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Góis sofreu diversas dificuldades incluindo problemas com a Capitania vizinha de Espírito Santo onde expedições foram enviadas ao seu território para a captura de indígenas, o que gerou reações negativas dos nativos
26 de março de 153904/04/2024 17:36:52

Góis partiu de Lisboa, desembarcando no Brasil em 1538, fundou a Vila da Rainha (atualmente em São Francisco de Itabapoana) no ano seguinte e desde o início sofreu diversas dificuldades incluindo problemas com a Capitania vizinha de Espírito Santo onde expedições foram enviadas ao seu território para a captura de indígenas, o que gerou reações negativas dos nativos.Em seu território começou uma plantação de cana-de-açúcar que trouxera da Capitania de São Vicente, Pero voltou a Portugal para buscar ferramentas para a construção de engenhos porém ao voltar encontrou a Capitania abandonada devido a conflitos com tribos indígenas hostis como os Goitacases e os Puris. [1]

O historiador campista Augusto de Carvalho, em obra do ano de1888, revela que Pero de Góis, retornando de Portugal, chegou à região norte- fluminenseinvestido na dignidade de donatário (de São Tomé) pelos fins do ano de1538, mais ou menos, pois que o acordo de se dividirem pelo rio Tapemery,feito entre ele e seu vizinho Vasco Fernandes Coutinho é datado de 26 demarço de 1539. Acompanhado de muitos casais, e bem provido de armas ede todas as mais prevenções exigidas em tais empresas, chegou aos seusdomínios; e depois de uma ligeira inspeção local, elegeu para seu ancoradouro a enseada do Retiro, poucas braças ao sul da barra do rio Managé,como então se chamava o rio conhecido por Camaquana ou Cabapoana, emais tarde por Itabapoana, - nome que ainda hoje conserva. Aí, assomandoà terra, no sítio que ainda agora se conhece pela designação de Barreirasdo Retiro, lançou os primeiros lineamentos da nova povoação, começandopor erigir uma capelinha, sob a invocação de Santa Catarina. A esse toscodesenho chamava pomposamente o donatário – Vila da Rainha... [2]Seu irmão, Luís de Góis que morou alguns anos na capitania vizinha de São Vicente, foi o primeiro a levar tabaco à Europa.No ano de 1554 durante a Guerra de Iguape liderou uma força portuguesa contra o Entrincheiramento de Iguape estabelecido pelos espanhóis de Ruy Garcia de Moschera, suas forças foram derrotadas e ele foi ferido gravemente, vítima de um tiro de arcabuz, a derrota levou ao ataque e saque da cidade de São Vicente.Outro importante estudioso da história do norte fluminense, AlbertoRibeiro Lamego, em O homem e o brejo, comenta que a Pero de Góis foidoada a capitania de São Tomé no ano de 1538, tendo na barra de Itabapoanaplantado as primeiras mudas de cana-de-açúcar, construído o primeiro engenho da região, além do que fez erigir a casa da Câmara e fundado a Vila daRainha.Apesar da precisão relativa, por parte de Lamego, do local do povoamento e que nos faz acreditar que tenha sido efetivamente nessa região, nãotemos, porém, nenhuma informação documental que comprove a construçãode uma Câmara naquela oportunidade, ainda que aos donatários fosse assegurada a prerrogativa de fundar vereanças com os “homens bons” da localidade.Aires de Casal em sua Corografia Brasílica, obra cuja primeira edição é do início do século XIX, informa que Pero de Góis edificou seu enge-96 Controvérsias sobre os primeiros tempos da Capitania de São Tomé ou da Paraíba do Sulnho “junto à extremidade de uma baía no lado meridional do Cabapuana.”(CASAL 1976, 203)Carlos Malheiros Dias, escrevendo sobre a Capitania da Paraíba doSul ou São Tomé, em sua monumental obra História da colonização portuguesa do Brasil, editada em 1924 na cidade do Porto, por ocasião das comemorações do centenário da independência do Brasil, preocupava-se com asdiversas interpretações para o início do povoamento naquela capitania:querem alguns historiadores (Augusto de Carvalho e Aires de Casal) quePero de Góis, fundeando na enseada do Retiro, nas cercanias do rio Manajé (Itabapoana), ali tenha fundado a sua vila no alto das barreiras, aindahoje conhecidas por aquele nome da enseada, e erigido uma capela sob ainvocação de Santa Catarina. Outros (Gabriel Soares de Sousa) pretendemque a vila da Rainha ficava na margem do Paraíba, aproximadamente nolocal em que veio a fundar-se a vila, hoje cidade, de Campos. (DIAS 1924,238)Diz ainda o mesmo Dias que “nenhuma das duas hipóteses é pararejeitar” (id.) e adiante acrescenta que “é provável que, antes de decidir-sepelo local onde veio a fundar a maior plantação de canaviais, tenha assentado arraiais em mais de um ponto do litoral.” (id.) E, sem muita convicção,diz que “pode admitir-se que, chegando à sua donatária em 1537 ou 1538,tenha desembarcado na enseada do Retiro, acampando nas proximidades.”(id.)Diante desses entendimentos, muitos deles desencontrados, outrosconcordantes em parte, vejamos o que se consagra, definitivamente, para osprimeiros momentos da região norte fluminense, quando ali, pioneiramente,Pero de Góis lançou os fundamentos do povoamento da Capitania de SãoTomé.Após ter recebido a valiosa doação, depois de longos e custosos preparativos necessários à viagem e expedição, de natureza tão incerta naquelaépoca, partiu Pero de Góis do porto de Lisboa, chegando aos seus domíniosno Brasil pelos fins de 1538, na enseada do Retiro, “não muitas braças aosul da barra do Itabapoana, lugar elevado até à praia do mar, extremamente aprazível e de toda a costa da capitania o mais apropriado ao fim aque se propunha”. (MARTINS 1868, 41) Esta é a idéia que esposamos.Tomando posse de suas terras, o referido donatário procurou umaregião onde pudesse edificar habitação que o pusesse a salvo das intempéries Revista da ASBRAP nº 6 97e dos indígenas da região. Ao nascente arraial, deram os povoadores a denominação de Vila da Rainha, constituindo ele o marco inicial do povoamentoplantado em território do que viria a ser mais tarde o município de São Joãoda Barra, uma vez que dessa povoação redundou a Vila de Itabapoana, pertencente posteriormente a um dos distritos do citado município1.Tão cedo ficou organizado o aldeamento, Pero de Góis iniciou oplantio da cana-de-açúcar utilizando mudas que trouxera de São Vicente, dasfazendas de Martim Afonso de Souza e de sua própria. A plantação da canade-açúcar era uma exigência contida nos forais passados pela Coroa portuguesa aos donatários.João Oscar, um dos mais respeitados historiadores fluminenses daatualidade, esclarece queali, pioneiramente no solo fluminense, plantou o donatário as primeirasmudas de cana-de-açúcar, trazidas de sua fazenda Madre de Deus, em SãoVicente, e levantou engenhos movidos à água, nos quais pretendia produzirdentro de um ano 2.000 arrobas de açúcar. (OSCAR 1985, 39).Desejoso, porém, de aumentar as possibilidades de êxito de seu empreendimento, Pero de Góis retornou novamente ao reino, levado pela vontade de aí adquirir ferramentas e peças necessárias à construção de engenhos,com que fabricassem racionalmente o açúcar. Porém, ao regressar de Lisboa,encontrou a Capitania abandonada dadas as constantes investidas dos índiosgoitacazes e puris. Nem mesmo os esforços de seu filho, Luís de Góis, foramsuficientes para manter o empreendimento na região. [2]
Góis sofreu diversas dificuldades incluindo problemas com a Capitania vizinha de Espírito Santo onde expedições foram enviadas ao seu território para a captura de indígenas, o que gerou reações negativas dos nativos


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