“Itahym Paulista”: uma reflexão histórica sobre seu desenvolvimento urbano
junho de 2019. Há 5 anos
A Ordem dos padres Carmelitas chegou ao Brasil em 1580 e tinha como missãoconstituir conventos em várias regiões do Brasil. No período colonial tornou-se um núcleoreligioso muito forte e com numerosos bens, entre os quais, o Convento do Carmo de SãoPaulo, a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo e, além de outros, aFazenda Biacica. No entanto, a Fazenda Biacica recebia certa atenção, pois estava situadaentre as aldeias de Itaquaquecetuba e Guainás, no qual a ordem religiosa tinha comoobjetivo desenvolver projetos de lavoura na tentativa de catequizar os indígenas19, cuja mãode obra escrava foi usada, posteriormente, para a construção da Capela de Biacica. Ainda emMelo nos documentos consultados para sua análise, constam que aconteceram recorrentesdisputas territoriais entre as administrações que representavam Mogi das Cruzes e São Paulo,sobre a referida área da fazenda Biacica.
Como aponta website da Câmara Municipal de Itaquaquecetuba: “A origem do município de Itaquaquecetuba remonta a uma das doze aldeias, fundadas pelo padre jesuíta, José de Anchieta, em sua longa permanência no Brasil. Sua criação se deve ao então presidente da província, Bernardo José Pinto Gavião Peixoto, com o nome de Vila Nossa Senhora d´Ajuda, em 8 de setembro de 1560, sendo estabelecida na beira do Rio Tietê, para catequizar os guaianases. Nas décadas de 10 e 20 do século XVII, entretanto, a aldeia ficou quase deserta já que, por ordem de Fernão Dias Paes, desejoso de ter um maior controle dos índios catequizados, a maior parte de sua população foi transferida para aldeia de São Miguel, mais próxima a São Paulo, onde havia sido erguida uma nova capela. A população recomeçaria a crescer apenas em 1624, quando o padre João Álvares, construtor da capela da Conceição de Guarulhos e também a de São Miguel, decidiu levantar em sua propriedade, localizada bem ao lado da aldeia de Itaquaquecetuba, um oratório em louvor a Nossa Senhora d´Ajuda que, em seguida, tornar-se-ia capela. Este foi o marco inicial da povoação, que logo viria a se fixar em seu redor, com o nome, justamente, de Nossa Senhora da Conceição de Itaquaquecetuba, recuperando, assim, o topônimo do antigo aldeamento, elevado à freguesia pela lei Nº 17, de 28 de fevereiro de 1838”
Essas se estenderam até finais do século XIX, poisera de interesse principalmente da administração de Mogi, que houvesse uma demarcaçãodefinitiva, quanto aos limites entre as duas vilas. As terras que causaram esses conflitossofriam com a falta de manutenção das estradas, dificultando na entrada e saída de suas rotasde comércio de alimentos para além do seu território. Durante esse processo foramencaminhadas ao governo da província relatórios para serem analisadas as solicitações porparte da Câmara de Mogi, que desejava assumir a responsabilidade por toda essa área, aindaem posse dos padres carmelitas. Os limites de demarcação enfim aconteceram após decisão [Página 18]
1° de fonte(s) [28088]
O aldeamento jesuítico de São Lourenço: a herança templária na co...