Pombal, em realidade, era apenas um continuador dessa longa ideologia. Conforme já antecipado na Introdução, os cronistas Gabriel Soares de Sousa e Pero de Magalhães Gândavo deixaram pistas expressivas, quase que como atos falhos, de grande importância lingüística:
trata-se do conhecida expressão “sem fé nem lei nem rei” como conclusão da ausência dos fonemas /f/, /l/ e /r/ na língua indígena. Esse registro histórico indicia como estavam intimamente associadas tais noções: o rei, por direito divino, intermediário entre Deus e os homens na questão temporal (e também de administração religiosa no Ultramar em decorrência do Padroado), a lei como baliza da ordem e da vontade divina e do monarca e, finalmente, a fé, a sintonia que conduziria os homens em direção daquela vontade.
Nem Anchieta, ardoroso defensor da liberdade dos índios, escapou desse condicionamento ideológico quando aludiu a essa “gente tão bestial e carniceira, que vive sem lei nem rei” em carta escrita de São Vicente em 1565.
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