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Um dos assassinos do líder seringueiro Chico Mendes é recapturado
30 de junho de 199607/04/2024 19:42:16
Darly e Darcy Alves de Souza
Data: 01/01/1990
Créditos: AFP

Darly Alves da Silva, um dos assassinos do líder seringueiro Chico Mendes e foragido desde 1993, é recapturado pela Polícia Federal em Medicilândia.

O assassinato de Chico Mendes

Ao longo da sua luta pela preservação do meio ambiente e melhores condições de trabalho para os seringueiros, Chico Mendes foi alvo de ameaças de morte por sua militância, principalmente ao ganhar notoriedade na política e respeito internacional. O sindicalista chegou a contar com escolta policial para garantir sua segurança.

Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía para tomar banho, disparados por Darci Alves, o qual cumpria ordens de seu pai, Darly Alves, grileiro de terras da região.

Quatro dias antes da morte do ativista, o Jornal do Brasil se recusou a publicar uma entrevista na qual Chico Mendes denunciava as ameaças de morte que havia recebido.

A direção do jornal considerou que o entrevistado era desconhecido do grande público e que politizava demais a questão ambiental, optando por não publicar a matéria.

Com a consumação das ameaças, o jornal finalmente publicou a entrevista, que seria a última de Chico Mendes, no 1º caderno da edição de natal daquele ano, seguida de um editorial na primeira página, algo um tanto incomum.

Após o assassinato do líder extrativista mais de trinta entidades — sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas — se reuniram para formar o Comitê Chico Mendes.

Elas exigiam, através de articulação nacional e internacional e de pressão aos órgãos estatais, que os autores do crime fossem punidos. Em dezembro de 1990, a justiça condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e seu filho, Darcy Alves Ferreira a 19 anos de prisão pela morte de Chico Mendes.

A principal testemunha do caso foi um empregado de 13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva.[ Em fevereiro de 1992, eles conseguiram um novo julgamento através da acusação de que o caso da promotoria tinha sido enviesado.

No entanto, a condenação foi mantida e eles permaneceram na cadeia. Darly e Darcy fugiram da cadeia em fevereiro de 1993. Darly foi capturado em junho de 1996 e Darcy em novembro de 1996.

Darly escondeu-se num assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no interior do Pará e chegou a obter financiamento público do Banco da Amazônia sob falsa identidade.[25] O crime de falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação de dois anos e 8 meses de prisão.

A pressão da imprensa e da opinião pública fizeram Darly, Darci e um irmão do fazendeiro, Alvarino Alves da Silva (sua participação nunca foi comprovada), serem julgados por júri popular.

Pai e filho foram condenados à prisão em 1990, com pena de 19 anos, fato considerado inédito na justiça rural no Brasil.
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