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Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér
janeiro de 1530


Segundo alguns historiadores, Gonçalo da Costa teria vindo para São Vicente em 1510,onde por volta de 1520 uniu-se a uma das filhas do Bacharel, a quem já encontrou emterras vicentinas, quando da sua chegada, tornando-se braço direito em todos osempreendimentos do Bacharel. Gonçalo da Costa passou dez anos aproximadamente emSão Vicente e durante esse tempo percorreu toda a costa sul do Brasil, tornando-se um dosmaiores conhecedores e exploradores da região do Prata (Revista do Instituto Histórico eGeográfico de São Paulo (V. XXIX, pág. 154). Resolve voltar a Portugal e para isso obtémpassagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia deMoguér, em 1530, que viera, segundo Southey, com um galeão, uma pinaça e umbergantim, trazendo como piloto Rodrigo de Aires.A viagem de Gonçalo da Costa, segundo diversos historiadores, entre os quais FranciscoMartins dos Santos (em “História de Santos”, V. I, cap. III, pág. 18, 2ª. Ed.-1986),prendia-se a uma intimação que recebera seu sogro, o Bacharel, para abandonar a regiãode São Vicente, retirando-se para Cananéia, ou seja, o lugar designado para cumprir a suapena de degredo. Ainda hoje não se sabe de quem partiu a ideia que visava,evidentemente, espoliar o Bacharel, do fruto do seu trabalho e do mérito de suas aliançascom os índios da região.Alguns acreditam que a ideia teria partido de intrigas de Henrique Montes, invejoso doBacharel, partindo para Portugal pouco antes de Gonçalo da Costa, embora nãoapresentem nenhuma prova documental que fundamente estas afirmativas.Nessa época eram boas as relações entre o Bacharel e os capitães Pero Capico e depoisAntonio Ribeiro (1º e 2º capitães de São Vicente), não existindo base, portanto, para selevar a sério tais afirmativas sobre a “traição” de Henrique Montes ao Bacharel. Asrelações do Bacharel com as autoridades portuguesas eram boas, visto que desde 1517 SãoVicente, junto com Itamaracá, foi declarada capitania. São Vicente foi fundada por elelogo nos primeiros anos de seu degredo onde Pero Capico foi capitão durante dez anos,conviveu e enriqueceu, sem contratempos, com o Bacharel e sua gente.Com relação a esta viagem de Gonçalo da Costa, comenta Herrera em “História Generalde las Índias Occidentales”, (ed. De Anvers, 1721, Cap.VI, Década IV, liv. 10, pág. 431 /432: “...fué informada la reyna, que el Rey de Portugal habia escrito a Sevilla a umportuguês llamado Gonçalo de Acosta, que habia muchos años em la província del Brasil,entre los índios, y se vino.....a Castilla, ofreciendole seguro y merced, porque fuese aLisboa, etc.....le rogaron que fuese em una armada que se despachava para aquellas parteshaciendole crecidos partidos y que por no dejarle volver a Sevilla, para llevar su mujer ehojos para dejarlos en Portugal, se ausento sin que le entendiese...”Ainda que através de outra interpretação, o que dá mais força ao depoimento, nota-se queo rei de Portugal mandou chamar da Espanha a Gonçalo da Costa, chegado recentemente,não porque fosse conhecedor das terras do Brasil, mas para decidir com ele em definitivo,se devia usar de outros meios para obrigar o Bacharel, seu sogro, a cumprir a ordem devoltar para Cananéia, lugar de seu degredo, deixando São Vicente para o povoamento queia ser praticado, ou se ele faria isso espontaneamente.Poder-se-ia supor que o rei queria saber também se Gonçalo da Costa aceitaria, dado o seuprestígio entre as tribos do sul do Brasil e o seu conhecimento de toda a região austral, sero chefe da armada que estava pronta no Tejo, e que se destinava, principalmente, àquelepovoamento e à exploração do Rio da Prata.Evidentemente devido à amizade e à fidelidade de Gonçalo da Costa a seu sogro, oBacharel, motivaram a recusa de Gonçalo da Costa e a sua retirada apressada de Portugal,temendo ser detido, como se conclui na declaração de Herrera: “se ausento sin que nadielo entendiese”. Na mesma viagem de Gonçalo de Costa, ia também o Capitão Rojas, seuprotegido contra a raiva de Caboto.

[24418] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
Data: 1937

Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér*
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