A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, - 01/01/1534 de ( registros)
A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,
1534. Há 490 anos
Fontes (7)
Em 1534, Piqueroby uniu-se ao seu genro, Mestre Cosme Fernandes, além de alguns portugueses e espanhóis, e atacaram a vila de São Vicente, "como desagravo por terem perdido tudo o que haviam construído durante vinte anos". Os poucos soldados que Martim Affonso de Sousa deixara para proteger a vila, não foram suficientes para resistir ao ataque. São Vicente foi saqueada e quase destruída.O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo. [geni.com consultado em 08.06.2022]
A
:Bacharel genro de pirqueroby(brasilbook.com.br/r.asp?report=22414
A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente éapresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, sem que os acusadores levem emconta o combate entre as forças de Mosqueira e os moradores da Vila. Por outro lado,ninguém relaciona a sua morte com a fuga de Paulo Adorno para a Bahia, acusado dematar um português nesse mesmo ano. Os acusadores parecem não duvidar.Outro erro apontado seria a ordem de Martim Afonso, dada aos espanhóis, companheirosdo Bacharel e que ali moravam (em Cananéia), que abandonassem o local e passassem aresidir em São Vicente. A ordem era de caráter político e militar, e muito natural. Nãoconvinha àquele grupo de espanhóis ficar em terra portuguesa desguarnecida e semadministração. Provavelmente estava preocupado com a presença de Rui Mosquera emIguape, como também de Melchior Ramirez, ou mesmo do famoso Aleixo Garcia (cujanacionalidade era duvidosa), capazes de aliciar muitas centenas de índios, pondo em riscoo povoamento de São Vicente (ali bem próxima), e a soberania portuguesa do lugar.Essa intimação (citada por vários autores), teria irritado os espanhóis, deixando-ospredispostos a uma desforra. A oportunidade apareceria somente depois da volta deMartim Afonso para Portugal. O motivo foi, ao que parece, Rui Mosquera, companheirode Caboto, que se recolhera em Iguape, acompanhado de vários patrícios. Segundo RuiDiaz de Guzmán em “La Argentina”, liv, I, cap. 8, repetido pelo Padre Charlevoix, queRui Mosquera já havia dois anos lavrara o canavial na vizinhança de São Vicente, quandochegou o Bacharel, desgostoso dos portugueses, “pelo que falava com alguma liberdademais do que devia.” O capitão da vila, Padre Gonçalo Monteiro, intimou-os a sairem emtrinta dias. Nessa ocasião entrou em Cananéia uma nau francesa. Mosquera e os seushomens a tomaram de surpresa, armaram-se com o que nela encontraram e se fizeramfortes na sua posição. Assegura o Dr. Ernesto Young, em obra já citada:“Não devemos entrar em controvérsias a respeito de ter sido ele (Rui Mosquera) ou outroqualquer que deu causa à guerra entre o povo de São Vicente e o de Iguape, no intervadode tempo decorrido de 1533 e 1537, porém devemos acreditar que esta guerra teve origemna ordem que Gonçalo Monteiro, Capitão-Comandante do Litoral, nomeado por MartimAfonso, intimando os moradores de Iguape a se reunirem em São Vicente, (ordem acatadapelo Bacharel, que volta para Cananéia). Esta ordem naturalmente não foi cumprida pelosespanhóis, por causa dos desacordos e preconceitos nacionais e, ao mesmo tempo, porcausa das relações familiares existentes entre eles e os indígenas, que eram das maisíntimas”.O Padre Gonçalo Monteiro, Capitão de Martim Afonso, sabendo o que estava acontecendoem Iguape, fez descer de Piratininga, onde se achavam (ao que parece) os dois cabos deguerra, Pero de Góis e Rui Pinto, homens destemidos e experimentados, investindo-os docomando das forças vicentinas, para atacar antes de serem atacados, o que parece ter sidoum erro. A coluna, mista de portugueses e índios marchou sobre Iguape, mas foi infeliz. Avitória das forças de Rui Mosquera foi completa. Os de Iguape, contrariamente àsexpectativas dos expedicionários de São Vicente, estavam bem armados. Em número deoitenta, portugueses os atacaram. Conclui Gusmán, que Pero Góis foi ferido com umaarcabuzada, muitos ficaram prisioneiros, alguns morreram no campo de batalha e oscastelhanos aproveitando esse desbarato, atacaram e saquearam a povoação de SãoVicente.Os relatos de Guzmán mereceram a transcrição de Rocha Pombo, confirmam o que estáexposto. O historiador Varnhagen, em sua obra citada, 2ª. Edição, Tomo I, pág. 165, nosdiz o seguinte:“O fato das hostilidades com os de Iguape se confirma por um livro da Câmara de SãoPaulo (de 1585/1586, fls. 13-V, fl. 14, onde lemos que a razão por que Pero de Góis e RuiPinto não foram contra os índios de Curutiba, que haviam assassinado os oitentaexploradores partidos de Cananéia, foi POR ESTAREM OCUPADOS COM ASGUERRAS DE IGUAPE.”Junto com a declaração do documento mencionado por Varnhagen, pode ser colocada estapergunta: Quem teria ordenado àqueles dois fidalgos portugueses a guerra aos índios dosul? [1]
Em 1534, Piqueroby uniu-se ao seu genro, Mestre Cosme Fernandes, além de alguns portugueses e espanhóis, e atacaram a vila de São Vicente, "como desagravo por terem perdido tudo o que haviam construído durante vinte anos". Os poucos soldados que Martim Affonso de Sousa deixara para proteger a vila, não foram suficientes para resistir ao ataque. São Vicente foi saqueada e quase destruída. [2]
Quanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradiccio- nalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Mon- tes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e ve- reador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixan- do-lhe o nóme. E como a história se repete, vemos na des- cripção dessa ilha em 1817 ordenada pelo Régio Aviso de 21 de Outubro daquelle anno, e reproduzida na "Revista Nacional" de 1877, Vol. I pelo Dr. Inglez de Souza, que a mesma ilha "vinha servindo de pasto para gado vaccum". [3]
São Vicente tinha poucos menos de 200 habitantes, sendo que 80 deles foram mortos em Iguape. [4]
Alem destes, que mais relação tiveram com o Porto e o primitivo povoado de São Vicente, fundados ambos pelo "bacharel" pelos annos de 1510, devemos citar D. Rodrigo de Acuna, remanescente da Armada de Garcia Jofre de Loaysa em caracter itinerante; Ruy Mosquera o aventureiro hespanhól expulso da região da Prata por Martim de Sá, e que, em 1534 devia ser um dos chéfes das forças de Iguapé que invadiram São Vicente, e, finalmente, quinze hespa- nhóes, sobreviventes uns da Armada de Sólis e remanescen- tes outros dos navios de Caboto, que foram trazidos por Martim Affonso da região de Iguapé, e que, como diz Rocha Pombo, não se sabe se foram depois para Piratininga ou se tomaram o rumo do Paraguay.o tempo sufficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniquidades que soffrera. Ao meio do anno de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos. Naquella occasião, uma náu francesa aportára a Iguapé, e, os hespanhóes prevalecendo-se de uma artimanha armada á noite aos vigias da mesma, apoderaram-se delia como de todos os armamentos e munições nella existentes, armamen- tos com que proveram as deficiências da fortaleza que ha- viam construído junto ao seu reducto, tornando-a possante e capaz de resistir á gente deixada por Martim Affonso, en- tre a qual havia guerreiros consummados. Gonçalo Monteiro, em nome de Martim Affonso, saben- do do que se estava passando, fez descer de Piratininga, onde pareciam achar-se, a Pero de Góes e Ruy Pinto, guerreiros destemidos e experimentados, investindo-os do commando de uma força mixta de portuguezes e aborígenes, com ordem de desalojar os insubmissos de Iguapé, expulsando-os dos domínios portuguezes. Assim, naquelle final de 1534, seguiu a força portugueza para o sul, onde foi infeliz todavia, fra- cassando nessa jornada. A victoria das forças do "bacharel" e de Mosquera foi absoluta e compléta. Bem armados como estavam os homens de Iguapé, contra a expectativa dos ho- mens de São Vicente, cahiram de emboscada sobre elles, to- cando-os em debandada, ferindo gravemente ao chéfe Pero de Góes e matando dezenas dos seus commandados. Animados com o feito e confiantes em sua superiori- dade, não pararam ahi os de Iguapé; desceram, embarca- dos na náu capturada, sobre São Vicente, cahindo sobre ella, matando, queimando, saqueando e destruindo, chegando até ao antigo Porto de São Vicente, ao fim da praia de Embaré, onde pilharam trapiches e navios surtos nelle. [5]
Créditos / Fonte: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 18
1° de 7 fonte(s) [26366] Correio da Manhã Data: 17 de junho de 1938, ver ano (92 registros)
Ao mesmo tempo que para o amanho das terras, misteres da criação e mineração incipiente, a mão de obra do nativo era indispensável, a guerra, por seu turno, tornou necessária a arregimentação dos prisioneiros escravizados. Nos primeiros anos da capitania Vicentina, as chamadas "guerras de Iguape" perturbaram profundamente esse rude começo da vida civilizada. O espanhol Ruy de Moschera e seus sócios atacam e saqueiam a vila de São Vicente, em 1534; ao Norte as correrias dos Tamoyos, a que não eram estranhos os franceses do Rio de Janeiro, traziam em contínuos sobressaltos as bandas da Bertioga, mal protegidas pela fortaleza que o donatário construíra nessa barra. Serra acima, nos campos á beira das matas virgens, onde tinham suas roças os mamalucos de João Ramalho e os nativos mansos de Tibiriçá, a luta contra o gentio inimigo ainda foi mais viva e contínua
2° de 7 fonte(s) [24528] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Data: 1957, ver ano (98 registros)
Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa, ao que parece, fizeram um contrato com João Venist, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves para formação de um engenho para fabricação de açúcar, ato agrícola comercial para o qual os dois Sousa, entraram apenas com as terras, entrada tão vã, como a doação da capitania por D. João III, igual à que os Papas fizeram às nações ibéricas, quando por elas distribuíram o mundo a descobrir. Atribui-se-lhe também a providência de proibir que os colonos subissem ao planalto e que fossem ao campo.
Jordão de Freitas diz que foi esse contrato feito em 1534. Martim Afonso só recebeu o Foral a 6 de outubro de 1534 e a carta de doação em 20 de janeiro de 1535. (H. C. Port. no Brasil, Vol. 3º), mas cita Frei Gaspar da Madre de Deus, como fonte de informação.
Não se compreende o motivo de tal proibição. Evitar que descobrissem o caminho das minas tão cobiçadas? Isso é pueril, pois que redundava apenas na impossibilidade de alargar a conquista do interior, pela ocupação do planalto, “de bons ares e de bons campos”, próprios para produção de mantimentos e criação dos gados, de que o litoral tanto precisava para poder subsistir. Além de pueril, seria contraditório ou incoerente fundar uma povoação no campo, como afirma Pero Lopes, a 9 léguas do mar, e proibir que a esse campo fossem os colonos. [Página 88]
Aliás essa proibição não se encontra em nenhum documento colonial. A provisão expedida por D. Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em 11 de fevereiro de 1544, da qual alguns cronistas deduziram a revogação dessa proibição, a esta não se refere, nem do seu contexto se infere que ela tivesse havido. Ao contrário é nessa provisão que se acha a proibição de ir ao campo no tempo em que os índios andassem em sua santidade (?), dependendo a ida de licença do capitão loco-tenente, licença, da qual sempre prescindiram os colonos para entrar ao sertão.
3° de 7 fonte(s) [24487] “São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente Data: 2006, ver ano (78 registros)
A sua morte (Henrique Montes, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, sem que os acusadores levem em conta o combate entre as forças de Mosqueira e os moradores da Vila.
Por outro lado, ninguém relaciona a sua morte com a fuga de Paulo Adorno para a Bahia, acusado de matar um português nesse mesmo ano. Os acusadores parecem não duvidar.A resolução do rei era de destruir a quem quer que se atrevesse a fazer oposição à suavontade ou às ordens que Martim Afonso levaria, visto que mandou armar fortemente aexpedição, em que “van quatrocientos hombres, sin otros muchos que voluntariamente se embarcaron, para poblar y edificar algunas fortalezas em los puertos, para eso llevaronmucha artilleria, y que desde el puerto de San Vicente, que era de su distrito pensavanentrar por tierra, ao Rio de la Plata...y que ivã em ella Enrique Montes, que havia muchosaños que estava em aquellas partes...” (Antonio Herrera – “
7° de 7 fonte(s) [k-3075] Cacique Piqueroby. Consulta em genearc.net Data: 25 de agosto de 2024, ver ano (515 registros)
Em 1534, Piqueroby uniu-se ao seu genro, Mestre Cosme Fernandes, além de alguns portugueses e espanhóis, e atacaram a vila de São Vicente, "como desagravo por terem perdido tudo o que haviam construído durante vinte anos". Os poucos soldados que Martim Affonso de Sousa deixara para proteger a vila, não foram suficientes para resistir ao ataque. São Vicente foi saqueada e quase destruída.
O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo.