• 1° fonte (1914) | | 1° registro | História do Brasil, 1914. João Ribeiro
“ | | Chegaram a uma região campestre arborizada de pinheiros. Viajando um mês, sofrendo muito de fome e moléstias, chegaram a uns montes, entre os quais havia um chamado Itapuca – serra das pedras compridas, – com pedras pretas, de mais de um metro de comprimento, e arredondadas como se fossem pedaços de madeira. Houve muita dificuldade em atravessar essa serra mateada de jequitibás e palmitos.
Seguiram-se vinte dias de viagem por uma região de campos pretos e secos, quase sem erva, que terminou junto a uma serra chamada Itawobo, “Serra de pedras verdes”. Com mais dois dias chegaram às margens do Rio Iawary; que, dizem, nasce nas montanhas de Potosi, no Peru.
Aí ficaram dois meses por terem achado roças plantadas pelos índios, porém abandonadas. Depois continuaram para adiante até outras roças, onde demoraram seis meses. Deste ponto o grosso da expedição voltou ao Rio de Janeiro, correndo o risco de ser atacada pelos Pories, Lepos, Tomenos e outras tribos.
Knivet e mais doze companheiros, ficando no sertão, construíram uma canoa e, descendo o Rio Iawary durante uma semana, encontraram uma pequena aldeia abandonada, onde acharam linhas de pesca tendo pepitas de ouro amarradas, bem como pedras coloridas, verdes, vermelhas, azuis e brancas. Tomaram o ouro e as pedras preciosas como demonstração de que não estavam longe de Potosi. |
• 2° fonte (1934) | | 1° registro | “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
“ | | Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após. Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56] |
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