A disputa do Território das Missões foi resolvido em favor do Brasil, pela arbitragem do presidente Cleveland, dos Estados Unidos, em 1895, graças aos documentos reunidos por Rio Branco - 01/01/1895 de ( registros)
A disputa do Território das Missões foi resolvido em favor do Brasil, pela arbitragem do presidente Cleveland, dos Estados Unidos, em 1895, graças aos documentos reunidos por Rio Branco
A guerra comum contra o Paraguai de Solano López nos uniu, e se esperava que a Tríplice Aliança se tornasse uma coligação política forte, depois da paz. Embora muitos acordos se seguissem, dissídios antigos, como o da disputa do Território das Missões, impediam aproximação mais forte. O litígio foi resolvido em favor do Brasil, pela arbitragem do presidente Cleveland, dos Estados Unidos, em 1895, graças aos documentos reunidos por Rio Branco. Com a solução do problema, acordos se fizeram, mas, por detrás dos festejos e das assinaturas dos tratados, a desconfiança mútua era notória.Para o Brasil interessa especialmente a viagem efetuada entre 1541e 1542, desde as praias de Santa Catarina até o interior do Paraguai. Osestudiosos da expansão territorial, da conquista e do povoamento, dasorigens das primeiras bandeira~. encontram neste relato muita informaçãopreciosa.Mais importante foi ainda a reconstituição deste percurso para provado título brasileiro ao território de Palmas, disputado à República Argentina. Rio Branco esclareceu definitivamente a questão, ao traçar o exatocaminho seguido pela autoridade espanhola em território brasileiro. Estecaminho figurava em Atlas argentinos, ora pela margem setentrional doIguaçu, ora representado pela margem meridional, passando pelo territórioentão em litígio.Percorrendo os capítulos VI e XI dos Comentários, diz Rio Branco,vê-se que a expedição partindo do rio ltabucu, hoje Itapucu, no litoral deSanta Catarina, subiu a cadeia marítima chamada Serra do Mar, entroupelos campos do planalto de Curitiba, passou da margem esquerda paraa direita do Iguaçu, atravessou o Tibagi e continuou pela margem esquerdadeste afluente do Paranapanema no rumo N.N.O. Depois atravessou outrosrios no rumo do sul, paralelamente ao curso deste último rio, alcançou amargem direita do Iguaçu, logo acima do seu Salto Grande. Desceu entãoo Iguaçu até a sua confluência no Paraná, transpôs este rio e prosseguiuatravés do Paraguai (21 l.A expedição espanhola de 1541, acrescenta Rio Branco, não avistousequer o território de Palmas, e nos próprios comentários encontra-se menção dos Portugueses que dez anos antes por ali haviam passado, descendoo Igúaçu, quando, a mandado de Martim Afonso de Sousa, iam ao descobrimento do Interior (22).Deste modo, o território a leste do rio Pequiri ou Pepiri, depois Peperi Guaçu, foi descoberto por paulistas e não por Cabeza de Vaca. O certoé que o Governo espanhol transmitiu dez anos depois a notícia de queFrancisco Chaves e seus companheiros, que de Cananéia haviam seguidoem direção do Paraguai, haviam sido trucidados pelos indios nas margensdo Iguaçu
1° de fonte(s) [25843] História da História do Brasil, 1979. José Honório Rodrigues Data: 1979, ver ano (113 registros)
Para o Brasil interessa especialmente a viagem efetuada entre 1541 e 1542, desde as praias de Santa Catarina até o interior do Paraguai. Os estudiosos da expansão territorial, da conquista e do povoamento, das origens das primeiras bandeira~. encontram neste relato muita informação preciosa.
Mais importante foi ainda a reconstituição deste percurso para prova do título brasileiro ao território de Palmas, disputado à República Argentina. Rio Branco esclareceu definitivamente a questão, ao traçar o exato caminho seguido pela autoridade espanhola em território brasileiro. Este caminho figurava em Atlas argentinos, ora pela margem setentrional do Iguaçu, ora representado pela margem meridional, passando pelo território então em litígio.
Percorrendo os capítulos VI e XI dos Comentários, diz Rio Branco, vê-se que a expedição partindo do rio ltabucu, hoje Itapucu, no litoral de Santa Catarina, subiu a cadeia marítima chamada Serra do Mar, entrou pelos campos do planalto de Curitiba, passou da margem esquerda para a direita do Iguaçu, atravessou o Tibagi e continuou pela margem esquerda deste afluente do Paranapanema no rumo N.N.O. Depois atravessou outros rios no rumo do sul, paralelamente ao curso deste último rio, alcançou a margem direita do Iguaçu, logo acima do seu Salto Grande. Desceu então o Iguaçu até a sua confluência no Paraná, transpôs este rio e prosseguiu através do Paraguai (21 l.
A expedição espanhola de 1541, acrescenta Rio Branco, não avistou sequer o território de Palmas, e nos próprios comentários encontra-se menção dos Portugueses que dez anos antes por ali haviam passado, descendo o Igúaçu, quando, a mandado de Martim Afonso de Sousa, iam ao descobrimento do Interior (22).
Deste modo, o território a leste do rio Pequiri ou Pepiri, depois Peperi Guaçu, foi descoberto por paulistas e não por Cabeza de Vaca. O certo é que o Governo espanhol transmitiu dez anos depois a notícia de que Francisco Chaves e seus companheiros, que de Cananéia haviam seguido em direção do Paraguai, haviam sido trucidados pelos indios nas margens do Iguaçu. [Página 35 do pdf]
2° de fonte(s) [k-906] Estanislao Severo Zeballos (1854-1923), HISTORIADOR. Por María Cristina de Pompert de Valenzuela, data da consulta Data: 31 de dezembro de 2023, ver ano (482 registros)
Inexplicavelmente, o presidente Cleveland dos Estados Unidos emitiu, em 1895, a decisão favorável ao Brasil, sem qualquer fundamento sólido, e com isso a Argentina perdeu grande parte do território das antigas Missões. O incidente causou algum descrédito a Zeballos e gerou o desenvolvimento de outros trabalhos nos quais defendeu e justificou a sua posição.