, nascido em Lisboa em 1767. Na Guerra da Península, comandou uma divisão sob as ordens de lorde Wellington e, vindo para o Brasil, invadiu em 1816 a Banda Oriental do Uruguai, ocupou Montevidéu e dirigiu as operações até conseguir a incorporação desse território ao Brasil. Foi capitão-general e governador da Banda Oriental, depois província Cisplatina, de 1817 a 1826; durante algum tempo, comandou o Exército do Rio Grande do Sul. Acusam-no de imprevidente e de ter concorrido para a perda da província anexada os que não conhecem a sua honrosíssima correspondência oficial. Ele, por vezes, pediu reforços em 1824 e 1825, e anunciou os manejos que se faziam em Buenos Aires para promover a insurreição dos habitantes do campo. O governo do Rio de Janeiro não pôde atender às suas representações, por estar então absorvido com a repressão da revolta nas províncias do norte. O visconde da Laguna foi excelente soldado; no entanto, no Brasil, desde a revolução de 1821, as tropas portuguesas se indisciplinaram, dando exemplos funestos, que foram imitados pelas brasileiras e que ocasionaram, em grande parte, os nossos revezes militares na guerra estrangeira de 1825 a 1828. Tanto este ilustre e honrado general quanto a sua viúva, não obstante bens herdados, morreram na mais completa pobreza.