontes
• 1° fonte (1895) | | 2° registro | Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
“ | | Foi nesta Ilha Pequena e hoje Barnabé que, pelo menos até o anno de 1548, residiu Braz Cubas em companhia de seu pae João Pires Cubas, estabelecendo nella o plantio de cannas de assucar, de arroz e de outros cereaes ( 3 ), não só porque ficava a moradia mais próxima a S. Vicente, como porque em matto dentro, como então se dizia, ficavam os moradores muito expostos e sujeitos aos ataques e consequentes depredações das tribus indígenas, que infestavam aquellas bandas até Ubatuba e cujas investidas, nessa época, com o auxilio dos francezes foram repetidas, mo se deprehende do traslado da ;riptura de auto de posse dessa ia e mais terras, passada em Lisboa a 10 de Agosto de 1540.-
Na parte a que nos referimos esse traslado : « elle capitão martim Affonso ) lhes houve por marcadas pelas demarcações já di-
i e metteu posse realmente em feito,
.to já a obra que na dita Ilha tem
cannaviaes e mantimentos, e por
e dito Braz Cubas foi também pe-
lo a elle Capitão mandasse a mim ;bellÍão que desse aqui a minha fé
1 como havia três annos que João
res Cubas, seu pae, viera a esta
■ra com fazenda e gasto para apro-
itar as ditas terras e tomar posse
lias e aproveital-as, o que deixou
fazer por dita terra ser habitada
r gentios nossos contrários e por
;e respeito não pudera nem po lia
Braz Cubas 15
aproveital-as, etc. »
Verihca-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e
que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540.
Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o elevado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia ; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que « era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e ,onde os navios, até esse tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos .das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto
as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha, com viagem mais dilatada > ; acrescentando
ainda que « os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoeciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem. »
Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma
inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável empreendimento, erigindo nesta terra, então inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse. [https://archive.org/stream] |
• 2° fonte (1937) | | 2° registro | “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
“ | | "... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com
gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE
FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RES-
PEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEITAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PARTE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA " ["Historia De Santos" Francisco Martins dos Santos (12/1936)] |
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01/01/1895 - 23548 - Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo 01/01/1937 - 24418 - “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 01/01/1969 - 26567 - “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
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