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Martim Rodrigues Tenório de Aguilar
14 de março de 202305/04/2024 00:18:36

“O BARRO CINZENTO PAULISTA”
Data: 01/01/2016
Créditos: EDILEINE CARVALHO VIEIRA

“Há de se desconfiar de Afonso Sardinha” [28004]. Descubridor de las minas de hierro en Brasil. Se le da la merced del fuero de caballero con la moradía ordinaria el 26 de marzo de 1602. [22200]

Compreendo o valor da nova que lhe era dada, e enquanto se apressava a seguir para as minas, mandou imediatamente nomear o administrador delas, Diogo Gonçalves Laço, a quem também fez Capitão da Vila de São Paulo, deu-lhe um alferes, Jorge João, e, providência mais acertada, remeteu para lá dois mineiros experimentados, Gaspar Gomes Moalho e Miguel Pinheiro Zurara, vencendo estes por ano 200$000 casa um, e um fundidor, D. Rodrigo ou Rodrigues, com as necessárias instruções e ordem para receber do almoxarife da Fazenda Real da vila de Santos o dinheiro de que este carecesse para seus trabalhos. Chegaram esses homens práticos em São Vicente a 18 de maio de 1598.

Poder-se-ia dizer que a estes, e não a Afonso Sardinha, caberia a glória de ter levantado a usina de Araçoyaba, tendo o Paulista somente a de descobrir o minério. Não parece procedente esta arguição, pois consta dos documentos, uníssonos neste ponto terem sido os engenhos construídos á custa daquele, que os doou, como coisa sua, a El-Rey. Os trabalhos dos auxiliares remetidos por D. Francisco de Souza, a ser exata a versão que contestamos, deveriam ter sido pagos por Sardinha.

Ora diz Taques, baseando-se no 1°. livro de regimentos do Cartório da Provedoria que além dos ordenados do pessoal foram despendidos 589$100 da data da sua chegada até janeiro de 1598, para o benefício das Minas. Essas despesas, portanto, deviam ser outras que não as do estabelecimento da usina, custeada pelo Paulista ilustre, fundador da siderurgia no Brasil. [24155]

1° - Nativo, ferreiro e judeu

A insistência com que Taques o chama de paulista leva a crer ter nascido Sardinha na Capitania, lá por volta de 1531, o que lhe daria 25 anos apenas na época em que o elegeram vereador da vila de Santos. Por outro lado existe uma escritura de 9 de junho de 1615, pela qual ele e sua mulher D. Maria Gonçalves fazem uma doação aos Jesuítas. Isto lhe daria uma existência mínima de 85 anos, e 66 teria ele ao descobrir o ouro na Mantiqueira.

Traz, porém, esse modo de encarar o problema uma dificuldade suplementar, o saber de quem Sardinha teria obtido os conhecimentos precisos para se tornar perito em distinguir os minérios de ferro e sua metalurgia rudimentar. [26128]

O nativo Martim Tenório foi batizado e civilizado pelos frades carmelitas [23527]. Em 15 de Agosto de 1601, assentou-se como confrade de Nossa Senhora do Carmo e tomou o batismo. (Nota: este fato tem sido tomado como prova de que Martim seria judeu, tendo recebido o batismo "de pé", isto é, em adulto. No entanto, aqui Martim se refere ao batismo da ordem, quando o novo irmão é recebido como parte da congregação, após os ritos de iniciação). [28062]

3° - 1588

Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis [23985] Clemente Álvares e seus sócios, Martim Rodrigues (um nativo batizado e civilizado pelos frades carmelitas) e Damião Simões encontraram "mantas de ouro" e minas de "betas" quando penetraram, pelo caminho da Borda do Campo, além das "cruzes" que, segundo depoimento do primeiro, Bras Cubas inscrevera empedras, cumprindo uma composição de divisas com Luis Góes, lavrada em escritura pública. Esse caminho era o divisor de águas que nasciam na Serra do Mar e desciam por ela. Na orografia da Serra do Mar, "mogy", ou "mogy" é nome encontradiço de "rio que nasce junto a Cubatão", denominado-se o vale de "Mogi". [23527]

Em 1587, em parte do Rio Jeribatiba, na Serra do Cubatão, faz mineração de ouro e de ferro. Entre 1587 e 1588, com indicações dos escravizados nativos, parte com o filho ("o mameluco", ou "o Moço") e Clemente Álvares para a região do sertão da Floresta d´Ypanen e descobre ferro no morro de Byraçoiaba, onde vem a instalar fornos do tipo catalão para iniciar a primeira produção industrial siderúrgica do continente americano a partir, talvez, de 1596-1597. [27294]

Assim, a expansão jesuítica na Capitania de São Vicente é feita a par da expansão dos negócios da Família Sardinha, principalmente a de mineração em sociedade com Clemente Álvares, pois, no final do século XVI, Affonso já põe o filho mameluco, dito o Moço, a representá-lo em algumas empreitadas e o acompanha - aliás, a quem repassa a arte da mineração contrariando os seus pares da Câmara municipal paulistana, que haviam determinado que os colonos não poderiam ensinar aos mamelucos (filhos de brancos com nativas) as artes de fabricar peças metálicas, para que essa não chegassem às mãos dos escravizados... [História de Carapicuíba, 25.03.2013. João Barcellos. Página 12]

Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda.

Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista.

Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [Página 15]

Em 1587, em parte do Rio Jeribatiba, na Serra do Cubatão, faz mineração de ouro e de ferro. Entre 1587 e 1588, com indicações dos escravizados nativos, parte com o filho ("o mameluco", ou "o Moço") e Clemente Álvares para a região do sertão da Floresta d´Ypanen e descobre ferro no morro de Byraçoiaba, onde vem a instalar fornos do tipo catalão para iniciar a primeira produção industrial siderúrgica do continente americano a partir, talvez, de 1596-1597. [Página 16] [27294]

3° Angola

Em 1593 Martim Tenório estevo como mineiro en Angola, donde no encontró tales minas. Su deseo era llegar Perú, pero a su paso por Brasil fue reclutado por el gobernador general Francisco de Sousa para intentar descubrir las minas que creían que existían. [22170]

Um dos mais poderosos colonos de entre os séculos XVI e XVII é o político, paramilitar, mercador e minerador Affonso Sardinha - o Velho, que "negociava com o Reino, a Bahia, o Rio de Janeiro, Buenos Aires e Angola, fabricando e exportando marmelada.

Obviamente, esse português não chegou pobre à colônia, mas fez dobrar muitas vezes o seus cabedais a ponto de se tornar rei e senhor e exigir abertura política na metrópole para comprar escravizados negros de Angola, enquanto envia anualmente para Lisboa mercadorias em nome da Coroa!

1°, que o judeu Gregório Francisco faz a linha Angola - São Vicente não como dono de navios negreiros, como como sócio ou capitão a serviço de Affonso Sardinha, e 2°, que este desembarcou na "terra dos brazis" para ser desde logo um poderoso colono nas artes de financiar e e viver de rendas, o que faz jus ao histórico de judaísmo convertido ao cristianismo da Família Sardinha da província do Alentejo, no sul português.

Em 1590 apesar de existirem ações minerária, na Aldeia Guaru, dos goayanazes, na Serra de Jaguamimbaba, é ele quem opera aqui a maior exploração de ouro. Manda vir de Angola a primeira leva de escravizados para as minas de ferro e de ouro. A encomenda é feita ao mercador judeu de escravizados Gregório Francisco, seu sobrinho, com navio de carreira entre Angola e São Vicente. [27294]
[23267] 1° fonte: 15/08/1601
Em 15 de Agosto de 1601, assentou-se como confrade de Nossa Senho...

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[22170] 2° fonte: 01/02/1602
Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinh...

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[22200] 3° fonte: 26/03/1602
Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinh...

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[26128] 4° fonte: 01/01/1904
*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX

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[23985] 5° fonte: 01/01/1920
*S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqno...

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[23527] 6° fonte: 01/01/1988
*Cadernos da divisão do arquivo histórico e pedagógico municipal ...

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[24155] 7° fonte: 01/01/1998
*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

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[27294] 8° fonte: 25/03/2013
História de Carapicuíba. João Barcellos

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[28004] 9° fonte: 24/12/2022
“Há de se desconfiar de Afonso Sardinha”

ver fonte
[28062] 10° fonte: 07/01/2023
Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), genearc.net

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[28481] 11° fonte: 14/03/2023
Clemente projetocompartilhar.org

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Revista do Arquivo Municipal de São Paulo
Data: 01/01/1969
Página 86


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