“Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” - 01/01/1752 de ( registros)
“Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente”
1752. Há 272 anos
1° de fonte(s) [25003] “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística Data: 2005, ver ano (253 registros)
Referindo-se à Companhia de Jesus, Furtado, irmão de Pombal, registra: “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente”.
Uma das numerosas cartas encontradas em Mendonça (1963), endereçadas ao seu irmão, o Marquês de Pombal, entre 1751 e 1759, o Governador e Capitão-General do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, dá idéia do cabo-de-guerra em que se haviam transformado as relações de poder entre os jesuítas e a Coroa. Dela se extrai (p.467), quanto ao Norte da Colônia, que, apesar do esforço oficial inclusive para implantação de escolas, a língua portuguesa continuou a ser secundarizada, deixando ver, por outro lado, o uso da língua geral como instrumento de poder que dela tinham feito os inacianos: Já o informei de que eu dei a todas as Religiões a ordem de S. Maj. para que introduzissem nas aldeias a língua portuguesa, sendo mais próprio para conseguir este fim o estabelecimento das escolas; todas me responderam que logo obedeceriam; poucas foram as que o fizeram; rara é a que hoje conserva alguma aparência deste estabelecimento. Porque 90 todas imitam a Companhia, que absolutamente desobedece e se obstinou contra estes utilíssimos estabelecimentos, e aqui nunca o quis executar sem mais razão que a de não obedecer, como é seu antigo costume, e de compreenderem que poderiam com ele, para o futuro, perder parte dos seus interesses.