1° de fonte(s) [26210] “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre Data: 1933, ver ano (73 registros)
Menos infectados não deviam estar os portugueses, gente ainda mais móvel e sensual que os franceses. "O mal que assolou o Velho Mundo em fins do século XV", observa em outro dos seus trabalhos Oscar da Silva Araújo, "propagou-se no Oriente, tendo sido para aí levado pelos portugueses.
As investigações de Okamura, Dohi e Susuky no Japão e na China, e as de Jolly e outros na índia, demonstram que a sífilis apareceu nesses países somente depois que eles se puseram em relações com os europeus. Na índia apareceu depois da chegada de Vasco da Gama em 1498, tendo ele saído de Portugal em 1497.
Gaspar Correia, nas Lendas da índia, refere que "em Cacotorá, no ano de 1507, a gente começou a adoecer de maus ares e de mau comer e principalmente com a conversação com as mulheres, de que morriam."
Recorda ainda Oscar da Silva Araújo que "Engelbert Koempfer, citado por Astruc, assegura que o termo japonês manbakassam, com a sua significação literal doença dos portugueses, é aquele com que no Japão se designa a sífilis. E ainda nos nossos dias - acrescenta - em muitos países do Oriente mal português é sinônimo de luzes. Nos idiomas indiano, japonês e chinês não há nomes indígenas para a doença."