ano: | 1583 | idade: | | Registros: | 5 de 149 registros (ver todos) | Fontes: | 3 |
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ver ano (57 registros) 1° - 15/04/1583 - Armada de Valdez chega em São Vicente 1 fonte
• 1° fonte (2010) | | 1° registro | “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
“ | | Diante das dificuldades, Valdés diz que resolveu voltar a São Vicente, onde
chegou em 15 de abril de 1583, ocasião em que encontrou Higino. Depois de valorizar a
própria decisão de ter mandado as três naus a São Vicente - que resultou na vitória sobre
os ingleses –, o almirante fala sobre a construção do forte da Barra Grande, em São
Vicente, que, segundo ele, teria sido solicitado pelos moradores locais e pelo capitão Jerônimo Leitão. “Y asi el contador lo comenzo a fabricar conforme la traza que para ele dio Bautista Antonelli el inginiero que VM embio para los fuertes de lo estrecho...”.
Ao chegar a São Vicente, resolveu acelerar o término do forte e aparelhá-lo com
artilharia de bronze e “ferro colado” e cem homens de guerra, nomeando por alcaide
Thomas Garri, que ia nesta função para um dos fortes do Estreito, “persona diestra para
aquelo efecto”. Nomeou também por capitão um sujeito chamado Fernando de Miranda,
seu sobrinho, que tinha ordem para acabar a fortaleza. Garri, de 45 anos, fora deão de Cartagena, em Múrcia, e escapou a nado de uma das naus afundadas na baía de Cádiz,
quando, então, foi nomeado alcaide de um dos fortes do Estreito por intervenção do
Duque de Medina Sidonia, já que o primeiro nomeado morrera afogado no mesmo
naufrágio224. Garri teria se integrado bem à região, visto que, alguns anos mais tarde,
ressurge num caso de tentativa de enforcamento. Como capitão da fortaleza, quis
enforcar, em surdina, um tal de Antonio Gonçalves que tentara matar o capitão
Jerônimo Leitão. Segundo testemunhos, o caso não teve desfecho trágico porque
Anchieta interveio no episódio alertando a todos das intenções de Garri.225 Já o sobrinho
de Valdés, Miranda, casou-se com a filha do capitão Jerônimo Leitão por intervenção
do almirante. De acordo com sua missiva, Valdés imaginava que a terra, mesmo pobre,
tendia a aumentar e prosperar. As apostas pareciam mesmo elevadas, já que, até um
cunhado do almirante, chamado Francisco Martins Bonilha, que viera com mulher e
filhos, resolveu ficar na capitania e se instalou na vila de São Paulo.
A aliança de Valdés com o capitão Jerônimo Leitão foi de fato bastante profícua.
Rendeu, à capitania, um forte aparelhado, e um casamento, ao capitão. Vinte anos
depois, um filho de Jerônimo, o mameluco Simão Leitão, lembrava desta ajuda do pai
em seu memorial, no qual pedia mercês ao rei Felipe III, no Maranhão. Dentre o enorme
rol de serviços do pai, constava que:
Ajudou no provimento da armada do estreito de Magalhães de Diego Flores Valdés ambas as vezes que por ali passou e na briga que três navios dela tiveram com dois galeões ingleses lhe acodiu com gente deixando o mesmo Diego Flores encarregado da capitania do forte que na paragem da Paraiba se fez para que
acabasse a obra dele e o sustentou por espaço de sete anos.
Ainda apresentou como prova “seis cartas do dito Diego Flores porque se mostra
que teve com ele boa correspondência nas cousas do serviço de VM” |
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2° - 16/05/1583 - Câmara registrou a reclamação de Jerônimo Leitão, capitão de São Vicente, indignado com as pessoas que iam "ao sertão" sem sua licença, causando "prejuízo" para a capitania 1 fonte
• 1° fonte (2020) | | 2° registro | Como os bandeirantes, cujas homenagens hoje são questionadas, foram alçados a “heróis paulistas”. Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
“ | | Os “que vão ao sertão”
Uma pesquisa nas atas da Câmara de São Paulo comprova que o termo bandeirante não existia antes do fim do século 19. “A documentação oficial não se referia a eles nem como bandeirantes nem como sertanistas”, pontua Camargo. “O mais próximo que vi é ´homens que vão ao sertão´.”
Em 16 de maio de 1583, por exemplo, a Câmara registrou a reclamação de Jerônimo Leitão, capitão de São Vicente, indignado com as pessoas que iam "ao sertão" sem sua licença, causando "prejuízo" para a capitania. Ele contava estar "informado de muita devassidão" nessas empreitadas mata adentro.
Camargo aponta o historiador e monge beneditino Gaspar Teixeira de Azevedo (1715-1800), mais conhecido como Frei Gaspar da Madre de Deus, como o primeiro a chamar, em livro, de bandeiras as incursões pelo sertão — o faz em "Memórias Para a História da Capitania de São Vicente", publicado originalmente em 1797. "Mas ele ainda não empregava o termo bandeirantes. Chamava-os apenas de paulistas", atesta Camargo. |
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3° - 10/08/1583 - No dia 10 de agosto, registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos 1 fonte
• 1° fonte (2010) | | 3° registro | “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
“ | | Em sessão dos camaristas, com a presença dos homens bons da vila, nomeados na ocasião como povo, decidiu-se por negar o pedido, visto que já tinha sido entregue gado no ano anterior, em troca do qual não haviam recebido dinheiro, conforme prometido, mas vinho, vinagre e ferro, todos por alto preço. Sem contar que o pouco gado restante estava prenhe e magro. Apesar das queixas das autoridades e dos reforços na solicitação, o pedido não foi atendido e o gado do planalto foi preservado. O sujeito responsável pela cobrança foi o feitor e almoxarife da capitania, Melchior da Costa, que, coincidentemente, quando os galeões ingleses estacionaram em Santos, estava “en la vila de sampablo del campo estudando em mandar hacer bastimentos para la dicha real armada”. |
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4° - 10/08/1583 - Registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos 0 fontes
5° - 09/10/1583 - “para o bem do povo e de alguns espanhóis que andam nesta vila e termo dela fugidos” 0 fontes
01/01/2010 - 24461 - “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 20/06/2020 - 29687 - Como os bandeirantes, cujas homenagens hoje são questionadas, foram alçados a “heróis paulistas”. Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil 25/12/2024 - k-4074 - Consulta em soveral.info
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