O tenente de governador e justiça de Villa Rica, capitão Alonso Riquelme de Guzmán, absolveu o capitão Francisco Benitez depois de concluídos os autos de um processo que durou 22 dias - 12/08/1631 de ( registros)
O tenente de governador e justiça de Villa Rica, capitão Alonso Riquelme de Guzmán, absolveu o capitão Francisco Benitez depois de concluídos os autos de um processo que durou 22 dias
O fato é que, no dia 12 de agosto de 1631, o tenente de governador e justiça deVilla Rica, capitão Alonso Riquelme de Guzmán, absolveu o capitão Francisco Benitezdepois de concluídos os autos de um processo que durou 22 dias. O perdão soavamais como resignação do que como prova de inocência, pois um dia antes o réu foracondenado a viver recluso no interior dos muros da vila.776 Mas, ao final, diante dosatos praticados pelos “portugueses de san Pablo” que assediavam Villa Rica e andavampela região “haciendo daños a los naturales encomendados y llevandolos a fuerza dearmas al Brasil”, foi necessário contar com Benitez, potentado local, dono de umaextensa área de terra na margem oposta do rio Ivaí e de outra no rio Corumbataí, ondemantinha plantações de vinha e milho. De fato, Benitez era um importante membro dacomunidade local e consequentemente um baluarte da defesa da vila.777 Além disso, seuirmão Alonso era também mercador de erva-mate em Maracayú.A questão essencial no processo talvez fosse justamente o quanto nossapersonagem era confiável para garantir a defesa dos índios contra estes portugueses. Osautos versam sobre uma suposta facilitação que o capitão havia propiciado aos paulistasenquanto era o responsável e caudilho da fortificação criada exatamente para barrar oavanço dos assediadores. Na ocasião, Benitez foi acusado de ter abandonado o forte eter ficado impassível diante de alguns portugueses e tupis que cruzaram asimediações.778 Primeiro foi preso em sua casa, porém teria fugido; depois, preso nocárcere da vila, fugiu novamente e se “metio en el ceminterio de la yglesia matriz”, o