Os habitantes da cidade de Chachapoyas, no Peru, aprisionaram trezentos selvagens, reconhecidos como sendo povos tupis do trato costeiro do Brasil. (....) - 01/01/1549 de ( registros)
Os habitantes da cidade de Chachapoyas, no Peru, aprisionaram trezentos selvagens, reconhecidos como sendo povos tupis do trato costeiro do Brasil. (....)
1549. Há 475 anos
1° de fonte(s) [k-861]
O hábito da Ordem de Cristo. Ricardo Costa de Oliveira, em geneall.net
2° de fonte(s) [25003] “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística Data: 2005, ver ano (253 registros)
Em 1549, os habitantes da cidade de Chachapoyas, no Peru, aprisionaram trezentos selvagens, reconhecidos como sendo povos tupis do trato costeiro do Brasil. (....) Esses índios, subindo o Amazonas, a partir da sua embocadura, atingiram o rio Maranhão; em seguida, remontando o Huallaga, teriam chegado a Chachapoyas. A narrativa que fizeram de sua aventura despertou profundo interesse no Peru; referiam-se os mencionados índios a uma região fabulosa, o reino dos omaguas, onde abundavam o ouro e as pedras preciosas. Essa descrição contribuiu, em larga escala, para a formação da lenda do Eldorado, que provocou atrágica expedição de Pedro de Ursúa (1558).
3° de fonte(s) [28165] Terra sem males, mito tupi-guarani. Consultado em Wikipédia Data: 2 de maio de 2023, ver ano (482 registros)
Na mitologia guarani, a terra sem males (Yvy marã e´y em guarani) faz referência ao mito de uma terra onde não haveria fome, guerras ou doenças.
Busca da Terra sem Males
Em 1549, sofrendo com a colonização portuguesa, 12 000 a 14 000 índios partiram do litoral rumo aos Andes. Apenas trezentos chegaram a Chachalpoyas, no Peru, onde foram capturados e presos.
Apesar de ter sido suposto que a busca a "terra sem males" tenha tido papel central nesses processos de resistência e migração, trabalhos etno-históricos contestam a veracidade dessa teoria, pela ausência de dados empíricos que comprovem-a, sendo resultado de uma leitura redutiva das fontes documentais. Segundo o historiador Eduardo Neumann (2009):
"As migrações praticadas pelos guaranis estão ligadas ao sentido da terra, do território e do espaço social (...) Para os guaranis a terra não é uma divindade, mas está impregnada de toda experiência religiosa. A terra, por sua vez, é o suporte, um meio para eles efetivarem a sua economia de reciprocidade. É através da terra que eles procuram atingir toda sua plenitude. Assim, em determinadas ocasiões, devido à manifestações do líderes espirituais, por seu tom profético e a busca por novas terras, alguns etnógrafos sentiram-se autorizados a firmarem que todo o pensamento dos guaranis estava orientado em torno da terra sem mal".
Ainda, o mito da Terra sem Mal ou o mito do messianismo tupi-guarani teria sido generalizado a todas populações tupi-guarani, quando de fato era exclusivo aos apapocuva e tembés, etnografados por Nimuendaju.
O Guajupiá dos tupinambás
Os tupinambás acreditavam na existência de Guajupiá, um paraíso para os mortos, alcançado com auxílio de rituais fúnebres e mais facilmente por aqueles com mérito bélico.