1556 — Naufrágio da nau Nossa Senhora da Ajuda, nos baixos de dom Rodrigo. Esse navio, saído da Bahia no dia 2, conduzia para Lisboa o primeiro bispo do Brasil, dom Pedro Fernandes Sardinha, o deão, dois cônegos e alguns homens e senhoras principais da Bahia. Os náufragos foram todos mortos e devorados pelos selvagens, junto à margem esquerda do rio São Miguel.Em sua vota ao reino, após um acidente com o navio, Bispo Sardinha é "comido" por índios Caetés [1]
Coincidência ou não, num contexto muito diferente daquele em quedramaticamente morreu o famoso língua Pero Correia nas mãos dos Carijós, conformenarrativa de Anchieta (1988:91), entre os três sobreviventes, dois dos quais eram índios, donaufrágio ocorrido a algumas léguas da costa da Bahia em junho de 1556, em que pereceuuma centena de outras pessoas vítimas da antropofagia dos Caeté, entre as quais o BispoSardinha, estava um língua, relata Serafim Leite em notas às Cartas de Nóbrega (2000:279). [2]
Aqui se perdeu o bispo do Brazil D. Pedro Fernandes Sardinha cora sua náo vinda da Bahia para Lisboa, em a qual vinha Antônio Cardozo de Barros, provedor mór, que fora do Brazil, e dois conegos e duas mulheres honradas e casadas, muitos homens nobres e outra muita gente, que seriam mais de cem pessoasbrancas, afora escravos, a qual escapou toda deste naufrágio, mas não do gentio Caité, que neste tempo senhoreava esta costa da boca deste rio de S. Francisco até o da Parahyba: depois que estes Caités roubaram este bispo e toda esta gente de quanto salvaram , os despiram, e amarraram a bom recado, e pouco a pouco os foram matando e comendo sem escapar mais que dois indios da Bahia com um portuguez que sabia a língua, filho do meirinho da correição. [3]