“Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”* - 01/04/1549 de ( registros)
“Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”
abril de 1549. Há 475 anos
Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincialSimão Rodrigues, em abril de 1549 (2000:21-2): “Espero de as tirar [‘orações e algumaspráticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem quenesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhemanda e não está aqui”. Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, elese reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares (2000:70). Anchieta, em Informaçãodos primeiros aldeamentos da Bahia (1988:357-8), também relata:Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para quesua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de algunshomens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cáhavia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousae de Dom Duarte da Costa.
O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: emcarta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento deNavarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua (2000:21), embora areferência de Navarro pregando “à gente da terra” (2000:19), esclarece Serafim Leite emnota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos.