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“Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam
153006/04/2024 17:47:57
Yslario
Data: 01/01/1530
Créditos:

Sebastião Caboto, italiano que em 1526 chefiou expedição com o objetivo de encontrar a rota das Índias, explorou a costa do Brasil e os rios Prata e Paraguai. O capitão dessa Armada, Alonso de Santa Cruz, esteve em São Vicente em 1526 e em 1530 e descreveu assim, em seu famoso Yslario, aquele antigo povoado:"Dentro do Porto de São Vicente há duas ilhas grandes habitadas de índios, e na mais oriental, na parte ocidental dela, estivemos mais de um mês surtos. Na ilha ocidental têm os portugueses um povoado chamado São Vicente, de dez ou doze casas, uma feita de pedra com seus telhados, e uma torre para defesa contra os índios em tempo de necessidade. Estão providos de coisas da terra, de galinhas e porcos de Espanha em muita abundância e hortaliça".O mapa XIV do Yslario de Alonso de Santa Cruz reproduz simbolicamente o povoado de São Vicente, em posição que corresponde exatamente à atual ilha Barnabé. Como era comum na época, o mapa apresenta o Sul na parte superior, e portanto o lado de terra está à direita. Clique na imagem para reduzi-la: [0]

Depois da fracassada viagem de Gonçalo da Costa e a Portugal em fins de 1530, nãohouve por parte do rei D. João III respeito ou consideração, aos trinta anos de desterro elutas passadas pelo Bacharel – Fatos mencionados pelo Bacharel, mais tarde, a RuiMosquera, em desabafo, quando buscou refúgio em Iguape, depois de 1532, pressionadopor Martim Afonso, sem considerar o patriotismo revelado durante todos aqueles anos, emque nunca deixara de ser português, mantendo a posse de Portugal, em regiões em que osespanhóis acreditavam pertencer à Espanha, como se pode constatar no depoimento deAlonso de Santa Cruz, de 1530, quando declara no seu “Yslário”: “Estas ilhas (SãoVicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence,dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam, segundo está averiguado porcriados de Vossa Majestade com muita diligência... de maneira que a linha não termina no‘puerto de San Vicente’ e sim mais para o oriente, num ponto chamado Sierra de SanSebastian...”“. [São Vicente Primeiros Tempos]

O ponto de interferência entre o meridiano de Torde- silhas e a cósta brasileira, nunca foi bem determinado no Sul, surgindo dessa incerteza as constantes questões veri- ficadas, com penetrações portuguezas sobre território hes- panhol e hespanhólas sobre território portuguez. Para muitos o ponto de interferência em apreço, ficava sendo a bahia da actual Laguna; porem, em 1530, em seu "YSLARIO", Alonso de Santa Cruz, dirigindo-se ao Rei da Hespanha, dizia que o mesmo ponto ficava situado, conforme verifi- cações feitas antes por geógraphos e cartógraphos caste- lhanos, nas "Sierras de San Sebastian", pouco aquém da actual ilha do mesmo nóme. Que elle, entretanto, nunca foi bem determinado e reconhecido, quér por uma quer por ou- tra das partes, ahi estão para o provar essa declaração do official de Caboto, e a ordem de D. João III, do mesmo anno de 1530, a Martim Affonso de Souza, para que partisse a ex- plorar m regiões austraes do Brasil "e o Rio da Prata !!"

Com relação a estas terras de Henrique Montes, fron- teiras ao local da futura Santos, occórre uma circunstância interessante, que não deve passar despercebida.

No tempo do "bacharel" e de Gonçalo da Costa, os portuguezes, como se deprehende do depoimento de Alonso de Santa Cruz, retro-citado e mais do depoimento constante da carta de Diogo Garcia ao Rei já reproduzido também, viviam não só em Jurubatuba como na Ilha Pequena (actual Barnabé) e na própria ilha de São Vicente, em perfeita harmonia com os indios de Cayubi, Piqueroby, Tibiriçá e outros chéfes, que dominavam toda a região; no entretanto, Este é um dos raciocínios, que, reunido aos argumen- tos atraz expendidos sobre o scenario vicentino, leva á de- finitiva convicção, de que, realmente o chamado PORTO DE SÃO VICENTE ficava onde Alonso de Santa Cruz o localisou em 1530; onde tantos historiadores antigos locali- sáram-no, desde Rocha Pitta e Simão de Vasconcellos até Frei Gaspar, Varnhagem e Machado de Oliveira, ou seja, junto á actual Ponta da Praia, na região onde existiu até princípios deste século, o fortim da Estacada ou fórte Au- gusto. ["Historia De Santos" Francisco Martins dos Santos (12/1936)]
*“Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam


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