Os acionistas da Estrada de Ferro Sorocabana eram 336 e somavam 20.000 ações
14 de agosto de 1871
04/04/2024 21:46:08
Notícias do passado
Data: 20/07/1871
Créditos: Diário de São Paulo
Questionamento à Luiz Matheus Maylasky (**)($)((efs)(.237.((£)
Em resposta ao texto (imagem 1) publicado no Diário de São Paulo no mes anterior, o mesmo jornal publicou no dia 14 de agosto de 1871 uma lista (imagem 2) contendo os nomes e quantidade de ações, que somavam 20.000, de um deles.
Segue a matéria publicada dia 20 de julho: Maylasky afirma ter recebido um telegrama declarando que capitalistas ingleses concorriam com dois mil contos para a Estrada de Sorocaba. Desejando saber o que havia de verdade entre nos "mil boatos" com relação á empresa da qual Maylasky era a almam o jornal pediu a ele que se dignificasse a dar alguns esclarecimentos sobre as dúvids, desfazendo com a sua honrada palavra o que houvesse de mentiroso nos boatos.
Haviam dois que se propagavam boatos de que o governo geral garantia 2% sobre os 7 da garantia provincial; posteriormente, eram capitalistas do Rio de Janeiro que tomavam todas as ações, com a condição de ser a sede da companhia transferida para aquela praça; mais tarde, eram banqueiros alemães que disputavam a preferência na obtenção das ações: e então finalmente era a Grã-Bretanha que apareca em cena querendo também concorrer com dois mil contos!
O jornal dizia que "estas patranhas", "adrede" forjadas para atrair a concorrência dos incautos, produziram, ao invés da espectativa, uma grande desconfiança, que se traduziu na retirada de muitos acionistas por ocasião da primeira chamada de 5%, que fazia a Companhia.
O jornal pedia que Maylasky falasse e desmacarasse aqueles que do seu nome serviam-se para ousar da alheia boa fé.
Para que uma companhia anonyma pudesse ser incorporada, exigia o decreto de 1860, que se tivesse pelo menos a metade do capital subscrito; por conseguinte, a Companhia Sorocabana, cujo fundo era social era de quatro mil contos, tinha indeclinável necessidade, para obter do governo a autorização para incorporar-se, de apresentar um número de acionistas que representasse pelo menos dois mil contos; a uma chamada de 5% devia levar aos cofres da Companhia nunca menos de cem contos.
Entretanto, chegada a informação de que, ao findar-se o prazao, achava-se realizada somente á quantia de trinta e poucos contos, correspondente a seiscentos contos, o que era 1/7 do fundo social da Companhia.
O jornal concluía que, de duas, uma: ou muitos dos subscriores apresentados ao governo eram fantasiosos, sem os requisitos que a lei exigia, ou, leva-los pelo reconhecimento de que a empresa tó traria prejuizos, a abandonaram.
De que outro modo, como explicar a retirada de mais de mil e quatrocentos contos? E não será esta hipótese de que trata o art. 295 do Código do Comércio?São Paulo, 20 de julho de 1871
Os acionistas da Estrada de Ferro Sorocabana eram 336 e somavam 20.000 ações
Em 2 de agosto de 1939
Apesar de não ter trabalhado no projeto atômico, de acordo com Linus Pauling, Einstein mais tarde teria se arrependido de ter assinado a carta.
1840
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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.