1591 — Provisão do prelado administrador eclesiástico do Rio de Janeiro, Bartolomeu Simões Pereira, determinando que os vigários não se intrometessem nas eleições da irmandade da Santa Casa de Misericórdia. Esse documento, citado por Simão de Vasconcelos, é omais antigo que se conhece sobre a Misericórdia do Rio de Janeiro. O mesmo cronista acrescenta que “se entende teve ela princípio pelos anos de 1582, ou poucos anos antes, porque neste chegou aquele porto uma Armada de Castela [...]” A Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, segundo Vasconcelos, foi fundada pelo padre José de Anchieta e, se ofoi quando estacionaram no Rio de Janeiro alguns navios da esquadra de Flores Valdez. Deve-se atribuir-lhe a fundação ao ano de 1582. Um alvará de 8 de outubro de 1605, existente no arquivo da santa casa, diz que ela fora fundada 60 anos antes, isto é, em 1545; no entanto, semelhante proposição não resiste à análise, pois se sabe que antes dachegada de Villegaignon, em 1555, os únicos habitantes da baía do Rio de Janeiro eram índios Tamoio. A cidade só foi fundada em 1567, depois de lançados os primeiros alicerces por Estácio de Sá, em 1565.