c | Águas Claras: diretor do Saae é indiciado por fraudes em Sorocaba |
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| 14 de dezembro de 2012, sexta-feira. Há 12 anos |
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| | | O diretor geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba (SP), Geraldo Caiuby, foi indiciado por corrupção passiva depois de prestar depoimento na Delegacia Antissequestro da cidade na manhã desta sexta-feira (14). A oitiva faz parte da operação "Águas Claras", que investiga fraudes envolvendo autarquias de água e esgoto em várias cidades do país.Caiuby foi o último a ser ouvido. Ele chegou por volta das 10h40 na delegacia, acompanhado do advogado, e permaneceu por cerca de uma hora respondendo as perguntas do promotor do caso, Welington Veloso. Ele foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o contrato do Saae com a Allsan, apontada nas investigações como a empresa que comandava o esquema de fraudes.De acordo com o Ministério Público, Caiuby foi inidicado porque documentos, escutas telefônicas e, principalmente, depoimentos de outros envolvidos apontam o atual diretor geral do Saae como integrante do esquema. “Pessoas ligadas a Allsan, inclusive, muito próximas a Reinaldo Costa Filho, dono da Allsan, confirmam que esses pagamentos se estendem aos dias atuais, inclusive, para a atual direção”, relata Welington Veloso.Momento em que Caiuby (à esquerda) chegou na sede da Delegacia Antissequestro, acompanhado do advogado (Foto: Reprodução/TV Tem)Momento em que Caiuby (à esquerda) chegou nasede da Delegacia Antissequestro acompanhadodo advogado (Foto: Reprodução/TV Tem)Foi também na gestão de Caiuby que o contrato com a Allsan foi prorrogado por três vezes. Na época, o Saae não seguiu as recomendações do Tribunal de Contas do Estado e nem do próprio departamento jurídico da autarquia, que recomendava que fosse feita uma nova licitação."Ele entendeu, na condição de diretor da autarquia, que do ponto de vista operacional, administrativo e financeiro, seria mais interessante manter o contrato do que realizar nova licitação, por isso, resolveu manter o contrato", comenta o promotor.Além de Geraldo Caiuby, Neiva Maria Ferraz também prestou depoimento. Ela é funcionária aposentada do Saae e já havia sido ouvida anteriormente, mas a polícia precisou de novos esclarecimentos. Luiz Fernando Zacariotto, funcionário da autarquia, também foi ouvido e liberado.Nesta quinta-feira (13), outras sete pessoas foram ouvidas. Todas elas trabalham ou já trabalharam no Saae durante o período investigado pela operação, que compreende os anos de 2005 a 2012. José Carlos Tavares de Almeida, diretor administrativo-financeiro do Saae entre maio e dezembro de 2008, também foi indiciado ao final do interrogatório.Com o fim dos depoimentos, o MP aguarda a perícia dos computadores apreendidos para fazer a denúncia de todos os suspeitos à justiça.Em nota, Geraldo Caiuby informou que prestou todos os esclarecimentos possíveis para o MP. Ele alegou que recebeu com preocupação e serenidade a informação sobre seu indiciamento. Segundo o diretor do Saae, a preocupação é pelo desgaste que o fato gera, e a serenidade porque ele garante que a gestão na autarquia sempre foi pautada pela defesa do interesse público.De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o prefeito Vitor Lippi está acompanhando o caso e levantando informações sobre a situação.Entenda o casoA operação "Águas Claras" começou com o objetivo de apurar fraudes em licitações no Saae de Sorocaba (SP). Com a evolução das investigações, a Polícia Civil descobriu que as empresas participantes do esquema fraudavam várias outras licitações pelo Brasil. Essas empresas faziam parte de uma associação, que organizava todo o sistema.No último dia 28, nove pessoas - entre elas, oito funcionários do Saae - prestaram depoimento sobre o caso. De acordo com o promotor, as investigações já duram cerca de um ano. No mês de novembro, além dos mandados de prisão temporária, também foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão.Segundo a polícia, 29 empresas formaram uma quadrilha sob o nome de “Associação Brasil Medição”, com sede em São Paulo. Essa organização escondia reuniões onde o esquema para burlar as licitações era combinado, onde eram determinados os termos de editais e decididos quais empresas iriam vencer. | |
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