A História do Brasil foi incentivada por Manuel Severim de Faria, a quem foi dedicada em 20 de dezembro de 1627. Seu conteúdo seria ampliado depois. Diz Willeke: "Embora voltasse às suas ocupações comuns da vida religiosa e da cura d´almas, o autor da história brasileira, em espírito, acompanhava os originais até Portugal e como a publicação demorasse muito, acrescentou, no decorrer dos anos, muitas correções e fatos que lhe haviam escapado" [Willeke, Venâncio, Frei. "Frei Vicente do Salvador: Pai da História do Brasil". In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1967; 277:99-112]
1627 — Frei Vicente do Salvador (Vicente Rodrigues Palha) terminaneste dia a sua História do Brasil, recentemente publicada12*. Nasceu emMatuim (Bahia) em 1565, provavelmente no dia 20 de dezembro, efaleceu pelo ano de 1638.
No governo de Salvador Correia de Sá, este, os oficiais da Câmarae os magnatas da cidade de S. Sebastião doaram aos franciscanosos terrenos da ermida de Santa Luzia. Como o local não pareceuo mais próprio a frei Leonardo, Martim de Sá e a Câmara concederam-lhes o morro então chamado do Carmo, defronte da várzeae do bairro de Nossa Senhora, sobre a lagoa de Santo Antônio. Ossignatários da doação, datada de 4 de abril, obrigaram-se a desabafar o mato da várzea, a fazer uma rua até o mar, com a larguracomum de trinta palmos, e levar à praia uma vala para sangrar alagoa, de modo a não ser nociva aos religiosos que habitassem suavizinhança.Frei Vicente, companheiro do custódio e nomeado presidente, ficou dirigindo as obras do Rio e tal atividade desenvolveuque a 4 de junho de 1608 frei Leonardo de Jesus pôde lançar nofundo dos alicerces a primeira pedra dos corredores do atual convento de Santo Antônio.
No Rio o frade baiano talvez permanecesse até a vinda do governador D. Francisco de Sousa em abril de 1609 e ouviria as queixas de Afonso de Albuquerque, capitão-mor, de que só ficava para seu governo o ar, porque D. Francisco chamar a si a terra e D. Antônio, seu filho, o mar, infra 415.
Na companhia do custódio o ex-presidente partiu paraOlinda, onde iam ser abertos estudos e ele devia lecionar. Poucotempo exerceu as funções, porque veio do reino outro custódio acompanhado de mestres de estudo e estudantes.Recolheu-se à Bahia, até ser eleito guardião do conventoem 1612 e logo custódio em 15 de fevereiro de 1614. Deu-se entãonova forma à custódia do Brasil, autorizada a fazer capítulos regulares, em que fossem também eleitos os definidores. Afirma Jaboatãoque para efeito cabal do assim determinado o novo custódio partiuda Bahia para Olinda, onde reuniu o capítulo a 15 de outubro. Se [História do Brasil, 1927. Frei Vicente do Salvador (1564-1639). Página 39]
De D. Francisco de Sousa não se possui carta, mas ainda poderá sermuito esclarecida sua história e a do seu sucessor imediato, se foi efetivamenteredigida e algum dia aparecer a relação de Baccio da Fllicaya, gentil-homemflorentino que no Brasil residiu muito tempo.De Lisboa escrevia em 30 de agosto de 1608 que D. Francisco deSousa o nomeara engenheiro-mor do Estado, capitão de artilharia, e em suacompanhia o levara às minas de ouro, de que Baccio fizera uma descrição.Nestes trabalhos consumiu cinco anos, até a demissão de D. Francisco; depois,serviu mais seis com Diogo Botelho, indo a descobrir o Amazonas e Maranhão,comandando uma companhia, com um general português, que conquistou duzentas léguas e sujeitou muitas nações de gentil. Em 1607, incumbido de descobrir portos maranhenses em um pequeno navio, arribou destroçado à NovaEspanha, de lá seguiu para o Reino, aonde chegara cerca de um mês antes dadata de sua carta.
Noutra de 5 de janeiro de 1609 anuncia já ter escrito uma relação de suas viagens para satisfazer ao Duque de Florença, que, sendo muito volumosa, iria por uma urca de partida para Veneza e não pelo correio. Começara uma descrição geral do Brasil, mas só poderia terminá-la mais tarde, por ter deixado muitas memórias e desenhos na terra, para onde estava novamente de partida em companhia de D. Francisco de Sousa. Até aqui chegaram as investigações de Giacomo Gorrini, “Un viaggiatore italiano nel Brasil”, Atti delCong. di Seienze storiche, 10, 39/49, Roma, 1904.27274
Que haverá de real em tantas informações e promessas? Os documentos portugueses não mencionam o fidalgo florentino, mas as circunstânciasexteriores, apontadas em Gorrini, são todas muito favoráveis a sua pessoa e osnossos arquivos estão muito desfalcados.Diz Barbosa Machado, Bibl. Lus., s. v., 1, Lisboa, 1741, que Diogo Botelho escreveu “Sucessos de sua viagem ao Brasil e de muitas cousas queobrou nele e como as achou em 7 de maio de 1602”, papel largo conservado nabiblioteca do Marquês de Abrantes. Terá sobrevivido ao terremoto de Lisboa? Adata da chegada ao Brasil não pode estar certa.Não se conhece carta de Diogo Botelho, mas há quinze cartas régiasque lhe foram dirigidas, de 25 de janeiro de 1602 a 7 de junho de 1607, háatestados, certidões, depoimentos de testemunhas que lhe dizem respeito, etc.Descobriu-os Norival de Freitas na biblioteca da Ajuda em Lisboa e saíram [História do Brasil, 1927. Frei Vicente do Salvador (1564-1639). Página 262]
na R. T., 73, 1, 1/258, precedidos de douta introdução por Vieira Fazenda.O documento não está completo (cf. ib. 219); mesmo assim é considerável suaimportância e apura pontos relevantes.Diogo Botelho foi o primeiro governador-geral que aportou a Pernambuco, aonde assumiu o governo a 1º de abril de 1602 e demorou mais deano e meio, enquanto na Bahia continuava Álvaro de Carvalho, deixado porD. Francisco de Sousa.A sua demora proveio de diversos casos urgentes a resolver: extinguiras despesas desnecessárias; sanar abusos decorrentes do regime donatarial, atéentão quase absoluto; atender à expansão para além do cabo de S. Roque, vasto território inçado ainda de franceses, a que mandou Pero Coelho de Sousa,cunhado de Frutuoso Barbosa; reprimir os negros dos Palmares, contra os quaismarchou Bartolomeu Bezerra (ib, 86, 151).Concorreu para alongar sua demora o receio de que Manuel deMascarenhas, capitão-mor de Pernambuco, muito mailquistado com a população, aproveitasse os restos do governo para cevar ódios e exercer vinganças;aguardou, pois, a chegada do novo capitão-mor, Alexandre de Moura, a quemempossou no cargo antes de partir.Nas certidões, depoimentos e mais papéis procedentes de Pernambuco, Diogo Botelho é abonado pela melhor gente. O próprio Manuel de Mascarenhas Homem, antes de com ele romper, exprimiu-se nos melhores e maisfavoráveis conceitos (ib., 36/39). Entretanto, Belchior do Amaral, que foi aPernambuco abrir devassa da permanência do governador, em ligeiro resumodo trabalho maior, que não se conhece, acusa-o de concussão, venalidade e atélibidinagem.
O papel, guardado na Coleção Pombalina, Inventário, 249, f. 204, aonde se lê Bento, mas conforme carta de Lino de Assumpção, que examinou o original (cópia na Bibl. Nac.), deve ler-se Belchior, pode não merecer grande fé, mas os atestados e depoimentos favoráveis e até encomiásticos colhidos em Pernambuco deixam a mais de um respeito impressão penosa.
Enjoa o alarde de peitas oferecidas a Botelho e por ele naturalmente repelidas. Incomoda o silêncio guardado a respeito de João Soromenho, a quem mandou que a câmara de Olinda, segundo esta afirmava em carta de 10 de dezembro de 1608, cópia na Bibl.Nac., entregasse mil cruzados para ir ao Jaguaribe. Tais fez João Soromenho quefoi processado perante o corregedor da corte (R.T., ib., 20) e expirou no Limoei- [Página 263]
ro. Contudo, na justificação dada na Bahia em fevereiro de 1608, ib, 184/212, quando não podia ignorá-lo, Botelho só indicou o nome de Pero Coelho de Sousa, ocultando o insucesso e as violências e crueldades, que não podia encobrir. O regimento dado a Pero Coelho traz a data de 21 de janeiro de 1603 (ib., 44/46). A expedição partiu em julho da Paraíba, marchou para aserra de Ibiapaba em janeiro do ano seguinte. Já em março de 1605 discutia-se na Bahia sobre o cativeiro dos índios de Jaguaribe (ib., 51/55).
As primeiras notícias autênticas sobre estes sucessos devem-se ao nosso autor, que nada diz sobre Soromenho. Os capítulos 38o e 43o não parecem ter a mesma procedência. Sobre a missão de Francisco Pinto e Luís Figueira possuímos umdocumento precioso, a carta de Luís Figueira datada da Bahia a 26 de março de 1609, inteiramente desconhecida até publicá-la pela primeira vez o Barão de Studart, que a reproduziu nos Doc. para a hist. do Brasil e espec. do Ceará, 1, 1/42, raro monumento de saber e desinteresse do illustrado patrício, querido companheiro de infância.
Figueira descreve a marcha desde Jaguaribe através da serra dosCorvos (Uruburetama) até a serra de Ibiapaba, aonde a 11 de janeiro de1608 (sexta-feira da infra octava da Epifania – ib., 26), Francisco Pinto foitrucidado pelos tapuias. Não menos dramática decorreu a volta do sobreviventeao povoado.O jesuíta, autor da segunda gramática da língua geral impressa,esteve alguns meses entre os tabajaras, isto é, os tupinaéns ou tupiniquins; inimigos dos petiguares, isto é tupinambas. Figueira também fala de tapuias quedevem ser os cariris.Pode referir-se ao caiporas ou caaporas o que conta de um diabo quefala à noite às escuras com os feiticeiros: “posto que o não vêem ouvem-no e dãolhe o fumo que beba, o qual vêem estar no ar, mas não vêem quem o tem, vêemporém as baforadas que lança e lhes diz à volta de uma verdade muitas mentirase quando vão à caça lhes diz aonde a acharão e aonde está mel”. ib, 35.Diogo Botelho seguiu para a Bahia em fins de 1603 e logo em abrildo ano seguinte teve de defrontar durante mais de quarenta dias e ataque dePaul van Carden e sua esquadra holandesa.O eminente Paul Groussac contesta a expedição de van Carden eestranha que os historiadores brasileiros não tivessem compreendido que o pretenso van Carden de 1604 era nada mais nada menos que o vero Pieter van [Página 264]
de Sousa mandou por Diogo de Quadros e outras pessoas desta capitania”, Atas, 2, 134. D. Francisco deixou-se fascinar pelos mineiros e permaneceu em São Paulo, ainda depois de a 18 de junho de 1602 ter passado procuração para serem recebidos seus vencimentos na Bahia. A 9 de agosto de 1603 chegava do interior com sua gente, Atas, 2, 132/133. Em dezembro os mineiros foram a Monserrate, ib., 139, e D. Francisco naturalmente foi com eles.
A vinda de D. Francisco e seu séquito em 1599 e em 1603 mostrou a necessidade de uma casa de pasto na vila de S. Paulo. Da primeira vez encarregaram a Marcos Lopes, que teria de dez réis ou na carne, nos beijus, na farinha, ib., 57. Da segunda foi encarregada o cigana Francisca Ruiz que teria 10 réis em cada tostão, ib., 133: cf. 263.
Quando uma ordem régia transmitida por via de Diogo Botelho em 19 de março de 1605, R.T., l. c., 6, decidiu D. Francisco transpor o oceano, levou consigo os mineiros, impediu que comunicassem a quem quer que fosse o resultado das pesquisas, de “indústria e prudência” seguiu para Madri diretamente e achegou-se ao Duque de Lerme para os planos que arquitetara.
A Bibl. Nacional possui um códice comprado no leilão do Conde de Castelo Melhor com parte do expediente das negociações: basta citar o trecho seguinte: “Enquanto a mercedes pide el titulo de Marques para sy e sus descendientes ‘de la primera tierra que poblare’ y esta merced hizo su Magd. que esta en gloria [Filipe II] a Gabriel Soares persona de la calidad que se sabe y siendodudossa la empreza que tomaua y no teniendo hecho en ella seruº alguno a S. Magd. y que quando Francisco Barreto fue al Monomotopa se entiende que lleuo el titulo del primer lugar que poblasse concedido por el rei D. Sebastian”.
D. Francisco foi bem sucedido em suas pretensões; em 22 de janeiro de 1609 fez-se de vela, si como se lê abaixo p. 418, gastou vinte e oito dias para alcançar Pernambuco, aonde aportou a C.R.a D.Diogo de Meneses separando em governo independente as capitanias de Espírito Santo, Rio e S. Paulo, Reg. Geral de São Paulo, 1, 196/198.
Do mesmo Registro constam os poderes quelhe foram concedidos, também enumerados na Informação já citada, de PedroTaques, impressos textualmente por Melo Morais no Brasil Histórico, segundoos An. do Rio de Janeiro, inédito em grande parte, de Silva Lisboa. [História do Brasil, 1927. Frei Vicente do Salvador (1564-1639). Página 266]
Tem-se dito e repito que D. Francisco passou pela Bahia, a avistarse com D. Diogo a quem a patente de 15 de junho de 1608, Registo, 1, 197,recomendava que fizesse com a entrega das capitanias que formavam o novogoverno um auto autêntico, assinado pelos dois.
À última hora, para evitar a mágoa desta capitis diminutio, D. Francisco teve ordem de ir diretamente para seu destino. Apesar disto aportou em Pernambuco e já saiu do Reino com este propósito, como se queixa D. Diogo em carta de 22 de abril de 1609. Esta carta é melhor prova de que os dois não se encontraram em Pernambuco, segundo equivocadamente afirmou Varhangem, História geral2, 437.
Já em 3 de janeiro sabia-se da próxima vinda de D. Francisco em São Paulo, Atas, 2, 232; a 25 de abril estavam esperando por ele, a 26 tinham notícia certa de ficar no Rio de Janeiro, ib., 242, 242; a 6 de junho de ficarno Rio de Janeiro, ib., 242, 243; a 6 de junho estava em Santos, estava em Santos, a 15 em S.Paulo, registo, 1, 176/177.
Na obra de Piso e Marcgraf, Hist. Nat. Brasiliae, 263/264, Amsterdã, 1648, vem o roteiro fornecido pelo holandês W. Glimmer de uma expedição mandada de São Paulo à produra de minas. Com sua extraordinária sagacidade crítica e superior conhecimento do terreno, o lastimado Orville Derbyinterpretou o intinerário e identificou esta com a bandeira de André de Leão,Ver. de Inst. Hist. de S. Paulo. 4.É muito possível, mas, na falta de qualquer data, pode-se incluí-latanto na primeira como na segunda governança de D. Francisco de Sousa. Estaseria mais plausível até, se ponderarmos que Glimmer, comandante de Fernãode Noronha em 1633, estaria em melhor idade para um comando miliar seandasse bandeirando em 1611 do que em 1601. Que era comandante naqueletempo informa documento de Johannes van Walbeck citado por VarnhagenHist. Geral, de que existe cópia no Inst. Hist.Maloca designava na América espanhola o mesmo que bandeira emS. Paulo, e Paul Groussac, Anales de la Biblioteca, 1, 379, sugere que mamaluco pode provir de maloca. A sugestão é sedutora e se imporia à aceitação imediata se por lá mamaluco fosse sinônimo de bandeirante. No Brasil só implicoumestiçagem: afirma Varnhagen. Hist. Geral, 207, que o nome de mamaluco sedava em algumas parte da Península Ibérica aos filhos de cristão e moura.As bandeiras se faziam por peditório ou finta, Atas da Câmara deS.Paulo 2,123. A gente de guerra que nelas entrava pode deduzir-se da ata [História do Brasil, 1927. Frei Vicente do Salvador (1564-1639). Página 267]
de 20 de fevereiro de 1610, ib., 261: filho de quatorze anos arriba, escravos,usando espingardas, espiadas, espadelas e arcos e frechas e mais armas.A maior parte de 1609 e 1610 passou D. Francisco na vila de SãoPaulo, talvez preparando a viagem de seu filho D. Antônio, que em 20 de maiodo último ano se ofereceu à Câmara para ser procurador do povo no Reino,negociar algumas cousas e fazer pedidos ao rei, ib., 267.Dos últimos tempos do governador D. Francisco constam alguamsprovidências como a fixação do valor do marco de ouro em 30$, Atas, 2, 286;incitação a minerar, etc. Pouco antes de falecer, os juízes ordinários de S.Pauloforam às minas por sua ordem. Ib. 290.
Na ausência do primogenito, D. Antônio, que devida suceder-lhe, D. Francisco nomeou sucessor o filho mais moço D. Luís, em 11 de julho de 1611 os oficiais da Câmara de São Paulo acordavam que: porquanto este povo andava alvoratado sobre este particular e andavam muitos bandos e corrilhos e por evitar muitas inquietações que se aparelhavam sobre este caso, que era muito bem que aceitassem e aceitaram ao dito sr. D. Luís, Atas, 2, 292.Depois de empossar-se em S. Paulo, tomou posse do cargo no Rio de Janeiro, donde há carta sua data de 28 de outubro, Atas, 2, 309. A 17 de dezembro falava-se na Câmara de S. Paulo em “um requerimento para que viesse a esta vila para assistir e por não haver alguma desinquietação, estando Sua Senhoria fora daqui, ib., 301 Anteriores a sua partida para o Rio, há dois documentos pouco conhecidos.
Um, bondosamente fornecido por Gentil Moura, é o despacho àuma petição de Gaspar Vaz, Francisco Vaz Cardoso, Brás de Lima e outrospara que Mogy fosse elevada a vila “porque passam muito detrimento para poderem vir a esta vila (S. Paulo) por terem muitos filhos e serem pobres e ser pelorio acima mais de vinte léguas desta vila”. O governador deferiu a pretensão a17 de agosto, assim por Mogi ser lugar conveniente e apropriado “como por serem caminho por onde podem ir ao mar com mais brevidade levar e embarcaros quintos reais à nova povoação que meu pai que Deus tem mandou fazer naangra dos Reis”.Outro é uma provisão passada na aldeia do Forte (Carapicuíba)para, por conta de sua fazenda e de acordo com os padres da Companhia, osíndios de S. Paulo poderem ir ao sertão buscar seus parentes que quisessem vir [Página 268]