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Carta do Piloto Anônimo
27 de julho de 150102/05/2024 03:17:17

Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
Data: 01/01/1883
Créditos: Capistrano de Abreu
Página 59

[25843] 1° fonte: 01/01/1979
História da História do Brasil, 1979. José Honório Rodrigues

A Relação do Piloto Anônimo

Afora os documentos de Caminha e Vespúcio, fazem parte desta literatura de viagem, desta pré-historiografia, a Relação do Piloto Anônimoe algumas outras cartas da época.

A Relação do Piloto Anônimo é um documento fiel, muito inferior à Carta de Caminha. Suas observações sobre a terra, a gente e os seus costumes são apressadas e rápidas. Declara que ninguém entendia a língua, o que não impediu Caminha de fazer e anotar uma infinita variedade de observações. Não sabiam que gente era essa, que os imitava, como na missa, que negociou arcos e flechas por guizos e folhas de papel, pedaços de pano ou papagaios e mandioca.

Eram pardos, os homens com a pele raspada, e as mulheres com os cabelos longos. A terra era grande, abundante de árvores, com boa água, mandioca e algodão. Não havia animais.

O ar era bom, os homens tinham redes e eram grandes pescadores. Foram deixados dois homens degredados que começaram a chorar quando a esquadra iniciou a partida e foram consolados pelos homens da terra.

A carta que Giovanni Matteo Cretico escreveu aos 27 de julho de 1501 de Lisboa para Veneza, tratando da descoberta da nova terra, pela primeira vez chamada de terra de papagaios <12>, é, como a Relação do Piloto Anônimo, muito inferior à Carta de Caminha.

(12) A carta é dirigida por Domênlco Plsanl ao doge veneziano, mas transcreve a carta de Cretlco. Foi esta publicada pela primeira vez nos Paesl nouamente retrouatl Et Novo Mondoda Alberlco Vespuclo Florentino lntltulato (Vlcenzla, 1507) e nas subsequentes edições e traduções. Várias edições encontram-se relacionadas em Greenlee, ob. clt., p. 116. O texto Italiano encontra-se em Berchet, ob. cll., parte Ill, vol. 1, pp. 43-45. Boa tradução, segundo o texto dos Paesl, comparada com o, originais manuacritos, encontra-se cm Greenlee. ob. clt., 119-123.

A AUTORIA

A autoria da obra é assunto ainda não resolvido. Não há dúvida, diz Greenlee,que seja um português, de educação e inteligência acima do· comum. Deve ter sido um dos tripulantes da frota, declara a HCPB. Berchet não chegou a nenhuma conclusão definitiva a respeito. O que se sabe é que o cronista de Veneza, DomenicoMalipiero, interessado nas navegações e descobertas portuguesas, pedira a seu exsecretário Ângelo Trevisan, então auxiliar do Embaixador de Veneza em Espanha,Domenico Pisani, que procurasse obter informações especialmente sobre a viagemde Cabral. Pela correspondência trocada entre Trevisan e Malipiero, publicada na Racco/ta Colombiana e citada no estudo de Berchet, vê-se que Giovanni Camerino, também chamado Giovanni Matteo Cretico, núncio em Lisboa (Cretico porque passara vários anos na ilha de Creta), fazia "una opereta" ou compunha "un tractato".

Esta é a base da crença que Cretico teria compilado, ou ao menos traduzido, a narrativa anônima que foi enviada a Malipiero e da qual existe uma cópia entre as cartas deste, hoje na coleção Sneyd. Pensa Greenlee que talvez João de Sá seja o autor (ob. cit., 55).Os principais argumentos contra a autoria de Cretico são: 1) é incerto que elesoubesse o português; 2) o estilo da narrativa não se coaduna com o de um professorde grego e não contém expressões latinas, que poderíamos esperar fossem usadaspor Cretico, ex-professor de retórica grega em Pádua e considerado homem de grandesaber em grego e latim (Greenlee, ob. cit., 54 e 114, n.º 2).

Substancialmente, a Relação Anônima é um documento fidedigno, que se coloca, no tocante à Descoberta do Brasil, logo abaixo da Carta de Caminha e de Mestre João.



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, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”. Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE MSS2355) fala- se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.
As encrencas de verdade da sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de um terça-feira modorrenta

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