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O aventureiro francês César Fournier, que tinha uma patente de corso concedida pelo governo de Buenos Aires, aborda e toma, durante a noite, em Maldonado, a nossa escuna canhoneira Leal Paulistana
21 de setembro de 182605/04/2024 19:38:03

, de dois rodízios, seis caronadas e 66 homens. Fournier realizou essa surpresa com três lanchas apenas e 27 marinheiros ingleses, norte-americanos e franceses. O comandante da canhoneira, primeiro-tenente Antônio Carlos Ferreira, e dois marinheiros ficaram feridos; outro saltou ao mar e afogou-se. Dos abordantes, só um foi ferido. A presa, conduzida a Buenos Aires, foi comprada pelo governo argentino e recebeu o nome de Maldonado. Três meses depois, querendo repetir a façanha no mesmo OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO 540 lugar da sua vitória, foi Fournier repelido, como devia tê-lo sido na noite de 21 de setembro, se a bordo da Leal Paulistana houvesse disciplina e, portanto, vigilância e respeito ao cumprimento do dever militar (ver 16 de dezembro). Este é o único exemplo de um navio de guerra brasileiro surpreendido e tomado por lanchas, episódio bem triste, porém que não justifica as injúrias então lançadas à nossa Marinha e repetidas, há poucos anos, por certa imprensa de Buenos Aires. A Leal Paulistana era uma pequena escuna e, com lanchas, guarnecidas de ingleses e chilenos, tomou lorde Cochrane uma grande fragata espanhola, protegida pelos fortes de Callao, no Pacífico. Também os nossos antepassados tomaram por vezes, a nado ou em botes, navios inimigos, e a esta vergonhosa surpresa podemos opor algumas vitórias do mesmo gênero, compradas mais dificilmente por Salvador Correia de Sá, Pedro Teixeira, Francisco Barreiros, Martins Cachadas e outros heróis (ver 8 de junho de 1562, 9 de agosto de 1616, 8 de agosto de 1633, 22 de agosto e 3 de setembro de 1645, 15 de junho de 1646, datas que nos ocorrem neste momento). O comandante da Leal Paulistana era oficial de valor, provado em vários combates, e acabava de ser condecorado com a insígnia do Cruzeiro. A 13 de junho de 1828, voltou para a nossa esquadra, trocado por um oficial argentino prisioneiro, e pouco depois recebeu o comando do brigueescuna Dois de Julho, com o qual saiu de Montevidéu para o Rio de Janeiro em fevereiro de 1829, perecendo no naufrágio desse navio, de que nunca mais houve notícia.
O aventureiro francês César Fournier, que tinha uma patente de corso concedida pelo governo de Buenos Aires, aborda e toma, durante a noite, em Maldonado, a nossa escuna canhoneira Leal Paulistana


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