O almirante Joaquim José Inácio, logo depois barão e visconde de Inhaúma, força a passagem de Curupaiti
15 de agosto de 1867, quinta-feira. Há 157 anos
1867 — O almirante Joaquim José Inácio, logo depois barão e viscondede Inhaúma, força a passagem de Curupaiti, à frente dos encouraçadosseguintes: Brasil (com o pavilhão de almirante, capitão de bandeiraSalgado, depois barão de Corumbá), Mariz e Barros (comandante Netode Mendonça), Tamandaré (comandante Elisiário Barbosa), Colombo(comandante Bernardino de Queiroz), Bahia (com a insígnia do chefeRodrigues da Costa, capitão de bandeira Pereira dos Santos), Cabral(comandante Jerônimo Gonçalves), Barroso (comandante Silveira daMota, depois barão de Jaceguai), Erval (comandante Mamede Simões),Silvado (comandante Macedo Coimbra) e Lima Barros (com a insígniado chefe Alvim, capitão de bandeira Gracindo de Sá). O aviso Lindóiasubiu atracado ao costado de bombordo do Brasil, e a chata Riachuelo,rebocada pelo Colombo. Os quatro encouraçados, que se seguiam o Brasil,formavam a 3a divisão (chefe Rodrigues da Costa); os cinco últimos, a1a divisão (chefe Alvim, depois barão de Iguatemi). O chefe de divisãoElisiário dos Santos (depois almirante e barão de Angra) aproximouse de Curupaiti com seis canhoneiras e duas bombardeiras, e rompeu ofogo sobre as baterias inimigas. No rio, duas estacadas de madeira, váriosbatelões afundados, 10 torpedos colocados entre o banco e o Chaco, e, emterra, 29 canhões defendiam o passo. Os encouraçados, porém, contra aexpectativa do inimigo, passaram a tiro de pistola da barranca fortificada,em pouco fundo, deixando a grande distância o canal em que estavam ostorpedos, e receberam no costado e em obras mortas 256 balas. Tivemosapenas 25 homens fora de combate (três mortos e 22 feridos e contusos).Elisiário Barbosa, um dos comandantes feridos, perdeu o braço esquerdo.No mesmo dia, às 14h, os canhões da bateria de Londres, em Humaitá,troaram pela primeira vez em ação de guerra, respondendo ao fogo da OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO464nossa esquadra. Meses depois, 10 de novembro, começou-se a construçãode uma via férrea no Chaco, para facilitar as comunicações entre a esquadraencouraçada e a de madeira. O almirante deu-lhe o nome de caminho deferro Afonso Celso, em honra do ministro da Marinha, que preparara oselementos para esta passagem de Curupaiti e para a de Humaitá.