II Guerra Mundial: Submarino alemão U-513 afunda o cargueiro Tutoia na Juréia
30 de junho de 1943, quarta-feira. Há 81 anos
Na noite de 30 de junho 1943, o cargueiro S.S. Tutoia, foi torpedeado próximo a região da Juréia.
O cargueiro, carregado com 750 toneladas de carga geral, dentre café, madeira, batatas e carne salgada, havia saído do porto de Paranaguá com destino a Santos, quando, em 1º de julho de 1943, foi torpedeado pelo submarino alemão U-513, comandado pelo Capitão-Tenente Friedrich Guggenberger.
Sob o comando do Capitão-de-Longo-Curso Acácio de Araújo Faria, a embarcação viajava com suas luzes apagadas para despistar submarinos hostis, e, por volta da uma hora da manhã, na altura da ponta da Jureia, a aproximadamente seis quilômetros da costa do litoral sul de São Paulo, alguns tripulantes perceberam que uma ou duas embarcações se aproximavam do navio.
O u-boot tinha perseguido um outro navio, mas o perdeu de vista devido a uma pancada de chuva e, durante a patrulha encontrou o Tutoia, muito menor.
Chamado à ponte do tombadilho de comando externo, o Capitão Guggenberg enviou, através de sinais luminosos em código Morse, ordem para que o mercante diminuísse a marcha e acendesse as luzes para identificação.
Respondendo à intimação, embora acreditasse se tratar de um navio de guerra brasileiro ou aliado, o capitão do navio determinou ao primeiro-piloto acender o farol do mastro da proa.
Vinte minutos depois, a embarcação brasileira foi atingida por um torpedo a meia nau, na altura do passadiço, matando o capitão. L
O impacto partiu o navio em dois, que arqueou em seguida pela proa, afundando rapidamente, nas coordenadas 24° 43` S 47° 19` O, posição anotada no diário de bordo do submarino.
O submarino, que tinha o casco pintado de verde, ficou evoluindo o restante da noite no local do afundamento.
Ordenado o abandono do vapor, os tripulantes procuraram salvar-se nos botes e balsas disponíveis; foram arriadas duas baleeiras e uma balsa.
Uma dessas embarcações deu à costa, com 17 sobreviventes, tendo sido antes seguida pelo submarino; a balsa com outros seis náufragos alcançou também o litoral, na altura da praia da Jureia, em Iguape, a qual havia sido antes localizada por um avião da Base Aérea de Santos; a outra baleeira, com 7 homens a bordo, foi encontrada e socorrida por um barco a motor que a rebocou para o porto de Santos.
Dos 37 tripulantes salvaram-se 30; entre os sete mortos figuram o comandante Acácio e seu imediato.
Destroços
Após diversas tentativas, mergulhadores conseguiram alcançar os destroços do navio afundado no final da década de 1990.
De acordo com seus relatos, a estrutura da embarcação está muito danificada, tanto pela destruição causada pelo torpedo, acrescido ainda pelo desgaste natural devido a décadas submersa.
Apesar de estar localizado a uma profundidade relativamente rasa – 18 metros -, a visibilidade pode variar entre zero e oito metros.