Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
1592. Há 433 anos
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Nesse sentido, vale lembrar que desde o momento de sua fundação, em 1554, a antiga vila sofreu com o ataque de tribos que não aceitavam a implantação do novo núcleo. Vivendo sob ameaças constantes, a população foi obrigada a se proteger e, a exemplo do que ocorria nas cidades medievais, os paulistanos foram obrigados a construir postos de observação à distância para evitar ataques de surpresa, bem como edificaram um muro de proteção ao redor da cidade.
Dos primeiros, a história registra a existência do Forte Emboaçava, estrategicamente localizado na confluência dos rios Tietê e Pinheiros, no atual bairro da Lapa. Aliás, Emboaçava significa, na língua tupi, o lugar por onde se passa, termo este bastante representativo uma vez que indicava a existência de antigas trilhas indígenas no local. Como posto avançado de defesa da vila, o atual bairro da Lapa viveu, no século XVI, seus momentos de medo e sobressaltos, sempre em alerta quando se avistava a movimentação de índios que procediam do Jaraguá (ao norte) ou do Morumbi e Butantã, nos quadrantes sul e oeste.
Sobre os antigos muros – ou paliçadas – que cercavam a cidade, sabemos de sua existência através de relatos da época, inclusive alguns inscritos pelos próprios vereadores nas Atas da Câmara Municipal, hoje custodiadas pelo Arquivo Municipal. Apesar da imprecisão sobre sua real extensão e localização, a muralha certamente acompanhava a colina central desde a atual Igreja do Carmo até o Mosteiro de São Bento. [familiaresnaves.blogspot.com]
1° de 14 fonte(s) [20501] “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas” Data: 24 de dezembro de 1576, ver ano (23 registros)
Negociava escravos da Guiné, tecidos, marmelada e gentios. Foi de sua propriedade um dos primeiros trapiches de açúcar no planalto. Entre seus devedores,estavam tanto o antigo capitão-mor quanto o recém-chegado. Por isso, há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal de 1576, pois não tinha botas! 368 Na vila, foi almotacel, em 1575, vereador, em 1572, 1576 e 1582 e juiz ordinário, em 1587. Portanto, em 1592, quando foi nomeado capitão da gente de guerra da vila, já apresentava uma longa ficha de préstimos à governança local. [Revista do Arquivo Municipal CLXXVIII, 1969]
“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981): "O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar.
Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú.
Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três.
(...) baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil]
2° de 14 fonte(s) [23864] “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” Data: 1625, ver ano (53 registros)
Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
4° de 14 fonte(s) [24968] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. XXXV* Data: 1 de janeiro de 1894, ver ano (37 registros)
Afonso Sardinha, o moço, e talvez também "o velho", chegaram a Ipanema cerca de 1590. Vinham do Jaraguá e passaram por Ibituruna, procurando ouro. O primeiro faleceu em 1592 no Jaraguá, onde ficaram as ruínas de sua fazenda. O segundo morreu no sertão em 1604, possuindo, para testar, uma boa quantidade de ouro em pó. Ora, em 1591, começava a governar na Baía o dr. Dom Francisco de Sousa, ou melhor, o Dom Francisco das "minas". Sua vida toda tivera um fito: alcançar o Eldorado misterioso e o título sonoro de Marquês das Minas. Este, ao menos, o aproveitaram os netos. Ele morreria pobre, em São Paulo, a 10 de junho de 1611.
5° de 14 fonte(s) [21917] “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) Data: 1901, ver ano (42 registros)
EMBOAÇABA corr. Mbo-açaba, faz que atravesse, a ação de atravessar, a passagem. Designa um lugar, à margem do Tietê, vizinho de São Paulo, onde se passava o rio na estrada do sertão e onde se mandou levantar um forte ou trincheira para defesa da cidade, no século XVI. Ali. Emboaçava, Boaçava. São Paulo.
6° de 14 fonte(s) [26128] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX Data: 1904, ver ano (35 registros)
Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas. [Página 37]
12° de 14 fonte(s) [9049] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Data: 21 de dezembro de 1964, ver ano (90 registros)
D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal.
14° de 14 fonte(s) [24423] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo Data: 2012, ver ano (136 registros)
Por exemplo, a Confederação dos Tamoios de 1562, ou os registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava em 1592.
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