“De Itu ao Rio grande não se encontram facilmente os Caiapós, a que por outro nome chamam Bilreiros, porque com grande dificuldade passam o Rio grande, e chegaram tão perto de S. Paulo, que tocaram o sino da Igreja de Jundiaí, com cujo som aterrados fugiram” - 01/01/1740 de ( registros)
“De Itu ao Rio grande não se encontram facilmente os Caiapós, a que por outro nome chamam Bilreiros, porque com grande dificuldade passam o Rio grande, e chegaram tão perto de S. Paulo, que tocaram o sino da Igreja de Jundiaí, com cujo som aterrados fugiram”
1740. Há 284 anos
Fontes (1)
A partir de achados arqueológicos, é possível afirmar que a fronteira norte estariasituada no atual estado de São Paulo, na região onde hoje se encontram as cidades dePirassununga e Mogi Mirim101. Seus vizinhos e inimigos que ficavam além desta fronteira eram as populações delíngua jê, chamados de Bilreiros102, que deviam viver na região montanhosa daMantiqueira, como até hoje se conserva na memória regional, expandindo-se até o atualTriângulo Mineiro e sul de Goiás. Cronistas antigos afirmam que eles raramente penetravam a região mais ao sul, tornando o rio Grande a divisa natural103. O nome bilreirolhes foi dado pelo fato de usarem uma pequena e mortífera arma, um cacete, chamada pelosportugueses de bilro104. Foram denominados de forma genérica pelos Tupi de Ibirayara ouIbirabaquiyara (o povo da borduna, da madeira)105. Seriam os que posteriormente foramchamados de Kayapó Meridionais, que ocupavam o nordeste do Mato Grosso do Sul, oTriângulo Mineiro e o Sul de MinasO caminho dos BilreirosHavia também o caminho que mais tarde levou a Cuiabá e que foi chamado de“estrada dos Bilreiros”.
Segundo um relato anônimo do século XVIII, este caminho é o caminho ordinário e viagem, que fazem os Paulistas (...) que alguns dizem-se poder fazer todo por terra de S. Paulo para o Cuiabá (...) e de Itu caminhar para o Rio Pirachicaba aberto caminho pelo mato. Em quatro dias se pode chegar ao Campo de Aracoarara [Araraquara], daí ao Nordeste levando a mão esquerda a mata do Rio Tietê, chegasse ao rio Grande, julgam alguns será caminho de um mês; mas outros julgam que feito o caminho e abatidos os pastos, que são altos, com fogo, em menos de dias se fará esta viagem. Passado o rio Grande, seguia até o ribeirão Guacuri, depois tomava o rio Verde, entrando pelo rio Pardo, até chegar às terras de Cuiabá248.
1° de fonte(s) [24428] “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP Data: 2008, ver ano (71 registros)
Havia também o caminho que mais tarde levou a Cuiabá e que foi chamado de “estrada dos Bilreiros”. Segundo um relato anônimo do século XVIII, este caminho é
o caminho ordinário e viagem, que fazem os Paulistas (...) que alguns dizem-se poder fazer todo por terra de S. Paulo para o Cuiabá (...) e de Itu caminhar para o Rio Pirachicaba aberto caminho pelo mato. Em quatro dias se pode chegar ao Campo de Aracoarara [Araraquara], daí ao Nordeste levando a mão esquerda a mata do Rio Tietê, chegasse ao rio Grande, julgam alguns será caminho de um mês; mas outros julgam que feito o caminho e abatidos os pastos, que são altos, com fogo, em menos de dias se fará esta viagem.
Passado o rio Grande, seguia até o ribeirão Guacuri, depois tomava o rio Verde, entrando pelo rio Pardo, até chegar às terras de Cuiabá. [Páginas 67 e 68]