Ao visitarmos o Arquivo da Cúria Metropolitana de Porto Alegre, seu diretor, padre Rubem Neis, chamounos a atenção para o número anormal de óbitos militares paulistas, ocorridos em Porto Alegre, de 2 de março a 9de dezembro de 1776, período imediatamente anterior e posterior à conquista da Fortaleza de Santa Tecla, nofinal de março, e reconquista da Vila de Rio Grande, em 1º de Abril de 1776, depois de 13 anos em poder daEspanha.Pelos dados até então disponíveis, Porto Alegre nesta época era guarnecida por uma Companhia doRegimento da Ilha de Santa Catarina. De posse dos registros de óbitos gentilmente paleografados pelo falecidoamigo Prof. Vinício Stein Campos, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e que foi consagrado como osemeador de museus e o implantador da rede de museus históricos pedagógicos de São Paulo, passamos aesclarecer fatos relacionados com os 95 óbitos de militares paulistas ocorridos no período considerado.Após pesquisas, concluímos tratar-se de 89 óbitos ocorridos no Regimento de Infantaria de São Paulo e de6 outros, particularmente na Legião de Voluntários Reais de São Paulo.Estas unidades haviam sido recrutadas por ordem de Lisboa e pelo Governador de São Paulo que assumiraem junho de 1775 - o Brigadeiro Martim Lobo de Saldanha, que governou São Paulo de 1775 a 1782, onde contraiumatrimônio com a dama paulista D. Maria Ana Bueno.