. Nasceu na cidade de Mariana (Minas Gerais) em 1769 e, depois de haver estudado Direito em Coimbra, foi magistrado em Portugal e no Brasil. De 1809 a 1817 governou a Guiana Francesa (dessa administração fala Vignal, com grande louvor, no seu Coup d’oeil sur Cayenne, Paris, 1823). Em 1821, foi preso por alguns dias no Rio de Janeiro, com outros brasileiros distintos, e o almirante Pinto Guedes, em consequência de uma denúncia de que procuravam induzir o povo a opor-se à partida do rei para Portugal. Acompanhou dom João VI até Lisboa, mas as Cortes Constituintes proibiram a sua permanência na capital. Publicou, então, em Coimbra um folheto: “Apologia que dirige à nação portuguesa... João Severiano Maciel da Costa”. No mesmo ano, publicou a sua Memória sobre a necessidade de abolir a introdução dos escravos africanos no Brasil; sobre o modo e condições com que esta abolição se deve fazer, e sobre os meios de remediar a falta de braços que ela pode ocasionar (Coimbra, 1821). Em 1823, fez parte da Assembleia Constituinte brasileira. Nomeado conselheiro do Estado a 13 de novembro do mesmo ano, foi um dos redatores da Constituição do Império e teve assento no Senado desde a organização dessa câmara em 1826, representando a província da Paraíba. Ocupou o cargo de ministro do Império de 17 de novembro de 1823 a 14 de outubro do ano seguinte, a presidência da Bahia em 1825 e 1826, e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e da Fazenda de 16 de janeiro a 20 de novembro de 1827. De 1828 a 1830 teve uma polêmica com o almirante barão do Rio da Prata (Pinto Guedes) e publicou dois opúsculos anônimos. O marquês de Queluz foi um dos mais notáveis estadistas do reinado de dom Pedro I.