• 1° fonte (1929) | | 2° registro | Estrada Real, Koboyama
“ | | A 16 de março de 1681 compareciam ao Paço Municipal de São Paulo, a chamado, Mathias Cardoso e o mineiro João Alvares Coutinho. Declarava este, ao receber a intimação do procurador, Roque Furtado Simões, a que acompanhasse D. Rodrigo, que obedeceria não obstante "seus achaques, a muita idade e não ter dentes com que se achava impossibilitado".
Quanto a Mathias este afirmou com admirável sobranceria, característica da fibra dos sertanistas, e relembradora da feição altiva de sua gente: acompanharia o administrador geral "com sua pessoa e negros de seu serviço e homens brancos a sua custa por fazer serviço a sua alteza o príncipe Regente, como já o fizera na jornada do governador Fernão Dias Paes, sem em nenhuma destas diligências fazer dispêndio nem gasto algum a sua alteza assim de espingardas, pólvora e chumbo e o mais que se levava para essas diligências".
Declarou-se o tenente (ilegível) sobre os resultados da expedição. Era preciso, uma vez por todas acabar com o desengano de tais minas e por isso se tornava importantíssimo a ida do mineiro João Alvares. Se este não partisse, ele também não iria.
Assegurou a Câmara ao mineiro que faria a viagem com todo o conforto e bem relativo! - o dos tempos, para o que haveria rede e índios afim de o carregarem! E Mathias lhe promete "todo o necessário do sustento para a sua pessoa".
O escrivão da administração dos índios João da Maia relatou então a lista dos índios arrolados para a expedição. Eram 95 e esperavam-se mais seis. Ficariam todos entregues a D. Rodrigo. E se ainda houvesse carregadores mandar-se-ia, atrás do fidalgo, outra turma a recrutar índios ausentes inclusive os de Santa Catarina de onde se esperavam (ilegível) alguns. |
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