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A esquadra francesa de Duguay-Trouin, favorecida por um nevoeiro, aproxima-se, sem ser vista, da barra do Rio de Janeiro
12 de setembro de 171109/04/2024 14:45:50

1711 — A esquadra francesa de Duguay-Trouin, favorecida porum nevoeiro, aproxima-se, sem ser vista, da barra do Rio de Janeiroe força a entrada. Compunha-se de 17 navios, montando 740 peças ealguns morteiros, com 5.764 marinheiros e soldados. As fortalezas e asbaterias da barra, a de Villegaignon e seis navios de guerra, ou armadosem guerra, disputaram a passagem, na qual Duguay-Trouin teve 300homens fora de combate, sendo 80 mortos. A bateria de Villegaignonficou destruída por uma explosão, em que pereceram os capitãesManuel Ferreira Estrela, João Pinto de Castro Morais e um capitãode artilharia, além de trinta e tantos inferiores e soldados, e ficaram OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO516feridos 60 oficiais e praças (História gen., VIII, 127). A esquadrafrancesa foi fundear na Armação. Pela exposição do governador doRio de Janeiro, Francisco de Castro Morais, e de outros documentosinéditos da devassa a que se procedeu, vê-se que os navios portuguesesdo sargento-mor de batalha do mar, Gaspar da Costa de Ataíde, nãoestavam postados entre Santa Cruz e em Boa Viagem, como foramrepresentados na planta de A. Coquart (Mems. de Duguay-Trouin),reproduzida, com ligeiras variantes, na História geral do Brasil, dovisconde de Porto Seguro. Esses navios se achavam entre Villegaignone a cidade, tendo a maior parte das guarnições, com o general Costa deAtaíde, em terra, no trabalho da construção de trincheiras. Os nossoscronistas e historiadores exageraram muito as forças de que dispunhao governador (ver 29 de agosto de 1711). Eis a relação exata dos fortese baterias, segundo os documentos oficiais portugueses. Na entrada dabarra: bateria da praia de Fora, seis canhões de ferro; bateria da PraiaVermelha, 12; fortaleza de Santa Cruz, comandada pelo sargento-morMiguel Alves Pereira, 44 canhões, seis dos quais de bronze; fortalezade São João (compreendendo as baterias de São Martinho, São Diogo,São José e São Teodósio), comandada pelo sargento-mor AntônioSoares de Azevedo, 30 canhões, sendo oito de bronze (estas bateriasnão fizeram fogo porque o comandante tinha licenciado a sua gente).No porto: bateria de Villegaignon, comandada pelo capitão ManuelFerreira Estrela, 20 canhões de ferro; bateria da Boa Viagem, 10 (abateria de Gravatá já existia, mas estava desarmada); forte e bateria dailha das Cobras, capitão Diogo Barbosa Leitão, 12. Na cidade e seusarredores: forte de São Sebastião, capitão José Correia de Castro, cinco;reduto de São Januário, 11; reduto de Santa Luzia, cinco (todos os trêsno morro do Castelo); forte de Santiago, também chamado da pontada Misericórdia ou do Calabouço, um; trincheiras do morro de SãoBento, oito canhões; reduto da Prainha, sem artilharia. No morro daConceição havia um entrincheiramento sem artilharia, para proteger aresidência do bispo. Do lado de terra, corria uma trincheira, não de todoacabada, desde a lagoa de Santo Antônio ou do Boqueirão, no atuallargo da Carioca, até a Prainha, ao longo do fosso, que já existia no anoanterior (ver 19 de setembro de 1710). Nessas trincheiras, não haviapeças. Assim, o número total de bocas de fogo, nos fortes, nas bateriase nas trincheiras, era de 174, sendo apenas 14 de bronze. Em vez de EFEMéRIDES BRASILEIRAS51710 mil homens de linha e de cinco mil milicianos, de que fala PortoSeguro, iludido pelas declarações de Duguay-Trouin (nunca houveem tempo algum, antes da Independência, 10 mil homens de linhareunidos em um só ponto do nosso território), só tinha o governador2.720 homens, 650 dos quais, incluindo todos os artilheiros, ocupavamos fortes e as baterias da barra e do porto. Dividiam-se assim: Troparegular: terço velho e terço novo de infantaria do Rio de Janeiro,590 homens (mestre de campo Francisco Xavier de Castro Moraise João de Paiva Souto Maior), e o terço da Colônia do Sacramento,300 homens (sargento-mor Domingos Henriques); artilheiros, 50.Milícias: regimento da nobreza e privilegiados, 550 homens (coronelManuel Correia Vasques), dois regimentos de ordenanças, 780 homens(coronéis Baltasar de Abreu Cardoso e Crispim da Cunha). Tropasde Marinha (do regimento da Armada e do regimento da Junta deComércio), 400 homens desembarcados dos navios. A força navalconstava apenas da nau capitânea, cujo nome nos não é conhecido,da São Boaventura (comandante Gillet du Bocage, avô do grandepoeta), da Barroquinha (comandante Amaro José de Mendonça) e daPrazeres. Esta última pertencia à Junta do Comércio; as outras três, àMarinha Real; montavam, ao todo, uns 130 canhões. Havia ainda doisnavios mercantes ingleses, que tinham algumas peças. Não podendoresistir à poderosa esquadra de Duguay-Trouin, ordenou Costa deAtaíde o incêndio dos seis navios, que, largando as amarras, tinhamido encalhar na ponta da Misericórdia, na ilha das Cobras, e junto aSão Bento. Na manhã de 13, o cavaleiro de Goyon, à frente de 500homens, apoderou-se da ilha das Cobras, cujo comandante, debalde,havia pedido reforços; no dia seguinte, Duguay-Trouin, desembarcandona praia de São Diogo com 3.800 homens, ocupou sem resistência asalturas de São Diogo, Providência e Livramento, e fez estabelecer nailha das Cobras e no morro do Pina, hoje Saúde, baterias, que abriramfogo contra as trincheiras de São Bento e o forte de São Sebastião. Nailha das Cobras tinham os franceses cinco morteiros e 18 canhões, eno morro da Saúde 10 canhões e quatro morteiros. Os documentos daAlçada mostram que Castro Morais só podia responder ao fogo desses37 canhões e morteiros, e ao da esquadra, com as oito peças de SãoBento, as cinco do forte de São Sebastião e uma do de Santiago. Osoutros fortes e baterias ficavam muito distantes, e nenhum préstimo OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO518tinham para a defesa da cidade. Ocupadas pelo inimigo as alturas de SãoDiogo à Conceição, assim como a ilha das Cobras, a cidade podia serfacilmente destruída, e estava de fato perdida. Ainda assim, as bateriasimprovisadas em São Bento sustentaram fogo continuado até o dia 20,sob a direção do sargento-mor de batalha do mar, que tinha às suasordens o capitão de mar e guerra Gillet du Bocage. Nos dias 17 e 18houve pequenos combates, fora das trincheiras, e no dia 20 (ver essasdatas), começado o bombardeamento, o governador ordenou, à noite, aevacuação da cidade, que contava então 12 mil habitantes. [1]

*Domingos Rodrigues da Fonseca Leme era natural da vila de Parnahyba, filho do capitão João Rodrigues da Fonseca e D. Antonia Pinheiro Raposo Tavares. Faleceu em seu sítio de Teymotinga, distrito de São Roque, em 1738, casou com Izabel Bueno de Moraes.

Tem uma história interessante a velha fazenda da Borda do Campo, situada a poucos quilômetros da estação do Sítio, na Estrada de Ferro Centra, comarca de Barbacena. Ela foi teatro de conversações patrióticas, assistiu as cenas de ardor cívico, conferências de inconfidentes e lá se fez ouvir muitas vezes a voz sincera, entusiasta e vibrando do proto-mártir Tiradentes.

Seu proprietário era, por esse tempo, o coronel José Ayres Gomes. Antes dele, em 1703, a fazenda da Borda do Campo pertencer ao coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme distinto paulista, cujos serviços e merecimento são atestados na patente de coronel da Nobreza da Capitania de São Paulo, que lhe passou o Capitão General Rodrigo César de Meneses, em 22 de outubro de 1724.

Desse documento consta que "sucedendo entrar a Armada Francesa no porto do Rio de Janeiro, e baixando das Minas o Governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, com um pé de exército a socorre-lo, se, aquartelou na Borda do Campo, no sítio do suplicante, onde lhe foi necessário demorar-se alguns dias para regular as tropas e as ir despedindo de sorte que fizessem as marchas com mais facilidade, ás quais assistiu o dito Domingos Rodrigues da Fonseca Leme com todos os mantimentos necessários, e tudo o mais que lhe pediu, com a maior grandeza e liberalidade, oferecendo tudo sem estipendio nem paga..."

Foi a invasão dirigida por Duguay Trouin, em 1771, em que os franceses, no dia 22 de setembro, tomaram o Rio de Janeiro, que não fôra defendido convenientemente pelo governador Francisco de Castro. Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho chegara de Minas com esse reforço que passara na Borda do Campo, mas encontrou firmado com Duguay um contrato desonroso. Coelho de Carvalho foi então convidado para assumir o governo e fel-o em 1711, conservando-se até 1713.

Depois do Coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, as terras da Borda do Campo passaram ao domínio de Manoel Lopes de Oliveira, que também obteve carta de sesmaria em 30 de outubro de 1749. [A Fazenda da Borda do Campo. O inconfidente José Ayres Gomes, 1992. Wilson de Lima Bastos. Páginas 1 e 2 do pdf]
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