Wildcard SSL Certificates
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
Registros (105)



Mário Kozel Filho, o soldado morto por um atentado terrorista
26 de junho de 196806/04/2024 21:11:50

Mario Kozel Filho
Data: 01/01/1968
Créditos: Gazeta do Povo
Soldado do exército((@)

Durante a ditadura militar, a organização política realizou um ataque ao Quartel General do II Exército, que resultou na morte do militar de 18 anos

Na madrugada do dia 26 de junho de 1968, uma grande explosão foi escutada no bairro do Ibirapuera, em São Paulo. Uma caminhonete havia sido arremessada no Quartel General do II Exército, batendo em um poste e explodindo os 20 quilos de dinamite em seu interior. Tratava-se de um ato terrorista.

O ataque foi planejado por militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização de esquerda que resistia à ditadura militar de maneira radical. Acelerando o carro, o motorista se jogou para fora antes de colidir na entrada do quartel, fugindo para longe em um dos três fuscas que participavam da ação.

O jovem

Naquela noite, quem estava de guarda no quartel era o soldado nº 1803 do 4° Regimento de Infantaria, Mário Kozel Filho. Prestes a completar 19 anos, Mário cumpria o serviço militar obrigatório desde janeiro, planejando deixar o serviço no final do ano. Seu plano era voltar a trabalhar na Fiação Campo Belo, indústria da qual seu pai era gerente.

O jovem ocupava outro posto naquela noite, na Rua Abílio Soares. Mas, devido ao frio, ele pediu para trocar de lugar com o soldado José Relva Júnior alguns minutos antes do ataque, que começou às 4h30 do dia 26 de junho. Na Avenida Marechal Estênio Albuquerque, um veículo acelerava em direção aos fundos do Quartel-General do II Exército.

Foi Relva Júnior quem primeiro identificou movimentações suspeitas na caminhonete, atirando nos pneus para que ela parasse. Conforme conta o site do Comando Militar do Sudeste (CMSE), após seis tiros, o carro bateu em um poste, o que fez com que ele capotasse ao menos duas vezes. Isso fez com que o motorista saltasse do veículo antes da hora, impedindo que ele entrasse diretamente no quartel.

O homem, que estava dentro do veículo, o abandonou em movimento e correu em direção a outro carro da organização, que o aguardava. Como consequência, o carro-bomba, lançado por Diógenes José Carvalho de Oliveira, Pedro Lobo de Oliveira e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, atingiu a parede do quartel.

Kozel Filho se aproximou do local do choque, com o objetivo de socorrer uma possível vítima. Foi quando o carro explodiu, atingindo uma área de 300 metros — e deixando o soldado em pedaços. Além dele, outros seis militares se feriram gravemente durante o atentado.

Depois da ação

O ato que causou a morte do jovem militar, o ferimento de mais seis e os danos Quartel-General do II Exército foi posteriormente atribuído à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Os motivos para o atentado foram explicados trinta anos depois pela ex-integrante do VPR, Renata Ferraz.

Segundo ela, alguns dias antes da ação tomar forma, o grupo tinha roubado armas de um hospital militar, o que levou o comandante do II Exército, general Manoel Rodrigues Carvalho de Lisboa, a desafiar os guerrilheiros a entrar nos quartéis dele.

Aceitando a provocação, o grupo resolveu lançar um carro-bomba no quartel. De acordo com Renata, os integrantes se penitenciaram por aceitarem a provocação do general.

Uma informação importante sobre o evento é que a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não teve participação no atentado. No ano passado, o Estadão verificou a informação após notícias falsas circularem no Facebook em redes bolsonaristas alegando que a política estava envolvida no atentado.

O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC ), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), descreve que Rousseff integrava, na verdade, o Comando de Libertação Nacional (Colina), grupo guerrilheiro que passou a agir junto com a VPR apenas um ano depois da ação, em 1969.

O Estadão também confirmou que não existem evidências de que a ex-presidente tenha atuado em ações armadas de maneira geral durante a ditadura militar.

Relacionamentos
-
Cidades (1)
testeSão Paulo/SP3529 registros
-
Temas (1)
testeBombas e explosões
34 registros
Você sabia?
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202

85
Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.
José Bonifácio (1763-1838)
136 registros


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP