1606, e Domingos Luiz em 1613, a capella passou á administração de seus successorcs; mas, decorridos muitos annos, foi quasi deixada em abandono, até que, em principio do século XVJII, Filippe Cardoso de Campos, legitimo descendente dos instituidores, e noto do terceiro protector Manoel Cardoso de Almeida, tomando o habito de ermitão ( era viuvo, e ficara pobre ), assumio aquella administração. « Empossado dos moveis da capella da Senhora da Luz, entrou em obras, cercando aqucUe sitio com muros, e fez casas para os romeiros, com uma horta, para a qual intro- duzio uma levada de agua para a regar, conduzida do rio A^ihangabay, que banha o declivio da cidade de S. Paulo em 1^ de Agosto de 1721, com o capitâo-mór Manoel Pereira Ramos. São estes os pães do sobredito desembargador do paço João Pereira Ramos de Azevedo Coutinho, como vê-se em Pedro Taques, NobiUarchia PaulUtana^ na Revista do Instituto Histórico^ Geogrofhico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte segunda, 1871, pags. 134, 165, 166, 167 e 168. (*) É o mesmo lugar da egreja actual do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz . Azevedo Marques escreveu Guarepe ; mas Pedro Taques deixou escripto Guarê. Qual será o verdadeiro nome? Entendemos que qualquer desses nomes não é correcto. O de Guará-pe parece ser o exacto: — caminho das aves. Talvez má calligraphia do tabelliâo, ou mesmo a corrupção do nome, a escriptura publica, trans- cripta por Azevedo Marques, quando trata do Recolhimento da Senhora da Luz em 8, Paulo^ não prova que O nome seja Guarepe, — 374 — abaixo da cerca do convento dos religiosos de S. Francisco. Levantou o frontcspicio da capella, e fez outras muitas obras, filhas do seu cordial affecto, zelo e acertos. > (*) Só em 2 de fevereiro de 1774 foi inaugurado o Recolhimento, sendo governador do bispado D. António de Toledo Lara (**); mas, o actual Recolhimento foi edificado, em 1788, em ten-eno contiguo ao de 1774, derribado. O capitáo-mór governador Amador Bueno de RiBRraA e sua mulher D. Bernarda Luiz Camacho tiveram :