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Destaques

Escravizados

SOBRINHOS
ano:1869
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Registros: 7 de 677 registros (ver todos)
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1° - 01/01/1869 - Primeira escola admitia a matrícula de escravos que apresentassem licença, por escrito, de seus senhores
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2° - 10/05/1869 - Fuga de escravizados de Júlio Lopes de Oliveira
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3° - 19/07/1869 - Maçons se encontram na Rua da Penha
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4° - 07/08/1869 - Leite Penteado e Ubaldino: “Libertar e educar os filhos dos escravizados”
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4° registro
Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia

A loja Perseverança III foi organizada sobre o lema: educação e liberdade. Na reunião do dia 7 de agosto de 1869, Ubaldino do Amaral faz uso da palavra, afirmando:

Trago, subscrita por essa presidência, por Leite Penteado e por mim, a seguinte proposição que esperamos merecer a aprovação da oficina:

1o) a jóia da iniciação será de 25$000;

2o) a mensalidade de 1$000;

3o) colocar-se-á na oficina uma caixa Emancipação, na qual os iniciados, a convite do venerável e de qualquer irmão, quando queiram, depositarão suas ofertas;

4o) o produto dessa caixa será exclusivamente destinado à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade;

5o) as crianças assim libertadas ficam sob a proteção da oficina;

6o) serão absolutamente proibidos os banquetes, ceias, copo d’agua que o uso tem admitido nas iniciação, devendo o venerável convidar os recipiendários para converter em quantias que dispenderiam com isso em donativos à Caixa de Emancipação;

7o) serão criadas escolas para adultos e menores. As escolas serão noturnas; mantidas pela oficina para o ensino gratuito das primeiras letras.


A proposta redigida pelo Venerável Leite Penteado e por Ubaldino foi aprovada por unanimidade. A proposta sugere a libertação de filhos de escravos e a construção de escolas destinadas aos filhos de escravos e escravos. Para tanto, seriam proibidos os banquetes e foi sugerida a construção da caixa emancipatório destinada a libertação de filhos de escravos.

Sobre a égide do binômio libertação e educação, a Loja Maçônica Perseverança III distinguia-se da Loja Constância. Aleixo afirma: “Essa propositura mostra a distancia entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e lutar pelas reformas da estrutura social e econômica do país (1999, p. 58).

A mesma luta vai ser liderada por Rui Barbosa na Loja América oito meses depois. Rui Barbosa apresentou no Grande oriente Brasileiro um projeto de Abolição com o intuito de torná-lo um projeto de lei geral e obrigatória para toda a maçonaria brasileira. O projeto composto de 12 artigos propunha entre outras coisas a educação popular destinada aos filhos de escravos.[Página 11 do pdf]

A Loja Perseverança III antes do projeto de Rui Barbosa já havia estabelecido este projeto emancipatório e educacional. Em 7 de agosto de 1869, Leite Penteado, afirma:

A luta maior da nacionalidade se aproxima. Nós somos os obreiros precursores do movimento libertário e educacional no seio das lojas. Não há ocasião mais propícia ao início das atividades referidas do que o 7 de setembro. Nestas condições, submeto à apreciação da oficina a seguinte propositura:

a) que esta respeitável loja, comemorando a independência do Brasil, a 7 de setembro, nesse dia inaugure a escola noturna que se propôs estabelecer;

b) que nesse dia se esforce por libertar os menores escravos que os seus recursos permitirem; c) que se alugue uma casa e se compre mobília para a oficina e para a escola.


Ubaldino do Amaral na mesma sessão propõe um aditivo, que dizia:

no dia 7 de setembro de todos os anos é obrigatória a libertação de uma criança, ao menos. Na falta de fundos correrá uma subscrição entre os irmãos” (1o Livro de Atas – Perseverança III, 1869).

A proposta foi aprovada pelos membros presentes. Nesta mesma sessão os membros da Loja fazem uma arrecadação de 1$200 réis para a benemerência. Na sessão seguinte levantaram 10$000 réis para a libertação do escravo José e seus filhos, escravos de Ana do Sacramento. Nesta mesma sessão foi aprovado o regulamento da escola noturna (1o Livro de Atas, 29 de agosto de 1869). [Página 12 do pdf]



5° - 19/09/1869 - Antes da abolição, intelectuais faziam vaquinha para libertar escravos
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6° - 19/10/1869 - Jornal O Ypiranga: Fuga de escravizado
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7° - 31/12/1869 - Relatório do Dr. Virgílio Augusto, médico na Fábrica da Fazenda de Ipanema: dos 35 que passaram pelo “departamento médico”, 33 foram a óbito
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01/01/2007 - 28758 - Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia