“Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do Rio Grande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baías freqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procura do índio Tubarão, péssimo sujeito” - 01/01/1605 de ( registros)
“Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do Rio Grande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baías freqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procura do índio Tubarão, péssimo sujeito”
1605. Há 419 anos
Fica evidene que a São Vicente do Bacharel, de Pero Capico e Antonio Ribeiro (seus doiscapitães anteriores a Martim Afonso de Sousa), de Diogo Garcia e Alonso de Santa Cruzde 1516, 1526, 1527 e 1530, com suas dez ou doze casas de tipo europeu e mais ostejuparés índios e armazéns para guarda de mantimentos, com sua fortaleza de pedra etorre para defesa contra ataques indígenas, com dois portos, um de pequeno calado e outro de grande calado, com todo o seu comércio, sua indústria naval e seu tráfico de escravosdemonstrados e provados, com sua proximidade ao ponto final do meridiano deTordesilhas e da região do Rio da Prata, faziam com que São Vicente (povoado), além deser o ponto habitado mais importante da costa brasileira, era também estratégica, política emilitarmente o ponto ideal para se dar começo ao povoamento português no Brasil.Portanto nos parece que a escolha de São Vicente, para sediar a primeira vila do Brasil,não foi um fato acidental, nem criado por capricho do rei de Portugal, nem de MartimAfonso, e sim produto de um estudo e planejamento cuidadoso por parte de D. João III.O historiador Pedro Calmon, em obra já citada, Vol.2, pág.571 nos mostra que:“Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do RioGrande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baíasfreqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procurado índio Tubarão, péssimo sujeito, como diz, em 1605 o Padre Jerônimo Rodrigues.Tubarão reatou o comércio de escravos do Bacharel de Cananéia, contemporâneo dasprimeiras expedições.”Este trecho sugere que o Bacharel de Cananéia continuou o seu comércio de escravos naárea, comércio este retomado depois pelo índio Tubarão. Outra indicação parece ser que oBacharel continuou as suas atividades depois de ter sido expulso de São Vicente em 1531.Segundo o Padre Serafim Leite, em “Novas Cartas Jesuíticas”, pág.221, “o nome Tubarãoperdura numa localidade de Santa Catarina, entre Laguna e Jaguariúna.”
1° de fonte(s) [24487]
“São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura d...