1° de fonte(s) [26938] Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 1933, ver ano (74 registros)
Informação do Brasil e de suas Capitanias, 1584A Baía e Rio de Janeiro são d´El-Rei e cidades e todas mais capitanias são de senhorios e vilas. De Pernambuco que é a primeira capitania, está em oito graus, até São Vicente é a última e está no trópico de Capricórnio quase em 24° graus, pode haver 350 léguas por costa correndo-se de Norte-Sul, Nordeste-Sudoeste, e de São Vicente até a lagoa dos Patos, onde começa a nação dos Carijós que sempre foram da conquista de Castela, pode haver 90 léguas pelo mesmo rumo.
Todo êste gentio desta costa, que também se derrama mais de 200 léguas pelo sertão, e os mesmos Carijós que pelo sertão chegam até ás serras do Perú, teem uma mesma língua que é grandíssimo bem para sua conversão. Entre eles pelos matos ha diversas nações de outros bárbaros de diversíssimas línguas a que êstes nativos chamam Tapuias, que quer dizer escravos, porque todos os que não são de sua nação teem por tais e com todos teem guerra. Dêstes Tapuias foi antigamente povoada esta costa, como os nativos afirmam e assim o mostram muitos nomes de muitos lugares que ficaram de suas línguas que ainda agora se usam; mas foram se recolhendo para os matos e muitos deles moram entre os nativos da costa e do sertão. Estes, posto que têm alguma maneira de aldeias e roçarias de mantimentos, é contudo muito menos que os nativos e o principal de sua vida é manterem-se de caça e por isso têm uma natureza tão inquieta que nunca podem estar muito tempo num lugar, que é o principal impedimento para sua conversão, porque alioquin é gente bem inclinada e muitas nações deles não comem carne humana e mostram-se muito amigos dos Portugueses, dizendo que são seus parentes e por meio deles tem pazes com os nativos que tratam com eles, de que antes eram inimigos. Só uma nação destes que chamam Guaimuré, que ao princípio foram amigos dos Portugueses, são agora crudelíssimos inimigos, andam sempre pelos matos e tem posto em grande aperto a capitania de Porto Seguro e Ilhéus, e já quase chegam á Baía. [Página 302]
Dos costumes dos Brasis
Desde o rio do Maranhão, que está além de Pernambuco para o Norte, até a terra dos Carijós, que se estende para o Sul desde a alâgoa dos Patos até perto do rio que chamam de Martim Afonso, em que pode haver 800 léguas de costa, em todo o sertão dela que se estenderá com 200 ou 300 léguas, tirando a dos Carijós, que é muito maior e chega até ás serras do Perú, ha uma só língua.
XXXIX - Informação do Brasil e de suas Capitanias (1584)
Todos estes ordinariamente andam nus, ainda que os Carijós e alguns dali para avante,por ser terra muito fria, usam de peles de veados e outros animais que matam e comem, e as mulheres fazem uns como mantas de algodão que cobrem meio corpo. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 328 e 329]
3° de fonte(s) [25003] “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística Data: 2005, ver ano (253 registros)
Nóbrega também mostra-se objeto do mesmo condicionamento (2000:220): “Se tiveramrei, poderão se converter, ou se adoraram alguma coisa”. Anchieta, noutra ocasião, em1584, escreveu, quanto à fé, que os índios “facilmente crêem o que se lhes diz que hão de crer” (p.341). A dificuldade na catequese dos índios quanto a essa noção de autoridade estava em que para ascender à figura de principal “basta ter uma canoa de seu em que se ajuntem doze ou quinze mancebos, com que possa vir a roubar e saltear” (p.244). Daí sua predileção pela catequese dos Ibirajara ou Bilreiros “que são muito chegados à razão, porque obedecem a um senhor”.
4° de fonte(s) [24461] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga Data: 2010, ver ano (130 registros)
Em 1585 na sua "Informação para Nosso Padre" assim exprime Anchieta sobre o Caminho do Mar: "Vão lá (a Piratininga) por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir os homens com trabalho e ás vezes de gatinhas por não despenharem-se e por ser o caminho tão mau e ter tão ruim serventia padecem os moradores e os nossos, grande trabalho. Quando ao transito de cargueiros declarava o evangelizados que por tal estrada "podiam subir nenhum animal". (S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601, 1920. Afonso de E. Taunay. Páginas 180 e 181)
De qualquer forma, no trajeto, deveriam pesar, sobretudo, as ameaças indígenas.Somente com certa conivência ou anuência dos grupos indígenas, este percurso poderiaser utilizado com o mínimo de regularidade. As redes de alianças feitas com os índiosnos primeiros tempos, tanto do lado tupi-português quanto do hispano-guarani, devemter garantido certa paz, preservando a segurança dos viajantes. O espaço entre oParaguai e a capitania vicentina era, de fato, mais um território indígena que colonial, eo relato de Ulrico Schmidil denota isso. Depois de atravessar o território dos karios, adentrou a área tupi, dos aliados dos portugueses, e isso bastou em sua precisãodescritiva do trajeto. O que realmente demarcava os territórios eram as relações entre asetnias tupi-guaranis, e não qualquer determinação extemporânea vinda das rivalidadesentre Lisboa e Madri na América Meridional. Ainda Anchieta, em suas Informações, de1584, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...”.752 Nesse sentido, os territórios eram até então demarcados pelo espaço indígena. [O.223]
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